03/03/2012

Estação Sul e Sueste vai ser monumento de interesse público





Por Carlos Filipe in Público

Conselho Nacional de Cultura aprovou mais 12 propostas de classificação de monumentos e sítios, que agora seguem para a fase de consulta pública


A Estação Fluvial Sul e Sueste, na Avenida Infante D. Henrique, ao Terreiro do Paço, em Lisboa, é um dos 13 monumentos e sítios propostos para classificação de interesse público, com processos já aprovados pela secção do Património Arquitectónico e Arqueológico do Conselho Nacional de Cultura. Após o parecer deste órgão consultivo, cabe ao Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) elaborar os projectos de decisão para, depois, os submeter à consulta pública.
Inaugurada em 1932, segundo projecto do arquitecto Cottinelli Telmo, a estação, que serve as ligações fluviais entre Lisboa e o Barreiro, deverá ser reinaugurada ainda este ano, após obras de reabilitação que correm a cargo do Metropolitano de Lisboa.
Coube à neta de Cottinelli Telmo, a arquitecta Ana Costa, a condução dos trabalhos. "Todos os elementos que davam escala aos edifícios, os gradeamentos interiores, as lanternas típicas, tudo, segundo os desenhos originais do meu avô, serão repostos", disse ao PÚBLICO, em Outubro de 2010.
O espaço público fronteiro à estação aguarda ainda o início dos trabalhos de transformação, segundo plano do arquitecto Bruno Soares para a Frente Tejo (já extinta), mas já aprovado pela Câmara de Lisboa. Aquela zona será transformada numa alameda com lódãos e um miradouro para o rio.
A aprovação das propostas compreendem também as Zonas Especiais de Protecção (ZEP), de 50 metros, a contar dos seus limites externos. Os outros monumentos em vias de classificação são a Ermida de N.ª S.ª da Represa, em Vila Ruiva, Cuba, o antigo Liceu Diogo de Gouveia, em Beja, a Casa Amarela ou Casa Magessi, na Praça D. Pedro, em Castelo de Vide, e a igreja matriz de Belazaima do Chão, em Águeda.
Os Sítios de Interesse Público são a Anta 2 dos Cebolinhos, em Campinho, Reguengos de Monsaraz, o sítio arqueológico de Frielas, em Loures, os núcleos do sítio arqueológico de Abul, Alcácer do Sal, as Antas da Serrinha e de Vale de Romeiras 1, em Monforte, Portalegre, a Casa Mariz Sarmento e Capela de São Caetano, em Valpaços, o Castelo e o Pelourinho (este só ZEP) de Alfeizerão, Alcobaça.
As mais recentes classificações como monumentos de interesse público, em Junho de 2011, designaram três edifícios em Lisboa: o Edifício Franjinhas, na Rua Braamcamp, o Castil, na Rua Castilho, e o Palácio Alverca (Casa do Alentejo), na Rua das Portas de Santo Antão.
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Perante um Futuro muito incerto no que respeita a qualidade de Liderança e de Gestão, e acima de tudo - de Conservação - apoiada pela devida expertise e financiamento dos Monumentos de Portugal … estas parecem boas notícias …
Mas não nos podemos esquecer dos 946 Monumentos Candidatos e excluidos por Summavielle ...
O Valor Patrimonial é ... ou não é ... independentemente de Tudo !
Mas um verdadeiro desafio irá ser o Restauro dos eclécticos e magnificos Interiores do Palácio Alverca … eles ainda lá se mantém em patinado, decadente e glorioso ´Shabby/ Chic` … mas chegará o momento, forçosamente, onde será necessário intervir … e aí … todo o cuidado será pouco …
António Sérgio Rosa de Carvalho.

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