Chegado por e-mail:
«No Bairro Azul a falta de estacionamento não resultou de alterações no seu edificado mas sim da pressão gerada pelos equipamentos que a Câmara Municipal de Lisboa (CML) aprovou e licenciou na sua periferia.
Em e-mail dirigido ao Presidente da CML, moradores do Bairro Azul alertam, uma vez mais, para o facto de o Bairro ser todos os dias da semana, de dia e de noite, utilizado como estacionamento alternativo por milhares de funcionários e utentes desses equipamentos, resultando na impossibilidade de estacionamento por parte dos residentes, apesar de estes pagarem à EMEL os respetivos dísticos.
A Clínica dos SAMS-Serviços de Assistência Médico-Social do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, o Banco Santander/Totta, o Banco Popular, a Reitoria, Faculdades e Residências da Universidade Nova, o Teatro Aberto, o armazém El Corte Inglés e os Cinemas UCI são alguns dos edifícios que abriram na última década e que cercam hoje o Bairro Azul, para além da Escola Marquesa de Alorna e da Mesquita Central de Lisboa já aí construídas anteriormente.
Apesar de ter sido classificado pelo atual Executivo Camarário como um “Conjunto de Interesse Municipal que urge preservar e proteger” onde existem ainda cerca de 10% de fogos devolutos, os moradores reafirmam que uma efetiva proteção e revitalização deste Bairro Residencial passa pela resolução deste problema através da implementação de algumas das medidas que têm vindo a propor à CML e à EMEL há mais de uma década:
- a atribuição aos residentes, a custo reduzido, de parte do estacionamento da Clínica dos SAMS;
- estacionamento tarifado pela EMEL à noite e aos fins-de-semana;
- correta marcação dos lugares de estacionamento tarifado aumentando assim o número de lugares disponíveis;
- mais fiscalização por parte da Polícia Municipal para evitar as situações de estacionamento irregular que ocorrem diariamente.
A construção de um parque de estacionamento para moradores, comerciantes e pequenas empresas sediadas no Bairro é também uma das hipóteses colocadas pelos moradores, que lembram que este problema é há muito reconhecido pela CML. Esta chegou mesmo a apresentar publicamente no Bairro, em 2002, um projeto para a construção de um auto silo http://www.cm-lisboa.pt/?idc=42&idi=33102.
Apelando a uma intervenção urgente e eficaz, os moradores alertam o Presidente da CML para o facto muito positivo de estarem a vir morar para o Bairro Azul muitos casais jovens com filhos pequenos. No entanto, se o problema da falta de estacionamento não for rapidamente resolvido, essa população jovem abandonará de novo o Bairro, perdendo-se deste modo o principal objetivo que levou o atual Executivo a classificar o Bairro e a investir em obras de requalificação na Rua Ramalho Ortigão e em toda a zona da frente da Rua Marquês de Fronteira: contrariar o despovoamento do centro da cidade e dar nova vida ao Bairro Azul!
Comissão de Moradores do Bairro Azul
12 de Março de 2012»
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E respectiva "resposta" da CML:
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Acresce que a AML aprovou no ano passado uma proposta da CML de compensações pela construção do silo para o SAMS, e para os moradores, até agora, ZERO.
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