18/03/2012

O que mudava em Lisboa


Catarina Molder, mãe, cantora lírica e cidadã in Público
Alguns pequenos flagelos que tornam a cidade inóspita.

Os eléctricos 28 e 15 são um flagelo, pela faina de carteiristas e ladrões que aí operam em grupo. Ameaçam e agridem os idosos, as crianças e os turistas (o meu filho de 12 anos já foi ameaçado de morte por ter tentado ajudar um turista) sem que os responsáveis façam nada. Somos uma cidade do Terceiro Mundo? Temos a sorte de a nossa cidade ter edifícios e monumentos lindos, com passado, mas que se encontram vandalizados por graffiti selvagens. Não se pode tirar uma fotografia no centro histórico. Qualquer miúdo pode comprar latas de tinta bem baratas numa loja chinesa. Não existe qualquer tipo de controlo. Vinte mil euros do meu bolso para arranjar e pintar um prédio numa zona história e levo com nomes de putos imaturos vomitados na minha/ nossa fachada. Sim porque este prédio, como o resto da cidade, é de todos! Está na altura de tomar este assunto a sério e regulamentá-lo, como no resto da Europa, e como prevenção colocar os jovens a limpar os graffiti passandolhes a mensagem de que se conquista auto-estima fazendo coisas boas para todos!

4 comentários:

Anónimo disse...

mas quando a própria CML incentiva aos graffitis, fazendo uma galeria de arte urbana, financiado até artistas para pintar fachadas de edifícios do seculo XIX, estás a espera do que?

Johannes Bouchain disse...

É verdade, em Lisboa há muitos carteiristas é muitos grafitos. Mas não são problemas só em Lisboa, há muitas outras cidades onde os habitantes sofrem dos mesmos flagalos, não é? Sou de Hamburgo em Alemanha e ali também os grafitos "aparecem" nas paredes das novas obras de construção já alguns dias após a finalização. Ali também há avisos como "Cuidado com os carteiristas" (particularmente na estação central). A diferença é que Lisboa está uma cidade muita "estreita". E numas cidades estreitas há muitos lugares onde é possível fazer coisas proibidas sem ser visto. E Lisboa está uma cidade muita, muita linda e (comparada com outras cidades turísticas) pequena. Pelo menos, os lugares turísticos são concentrados numa zona pequena (particularmente nas carruagens diminutas dos eléctricos). Claro que numa cidade bonita como Lisboa há muitos turistas e onde há muitos turistas há muitas oportunidades pelas ladrões. Aviso pelos turistos: ser vigilante e não comportar-se como "turistos típicos".

O que podem fazer os responsáveis? Uma cidade controlada não é uma solução.

Não escrevo isto para desculpar a situação e ameaça de crianças que ajudam os turistas. Só escrevo isto para dizer o que são problemas universeis de uma cidade de hoje.

E uma outra coisa: É verdade que há muitos grafitos feios, mas aqui, numa cidade muito artística, há também muitos grafitos engraçados e simpáticos!

Julio Amorim disse...

Os frutos da simbiose democracia / falta de autoridade são colhidos diariamente. O medo generalizado, o cidadão desprotegido, o paraíso para os chicos espertos. Uma sociedade em queda acelerada. Sim....porque o que é que no aspecto ordem/lei, melhorou nos últimos 20-30 anos? Nada!
O portuguesinho é individualista e nunca gostou de autoridade e, de pantufinhas, este povo vai continuar para a beira do abismo. Alguém duvida que este país necessita de botas cardadas e chicote?

Xico205 disse...

Fazem uma tempestade com ladrõezecos da treta em electricos que só roubam à socapa quem é otário e se deixa roubar apesar dos avisos por todo o lado.

Nos autocarros é muito pior há assaltos com armas de fogo e armas brancas e ninguem se queixa!!! Ridiculo.