27/11/2012

Aplauso pela iniciativa do Mercado mensal na Praça da Figueira

Exmo. Sr. Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público
Dr. José Sá Fernandes

Cc. AML, ATL, Media

Somos a enviar os nossos parabéns à CML pelo recém-criado "Mercado" mensal na placa central da Praça da Figueira.

De facto são iniciativas como esta que melhoram a qualidade de vida da nossa cidade, tanto para os portugueses como para os cidadãos que nos visitam.

Desde que a belíssima estrutura oitocentista do mercado foi destruída em 1949, a Praça da Figueira perdeu a sua vocação, faltando-lhe desde essa data uma orientação. Vazia, despida de árvores e de uma função concreta, tem estado sistematicamente suja, degradada e vandalizada - numa palavra: esquecida. E quando se lembram dela, demasiadas vezes é "ocupada" de forma desqualificada.

Esta histórica praça de Lisboa não pode ser um mero nó rodoviário, ou reduzida a simples "tecto" de um silo para estacionamento automóvel.

Com este mercado de produtos nacionais está a cidade a recuperar a antiga vocação da praça, apontando assim para um futuro diferente.

E é pois com satisfação que constatarmos o sucesso da iniciativa, a avaliar pela afluência de visitantes.

O Fórum Cidadania Lx gostaria de ver este projecto dar mais um passo e assim (à semelhança do que existe noutras cidades europeia) solicitamos à CML que instale na Praça da Figueira um mercado permanente, feito de estruturas/ pavilhões/ tendas com bom gosto, quiçá uma reconstrução do antigo mercado... É preciso ambicionar mais e melhor para a Baixa e que não fiquemos por este patamar ainda de "improviso" e "abarracado".

Enviamos em anexo imagens de uma história de sucesso, o VIKTUALIENMARKT bem no centro da cidade de Munique - e não é por acaso que Munique é considerada uma das cidades do mundo com melhor qualidade de vida.

Porque Lisboa, mais precisamente o seu centro histórico-turístico, não dispõe ainda de um atraente mercado diário ao ar livre, onde o visitante possa conhecer, de maneira informal, a qualidade dos produtos nacionais. Acreditamos que a Praça da Figueira seja o local ideal para se desenvolver um projecto estratégico como este. Todo o centro histórico iria beneficiar com uma ocupação qualificada desta natureza. Ficam o aplauso e o incentivo.

Melhores cumprimentos,

Fernando Jorge, Paulo Ferrero, Nuno Franco, Paulo Lopes, Pedro Gomes, Rossella Ballabio, Júlio Amorim, Luís Marques da Silva, Carlos Matos, Carlos Leite de Sousa, Pedro Fonseca, João Oliveira Leonardo, João Pedro Barreto, Pedro Formozinho Sanchez, Nuno Caiado e Jorge Pinto

4 comentários:

Anónimo disse...

É pertinente a ideia.
Mas a Baixa precisa espaços que respirem e que não fiquem atafulhados.
Temos que reflectir sobre esses espaços livres.
Serão os vazios?
A Mouraria o Bairro Alto ou Alfama precisam desses espaços.
Há dias alguém dizia no Blogue sobre eliminação do Hotel Mundial.
Demoliram a Rua das Atafonas e a correnteza que ligava à Rua da Palma onde se encontrava o Teatro Apolo.
Vieram depois o mercado ao ar livre onde no Natal os perus nos impressionavam e os pavilhões "provisórios" onde compravavamos as canetas de aparo os cadernos e onde foram aparecendo as canetas de tinta permanente para aqueles cujos pais íam ficando menos pobres.
Nunca mais de lá saíram.
Lutas. Até que alguns e os seus filhos foram para Palhavã (Praça de Espanha) onde ainda permanecem, agora com os indianos.
Com o visual presente os provisórios lá estão.
Passaram mais de 60 anos desde os provisórios do Martim Moniz.
Então surgiu como há dias referiram, o mamarracho do Abecassis, o Centro Comercial, ofuscando a Igreja da N.Senhora da Saúde.
Apareceu o Hotel Mundial.
Até que finalmente libertaram o Martim Moniz.
Fica ainda por fazer ou recuperar a Muralha Fernandina.
Quem se lembra do "papagaio" da Avenida, junto ao S.Jorge, que passou para a Serafina?
Atenção ao direitos adquiridos e à ocupação dos espaços ainda livres.
A Praça da Figueira não ficou bem, passou a parque de estacionamente. Foi polémica a implantação da Estátua.
Estamos abertos a Ideias.
Não está bem como está.
Também não é local para treinos de skate.
Quantos bancos existem onde se pode contemplar o Castelo de Jorge. Ler e deixar a imaginação vaguear na longa História desta Capital do Império.
Mas sempre com muita atenção à nossa tendência(portuguesa?)de atafulhar os espaços vazios.
O que acham do espaço do Martim Moniz, como agora está?
Nunca perder de vista as Acessibilidades e Mobilidades.
Vamos abrir a discussão, antes de assumir propostas que farão sentido, mas com plena ponderação das localizações.
Desculpem o excesso de prosa.

Anónimo disse...

dar os parabéns a cml por uma iniciativa que é dos comerciantes da baixa é no mínimo peculiar...

Wolf disse...

Isto tudo é muito bonito, mas e o lixo que fica após cada feira, e que não é recolhido no próprio dia e fica a acumular para outro dia ser limpo. E as seringas do toxicodependentes que utilizam as tendas que são postas na dita praça para tomar a sua dose às escondidas.....

Anónimo disse...

dou osa parabéns aos comerciantes em levarem o que e bom de POrtugal para a Baixa façam a feira todas as semanas