13/04/2014

Novos candidatos às demolições em Lisboa

Prédio na Rosa Araújo. Nesta fiada de prédios já nenhum resta na sua forma original. Este será o próximo a abater. 

Gaveto Avenida da Liberdade com a Rosa Araújo. Há já um plano para ampliação e alteração do edificado. Já se sabe qual será a sorte deste. A cimalha é um varandim de ferro forjado que, em conjnto com as invulgares escadas de incêndio na parte tardoz, são testemunhos da arquietctura do ferro que deveriam ser preservados.

Dois originias prédios geminados na Mouzinho da Silveira. A ruína avança sem medo nem obstáculos. Mais dois na calha. Todos estes prédios poderiam aumentar o potencial turísitico da área e reforçar o sacrossanto retorno do investimento. Em Lisboa, a trivialização da cidade é o que move as instências que sobre ela decidem. E nós deixamos.

14 comentários:

Anónimo disse...

Mas Miguel,
quando fala da passividade da sociedade civil o que poderia ser diferente?
Já escrevi posts neste espaço, já escrevi cartas às autoridades sobre variadíssimos assuntos de interesse dos cidadãos, o Provedor de Justiça já foi chamado a dar a sua opinião sobre casos concretos (resultados desapontantes) e mesmo assim nada os pára. A maioria da população não sabe sequer o que acontece porque nem está sensível ao tema. O que fazer? Uma denúncia de grandes proporções nacionais e internacionais que desmascare e exponha os agentes desta calamidade teria efeito mas quem tem capacidade para tal? E qual dos nossos meios de comunicação social faria um artigo extenso sobre o assunto. Vejam-se programas como "Espaços e Casas" da SIC Notícias que não é mais do que um letreiro publicitário a estes horrores que se fazem na cidade. Tem ideias?

Filipe Melo Sousa disse...

Se querem aumentar o potencial turístico, limpem a cidade dos inquilinos que ocupam a casa dos outros por 5€ ao mês.

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

Respondendo ao anónimo das 9.25,

Obrigado pelo seu comentário.

Tem razão muitas vezes esbarra-se numa parede de conformismo e de indiferença.

Acções possíveis:

- acções/petições na net

- adesão a grupos d edefesa do património

- explorar canais junto de políticos

- atrair a academia a estas matérias

- acções junto das escolas

- protestos e exposições à CML

Bem sei que tudo isto será pouco, dada a urgência com que se deve agir.


Sigamos atentos, pelo menos,


Cumprimentos,


Miguel de Sepúlveda Velloso

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

Sr. FMS,

Noutro post meu, defendia os pobres jovens que destroem, por causa da sua diversão, património recém-intervencionado. Agora defende a saída de inquilinos, muitos deles idosos sem quaisquer rendimentos.

Jiovens sim, todos os mais velhos, sem dinheiro, são um peso para a sociedade.

Filipe Melo Sousa disse...

Caro MSV, a sua resposta é ambígua. Não se percebe o paralelo entre as duas situações, nem o que afinal preconiza para o património ocupado por pessoas que não pagam renda. É muito simples: as pessoas têm a escolha entre pagar e ficar ou não pagar um preço de um imóvel no centro de Lisboa, e sair. Encontrarão um local mais modesto. É preciso descaramento para não querer pagar e exigir viver no Saldanha.

Anónimo disse...

Caro Miguel,
está a fazer o caminho que eu já fiz, ou seja, também já fiz longos artigos para este espaço mas de tanto me indignar, chamar à atenção, escrever para este e para aquele, a verdade é que quem decide estas coisas é um criminoso impune mas eleito e quem é proprietário conta com os anteriores. Há, sim, um sentido de urgência mas quando não restar nada para preservar vêm gente com o vereador Salgado falar da reabilitação e chorar lágrimas de crocodilo, falsas e cínicas. Escreva-lhe e pergunte porque permitiu a CML a destruição destes interiores? Peça-lhe uma posição e justificação por mais este atentado e procure provar porque estes interiores eram recupeáveis porque esse vai ser o argumento. Viva o 25 de Abril que libertou a pior corja de gente que conquistou o poder! Foi uma revolução perdida num povo que está hoje mais perdido do que nunca.

Anónimo disse...

Se ainda não sabiam não se pode responder ao tal do Sousa porque ele alimenta-se da indignação que provoca nas pessoas, como um exibicionista que abre a gabardine para chocar as mais fracas de espírito. Mais vale ignorar porque na realidade quem viu um boçal viu todos.

Anónimo disse...

E já pensaram sobre a razão porque está tudo a cair de podre? Falam das cidades estrangeiras que são belas e conservadas, mas esquecem que lá o mercado de arrendamento sempre funcionou, e como tal os imóveis antigos foram sendo conservados ao longo do tempo. Aqui chegaram um ponto tal que dificilmente à volta a dar.

Anónimo disse...

o "Sr.FMS" é menino rico. ele sabe lá o que defende..

Anónimo disse...

Não se preocupem!
O sr do bes garantiu-me que, em breve, o interior desse edifício, terá um interior igualzinho ao interior da Zara do Colombo.

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

Ao anónimo das 10.10,

Bem visto o seu comentário. Plenamente de acordo

Anónimo disse...

Miguel, não posso estar mais de acordo consigo. Mas quando se cria um regime simplificado da reabilitação urbana que promove e incentiva o tipo de intervenções que critica(mos) o que dizer e fazer?
Legalmente existe cobertura para tal, e a partir daí tudo se complica.
Infelizmente as vozes de quem aqui discordamos são as de uma classe política populista e opurtunista, para quem estas vozes são música.

Anónimo disse...

Muito Obrigado Miguel de Sepúlveda Velloso .

No entanto, e como autor do comentário das 10.48, enganei-me.
Parece que este imóvel está entregue a um fundo diferente que não o do "sr do bes".

O meu comentário era dirigido ao post anterior, exposto aqui:
http://cidadanialx.blogspot.pt/2014/04/e-ainda-ha-pouco-tempo-se-debatia_13.html

Quanto a este artigo: Infelizmente os interiores dos imóveis mencionados terão o mesmo destino.

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

Reagindo ao anónimo das 6.09:

Obrigado pelo seu comentário. A única coisa é criar massa crítica para inverter o ordenamento que permite esta reabilitação á paisana.
Os poucos exemplos que existem deveriam fazer escola.

Cumprimentos,