31/10/2009
Trabalhadores da Brasileira em greve
In Jornal de Notícias (31/10/2009)
TELMA ROQUE
«Os trabalhadores do histórico café Brasileira do Chiado, em Lisboa, cumpriram ontem um dia de greve para pedir aumentos e o fim da "repressão psicológica". A gerência negou as acusações e manteve as portas abertas.
Repressão psicológica, perseguição e incumprimento de direitos como o pagamento de subsídios e horas extraordinárias levaram ontem os cerca de 30 funcionários à greve. "A Brasileira do Chiado é um estabelecimento de grande prestígio e este seu estatuto deveria ter correspondência nas relações de trabalho", argumentou o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.
Rodolfo Caseiro, presidente do sindicato, explicou ao JN que, na origem do protesto está o "clima de instabilidade" que os trabalhadores enfrentam. "Quando exigem os seus direitos, são reprimidos ou suspensos", avançou, acrescentando que há três funcionários suspensos devido a processos disciplinares. Um deles, acabou mesmo por receber uma carta de despedimento e recorreu.
Jaime Silva, sócio-gerente da centenária Brasileira do Chiado, assegurou que "os salários estão actualizados" e negou quaisquer cenários de represálias. "Não há ninguém suspenso", frisou. Sobre o incumprimento de direitos e de regalias afirmou que não deve "cinco tostões a ninguém". Disse mesmo que, a seu ver, "a greve não tem fundamento nenhum". Embora tenha afirmado que não existem trabalhadores suspensos, admitiu que houve dois despedimentos. No entanto, não quis adiantar ao JN os motivos que estiveram na origem do afastamento dos funcionários.
Segundo Jaime Silva - que conseguiu assegurar o normal funcionamento do café - apenas 12 trabalhadores estiveram em greve. O Sindicato, avança que 22 não trabalharam. "Só estão a trabalhar os contratados a prazo porque têm medo de perder o emprego.
Entre os trabalhadores que cumpriram o dia de greve à porta da Brasileira estava Clevimar Soares, que diz ter sido despedido, alegadamente por levar fruta de casa para comer na mesa refeições de pessoal. "Pioraram a qualidade da comida e eu levei fruta para comer na sala. Foi confiscada e eu acabei suspenso", acusou.
Sindicato, gerência e um representante do Ministério do Trabalho estiveram ontem reunidos, mas não houve sinais de entendimento. No entanto, ficou marcada uma nova reunião de conciliação para dia o próximo dia 19.
Até lá, sindicato e trabalhadores garantem que vão continuar a lutar pela actualização salarial e pelo arquivamento dos processos disciplinares instaurados contra alguns funcionários. »
...
O público é que devia fazer greve à Brasileira, que é uma lástima em termos de serviço, do que se come e a que preços, que são um verdadeiro roubo.
TELMA ROQUE
«Os trabalhadores do histórico café Brasileira do Chiado, em Lisboa, cumpriram ontem um dia de greve para pedir aumentos e o fim da "repressão psicológica". A gerência negou as acusações e manteve as portas abertas.
Repressão psicológica, perseguição e incumprimento de direitos como o pagamento de subsídios e horas extraordinárias levaram ontem os cerca de 30 funcionários à greve. "A Brasileira do Chiado é um estabelecimento de grande prestígio e este seu estatuto deveria ter correspondência nas relações de trabalho", argumentou o Sindicato dos Trabalhadores da Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Sul.
Rodolfo Caseiro, presidente do sindicato, explicou ao JN que, na origem do protesto está o "clima de instabilidade" que os trabalhadores enfrentam. "Quando exigem os seus direitos, são reprimidos ou suspensos", avançou, acrescentando que há três funcionários suspensos devido a processos disciplinares. Um deles, acabou mesmo por receber uma carta de despedimento e recorreu.
Jaime Silva, sócio-gerente da centenária Brasileira do Chiado, assegurou que "os salários estão actualizados" e negou quaisquer cenários de represálias. "Não há ninguém suspenso", frisou. Sobre o incumprimento de direitos e de regalias afirmou que não deve "cinco tostões a ninguém". Disse mesmo que, a seu ver, "a greve não tem fundamento nenhum". Embora tenha afirmado que não existem trabalhadores suspensos, admitiu que houve dois despedimentos. No entanto, não quis adiantar ao JN os motivos que estiveram na origem do afastamento dos funcionários.
Segundo Jaime Silva - que conseguiu assegurar o normal funcionamento do café - apenas 12 trabalhadores estiveram em greve. O Sindicato, avança que 22 não trabalharam. "Só estão a trabalhar os contratados a prazo porque têm medo de perder o emprego.
Entre os trabalhadores que cumpriram o dia de greve à porta da Brasileira estava Clevimar Soares, que diz ter sido despedido, alegadamente por levar fruta de casa para comer na mesa refeições de pessoal. "Pioraram a qualidade da comida e eu levei fruta para comer na sala. Foi confiscada e eu acabei suspenso", acusou.
Sindicato, gerência e um representante do Ministério do Trabalho estiveram ontem reunidos, mas não houve sinais de entendimento. No entanto, ficou marcada uma nova reunião de conciliação para dia o próximo dia 19.
Até lá, sindicato e trabalhadores garantem que vão continuar a lutar pela actualização salarial e pelo arquivamento dos processos disciplinares instaurados contra alguns funcionários. »
...
O público é que devia fazer greve à Brasileira, que é uma lástima em termos de serviço, do que se come e a que preços, que são um verdadeiro roubo.
"Botelhão" começa a tomar conta do Bairro Alto
In Jornal de Notícias (31/10/2009)
TELMA ROQUE
«Moradores e comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, garantem que o consumo de bebidas na rua aumentou de forma assustadora. Atribuem o fenómeno ao facto de os bares fecharem mais cedo e ao contexto de crise económica.
Há um ano que os bares e discotecas do Bairro Alto - espaço boémio que junta anónimos, figuras públicas e muitos turistas - deixaram de estar abertos até às quatro horas da madrugada. Por determinação da Câmara, ordenou-se o encerramento duas horas mais cedo, mas perante o coro de críticas, a medida acabou por ser revogada oito meses depois.
Em Julho passado, chegou-se a uma "solução de consenso" que se traduziu no fecho dos estabelecimentos de diversão pelas três horas, às sextas, sábados e véspera de feriados. Os moradores continuam a queixar-se do ruído, das drogas, dos grafitos e da falta de segurança. Quem tem comércio garante que o sector está na ruas da amargura e que os horários e a crise fizeram disparar os negócios de "vão de escada" e o chamado fenómeno do "Botelhão", ou seja, o consumo de álcool na rua.
"De manhã, nem à rua consigo sair. A soleira da porta está cheia de copos e garrafas. Nem o parapeito da janela escapa. Limito-me a abrir a janela e a atirar tudo para o chão", confessa Maria Helena Silva, que habita um rés-do-chão na Rua da Barroca.
Quando se pergunta à idosa se o Bairro Alto mudou neste último ano, a mulher solta um longo suspiro e desfia um rol de queixas. "O ruído é uma calamidade. Os bares fecham e a rapaziada fica na rua até às tantas. As paredes são limpas e voltam os rabiscos", afirma.
António Dias, outro morador opta por destacar "o triste espectáculo" e do consumo de bebidas " a metro" na rua e o tráfico de droga "à descarada". Na sua óptica, o problema é complexo e combate-se com "mais polícias".
Para Belino Costa, presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, há o risco de o "Botelhão" se tornar "num negócio dominante". Em Espanha, o fenómeno atingiu tal dimensão que foi proibido em certas zonas residenciais e turísticas. Este será uma das preocupações que levará à Câmara de Lisboa, em Maio de 2010, data em que as medidas serão reavaliadas. A segurança será outro tema a debater.
Paulo Cassiano, proprietário de um restaurante, junta-se aos protestos. Revela que, quando se aproxima o fecho dos bares, os jovens compram bebidas em larga escala para beberem na rua. Aponta ainda para a degradação crescente no Jardim de São Pedro de Alcântara, que se transformou "num espaço de consumo", e de depósito de garrafas e copos. »
...
É o progresso, portanto.
TELMA ROQUE
«Moradores e comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, garantem que o consumo de bebidas na rua aumentou de forma assustadora. Atribuem o fenómeno ao facto de os bares fecharem mais cedo e ao contexto de crise económica.
Há um ano que os bares e discotecas do Bairro Alto - espaço boémio que junta anónimos, figuras públicas e muitos turistas - deixaram de estar abertos até às quatro horas da madrugada. Por determinação da Câmara, ordenou-se o encerramento duas horas mais cedo, mas perante o coro de críticas, a medida acabou por ser revogada oito meses depois.
Em Julho passado, chegou-se a uma "solução de consenso" que se traduziu no fecho dos estabelecimentos de diversão pelas três horas, às sextas, sábados e véspera de feriados. Os moradores continuam a queixar-se do ruído, das drogas, dos grafitos e da falta de segurança. Quem tem comércio garante que o sector está na ruas da amargura e que os horários e a crise fizeram disparar os negócios de "vão de escada" e o chamado fenómeno do "Botelhão", ou seja, o consumo de álcool na rua.
"De manhã, nem à rua consigo sair. A soleira da porta está cheia de copos e garrafas. Nem o parapeito da janela escapa. Limito-me a abrir a janela e a atirar tudo para o chão", confessa Maria Helena Silva, que habita um rés-do-chão na Rua da Barroca.
Quando se pergunta à idosa se o Bairro Alto mudou neste último ano, a mulher solta um longo suspiro e desfia um rol de queixas. "O ruído é uma calamidade. Os bares fecham e a rapaziada fica na rua até às tantas. As paredes são limpas e voltam os rabiscos", afirma.
António Dias, outro morador opta por destacar "o triste espectáculo" e do consumo de bebidas " a metro" na rua e o tráfico de droga "à descarada". Na sua óptica, o problema é complexo e combate-se com "mais polícias".
Para Belino Costa, presidente da Associação de Comerciantes do Bairro Alto, há o risco de o "Botelhão" se tornar "num negócio dominante". Em Espanha, o fenómeno atingiu tal dimensão que foi proibido em certas zonas residenciais e turísticas. Este será uma das preocupações que levará à Câmara de Lisboa, em Maio de 2010, data em que as medidas serão reavaliadas. A segurança será outro tema a debater.
Paulo Cassiano, proprietário de um restaurante, junta-se aos protestos. Revela que, quando se aproxima o fecho dos bares, os jovens compram bebidas em larga escala para beberem na rua. Aponta ainda para a degradação crescente no Jardim de São Pedro de Alcântara, que se transformou "num espaço de consumo", e de depósito de garrafas e copos. »
...
É o progresso, portanto.
Alunos de escola na Graça temem pela segurança devido a obras
In Público (31/10/2009)
«Alunos da Escola Gil Vicente, em Lisboa, manifestaram-se ontem contra as obras em curso no estabelecimento, por considerarem que colocam em causa a sua segurança.
Junto a uma das portas da escola secundária e básica da zona da Graça, dezenas de alunos fizeram um "apitão" exigindo uma fiscalização às obras, que "já deviam ter acabado este Verão". "Isto é um perigo. A única entrada para a escola é pela mesma porta que é usada pelos camiões das obras", criticou Luís Encarnação, aluno do 11.º ano.
Carlos Mendes, da Associação de Pais, afirmou que "todas as instalações no exterior estão ocupadas com estaleiros das obras", acrescentando que "não foram pensadas, nem existem, saídas de emergência". "Há cerca de duas semanas, quando houve aquelas chuvinhas, ficou tudo inundado e os alunos não conseguiam sair da escola", exemplificou.
Os alunos queixam-se também de terem de usar casas de banho que funcionam em contentores e do facto de as aulas de educação física decorrem agora em três pavilhões da zona, obrigando-os a abandonar o recinto escolar.»
«Alunos da Escola Gil Vicente, em Lisboa, manifestaram-se ontem contra as obras em curso no estabelecimento, por considerarem que colocam em causa a sua segurança.
Junto a uma das portas da escola secundária e básica da zona da Graça, dezenas de alunos fizeram um "apitão" exigindo uma fiscalização às obras, que "já deviam ter acabado este Verão". "Isto é um perigo. A única entrada para a escola é pela mesma porta que é usada pelos camiões das obras", criticou Luís Encarnação, aluno do 11.º ano.
Carlos Mendes, da Associação de Pais, afirmou que "todas as instalações no exterior estão ocupadas com estaleiros das obras", acrescentando que "não foram pensadas, nem existem, saídas de emergência". "Há cerca de duas semanas, quando houve aquelas chuvinhas, ficou tudo inundado e os alunos não conseguiam sair da escola", exemplificou.
Os alunos queixam-se também de terem de usar casas de banho que funcionam em contentores e do facto de as aulas de educação física decorrem agora em três pavilhões da zona, obrigando-os a abandonar o recinto escolar.»
Estou farto....
40 por cento dos processos reanalisados violaram o PDM
"Alterar, propositadamente, nos desenhos dos projectos entregues para licenciamento à câmara, as medidas dos prédios contíguos é uma frequente manobra levada a cabo por vários promotores imobiliários e detectada várias vezes nesta reanálise de processos. Objectivo: se o prédio do lado tiver seis andares, em vez dos cinco que realmente possui, há mais hipóteses de serem autorizados também seis pisos para o edifício imediatamente colado a este."
....e quando é que vamos compreender que vivemos numa democracia e é pertinente colocar esta gentalha fora de jogo....?
Chafariz da Esperança: de Costas para um MN
As eleições deste ano foram, mais uma vez, marcadas pela instalação de cartazes de propaganda política junto a imóveis classificados da nossa cidade. Todos os partidos o fizeram sem excepção. A imagem mostra o espaço público fronteiro ao Chafariz da Esperança (Freguesia de Santos-o-Velho), classificado Monumento Nacional desde 1910. Lembramos que é proibida a instalação de dispositivos de propaganda e publicidade em imóveis classificados e respectivas ZEP (zona Especial de Protecção).
Decreto: 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910
ZEP: DR (I Série-B), n.º 183, de 10-08-1998, portaria n.º 512/98
É particularmente lamentável que António Costa, enquanto candidato vencedor do último acto eleitoral, esteja associado a este exemplo de falta de respeito pelo património classificado (parece que houve uma certa atracção por monumentos ligados ao Aqueduto porque a Mãe d'Água das Amoreiras também levou com um cartaz igual a este). E para agravar a situação, passadas três semanas sobre o último acto eleitoral, este mega cartaz ainda lá está. Já pedimos ao presidente da CML que mande retirar este cartaz da frente do Chafariz da Esperança. E o que fez a Comissão Nacional de Eleições?
30/10/2009
Chegado por e-mail:
Estacionamento na Av Republica de Lisboa
de Condominio Av. República
para dsrt@cm-lisboa.pt
cc info@emel.pt, trasfosforos@gmail.com,
Estimados Sres.
Resido na Av. República 56 em Lisboa e como tal entendo que é uma área da cidade com muitos escritórios e consultórios e que por isso há muito movimento de carros estacionados.
Há no entanto uma situação recorrente que me parece incorrecta no meu quarteirão que passo a descrever (envio tb fotografias em anexo):
1. na Av João XXI não é permitido estacionar
2. no Defensores de Chaves Nº.89 C existe uma empresa de aluguer de carros www.iberent.pt com, aproximadamente, 20 carros e 10 carrinhas de 8m3 estacionadas na rua:
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=en&geocode=&q=Defensores+de+Chaves+89,+lisboa+&sll=37.0625,-95.677068&sspn=39.456673,93.076172&ie=UTF8&hq=&hnear=89a+Av.+dos+Defensores+de+Chaves,+Lisbon,+1000,+Portugal&ll=38.740963,-9.144702&spn=0.009506,0.022724&t=h&z=16&iwloc=A&layer=c&cbll=38.7407,-9.144815&panoid=7eWRDslloDwNzxDM_XiqCw&cbp=12,354.63,,0,21.73
3. na rua Barbosa do Bocage 50 há uma oficina de reparação de viaturas automóveis, com minimo 5 viaturas dos clientes estacionadas na rua
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=en&geocode=&q=barbosa+do+bocage+50,+lisboa&sll=38.740572,-9.144972&sspn=0.009155,0.022724&ie=UTF8&hq=&hnear=50+Av.+Barbosa+du+Bocage,+Lisbon,+Portugal&ll=38.740913,-9.145496&spn=0.009506,0.022724&t=h&z=16&iwloc=A&layer=c&cbll=38.740554,-9.145087&panoid=s92q9Zh17x0XxldCL6TkkA&cbp=12,308.33,,0,-0.01
4. da av. Republica 50 ao 56 há:
a) estacionamento para o ministerio da saude (Gabinete de Gestão do Saúde XXI) e que já não se situa nesse local
b) estacionamento para ambulâncias de uma clínica que fechou
c) cargas e descargas, garagem e loja de venda de viaturas com estacionamento reservado
d) estacionamento para 4 viaturas livre de EMEL onde os carros estão estacionados de maneira quase permanente
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=en&geocode=&q=av+republica+50,+lisboa&sll=38.740719,-9.146304&sspn=0.009573,0.022724&ie=UTF8&hq=&hnear=50+Av.+da+Rep%C3%BAblica,+Lisbon,+Portugal&ll=38.745616,-9.146097&spn=0,359.977276&t=h&z=16&iwloc=A&layer=c&cbll=38.740549,-9.146264&panoid=DbXIwFeLqfseVurWimS2CA&cbp=12,16.67,,1,-4.82
Não percebo como com a forte presença da policia e inspectores de EMEL existente nesta zona, seja permitido este caos e se respeite tão pouco os residentes que vemos-nos frequentemente obrigados a estacionar em estacionamento privados ou nos reservados ás cargas e descargas com os consequentes encargos financeiros e multas.
Em relação a esta situação, o que me parece inadmissivel é que tanto a empresa de aluguer de carros como a oficina dispôem dum trabalhador a vigiar quando os inspectores da EMEL estão lá para pôr as multas. Para além do que não são de certeza essas receitas da EMEL as que justificam que parte dos impostos que eu pago só sirvam para o beneficio das empresas que ocupam o 60% dos lugares de estacionamento á volta da minha residencia. Afinal, uma rua é pública ou privada?
Feita a exposicão, gostaría me informassem da legalidade do estacionamento de carros de aluguer na rua, e se fosse possivel, marcar uma reunião com um dos vossos juristas para perceber a função do Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego neste tipo de situações.
--
Obrigada e Cumprimentos
Noelia Novella
Administradora Condominio Av República 56
de Condominio Av. República
para dsrt@cm-lisboa.pt
cc info@emel.pt, trasfosforos@gmail.com,
Estimados Sres.
Resido na Av. República 56 em Lisboa e como tal entendo que é uma área da cidade com muitos escritórios e consultórios e que por isso há muito movimento de carros estacionados.
Há no entanto uma situação recorrente que me parece incorrecta no meu quarteirão que passo a descrever (envio tb fotografias em anexo):
1. na Av João XXI não é permitido estacionar
2. no Defensores de Chaves Nº.89 C existe uma empresa de aluguer de carros www.iberent.pt com, aproximadamente, 20 carros e 10 carrinhas de 8m3 estacionadas na rua:
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=en&geocode=&q=Defensores+de+Chaves+89,+lisboa+&sll=37.0625,-95.677068&sspn=39.456673,93.076172&ie=UTF8&hq=&hnear=89a+Av.+dos+Defensores+de+Chaves,+Lisbon,+1000,+Portugal&ll=38.740963,-9.144702&spn=0.009506,0.022724&t=h&z=16&iwloc=A&layer=c&cbll=38.7407,-9.144815&panoid=7eWRDslloDwNzxDM_XiqCw&cbp=12,354.63,,0,21.73
3. na rua Barbosa do Bocage 50 há uma oficina de reparação de viaturas automóveis, com minimo 5 viaturas dos clientes estacionadas na rua
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=en&geocode=&q=barbosa+do+bocage+50,+lisboa&sll=38.740572,-9.144972&sspn=0.009155,0.022724&ie=UTF8&hq=&hnear=50+Av.+Barbosa+du+Bocage,+Lisbon,+Portugal&ll=38.740913,-9.145496&spn=0.009506,0.022724&t=h&z=16&iwloc=A&layer=c&cbll=38.740554,-9.145087&panoid=s92q9Zh17x0XxldCL6TkkA&cbp=12,308.33,,0,-0.01
4. da av. Republica 50 ao 56 há:
a) estacionamento para o ministerio da saude (Gabinete de Gestão do Saúde XXI) e que já não se situa nesse local
b) estacionamento para ambulâncias de uma clínica que fechou
c) cargas e descargas, garagem e loja de venda de viaturas com estacionamento reservado
d) estacionamento para 4 viaturas livre de EMEL onde os carros estão estacionados de maneira quase permanente
http://maps.google.com/maps?f=q&source=s_q&hl=en&geocode=&q=av+republica+50,+lisboa&sll=38.740719,-9.146304&sspn=0.009573,0.022724&ie=UTF8&hq=&hnear=50+Av.+da+Rep%C3%BAblica,+Lisbon,+Portugal&ll=38.745616,-9.146097&spn=0,359.977276&t=h&z=16&iwloc=A&layer=c&cbll=38.740549,-9.146264&panoid=DbXIwFeLqfseVurWimS2CA&cbp=12,16.67,,1,-4.82
Não percebo como com a forte presença da policia e inspectores de EMEL existente nesta zona, seja permitido este caos e se respeite tão pouco os residentes que vemos-nos frequentemente obrigados a estacionar em estacionamento privados ou nos reservados ás cargas e descargas com os consequentes encargos financeiros e multas.
Em relação a esta situação, o que me parece inadmissivel é que tanto a empresa de aluguer de carros como a oficina dispôem dum trabalhador a vigiar quando os inspectores da EMEL estão lá para pôr as multas. Para além do que não são de certeza essas receitas da EMEL as que justificam que parte dos impostos que eu pago só sirvam para o beneficio das empresas que ocupam o 60% dos lugares de estacionamento á volta da minha residencia. Afinal, uma rua é pública ou privada?
Feita a exposicão, gostaría me informassem da legalidade do estacionamento de carros de aluguer na rua, e se fosse possivel, marcar uma reunião com um dos vossos juristas para perceber a função do Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego neste tipo de situações.
--
Obrigada e Cumprimentos
Noelia Novella
Administradora Condominio Av República 56
Etiquetas:
Avenida da República,
estacionamento
Chegado por e-mail:
Jardim Botto Machado. | ID 346871
Estimada Maria João Gamito,
Agradeço a sua resposta (a única na verdade) não obstante e apesar do que a DSRT erradamente nos informou e que passo a citar “…Em relação ao estacionamento de viaturas do tribunal, foi atribuído estacionamento na longitudinal e não sobre o passeio…” ou é uma redonda mentira, comprovada pelos sinais de trânsito que fotografámos, ou os militares mandaram fazer placas e colocaram-nas abusivamente (o que já não seria a primeira vez neste local.
Assim sendo, aguardamos:
1 – O esclarecimento formal e cabal sobre a validade das placas;
2 – Que os veículos sejam retirados de cima do passeio;
3 – Para acabar de vez com esta situação de estacionamento selvagem impune que obriga as pessoas a andar pelo meio da estrada esperamos que o passeio seja protegido de forma eficaz
Melhores cumprimentos,
Bruno Palma
De: "Maria João Gamito"
Enviada: sexta-feira, 30 de Outubro de 2009 11:34
Para: Bruno Santos Palma
Assunto: RE: Jardim Botto Machado. | ID 346871
Boa tarde,
Agradecemos o seu contacto e informamos que, uma vez que encaminhou o e-mail para a Polícia Municipal, serviço competente nesta matéria, registámos e anexámos a informação ao ID 346871.
Estamos sempre ao seu dispor.
Com os melhores cumprimentos,
Maria João Rodrigues
Técn. de Marketing e Relações Públicas
Centro de Atendimento ao Munícipe
De: Bruno Santos Palma
Enviada: segunda-feira, 19 de Outubro de 2009 18:14
Para: 'Departamento Trafego'; pm@cm-lisboa.pt; policia.municipal@cm-lisboa.pt; pm.nadm@cm-lisboa.pt
Cc: 'Centro de Atendimento ao Munícipe'
Assunto: RE: Jardim Botto Machado. (ID n.º 324721 e ID n.º 324722)
Importância: Alta
Exma. Senhora Filomena Pedro, agradeço a sua resposta.
Relativamente ao estacionamento em cima do passeio em frente ao Tribunal Militar não é possível estacionar longitudinalmente, a menos que seja em cima do passeio, o que de facto acontece e impossibilita a passagem dos peões que é feita pelo meio da estrada o que pode ser facilmente constatado com uma visita ao local.
Este problema é tanto mais grave, porque:
1 - A zona é habitada maioritariamente por pessoas idosas e com menos mobilidade;
2 - Nos dias de feira (terças e sábado) os passeios da zona desaparecem;
3 - Os militares estacionam impunemente as suas viaturas (com a conivência da PSP que nada faz, ou nada pode fazer) demarcando para o efeito o espaço com pinos laranjas;
4 – Finalmente, a situação é tão grave e tão corriqueira que basta ir ao Google para constatar:
Portanto, agradeço o contacto do responsável da zona para com ele visitar o locar e constatar o óbvio.
Obrigado
Bruno Palma
De: Departamento Trafego [mailto:dsrt@cm-lisboa.pt]
Enviada: segunda-feira, 19 de Outubro de 2009 17:14
Assunto: Jardim Botto Machado. (ID n.º 324721 e ID n.º 324722)
Exmo. Senhor,
Acusamos a recepção do e-mail enviado por V. Exa. sobre o assunto em epígrafe, o qual mereceu a nossa melhor atenção.
Na sequência do mesmo, cumpre-nos informar que a sinalização vertical irá ser corrigida de forma a melhorar a circulação pedonal no local. Em relação ao estacionamento de viaturas do tribunal, foi atribuído estacionamento na longitudinal e não sobre o passeio. Se o espaço é utilizado abusivamente, o assunto será da competência da PM (Polícia Municipal) e/ou da PSP-DT (Polícia de Segurança Pública - Divisão de Trânsito), dado tratar-se de um problema de fiscalização.
Gratos pela atenção dispensada, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,
Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego
Estimada Maria João Gamito,
Agradeço a sua resposta (a única na verdade) não obstante e apesar do que a DSRT erradamente nos informou e que passo a citar “…Em relação ao estacionamento de viaturas do tribunal, foi atribuído estacionamento na longitudinal e não sobre o passeio…” ou é uma redonda mentira, comprovada pelos sinais de trânsito que fotografámos, ou os militares mandaram fazer placas e colocaram-nas abusivamente (o que já não seria a primeira vez neste local.
Assim sendo, aguardamos:
1 – O esclarecimento formal e cabal sobre a validade das placas;
2 – Que os veículos sejam retirados de cima do passeio;
3 – Para acabar de vez com esta situação de estacionamento selvagem impune que obriga as pessoas a andar pelo meio da estrada esperamos que o passeio seja protegido de forma eficaz
Melhores cumprimentos,
Bruno Palma
De: "Maria João Gamito"
Enviada: sexta-feira, 30 de Outubro de 2009 11:34
Para: Bruno Santos Palma
Assunto: RE: Jardim Botto Machado. | ID 346871
Boa tarde,
Agradecemos o seu contacto e informamos que, uma vez que encaminhou o e-mail para a Polícia Municipal, serviço competente nesta matéria, registámos e anexámos a informação ao ID 346871.
Estamos sempre ao seu dispor.
Com os melhores cumprimentos,
Maria João Rodrigues
Técn. de Marketing e Relações Públicas
Centro de Atendimento ao Munícipe
De: Bruno Santos Palma
Enviada: segunda-feira, 19 de Outubro de 2009 18:14
Para: 'Departamento Trafego'; pm@cm-lisboa.pt; policia.municipal@cm-lisboa.pt; pm.nadm@cm-lisboa.pt
Cc: 'Centro de Atendimento ao Munícipe'
Assunto: RE: Jardim Botto Machado. (ID n.º 324721 e ID n.º 324722)
Importância: Alta
Exma. Senhora Filomena Pedro, agradeço a sua resposta.
Relativamente ao estacionamento em cima do passeio em frente ao Tribunal Militar não é possível estacionar longitudinalmente, a menos que seja em cima do passeio, o que de facto acontece e impossibilita a passagem dos peões que é feita pelo meio da estrada o que pode ser facilmente constatado com uma visita ao local.
Este problema é tanto mais grave, porque:
1 - A zona é habitada maioritariamente por pessoas idosas e com menos mobilidade;
2 - Nos dias de feira (terças e sábado) os passeios da zona desaparecem;
3 - Os militares estacionam impunemente as suas viaturas (com a conivência da PSP que nada faz, ou nada pode fazer) demarcando para o efeito o espaço com pinos laranjas;
4 – Finalmente, a situação é tão grave e tão corriqueira que basta ir ao Google para constatar:
Portanto, agradeço o contacto do responsável da zona para com ele visitar o locar e constatar o óbvio.
Obrigado
Bruno Palma
De: Departamento Trafego [mailto:dsrt@cm-lisboa.pt]
Enviada: segunda-feira, 19 de Outubro de 2009 17:14
Assunto: Jardim Botto Machado. (ID n.º 324721 e ID n.º 324722)
Exmo. Senhor,
Acusamos a recepção do e-mail enviado por V. Exa. sobre o assunto em epígrafe, o qual mereceu a nossa melhor atenção.
Na sequência do mesmo, cumpre-nos informar que a sinalização vertical irá ser corrigida de forma a melhorar a circulação pedonal no local. Em relação ao estacionamento de viaturas do tribunal, foi atribuído estacionamento na longitudinal e não sobre o passeio. Se o espaço é utilizado abusivamente, o assunto será da competência da PM (Polícia Municipal) e/ou da PSP-DT (Polícia de Segurança Pública - Divisão de Trânsito), dado tratar-se de um problema de fiscalização.
Gratos pela atenção dispensada, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos,
Departamento de Segurança Rodoviária e Tráfego
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Campo de Santa Clara,
estacionamento selvagem
o novo "Arquivo da Cidade de Amesterdão"
O Arquivo da Cidade de Amesterdão foi transferido recentemente para o centro da cidade.
O mais importante arquivo da cidade está desde 2007 instalado num edifício emblemático de Amesterdão, construído entre 1919 e 1926 para sede de um grande banco holandês com actividade centrada nas colónias (o equivalente ao nosso BNU).
A adaptação da antiga sede de banco a novo arquivo é exemplar. A identidade patrimonial do edifício foi preservada mas não se comprometeu a funcionalidade do novo equipamento. Exemplar também é o horário de abertura. Foi pensado de modo a que todos os munícipes tenham a possibilidade de ir ao arquivo da sua cidade: está de portas abertas aos fins-de-semana entre as 11h e as 17h.
Este exemplo de Amesterdão é particularmente relevante para Lisboa na medida em que se trata do arquivo de uma cidade da Europa com um passado colonial muito semelhante ao de Lisboa.
Nós lisboetas não podemos deixar de pensar nos vários imóveis devolutos, Municipais e do Estado, espalhados pelo centro da capital. É lamentável que as únicas ocupações em que se pensa para todo este património sejam os “hotéis de charme” ou “condomínios de luxo”.
Mas há evidências de mudança de mentalidades. Foi um bom sinal a decisão da CML instalar o MUDE - Museu do Design e da Moda na antiga sede do BNU, em plena Baixa. Esperemos agora que se tenha o bom senso de abandonar a ideia de construir um mega edifício no Vale de Santo António, um projecto bem intencionado mas pouco sustentável e numa localização excêntrica.
Lisboa ainda está na infância. Para confirmar a nossa triste realidade basta visitar o arquivo de Amesterdão no sítio na internet: http://www.stadsarchief.amsterdam.nl/
Para saber mais sobre a história do edifício (classificado "Monumento Nacional" desde 1991): www.debazelamsterdam.nl/engels/indexGB.htm
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Amesterdão,
Arquivo Histórico,
Arquivo Municipal de Lisboa
A história de Lisboa no jardim do palácio
In Diário de Notícias (30/10/2009)
por NYSSE ARRUDAHoje
«Em vinte painéis muito bem ilustrados, a equipa do Gabinete de Estudos Olisiponenses, liderada por Luísa Mellid Monteiro, apresenta até dia 25 de Novembro a exposição "História de Lisboa - Tempos Fortes", com concepção e direcção de José Manuel Garcia.
Em cada um destes quadros alinhados numa agradável alameda do jardim do Palácio Beau Séjour, são vários os flashes de momentos marcantes na história da cidade, história esta que se enreda com a própria história de Portugal. A começar pela lembrança forte da ocupação romana, quando Lisboa era chamada Felicitas Iulia Olisipo, em 138 a.C., quando Décimo Júnio Bruto ordena a fortificação da cidade.
Um passo adiante é a Lisboa islâmica que surge nos quadros, a cidade que se chamava Al-Ushbuna quando Aidulfo, nobre visigodo, entrega a cidade a Abd al-Aziz, em 714.
A Lisboa Afonsina, entre a conquista aos mouros e a outorga do primeiro foral, de 1147 a 1179, retraça um dos momentos-chave na história da cidade que já assumia o status de capital do reino.
Depois seguem-se os anos terríveis da peste negra e a subsequente construção da Cerca fernandina.
Com uma fotografia da estátua de D. João I na Praça da Figueira, recorda-se a aclamação do Mestre de Avis e o cerco dos castelhanos de 1383 a 1384.
Segue-se então a época manuelina e a riqueza e bulício de Lisboa são mostradas em detalhes de iluminuras e pinturas, pórticos manuelinos e painel de azulejos.
"A ideia principal da exposição é que as pessoas consigam abarcar momentos-chave da história de Lisboa em apenas alguns minutos", diz Elisabete Gama, explicando que há também visitas guiadas para as escolas e o público em geral, mediante marcação prévia pelo telefone 217 701 100. A exposição está aberta de segunda a sábado das 10.00 às 19.00.
Assim, sob a sombra das árvores, a visita continua com momentos mais negativos da história da cidade, como o período entre o massacre dos judeus e a Inquisição, de 1506 a 1821. Mas logo a luz brilha outra vez com o elogio de Lisboa no Renascimento.
(...)»
por NYSSE ARRUDAHoje
«Em vinte painéis muito bem ilustrados, a equipa do Gabinete de Estudos Olisiponenses, liderada por Luísa Mellid Monteiro, apresenta até dia 25 de Novembro a exposição "História de Lisboa - Tempos Fortes", com concepção e direcção de José Manuel Garcia.
Em cada um destes quadros alinhados numa agradável alameda do jardim do Palácio Beau Séjour, são vários os flashes de momentos marcantes na história da cidade, história esta que se enreda com a própria história de Portugal. A começar pela lembrança forte da ocupação romana, quando Lisboa era chamada Felicitas Iulia Olisipo, em 138 a.C., quando Décimo Júnio Bruto ordena a fortificação da cidade.
Um passo adiante é a Lisboa islâmica que surge nos quadros, a cidade que se chamava Al-Ushbuna quando Aidulfo, nobre visigodo, entrega a cidade a Abd al-Aziz, em 714.
A Lisboa Afonsina, entre a conquista aos mouros e a outorga do primeiro foral, de 1147 a 1179, retraça um dos momentos-chave na história da cidade que já assumia o status de capital do reino.
Depois seguem-se os anos terríveis da peste negra e a subsequente construção da Cerca fernandina.
Com uma fotografia da estátua de D. João I na Praça da Figueira, recorda-se a aclamação do Mestre de Avis e o cerco dos castelhanos de 1383 a 1384.
Segue-se então a época manuelina e a riqueza e bulício de Lisboa são mostradas em detalhes de iluminuras e pinturas, pórticos manuelinos e painel de azulejos.
"A ideia principal da exposição é que as pessoas consigam abarcar momentos-chave da história de Lisboa em apenas alguns minutos", diz Elisabete Gama, explicando que há também visitas guiadas para as escolas e o público em geral, mediante marcação prévia pelo telefone 217 701 100. A exposição está aberta de segunda a sábado das 10.00 às 19.00.
Assim, sob a sombra das árvores, a visita continua com momentos mais negativos da história da cidade, como o período entre o massacre dos judeus e a Inquisição, de 1506 a 1821. Mas logo a luz brilha outra vez com o elogio de Lisboa no Renascimento.
(...)»
Santana Lopes fica na Câmara de Lisboa como vereador
In Diário de Notícias (30/10/2009)
por DNHoje
«Na sua crónica habitual publicada no semanário Sol, Pedro Santana Lopes, candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa (CML), derrotado por António Costa (PS) nas últimas autárquicas, afirma: “Vou ficar como vereador e lutar pelo que acredito”.
Pedro Santana Lopes confirmou o seu discurso na noite das eleições autárquicas e anunciou, numa crónica publicada no semanário Sol, que decidiu ficar como vereador na Câmara Municipal de Lisboa. Santana Lopes diz que a cidade tem um “desígnio estratégico” e que “esse desígnio estratégico pode ficar muito comprometido se forem por diante algumas das decisões anunciadas por José Sócrates e António Costa”.
Santana Lopes concretiza: “Quero fazer tudo para que Lisboa não fique sem aeroporto. Para que mais contentores não ocupem o lugar de cruzeiros turísticos. Para que a terceira travessia Chelas-Barreiro não traga carros para Lisboa.”
Fala ainda de uma das suas propostas para a cidade, a ligação do Túnel do Marquês à avenida António Augusto de Aguiar, da remodelação do Parque Mayer, da “revisão do Plano Director Municipal” e da “reabilitação dos bairros históricos e requalificação dos bairros sociais”.
O candidato do PSD diz ainda que, apesar de ter exercido cargos como o de presidente da CML ou primeiro-ministro não o impede de aceitar o cargo de vereador e que o faz “com toda a honra”.
Pedro Santana Lopes diz ainda na crónica que “perder como perdi não custa muito”, e volta a insurgir-se contra as sondagens (que, na noite eleitoral, afirmou serem “uma vergonha para a democracia”). Diz que uma sondagem publicada pelo Expresso a 28 de Dezembro que dava a vitória ao PS foi “encomendada” pelos socialistas e que estava a competir com “um presidente de Câmara em funções, em primeiro mandato e, mais ainda, com só metade do tempo desse mandato”. Conclui que “a mão invisível do sistema político fez tudo para que se falasse o menos possível de Lisboa” e que a campanha para as últimas autárquicas “foi uma campanha sem debates sobre Lisboa”»
por DNHoje
«Na sua crónica habitual publicada no semanário Sol, Pedro Santana Lopes, candidato do PSD à Câmara Municipal de Lisboa (CML), derrotado por António Costa (PS) nas últimas autárquicas, afirma: “Vou ficar como vereador e lutar pelo que acredito”.
Pedro Santana Lopes confirmou o seu discurso na noite das eleições autárquicas e anunciou, numa crónica publicada no semanário Sol, que decidiu ficar como vereador na Câmara Municipal de Lisboa. Santana Lopes diz que a cidade tem um “desígnio estratégico” e que “esse desígnio estratégico pode ficar muito comprometido se forem por diante algumas das decisões anunciadas por José Sócrates e António Costa”.
Santana Lopes concretiza: “Quero fazer tudo para que Lisboa não fique sem aeroporto. Para que mais contentores não ocupem o lugar de cruzeiros turísticos. Para que a terceira travessia Chelas-Barreiro não traga carros para Lisboa.”
Fala ainda de uma das suas propostas para a cidade, a ligação do Túnel do Marquês à avenida António Augusto de Aguiar, da remodelação do Parque Mayer, da “revisão do Plano Director Municipal” e da “reabilitação dos bairros históricos e requalificação dos bairros sociais”.
O candidato do PSD diz ainda que, apesar de ter exercido cargos como o de presidente da CML ou primeiro-ministro não o impede de aceitar o cargo de vereador e que o faz “com toda a honra”.
Pedro Santana Lopes diz ainda na crónica que “perder como perdi não custa muito”, e volta a insurgir-se contra as sondagens (que, na noite eleitoral, afirmou serem “uma vergonha para a democracia”). Diz que uma sondagem publicada pelo Expresso a 28 de Dezembro que dava a vitória ao PS foi “encomendada” pelos socialistas e que estava a competir com “um presidente de Câmara em funções, em primeiro mandato e, mais ainda, com só metade do tempo desse mandato”. Conclui que “a mão invisível do sistema político fez tudo para que se falasse o menos possível de Lisboa” e que a campanha para as últimas autárquicas “foi uma campanha sem debates sobre Lisboa”»
Prémio Valmor distingue edifício da Vodafone e Art"s Hotel, duas obras no Parque das Nações
In Público (30/10/2009)
Por Inês Boaventura
«O arquitecto Frederico Valsassina, autor do hotel na Avenida Dom João II, destaca o painel de Pop Art do islandês Erró e o uso público do piso térreo
O edifício da Vodafone e o Art"s Business & Hotel Center, ambos na Avenida Dom João II, foram distinguidos com o Prémio Valmor de 2005 e 2004, elevando para cinco o número de projectos galardoados no Parque das Nações. Se se contabilizarem também as menções honrosas, o total de distinções atribuídas desde 1997 nesta zona de Lisboa sobe para nove.
Para o ano de 2004 foram premiadas três obras: os Terraços de Bragança, de Siza Vieira, o Art"s Business & Hotel Center, de Frederico Valsassina, e o projecto de "qualificação da entrada norte de Lisboa", desenvolvido pela Câmara de Lisboa. No primeiro caso, o júri salientou a importância da obra no Chiado pelo "enquadramento e reabilitação urbana" e também as dificuldades de construção devido à "preservação das ruínas existentes da Muralha Fernandina" e à "clivagem topológica geográfica que divide o terreno".
Quanto ao Art"s Business & Hotel Center, o júri destacou "a originalidade da expressão arquitectónica e os valores plásticos presentes". O arquitecto Frederico Valsassina disse ao PÚBLICO que se trata de "um dos poucos edifícios que representam as ideias do plano do Parque das Nações", que previa que a entrada nos imóveis se fizesse a um nível superior, convertendo os pisos térreos em espaços privados de uso público, e destacou o painel do islandês Erró com personagens da banda desenhada.
Também na Avenida Dom João II foi premiado, para o ano de 2005, o edifício da Vodafone, de Alexandre Burmester e José Carlos Gonçalves, em relação ao qual o júri notou "as características emblemáticas e a qualidade e criatividade indiscutíveis". Para o ano de 2006 foi atribuída uma menção honrosa a um prédio na mesma artéria projectado por Maria Manuel Alvares e Rui Serra. No Parque das Nações já foram galardoados com o Prémio Valmor o seu espaço público, o Pavilhão de Portugal e o Pavilhão do Conhecimento, tendo sido atribuídas menções honrosas ao Oceanário, ao Pavilhão Atlântico e ao edifício da Parque Expo.»
...
Parabéns aos autores que foram premiados. Mas, oxalá que daqui a 60-70 anos não venham por aí uns palermas, incultos, corruptos e criminosos que deitem abaixo estes novos Prémios Valmor, como sucedeu e tem sucedido ao longo das últimas décadas a prédios galardoados com o mesmo prémio, da autoria de nomes tão "insignificantes" quanto Norte Júnior, Raul Lino, Cristino da Silva, Ventura Terra ou Cassiano. Bah!
Por Inês Boaventura
«O arquitecto Frederico Valsassina, autor do hotel na Avenida Dom João II, destaca o painel de Pop Art do islandês Erró e o uso público do piso térreo
O edifício da Vodafone e o Art"s Business & Hotel Center, ambos na Avenida Dom João II, foram distinguidos com o Prémio Valmor de 2005 e 2004, elevando para cinco o número de projectos galardoados no Parque das Nações. Se se contabilizarem também as menções honrosas, o total de distinções atribuídas desde 1997 nesta zona de Lisboa sobe para nove.
Para o ano de 2004 foram premiadas três obras: os Terraços de Bragança, de Siza Vieira, o Art"s Business & Hotel Center, de Frederico Valsassina, e o projecto de "qualificação da entrada norte de Lisboa", desenvolvido pela Câmara de Lisboa. No primeiro caso, o júri salientou a importância da obra no Chiado pelo "enquadramento e reabilitação urbana" e também as dificuldades de construção devido à "preservação das ruínas existentes da Muralha Fernandina" e à "clivagem topológica geográfica que divide o terreno".
Quanto ao Art"s Business & Hotel Center, o júri destacou "a originalidade da expressão arquitectónica e os valores plásticos presentes". O arquitecto Frederico Valsassina disse ao PÚBLICO que se trata de "um dos poucos edifícios que representam as ideias do plano do Parque das Nações", que previa que a entrada nos imóveis se fizesse a um nível superior, convertendo os pisos térreos em espaços privados de uso público, e destacou o painel do islandês Erró com personagens da banda desenhada.
Também na Avenida Dom João II foi premiado, para o ano de 2005, o edifício da Vodafone, de Alexandre Burmester e José Carlos Gonçalves, em relação ao qual o júri notou "as características emblemáticas e a qualidade e criatividade indiscutíveis". Para o ano de 2006 foi atribuída uma menção honrosa a um prédio na mesma artéria projectado por Maria Manuel Alvares e Rui Serra. No Parque das Nações já foram galardoados com o Prémio Valmor o seu espaço público, o Pavilhão de Portugal e o Pavilhão do Conhecimento, tendo sido atribuídas menções honrosas ao Oceanário, ao Pavilhão Atlântico e ao edifício da Parque Expo.»
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Parabéns aos autores que foram premiados. Mas, oxalá que daqui a 60-70 anos não venham por aí uns palermas, incultos, corruptos e criminosos que deitem abaixo estes novos Prémios Valmor, como sucedeu e tem sucedido ao longo das últimas décadas a prédios galardoados com o mesmo prémio, da autoria de nomes tão "insignificantes" quanto Norte Júnior, Raul Lino, Cristino da Silva, Ventura Terra ou Cassiano. Bah!
Tribunal de Contas aprovou empréstimo pedido por Lisboa
In Público (30/10/2009)
Por Ana Henriques
«Regularizar dívidas aos fornecedores é o objectivo da autarquia, que vai receber mais de 126 milhões
O Tribunal de Contas aprovou ontem um pedido da Câmara de Lisboa para contrair um empréstimo de mais de 126 milhões de euros, destinado a pagar dívidas a fornecedores.
Trata-se de um empréstimo a contrair no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado (PREDE). Num primeiro momento o tribunal não autorizou o empréstimo, por ele não ter sido aprovado por uma maioria qualificada de deputados na Assembleia Municipal de Lisboa. Foi preciso repetir a votação neste órgão, com o PSD a alterar o seu sentido de voto, para resolver o problema. Como recordou na altura o tribunal, de acordo com a lei das finanças locais sempre que os efeitos da celebração de um contrato de empréstimo se mantenham ao longo de dois ou mais mandatos não basta a concordância de uma maioria simples dos deputados. Por outro lado, também por indicação do tribunal a autarquia teve de excluir deste empréstimo todas as dívidas a entidades de natureza pública, o que fez baixar o montante inicialmente pretendido, 130 milhões, para 126,3 milhões de euros.
O PREDE permite que as câmaras, mesmo com problemas financeiros, possam contrair empréstimos junto da banca (60 por cento do montante total) e do Estado (40 por cento) para pagarem dívidas a fornecedores sem que isso conte para efeitos do seu endividamento líquido, já que se trata de uma mera alteração da natureza da dívida. O que antes estava contabilizado como dívida a fornecedores passa a estar contabilizado em empréstimos de médio e longo prazo.»
Por Ana Henriques
«Regularizar dívidas aos fornecedores é o objectivo da autarquia, que vai receber mais de 126 milhões
O Tribunal de Contas aprovou ontem um pedido da Câmara de Lisboa para contrair um empréstimo de mais de 126 milhões de euros, destinado a pagar dívidas a fornecedores.
Trata-se de um empréstimo a contrair no âmbito do Programa de Regularização Extraordinária de Dívidas do Estado (PREDE). Num primeiro momento o tribunal não autorizou o empréstimo, por ele não ter sido aprovado por uma maioria qualificada de deputados na Assembleia Municipal de Lisboa. Foi preciso repetir a votação neste órgão, com o PSD a alterar o seu sentido de voto, para resolver o problema. Como recordou na altura o tribunal, de acordo com a lei das finanças locais sempre que os efeitos da celebração de um contrato de empréstimo se mantenham ao longo de dois ou mais mandatos não basta a concordância de uma maioria simples dos deputados. Por outro lado, também por indicação do tribunal a autarquia teve de excluir deste empréstimo todas as dívidas a entidades de natureza pública, o que fez baixar o montante inicialmente pretendido, 130 milhões, para 126,3 milhões de euros.
O PREDE permite que as câmaras, mesmo com problemas financeiros, possam contrair empréstimos junto da banca (60 por cento do montante total) e do Estado (40 por cento) para pagarem dívidas a fornecedores sem que isso conte para efeitos do seu endividamento líquido, já que se trata de uma mera alteração da natureza da dívida. O que antes estava contabilizado como dívida a fornecedores passa a estar contabilizado em empréstimos de médio e longo prazo.»
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Tribunal de Contas
Câmara confirma violações do PDMna Av. da República e Conde Redondo
In Público (30/10/2009)
«Três dos casos de violação do Plano Director Municipal (PDM) encontrados pelo grupo de trabalho da Câ-mara de Lisboa que reanalisou os processos urbanísticos apontados pela sindicância referem-se a edifícios que já estavam construídos quando se percebeu que o seu licenciamento nunca devia ter acontecido.
Um dos casos refere-se a um edifício construído no cruzamento da Avenida da República com a João Crisóstomo que constava do inventário municipal do património, mas que acabou por ser demolido em 2008, já depois de o respectivo processo ter sido reanalisado pelo grupo de trabalho. Só sobrou a fachada. O projecto de arquitectura aprovado três anos antes violava o PDM e a autarquia só decidiu pela nulidade do acto já em 2008. A demolição foi autorizada pela autarquia, apesar de o edifício se encontrar "em razoável estado de conservação" e ter "valores patrimoniais a preservar", refere um relatório do grupo de trabalho.
Nos outros dois edifícios já construídos à data da reanálise dos processos, a equipa técnica optou por desaconselhar qualquer medida, dado "o tempo entretanto decorrido". É o caso de um prédio de habitação construído na Rua do Conde de Redondo n.º 4, um caso deferido pela autarquia em 2004 apesar de também violar o PDM por ter um piso a mais e não possuir lugares de estacionamento suficientes. De acordo com o grupo de trabalho, este processo foi apreendido pela Procuradoria-Geral da República.
O outro caso de violação do PDM que já não terá qualquer consequência refere-se a um edifício na Rua de Duarte Galvão, também com pisos a mais. No entanto, depois de entregues novos elementos que não alteraram o projecto, o processo foi deferido em Fevereiro de 2004, contra a informação técnica, que apontava a violação do PDM, segundo a Lusa»
...
Mas que grande confusão a desta notícia com o prédio acima fotografado. O prédio é/era antigo e a sua construção nunca podia ter sido objecto de sugestão de declaração de nulidade da sua construção. O que a sindicância concluiu em Janeiro de 2008 foi que devia ser declarado nulo o projecto de alterações e demolição de interiores que a famigerada dupla de sras. responsáveis pelo urbanismo desta cidade nos últimos anos (Napoleão e Seara) aprovou para ali, por violação do PDM, até porque o imóvel estava no Inventário Municipal do Património. Mas isso não foi seguido pela CML que em Junho do mesmo ano aprovou o licenciamento de obras relativas a esse projecto, apenas com os votos contra de CPL e PCP, diga-se. E agora, será que se vai fazer jurisprudência e se vai obrigar a reconstruir o que lá estava? Ver para crer.
Foto: JA
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Sindicância CML
29/10/2009
Lisboa - Nova Capital dos "Hostels"
Lisboa conquistou os três primeiros lugares numa votação que elegeu os melhores "hostels" do mundo.
1. Traveller's House
2. Rossio Hostel
3. Lisbon Lounge Hostel
(...)
8. Goodnight Backpackers Hostel
"And, without a shadow of a doubt, we can reveal that the new and undisputed centre of the hostelling world is ... Lisbon. The Portuguese capital has come from just about nowhere to snaffle the top three places (and number eight too, just because it can."
http://www.guardian.co.uk/global/2009/jan/27/budget-hotels?page=all
1. Traveller's House
2. Rossio Hostel
3. Lisbon Lounge Hostel
(...)
8. Goodnight Backpackers Hostel
"And, without a shadow of a doubt, we can reveal that the new and undisputed centre of the hostelling world is ... Lisbon. The Portuguese capital has come from just about nowhere to snaffle the top three places (and number eight too, just because it can."
http://www.guardian.co.uk/global/2009/jan/27/budget-hotels?page=all
Cruzes, canhoto (2)
Estes candeeiros pindéricos, de fancaria, substituiram muito recentemente (aproveitando a recente campanha eleitoral) os de marmorite da Rua João Villarett e os que estavam junto ao Cinema King, prosseguindo assim uma empreitada que paulatinamente tem vindo a destruir património histórico de Lisboa (que é disso que se trata), ano após ano, bairro a bairro - lembro que a coisa começou há mais de 10 anos, mas tem vindo a agudizar-se mais recentemente, na zona da Av.Cinco de Outubro, por exemplo, para depois ser suspensa (por 3 vezes foi suspensa e por 3 vezes voltou a reacender-se, até que o foi definitivamente até há dias) na zona do Areeiro.
As desculpas tinham/têm sido sempre as mesmas: equipamento obsoleto, não respeito por normativas europeias, ameaça de tombarem sobre a via pública, portinholas estragadas com os fios à vista e, por fim, iluminam mal.
Bom, esqueceram-se/esquecem-se sempre de dizer que o equipamento nunca foi objecto de manutenção (nem sequer a companhia que o fabricava, e fabrica, foi contactada alguma vez para fazer a manutenção), os candeeiros de marmorite cumprem com os requisitos da Norma EN 40- Part 4-2005 (incluindo o requisito referente ao impacto, com um IK normalizado de 0,8), nunca houve qualquer registo de candeeiros a cairem sobre a via pública (mesmo com abalroamento de carros, eles resistem mais do que os de chapa galvanizada), as portinholas podem ser substituídas por modelos actualizados segundo os mesmos critérios das DMA-EDP, e aplicáveis a todos os candeeiros (basta para isso pedir a sua reparação), todos os modelos de mamorite (moldes de colunas e respectivos acessórios) têm vindo a ser adaptados na linha de montagem com vista a poderem ser introduzidas novos equipamentos eléctricos ("coffrets”, luminárias, etc…) de acordo com as DMA-EDP actualizadas, e que nos locais fora de Lisboa onde essa manutenção tem sido feita a população tem sido a primeira a elogiar.
Mas, esqueceram-se do essencial, sempre: os candeeiros de época são património da cidade e de todos nós. São além disso parte integrante do bairro em que se inserem. E isto tantos e aplica a candeeiros, como a colunas como a consolas. Há que ter respeito, bom senso e cuidado, portanto, quando se intervém na iluminação pública.
Lisboa está cheia de aberrações a esse nível: Praça Afonso de Albuquerque, Príncipe Real, Avenidas Novas, Alvalade são exemplos recentes.
É tempo de mudar!
Ainda o lounge da Superbock no Castelo de São Jorge
A resposta do Director-Geral da EGEAC:
Exmos. Senhores Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Virgílio Marques,
Acusamos a recepção do email que V. Exas. remeteram ao Senhor Presidente e demais Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa relativamente ao Vosso protesto, pelo que o mesmo mereceu a nossa melhor atenção.
Nesse âmbito compreendemos e respeitamos a opinião de V. Exas. relativamente à questão que colocaram pelo que iremos procurar em termos futuros de que esta importante parceria de que dispomos com a UNICER (a qual nos orgulhamos) possa ter um impacto menor em termos visuais, conforme enunciam.
Gostaríamos, igualmente, de informar e reiterar o sentimento e objectivo desta empresa municipal e da própria Câmara Municipal de Lisboa na salvaguarda e preservação do património (política e estratégia que muito prezamos), directrizes que considerando as exigências orçamentais/financeiras que indiciam carecem em grande parte de um apoio fundamental de parceiros/mecenas.
Certos da Vossa compreensão e colocando-nos à Vossa disposição para o que julgarem necessário
Apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Pedro Moreira
Director
Gestão Cultural
Exmos. Senhores Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Virgílio Marques,
Acusamos a recepção do email que V. Exas. remeteram ao Senhor Presidente e demais Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa relativamente ao Vosso protesto, pelo que o mesmo mereceu a nossa melhor atenção.
Nesse âmbito compreendemos e respeitamos a opinião de V. Exas. relativamente à questão que colocaram pelo que iremos procurar em termos futuros de que esta importante parceria de que dispomos com a UNICER (a qual nos orgulhamos) possa ter um impacto menor em termos visuais, conforme enunciam.
Gostaríamos, igualmente, de informar e reiterar o sentimento e objectivo desta empresa municipal e da própria Câmara Municipal de Lisboa na salvaguarda e preservação do património (política e estratégia que muito prezamos), directrizes que considerando as exigências orçamentais/financeiras que indiciam carecem em grande parte de um apoio fundamental de parceiros/mecenas.
Certos da Vossa compreensão e colocando-nos à Vossa disposição para o que julgarem necessário
Apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Pedro Moreira
Director
Gestão Cultural
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lounge Castelo São Jorge
LARGO DO RATO
Largo do Rato: Técnicos e responsáveis autárquicos divergem quanto ao Plano de Pormenor.
Lisboa, 29 Out (Lusa)
.
- Os técnicos e responsáveis pelos departamentos da Câmara de Lisboa por onde passou o processo do polémico edifício projectado para o Largo do Rato divergem quanto à obrigatoriedade de plano de pormenor e deram pareceres contrários.
De acordo com o histórico do processo na autarquia, feito no relatório do grupo de trabalho nomeado para reanalisar os casos urbanísticos apontados pela sindicância, o caso teve início em 27 de Janeiro de 2005, com um pedido de licenciamento para obra de construção.
A exigência de um plano de nível inferior (pormenor ou urbanístico) foi uma marca dos pareceres dos responsáveis pelo Departamento de Gestão Urbanística/Divisão Gestão Zona Sul e das informações técnicas elaboradas.
- Os técnicos e responsáveis pelos departamentos da Câmara de Lisboa por onde passou o processo do polémico edifício projectado para o Largo do Rato divergem quanto à obrigatoriedade de plano de pormenor e deram pareceres contrários.
De acordo com o histórico do processo na autarquia, feito no relatório do grupo de trabalho nomeado para reanalisar os casos urbanísticos apontados pela sindicância, o caso teve início em 27 de Janeiro de 2005, com um pedido de licenciamento para obra de construção.
A exigência de um plano de nível inferior (pormenor ou urbanístico) foi uma marca dos pareceres dos responsáveis pelo Departamento de Gestão Urbanística/Divisão Gestão Zona Sul e das informações técnicas elaboradas.
Para ver os comentários na Lusa:
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Lioz de Lisboa vira "Pedra Azul" na R. Braamcamp 10
Mais um exemplo, infelizmente cada vez mais frequente, de más práticas de intervenção em imóveis património. Porque razão se pintaram as cantarias das janelas e portas? Porquê "Pedra Azul"? Depois de mais de um ano de obras eis o resultado: a bela cor do Lioz de Lisboa transformada em "Pedra Azul". Neste edifício é suposto abrir uma unidade hoteleira de "charme"...
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Rua Braamcamp
E muita atenção ao projecto de revitalização da Estufa Fria!
Apresentação do Projecto de revitalização da Estufa Fria, disponível aqui.
Todos são convidados a contribuir, opinando sobre a matéria, que é como quem diz, sobre:
-Construção de uma nova estrutura na Estufa Fria;
- Reparação profunda na Estufa Doce;
- Reabilitação da estrutura existente na Estufa Quente;
- Reabilitação de patologias detectadas na Nave Central da Estufa e adjacentes.
Foto
Bairro Azul quer mais soluções para o trânsito
In Público (29/10/2009)
Por Inês Boaventura
«O bairro foi transformado em Zona 30 e os moradores notam melhorias. A ACA-M fala numa iniciativa "tímida"
Os moradores do Bairro Azul reconhecem que a "intervenção corajosa" promovida pela Câmara de Lisboa com vista à criação da primeira Zona 30 da cidade "resultou numa melhoria muito significativa da qualidade de vida no bairro", mas alertam para a necessidade de introduzir medidas adicionais. Uma das mais urgentes, defende a comissão de moradores, é encontrar soluções para que a Rua Ramalho Ortigão "deixe de ser uma rua de atravessamento".
Há cerca de um mês, as quatro faixas de rodagem da Rua Ramalho Ortigão passaram a duas, os passeios aumentaram de dimensão, foram plantadas árvores (16, segundo a autarquia) e o limite de velocidade foi reduzido para 30 quilómetros/hora, entre outras medidas destinadas a permitir uma acalmia do tráfego automóvel na zona e uma maior fruição do espaço público pelo peão. As obras no bairro prolongam-se até 2012 e incluem a requalificação do espaço público de ligação à Rua Marquês de Fronteira, um novo desenho urbano na Rua Ressano Garcia, a ligação directa da Avenida José Malhoa à Praça de Espanha e a criação de um espaço público em frente à Mesquita.
Com os trabalhos já concluídos, Lisboa passou a ter a primeira de cinco Zonas 30 anunciadas pelo executivo de António Costa, depois de os Cidadãos por Lisboa e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) terem apresentado propostas nesse sentido. Alvito, Madre Deus, Boavista e São Miguel são os bairros que se seguem, num projecto cuja concretização tinha sido anunciada para este ano, mas que dificilmente se concretizará, já que não há ainda quaisquer obras visíveis.
Para quem circula de automóvel no Bairro Azul, a existência de sinalização vertical e de passadeiras elevadas é praticamente o único aspecto que assinala a singularidade do local. Ana Alves de Sousa, da comissão de moradores, admite que os automobilistas possam não se aperceber logo que circulam numa Zona 30, mas acredita que com o tempo e o "hábito" passarão a praticar velocidades mais baixas e sublinha que já nota melhorias.
Manuel João Ramos, da ACA-M, afirmou ao PÚBLICO que a criação da Zona 30 do Bairro Azul, "uma ilha entre vias rápidas", foi uma iniciativa "muito tímida", feita essencialmente "para mostrar que houve trabalho". "Não há um plano e um investimento sistemático", critica o ex-vereador da Câmara de Lisboa, acusando António Costa de, no domínio da mobilidade, actuar de forma "casuística", deixando por concretizar promessas como a de pintar passadeiras e alterar a semaforização.»
Por Inês Boaventura
«O bairro foi transformado em Zona 30 e os moradores notam melhorias. A ACA-M fala numa iniciativa "tímida"
Os moradores do Bairro Azul reconhecem que a "intervenção corajosa" promovida pela Câmara de Lisboa com vista à criação da primeira Zona 30 da cidade "resultou numa melhoria muito significativa da qualidade de vida no bairro", mas alertam para a necessidade de introduzir medidas adicionais. Uma das mais urgentes, defende a comissão de moradores, é encontrar soluções para que a Rua Ramalho Ortigão "deixe de ser uma rua de atravessamento".
Há cerca de um mês, as quatro faixas de rodagem da Rua Ramalho Ortigão passaram a duas, os passeios aumentaram de dimensão, foram plantadas árvores (16, segundo a autarquia) e o limite de velocidade foi reduzido para 30 quilómetros/hora, entre outras medidas destinadas a permitir uma acalmia do tráfego automóvel na zona e uma maior fruição do espaço público pelo peão. As obras no bairro prolongam-se até 2012 e incluem a requalificação do espaço público de ligação à Rua Marquês de Fronteira, um novo desenho urbano na Rua Ressano Garcia, a ligação directa da Avenida José Malhoa à Praça de Espanha e a criação de um espaço público em frente à Mesquita.
Com os trabalhos já concluídos, Lisboa passou a ter a primeira de cinco Zonas 30 anunciadas pelo executivo de António Costa, depois de os Cidadãos por Lisboa e a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) terem apresentado propostas nesse sentido. Alvito, Madre Deus, Boavista e São Miguel são os bairros que se seguem, num projecto cuja concretização tinha sido anunciada para este ano, mas que dificilmente se concretizará, já que não há ainda quaisquer obras visíveis.
Para quem circula de automóvel no Bairro Azul, a existência de sinalização vertical e de passadeiras elevadas é praticamente o único aspecto que assinala a singularidade do local. Ana Alves de Sousa, da comissão de moradores, admite que os automobilistas possam não se aperceber logo que circulam numa Zona 30, mas acredita que com o tempo e o "hábito" passarão a praticar velocidades mais baixas e sublinha que já nota melhorias.
Manuel João Ramos, da ACA-M, afirmou ao PÚBLICO que a criação da Zona 30 do Bairro Azul, "uma ilha entre vias rápidas", foi uma iniciativa "muito tímida", feita essencialmente "para mostrar que houve trabalho". "Não há um plano e um investimento sistemático", critica o ex-vereador da Câmara de Lisboa, acusando António Costa de, no domínio da mobilidade, actuar de forma "casuística", deixando por concretizar promessas como a de pintar passadeiras e alterar a semaforização.»
40 por cento dos processos reanalisados violaram o PDM
In Público (29/10/2009)
Por Ana Henriques
«"É difícil traçar panorama mais sombrio", observa vereador do PCP. Está a ser elaborado plano municipalde luta contra a corrupção
Rato sem solução?
Dos processos urbanísticos que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu mandar reanalisar por um grupo de trabalho criado para o efeito, 40 por cento violam, de alguma forma, o Plano Director Municipal (PDM) da cidade. Dizem respeito a obras que os serviços camarários não deviam ter aprovado, por desrespeitarem este instrumento de planeamento urbanístico.
Em alguns dos casos, a reanálise dos processos urbanísticos permitiu mesmo agir a tempo e impedir que as construções crescessem no terreno nos termos em que haviam sido licenciadas, de forma errónea, pelos técnicos da autarquia. Mas em outros casos trata-se de projectos de prédios já prontos, que os responsáveis políticos da autarquia lisboeta sentem não ter agora legitimidade para mandar demolir. Dos 64 processos analisados, 26 infringem o PDM. Um cenário que podia ser ainda pior, não se desse o facto de o grupo de trabalho não ter podido debruçar-se sobre alguns casos, como por exemplo o do Parque Mayer, por estes se encontrarem sob investigação das autoridades judiciárias, e por isso toda a documentação referente a eles não estar acessível.
Em final de mandato, a actual vereação decidiu ontem deixar para a próxima sessão camarária a abertura de quatro processos disciplinares aos técnicos dos respectivos processos onde foram detectadas violações do PDM, independentemente das diligências que possam vir a ser tomadas por outras instâncias, como o Ministério Público ou as ordens profissionais dos arquitectos e dos engenheiros.
Câmara vulnerável
Ouvido pelo grupo de trabalho que analisou estes casos, o actual director dos Serviços do Urbanismo mostrou-se ciente das fragilidades da forma de trabalho dos técnicos pelo menos até 2007, altura a partir da qual alguns procedimentos começaram a mudar: falou em "lacunas na interpretação" das leis do planeamento do território e em irregularidades que foram deixadas passar.
"É difícil traçar um panorama mais sombrio", observou ontem o vereador comunista Ruben de Carvalho, depois de ler o relatório do grupo de trabalho. Para a sua colega Helena Roseta, do movimento Cidadãos por Lisboa, só há uma conclusão, grave, a tirar: a grande vulnerabilidade da câmara face à corrupção.
"Fomos informados hoje [ontem] pelo vereador Cardoso da Silva de que está a ser elaborado um plano municipal de luta contra a corrupção", contou Roseta. A equipa encarregue de elaborar o documento "está a trabalhar segundo as regras do Conselho de Prevenção da Corrupção", entidade independente que funciona junto do Tribunal de Contas.
Este conselho colabora, quando solicitado para isso, na adopção de medidas susceptíveis de prevenir este crime nos organismos públicos. Questionada sobre a eventualidade de o município poder criar um provedor nesta área, a vereadora e arquitecta Helena Roseta não põe a hipótese de lado. "Estou a fazer pesquisa sobre as medidas adoptadas em outros países para combater a corrupção", referiu, lamentando que tenha ficado provado que, em Lisboa, "houve mesmo violações do PDM umas atrás das outras".
Alterar, propositadamente, nos desenhos dos projectos entregues para licenciamento à câmara, as medidas dos prédios contíguos é uma frequente manobra levada a cabo por vários promotores imobiliários e detectada várias vezes nesta reanálise de processos. Objectivo: se o prédio do lado tiver seis andares, em vez dos cinco que realmente possui, há mais hipóteses de serem autorizados também seis pisos para o edifício imediatamente colado a este.
Foi algo deste género que a vereadora do PSD Margarida Saavedra garante ter acontecido no projecto para construir um edifício de grandes dimensões no Largo do Rato (ver outro texto) - embora os arquitectos que o desenharam, Aires Mateus e Valsassina, a desmintam de forma categórica.»
Por Ana Henriques
«"É difícil traçar panorama mais sombrio", observa vereador do PCP. Está a ser elaborado plano municipalde luta contra a corrupção
Rato sem solução?
Dos processos urbanísticos que a Câmara Municipal de Lisboa decidiu mandar reanalisar por um grupo de trabalho criado para o efeito, 40 por cento violam, de alguma forma, o Plano Director Municipal (PDM) da cidade. Dizem respeito a obras que os serviços camarários não deviam ter aprovado, por desrespeitarem este instrumento de planeamento urbanístico.
Em alguns dos casos, a reanálise dos processos urbanísticos permitiu mesmo agir a tempo e impedir que as construções crescessem no terreno nos termos em que haviam sido licenciadas, de forma errónea, pelos técnicos da autarquia. Mas em outros casos trata-se de projectos de prédios já prontos, que os responsáveis políticos da autarquia lisboeta sentem não ter agora legitimidade para mandar demolir. Dos 64 processos analisados, 26 infringem o PDM. Um cenário que podia ser ainda pior, não se desse o facto de o grupo de trabalho não ter podido debruçar-se sobre alguns casos, como por exemplo o do Parque Mayer, por estes se encontrarem sob investigação das autoridades judiciárias, e por isso toda a documentação referente a eles não estar acessível.
Em final de mandato, a actual vereação decidiu ontem deixar para a próxima sessão camarária a abertura de quatro processos disciplinares aos técnicos dos respectivos processos onde foram detectadas violações do PDM, independentemente das diligências que possam vir a ser tomadas por outras instâncias, como o Ministério Público ou as ordens profissionais dos arquitectos e dos engenheiros.
Câmara vulnerável
Ouvido pelo grupo de trabalho que analisou estes casos, o actual director dos Serviços do Urbanismo mostrou-se ciente das fragilidades da forma de trabalho dos técnicos pelo menos até 2007, altura a partir da qual alguns procedimentos começaram a mudar: falou em "lacunas na interpretação" das leis do planeamento do território e em irregularidades que foram deixadas passar.
"É difícil traçar um panorama mais sombrio", observou ontem o vereador comunista Ruben de Carvalho, depois de ler o relatório do grupo de trabalho. Para a sua colega Helena Roseta, do movimento Cidadãos por Lisboa, só há uma conclusão, grave, a tirar: a grande vulnerabilidade da câmara face à corrupção.
"Fomos informados hoje [ontem] pelo vereador Cardoso da Silva de que está a ser elaborado um plano municipal de luta contra a corrupção", contou Roseta. A equipa encarregue de elaborar o documento "está a trabalhar segundo as regras do Conselho de Prevenção da Corrupção", entidade independente que funciona junto do Tribunal de Contas.
Este conselho colabora, quando solicitado para isso, na adopção de medidas susceptíveis de prevenir este crime nos organismos públicos. Questionada sobre a eventualidade de o município poder criar um provedor nesta área, a vereadora e arquitecta Helena Roseta não põe a hipótese de lado. "Estou a fazer pesquisa sobre as medidas adoptadas em outros países para combater a corrupção", referiu, lamentando que tenha ficado provado que, em Lisboa, "houve mesmo violações do PDM umas atrás das outras".
Alterar, propositadamente, nos desenhos dos projectos entregues para licenciamento à câmara, as medidas dos prédios contíguos é uma frequente manobra levada a cabo por vários promotores imobiliários e detectada várias vezes nesta reanálise de processos. Objectivo: se o prédio do lado tiver seis andares, em vez dos cinco que realmente possui, há mais hipóteses de serem autorizados também seis pisos para o edifício imediatamente colado a este.
Foi algo deste género que a vereadora do PSD Margarida Saavedra garante ter acontecido no projecto para construir um edifício de grandes dimensões no Largo do Rato (ver outro texto) - embora os arquitectos que o desenharam, Aires Mateus e Valsassina, a desmintam de forma categórica.»
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corrupção,
Sindicância CML
"O Gajo de Alfama"
Alfama é uma pequena aldeia dentro da grande cidade que é Lisboa, onde todos sabem uns dos outros e onde todos se conhecem.
Sou frequentador assíduo deste bairro, das tascas onde se come muito bem e barato e dos locais onde se ouve bom fado.
Vem este arrazoado a propósito de uma conversa que há dias se travava numa mesa ao lado da minha e cujo teor não resisto a contar aqui. Comentava assim alguém, a propósito da corrupção entre os políticos:
"Antigamente eles diziam que tinha havido um abuso de confiança.
Depois passaram a chamar-lhe um desvio.
Mais tarde passou a ser um desfalque.
A seguir deram-lhe o nome de derrapagem.
Um tempo depois passou a ser um buraco.
Agora chamam-lhe um equívoco.
Os gajos andam todos é no gamanço".
Será que é verdade?
Sou frequentador assíduo deste bairro, das tascas onde se come muito bem e barato e dos locais onde se ouve bom fado.
Vem este arrazoado a propósito de uma conversa que há dias se travava numa mesa ao lado da minha e cujo teor não resisto a contar aqui. Comentava assim alguém, a propósito da corrupção entre os políticos:
"Antigamente eles diziam que tinha havido um abuso de confiança.
Depois passaram a chamar-lhe um desvio.
Mais tarde passou a ser um desfalque.
A seguir deram-lhe o nome de derrapagem.
Um tempo depois passou a ser um buraco.
Agora chamam-lhe um equívoco.
Os gajos andam todos é no gamanço".
Será que é verdade?
28/10/2009
"A Baixa às 4 da tarde"
Por André Brun, Dezembro de 1910
"Como Vossas Excelências sabem, desde que fizeram exame de instrução primária, há, a um canto da Europa, um país chamado Portugal, à beira-mar plantado, o qual se divide em duas partes : a Baixa e a província. A província que começa no Largo das Duas Igrejas, na Rua das Pretas e na Rua da Prata, estende-se para um lado, para um Minho longínquo (...); para o outro, para um Algarve beijado pelo sol(...). A Baixa e seus arredores, muito tristes e solitários, constituem Lisboa(...)."
" Estava feita a Baixa. Só faltavam o Grandela e o Suíço, que vieram a seu tempo(...)"
"Enfim, sejam quais forem as razões, topográficas ou de rotina irresistível, o certo é que só a Baixa vive. O resto de Lisboa é constituído por arruamentos de aldeia sem trânsito, sem comércio e sem vida. A Baixa é tudo. Uma senhora quer comprar um carrinho de linha ? Vai à baixa. Uma menina quer arranjar um namoro asseado e de botas de polimento ? Vai à Baixa. Um sujeito quer pedir dez tostões emprestados ? Vai à Baixa."
"O Chiado é a artéria aristocrática, o nosso boulevard dos italianos. Até a lama é elegante(...)"
"Como Vossas Excelências sabem, desde que fizeram exame de instrução primária, há, a um canto da Europa, um país chamado Portugal, à beira-mar plantado, o qual se divide em duas partes : a Baixa e a província. A província que começa no Largo das Duas Igrejas, na Rua das Pretas e na Rua da Prata, estende-se para um lado, para um Minho longínquo (...); para o outro, para um Algarve beijado pelo sol(...). A Baixa e seus arredores, muito tristes e solitários, constituem Lisboa(...)."
" Estava feita a Baixa. Só faltavam o Grandela e o Suíço, que vieram a seu tempo(...)"
"Enfim, sejam quais forem as razões, topográficas ou de rotina irresistível, o certo é que só a Baixa vive. O resto de Lisboa é constituído por arruamentos de aldeia sem trânsito, sem comércio e sem vida. A Baixa é tudo. Uma senhora quer comprar um carrinho de linha ? Vai à baixa. Uma menina quer arranjar um namoro asseado e de botas de polimento ? Vai à Baixa. Um sujeito quer pedir dez tostões emprestados ? Vai à Baixa."
"O Chiado é a artéria aristocrática, o nosso boulevard dos italianos. Até a lama é elegante(...)"
"Zonas 30" ou "Como despachar um Idiota de um Municipe que Pensa que Vive Num Pais Desenvolvido"
Recentemente, e perante o inicio das obras de criação de uma "zona 30" no Bairro Azul (mas não é preciso alterar o PDM ???), e do anúncio da criação de mais 4 "zonas 30" (mas não é preciso alterar o PDM ???), utilizei o correio do municipe no site da CML para sugerir o mesmo na Avenida Luis Bívar, onde resido, tendo exposto as diversas razões (Escolas, Hospital, etc) para justificar o pedido, não sabendo que é preciso alterar o PDM (???) para tomar uma decisão que visa aumentar a segurança dos peões.
Recebi a amável resposta obviamente destinada ao "Municipe Idiota", a qual transcrevo.
"Ex.mo Senhor,
Acusamos a recepção do vosso e-mail, referente ao assunto em epígrafe que mereceu por parte destes Serviços a melhor atenção.
Em sequência do mesmo, agradecemos a sugestão de V. Exa., e informar que aguardamos a publicação de novo PDM coma definição de novas zonas 30 para retomar o estudo destas questões sobre a acalmia de tráfego.
Com os melhores cumprimentos.
Departamento Segurança Rodoviária e Tráfego
"
Recebi a amável resposta obviamente destinada ao "Municipe Idiota", a qual transcrevo.
"Ex.mo Senhor,
Acusamos a recepção do vosso e-mail, referente ao assunto em epígrafe que mereceu por parte destes Serviços a melhor atenção.
Em sequência do mesmo, agradecemos a sugestão de V. Exa., e informar que aguardamos a publicação de novo PDM coma definição de novas zonas 30 para retomar o estudo destas questões sobre a acalmia de tráfego.
Com os melhores cumprimentos.
Departamento Segurança Rodoviária e Tráfego
"
HOJE: 7 anos do encerramento do Arquivo Histórico de Lisboa
Faz hoje exactamente 7 anos que o pólo do Arquivo Histórico do Arquivo Municipal de Lisboa encerrou ao público. Motivo: não tem instalações. E como vai sendo habitual, não houve qualquer notícia nos Media. Já ninguém parece dar grande importância ao facto. Possíveis novos túneis, "hoteis de charme", novos silos da Emel para estacionamento ou a nova travessia do Tejo são vistos como assuntos mais relevantes.
Mas é importante recordar que desde o dia 28 de Outubro de 2002 que o Arquivo Histórico da nossa cidade não está disponível para consulta. Os munícipes de Lisboa, os restantes cidadãos do país (afinal é o arquivo da capital...) e os investigadores estrangeiros (fomos capital de um império durante séculos...) estão pura e simplesmente privados de consultar o Arquivo Histórico da cidade de Lisboa. Haverá outra capital da UE nestas condições de terceiro mundo?
Quanto aos restantes pólos: o Arquivo Intermédio está "temporariamente" arrumado nas garagens em cave de um imóvel de habitação social no Bairro da Liberdade. Quem o frequenta sabe que no inverno é comum ver a Sala de Leitura decorada com caixas de plástico recolhendo a água da chuva. Quanto ao pólo do Arco Cego, é um milagre ainda não ter sido consumido por um incêndio...
Os funcionários dos Arquivos Municipais são esquecidos e uma espécie de "parentes pobres" da máquina da autarquia. Mas afinal, estamos a falar de um equipamento cultural. Os milhões de euros que a CML já gastou em flores para os canteiros da Av. da Liberdade assim como os milhões gastos em iluminações de Natal, teriam dado para um Arquivo Municipal como aqueles que vemos em Madrid ou Amesterdão.
Estamos na altura de exigir ao novo executivo, que tomará posse no próximo dia 3 de Novembro, uma solução para os Arquivos Municipais. Lisboa merece um Arquivo digno da sua História.
Imagem: Atlas da Carta Topográfica de Lisboa - 1857 -Planta 26 (Largo do Rato)
Cruzes canhoto (1)
Durante o novo ciclo que começa 3ªF é bom que algumas aberrações arquivadas não ressuscitem. A primeira de que nem quero ouvir falar é a do Palácio Brito Freire, ou o que dele resta, sito na Rua de São Pedro de Alcântara, ali ao lado da doente Hemeroteca, onde até funcionava na loja do R/C o atelier do fabuloso decorador Lucien Donat.
É que até há poucos meses este palácio teve pendente sobre si uma aberração manhosa, que implicava o destruir do interior, ainda que com manutenção de estuques de tecto o que não se acredita, claro, dado o resto do "programa": introdução de 3 elevadores, criação de mezzaninos nas habitações do andar nobre aproveitando o pé direito existente e também a criação de 5 caves de estacionamento com a introdução de um novo sistema (CARPARK) destinadas a 30 lugares. Cereja em cima do bolo: no terraço iria ser colocada uma cobertura de vidro serigrafado. Ah!, é verdade, havia alumínio por todo o lado.
Só que a coisa começou logo a ser indeferida, depois houve uma série de correcções (daquelas que sempre aparecem nestas coisas) até à aprovação final. Só que, graças a intervenção divina o prédio mudou de mãos e o processo foi, está, arquivado. Só por isso, pois de nada lhe valeu estar na carta municipal de património, ou estar num bairro classificado como de interesse público.
É tempo de mudar!
Baluarte de Santa Apolónia
Carris promove "Menos um Carro"
In Jornal de Notícias (28/10/2009)
ANA RITA JUSTO*, * COM LUSA
«"Sensibilizar os cidadãos para a utilização dos transportes públicos de forma racional e sustentável". É este o objectivo de "Menos um Carro", movimento apresentado ontem pela Carris, com vista à redução do tráfego em Lisboa.
O projecto foi mostrado com recurso a uma campanha de marketing que fez com que os convidados atravessassem de início o Museu da Carris e subissem para a plataforma onde decorreu a cerimónia, onde o ruído de trânsito emitido pelas colunas de som dominava o espaço.
Depois de pedir aos convidados para colocarem os auscultadores disponibilizados para que, através do som, cada um entrasse no caos do trânsito, o projecto foi então apresentado como uma forma de "vencer barreiras".
O movimento "Menos um Carro" formalizou-se através da assinatura de um protocolo com algumas entidades que se assumiram como parceiras neste projecto, entre elas a PSP, a Agência Portuguesa para o Ambiente, a Direcção-Geral de Saúde, a Quercus e o Instituto Português da Juventude. (...)»
ANA RITA JUSTO*, * COM LUSA
«"Sensibilizar os cidadãos para a utilização dos transportes públicos de forma racional e sustentável". É este o objectivo de "Menos um Carro", movimento apresentado ontem pela Carris, com vista à redução do tráfego em Lisboa.
O projecto foi mostrado com recurso a uma campanha de marketing que fez com que os convidados atravessassem de início o Museu da Carris e subissem para a plataforma onde decorreu a cerimónia, onde o ruído de trânsito emitido pelas colunas de som dominava o espaço.
Depois de pedir aos convidados para colocarem os auscultadores disponibilizados para que, através do som, cada um entrasse no caos do trânsito, o projecto foi então apresentado como uma forma de "vencer barreiras".
O movimento "Menos um Carro" formalizou-se através da assinatura de um protocolo com algumas entidades que se assumiram como parceiras neste projecto, entre elas a PSP, a Agência Portuguesa para o Ambiente, a Direcção-Geral de Saúde, a Quercus e o Instituto Português da Juventude. (...)»
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Modelos de mobilidade sustentável
Santana Lopes disponível para ocupar lugar de vereador em Lisboa mas impõe condições
In Público (28/10/2009)
Por Ana Henriques
«Imbróglio relacionado com liderança da bancada do PSD na assembleia municipal continua por resolver
Pedro Santana Lopes mostrou-se disponível para assumir o lugar de vereador do PSD na Câmara de Lisboa. Fê-lo na segunda-feira à noite, numa altura em que já passaram duas semanas sobre a sua derrota nas eleições autárquicas ganhas por António Costa.
Ainda não foi desta vez que Santana quebrou o tabu à volta do seu eventual regresso à câmara: numa reunião em que estiveram presentes vereadores e deputados municipais recém-eleitos nas listas sociais-democratas, o ex-primeiro-ministro fez depender a sua liderança da oposição camarária da resolução do imbróglio relacionado com a direcção da bancada na assembleia municipal. A distrital de Lisboa do PSD insiste que esse lugar seja ocupado por um dos seus dirigentes, António Prôa, apesar de Santana ter colocado um homem de sua confiança, Manuel Falcão, como cabeça de lista à assembleia municipal nas eleições.
Na reunião de segunda-feira, Santana Lopes deixou claro que, enquanto líder do PSD na câmara, lhe será difícil articular-se com o seu colega de partido António Prôa, caso este seja efectivamente escolhido para líder de bancada na assembleia municipal. Na origem destas afirmações estarão desentendimentos antigos entre os dois. Mas a verdade é que o agora deputado municipal e ex-vereador António Prôa apoiou Santana nestas autárquicas.
Cientes da importância de o ex-primeiro-ministro ocupar o lugar de líder da oposição na câmara, como forma de dar maior visibilidade às posições do PSD na autarquia, vários presidentes de junta do partido equacionam agora a possibilidade de lançar um terceiro nome mais consensual que Falcão ou Prôa para dirigir a bancada da assembleia municipal. A distrital laranja não aceita ter um independente nessa função, como é o caso de Falcão.
Para a reunião de segunda-feira Santana convocou também os presidentes de secção do partido em Lisboa, tendo parte significativa deles faltado ao encontro. A coesão das forças políticas representadas na sua própria equipa de vereadores - CDS-PP e PSD, além dos independentes - será outra condição para ficar na câmara. O PÚBLICO tentou, sem resultado, ouvi-lo sobre estas questões nos últimos dois dias.»
...
LOL
Por Ana Henriques
«Imbróglio relacionado com liderança da bancada do PSD na assembleia municipal continua por resolver
Pedro Santana Lopes mostrou-se disponível para assumir o lugar de vereador do PSD na Câmara de Lisboa. Fê-lo na segunda-feira à noite, numa altura em que já passaram duas semanas sobre a sua derrota nas eleições autárquicas ganhas por António Costa.
Ainda não foi desta vez que Santana quebrou o tabu à volta do seu eventual regresso à câmara: numa reunião em que estiveram presentes vereadores e deputados municipais recém-eleitos nas listas sociais-democratas, o ex-primeiro-ministro fez depender a sua liderança da oposição camarária da resolução do imbróglio relacionado com a direcção da bancada na assembleia municipal. A distrital de Lisboa do PSD insiste que esse lugar seja ocupado por um dos seus dirigentes, António Prôa, apesar de Santana ter colocado um homem de sua confiança, Manuel Falcão, como cabeça de lista à assembleia municipal nas eleições.
Na reunião de segunda-feira, Santana Lopes deixou claro que, enquanto líder do PSD na câmara, lhe será difícil articular-se com o seu colega de partido António Prôa, caso este seja efectivamente escolhido para líder de bancada na assembleia municipal. Na origem destas afirmações estarão desentendimentos antigos entre os dois. Mas a verdade é que o agora deputado municipal e ex-vereador António Prôa apoiou Santana nestas autárquicas.
Cientes da importância de o ex-primeiro-ministro ocupar o lugar de líder da oposição na câmara, como forma de dar maior visibilidade às posições do PSD na autarquia, vários presidentes de junta do partido equacionam agora a possibilidade de lançar um terceiro nome mais consensual que Falcão ou Prôa para dirigir a bancada da assembleia municipal. A distrital laranja não aceita ter um independente nessa função, como é o caso de Falcão.
Para a reunião de segunda-feira Santana convocou também os presidentes de secção do partido em Lisboa, tendo parte significativa deles faltado ao encontro. A coesão das forças políticas representadas na sua própria equipa de vereadores - CDS-PP e PSD, além dos independentes - será outra condição para ficar na câmara. O PÚBLICO tentou, sem resultado, ouvi-lo sobre estas questões nos últimos dois dias.»
...
LOL
Urbanismo "à portuguesa"
Na falta de local, o Promotor deve ter achado este o sitio perfeito para mais uma edificação.
O Forte de Santa Apolónia era uma terra de ninguém. Por acaso questiono-me a quem o Promotor terá pago o terreno ?
O Forte de Santa Apolónia é parte integrante da cintura defensiva seiscentista de Lisboa, acredita-se que a sua edificação remonte à época da Guerra da Restauração, entre 1652 e 1668, e que jamais tenha sido concluído.
27/10/2009
«Situação escandalosa na Rua Neves Ferreira na Penha de França»
A pedido de uma munícipe, divulgamos aqui este problema na Freguesia da Penha de França:
«Assunto: Situação escandalosa na Rua Neves Ferreira na Penha de França
Exmos. Srs.
Venho por este meio alertar a CML e a AML para o caos em que se encontra a Rua Neves Ferreira na Penha de França.
As várias oficinas de reparação de viaturas automóveis ocupam, quase na totalidade e de maneira abusiva, o espaço público. Para além dos passeios e dos lugares de estacionamento, também as próprias faixas de rodagem são usadas como workshop. Assim se criam grandes congestionamentos no arruamento e graves atentados à mobilidade pedonal. E como se os problemas nesta rua não fossem suficientes, ainda existem várias viaturas abandonadas.
Afinal, uma rua é pública ou privada? Esta rua, conforme está, já não é rua. Será uma garagem ilegal a céu aberto, cemitério ilegal de carros, oficina de reparação de carros?
Por apatia, falta de interesse e fiscalização da CML, o espaço público foi tomado sem escrúpulos por quem faz dos carros um negócio.
Até quando é que a CML vai tolerar este escândalo?
Obrigado.
Cumprimentos,
Catarina Horta Salgueiro»
(reclamação, incluíndo as fotos, enviada à CML no dia 27 de Abril de 2009; passaram 6 meses e, segundo a munícipe, tudo está na mesma...)
«Assunto: Situação escandalosa na Rua Neves Ferreira na Penha de França
Exmos. Srs.
Venho por este meio alertar a CML e a AML para o caos em que se encontra a Rua Neves Ferreira na Penha de França.
As várias oficinas de reparação de viaturas automóveis ocupam, quase na totalidade e de maneira abusiva, o espaço público. Para além dos passeios e dos lugares de estacionamento, também as próprias faixas de rodagem são usadas como workshop. Assim se criam grandes congestionamentos no arruamento e graves atentados à mobilidade pedonal. E como se os problemas nesta rua não fossem suficientes, ainda existem várias viaturas abandonadas.
Afinal, uma rua é pública ou privada? Esta rua, conforme está, já não é rua. Será uma garagem ilegal a céu aberto, cemitério ilegal de carros, oficina de reparação de carros?
Por apatia, falta de interesse e fiscalização da CML, o espaço público foi tomado sem escrúpulos por quem faz dos carros um negócio.
Até quando é que a CML vai tolerar este escândalo?
Obrigado.
Cumprimentos,
Catarina Horta Salgueiro»
(reclamação, incluíndo as fotos, enviada à CML no dia 27 de Abril de 2009; passaram 6 meses e, segundo a munícipe, tudo está na mesma...)
O REGRESSO DO RATO
«Arquitectos do prédio do Rato testam com a câmara "ligeiras alterações" ao projecto
.
Por Inês Boaventura in " Público"
.
A promotora do imóvel admite modificações "dentro do existente e não prejudicando a empresa" e pondera desistir do pedido de indemnização de 18 milhões feito a 11 vereadores
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O administrador da promotora do controverso imóvel projectado pelos arquitectos Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina para o Largo do Rato admite introduzir "ligeiras alterações" no projecto para que este seja licenciado pela Câmara de Lisboa, embora o considere "tecnicamente perfeito". Se essa aprovação for garantida, Diogo Jardim diz-se disposto a desistir dos pedidos de indemnização de cerca de 18 milhões de euros entregues em tribunal.
O administrador da sociedade de investimentos imobiliários Artepura adiantou ao PÚBLICO que os autores do projecto estão neste momento a realizar "exercícios teóricos" para perceber que modificações podem ser feitas "dentro do existente e não prejudicando a empresa". Diogo Jardim disse não saber quem tem sido o interlocutor dos arquitectos na autarquia, explicando apenas que aqueles exercícios estão a ser feitos "informalmente, com o executivo camarário", dentro de "um relacionamento nada político e muito técnico".
O objectivo é chegar a uma proposta "consensual", capaz de garantir que os vereadores não voltem a chumbar (como fizeram duas vezes em 2008) o deferimento da licença que permitiria avançar com a construção do imóvel desenhado para um gaveto do Largo do Rato, cujo projecto de arquitectura foi aprovado em 2005. "A pior solução do mundo é ter um projecto aprovado mas não licenciado e um processo em tribunal", resume Diogo Jardim, que não repudia fazer cedências por exemplo no que toca à altura do edifício, "desde que haja bom senso e ninguém seja prejudicado". Há cerca de uma semana, a mesma fonte tinha dito ao PÚBLICO que nem lhe passava pela cabeça alterar o projecto, mas agora a sua posição é outra. "Se me disserem que se alterarmos o projecto desta ou daquela forma ele é aprovado, eu apresento uma nova proposta", conclui o administrador da Artepura, manifestando, no entanto, a convicção de que tal dificilmente acontecerá a tempo da última reunião deste executivo camarário, que se realiza na quarta-feira. "Acho o prazo curtíssimo", confessa. A Artepura pediu no início do ano, em tribunal, indemnizações de mais de 1,6 milhões de euros a cada um dos 11 vereadores que rejeitaram o projecto.
Se a questão tiver que ser adiada para o próximo executivo camarário, o deferimento da licença continua a não estar garantido porque, apesar de António Costa ter nove dos 17 vereadores, dois deles (Helena Roseta e Sá Fernandes) votaram contra noutras ocasiões. O PSD, que em 2005 tinha aprovado o projecto, também se opôs ao deferimento da licença em 2008, mas nenhum dos eleitos do partido dessa altura vai continuar em funções. Quanto ao único vereador do PCP, o chumbo é praticamente certo, devido à inexistência desde sempre criticada de um plano de pormenor, instrumento cuja "conveniência de realização" foi também apontada pelo grupo de trabalho da Câmara de Lisboa que reapreciou processos deixados de fora pela sindicância aos serviços de urbanismo.
O PÚBLICO tentou, sem sucesso, esclarecer com os arquitectos Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina quais as alterações ao seu projecto que estão a ser equacionadas. Também o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, esteve indisponível para falar sobre o assunto.»
A promotora do imóvel admite modificações "dentro do existente e não prejudicando a empresa" e pondera desistir do pedido de indemnização de 18 milhões feito a 11 vereadores
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O administrador da promotora do controverso imóvel projectado pelos arquitectos Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina para o Largo do Rato admite introduzir "ligeiras alterações" no projecto para que este seja licenciado pela Câmara de Lisboa, embora o considere "tecnicamente perfeito". Se essa aprovação for garantida, Diogo Jardim diz-se disposto a desistir dos pedidos de indemnização de cerca de 18 milhões de euros entregues em tribunal.
O administrador da sociedade de investimentos imobiliários Artepura adiantou ao PÚBLICO que os autores do projecto estão neste momento a realizar "exercícios teóricos" para perceber que modificações podem ser feitas "dentro do existente e não prejudicando a empresa". Diogo Jardim disse não saber quem tem sido o interlocutor dos arquitectos na autarquia, explicando apenas que aqueles exercícios estão a ser feitos "informalmente, com o executivo camarário", dentro de "um relacionamento nada político e muito técnico".
O objectivo é chegar a uma proposta "consensual", capaz de garantir que os vereadores não voltem a chumbar (como fizeram duas vezes em 2008) o deferimento da licença que permitiria avançar com a construção do imóvel desenhado para um gaveto do Largo do Rato, cujo projecto de arquitectura foi aprovado em 2005. "A pior solução do mundo é ter um projecto aprovado mas não licenciado e um processo em tribunal", resume Diogo Jardim, que não repudia fazer cedências por exemplo no que toca à altura do edifício, "desde que haja bom senso e ninguém seja prejudicado". Há cerca de uma semana, a mesma fonte tinha dito ao PÚBLICO que nem lhe passava pela cabeça alterar o projecto, mas agora a sua posição é outra. "Se me disserem que se alterarmos o projecto desta ou daquela forma ele é aprovado, eu apresento uma nova proposta", conclui o administrador da Artepura, manifestando, no entanto, a convicção de que tal dificilmente acontecerá a tempo da última reunião deste executivo camarário, que se realiza na quarta-feira. "Acho o prazo curtíssimo", confessa. A Artepura pediu no início do ano, em tribunal, indemnizações de mais de 1,6 milhões de euros a cada um dos 11 vereadores que rejeitaram o projecto.
Se a questão tiver que ser adiada para o próximo executivo camarário, o deferimento da licença continua a não estar garantido porque, apesar de António Costa ter nove dos 17 vereadores, dois deles (Helena Roseta e Sá Fernandes) votaram contra noutras ocasiões. O PSD, que em 2005 tinha aprovado o projecto, também se opôs ao deferimento da licença em 2008, mas nenhum dos eleitos do partido dessa altura vai continuar em funções. Quanto ao único vereador do PCP, o chumbo é praticamente certo, devido à inexistência desde sempre criticada de um plano de pormenor, instrumento cuja "conveniência de realização" foi também apontada pelo grupo de trabalho da Câmara de Lisboa que reapreciou processos deixados de fora pela sindicância aos serviços de urbanismo.
O PÚBLICO tentou, sem sucesso, esclarecer com os arquitectos Manuel Aires Mateus e Frederico Valsassina quais as alterações ao seu projecto que estão a ser equacionadas. Também o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, esteve indisponível para falar sobre o assunto.»
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Estamos portanto perante nova investida dos promotores para fazerem passar aquele que poderá ser um dos projectos mais contestados e mal queridos pelos lisboetas que, convém recordar, os levou a assinar uma petição que juntou mais de cinco mil assinaturas e que só não vingou na AR, por questões meramente processuais.
Aos senhores vereadores, exige-se responsabilidade e sentido de defesa do interesse público, a que se obrigam quando assinam a tomada de posse.
Fica desde já o aviso que, caso seja necessário, nova petição e acções populares serão realizadas, com base naquilo que entendemos ser a defesa da nossa cidade.
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Terceira Localização
Não há duas sem três:
Há já um ano alertei aqui para a intenção de instalar um quiosque Cemusa no meio deste jardim no Bairro do Restelo. E como não há duas sem três está já é a terceira vez que é construída esta base. O quiosque ainda não foi construído e já está a desfeiar este pequeno jardim de meados do sex. XX na medida em que tratando-se da terceira localização o jardim já conta com igual numero de marcas de cimento, buracos e remendos no pavimento que sempre ficam após o fim da obra, e com um banco a menos.
Tratando-se de um jardim inserido num bairro que se mantém relativamente bem conservado, é inaceitável que tenha sido autorizada a colocação de uma estrutura destas, perfeitamente genérica e completamente dissonante!
Há já um ano alertei aqui para a intenção de instalar um quiosque Cemusa no meio deste jardim no Bairro do Restelo. E como não há duas sem três está já é a terceira vez que é construída esta base. O quiosque ainda não foi construído e já está a desfeiar este pequeno jardim de meados do sex. XX na medida em que tratando-se da terceira localização o jardim já conta com igual numero de marcas de cimento, buracos e remendos no pavimento que sempre ficam após o fim da obra, e com um banco a menos.
Tratando-se de um jardim inserido num bairro que se mantém relativamente bem conservado, é inaceitável que tenha sido autorizada a colocação de uma estrutura destas, perfeitamente genérica e completamente dissonante!
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RUA DE DONA ESTEFÂNIA I
NA RUA CIDADE DA HORTA
Rua de Santiago: excepto bom senso?
A CML, e as empresas municipais (neste caso a EMEL), são muitas vezes as primeiras a dar o mau exemplo no desrespeito pelas placas toponímicas. Neste caso, à entrada da Rua de Santiago, apenas em determinados ângulos pode o peão ver a placa toponímica. Como na maior parte dos casos, toda esta pletora de sinalética é para os veículos automóveis. Numa zona histórica que devia tender cada vez mais para o conforto do peão, o espaço público continua a ser sobrecarregado com sinalização de trânsito e afins. É necessário que os diferentes departamentos da CML (e empresas municipais) tenham mais consideração pela visibilidade das placas toponímicas e pela mobilidade pedonal. Os passeios nos bairros históricos, que já são demasiado estreitos, ficam muitas vezes impraticáveis com a colocação de sinalização vertical e até de pilaretes. Talvez o lado mais irónico e absurdo da imagem é que esta ruidosa sinalização não serve quase para nada: o parque da Emel das Portas do Sol está a 50% e basta passear pela "Zona de Acesso Condicionado do Castelo" para perceber que quase ninguém respeita as horas das cargas e descargas e que os passeios são os locais preferidos para estacionamento!
RESPOSTA DA SECÇÃO DE TOPONÍMIA, de 28 de Outubro:
«Agradecemos o e-mail enviado e comunicamos a V. Ex.ª que esta secção vai providenciar para que o fiscal se desloque a este arruamento para verificar como é que está a visibilidade das placas toponímicas e o que se poderá rectificar, este arruamento tem quatro placas colocadas.
Com os melhores cumprimentos
A Secção de Toponímia.»
Com os melhores cumprimentos
A Secção de Toponímia.»
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Lisboa: RISCO DE DERROCADA ANTECIPA DEMOLIÇÕES
2009-10-25
CRISTIANO PEREIRA *, *COM LUSA
CRISTIANO PEREIRA *, *COM LUSA
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A Câmara de Lisboa vai demolir os edifícios da Rua Inácio Pardelhas Sanches e da Rua B, no Bairro da Liberdade, devido ao "risco de colapso iminente" daquela zona, afectando 50 famílias. Os moradores querem mudar mas não para longe.
A decisão foi tomada após uma análise da Direcção Municipal de Projectos e Obras e com bases em dados do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Fonte oficial da Câmara de Lisboa afirmou à agência Lusa que "foram já encontrados 16 fogos", cujos contratos de arrendamento estão a ser celebrados, para realojar algumas dessas famílias. A mesma fonte explicou que estão a ser procuradas casas que se adaptem às necessidades dos agregados e que cumpram os requisitos do programa PROHABITA, um projecto de financiamento para acesso à habitação, ao abrigo do qual a autarquia vai realojar estas famílias.
Na noite de sexta-feira decorreu uma reunião com membros da Câmara e com os moradores do Bairro da Liberdade afectados pelas demolições, para esclarecer as eventuais dúvidas. Fonte da autarquia garantiu que "as pessoas reagiram bem".
Ontem à tarde, o JN deslocou-se ao local e falou com alguns moradores. "Eu preferia ficar aqui na zona, não posso ir para longe por causa do médico", afirmou Albertino Henriques, de 67 anos, e que ali vive há 39. O reformado está na expectativa: "Ainda não sei se a casa que vão arranjar é melhor ou pior". O sentimento é partilhado pela vizinha Maria Olinda Gomes. A moradora tem noção que a sua casa "não está segura" e já há algum tempo que vê "as paredes todas rachadas", mas tem receio de que a coloquem numa zona longe daquela freguesia. Tem, também, outro receio: a de quererem colocá-la numa pensão, hipótese que recusará. "Nós até queremos sair mas queremos sair com uma chave de uma casa na mão", apontou ao JN. Maria Alice Henriques, mulher de Albertino Henriques, afirmou, também, que os moradores não querem guardar os seus pertences em armazéns, nem que seja provisoriamente.
As obras de demolição no Bairro da Liberdade só vão começar quando as 50 famílias estiverem realojadas, garantiu fonte oficial da autarquia.
A Câmara de Lisboa vai demolir os edifícios da Rua Inácio Pardelhas Sanches e da Rua B, no Bairro da Liberdade, devido ao "risco de colapso iminente" daquela zona, afectando 50 famílias. Os moradores querem mudar mas não para longe.
A decisão foi tomada após uma análise da Direcção Municipal de Projectos e Obras e com bases em dados do Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Fonte oficial da Câmara de Lisboa afirmou à agência Lusa que "foram já encontrados 16 fogos", cujos contratos de arrendamento estão a ser celebrados, para realojar algumas dessas famílias. A mesma fonte explicou que estão a ser procuradas casas que se adaptem às necessidades dos agregados e que cumpram os requisitos do programa PROHABITA, um projecto de financiamento para acesso à habitação, ao abrigo do qual a autarquia vai realojar estas famílias.
Na noite de sexta-feira decorreu uma reunião com membros da Câmara e com os moradores do Bairro da Liberdade afectados pelas demolições, para esclarecer as eventuais dúvidas. Fonte da autarquia garantiu que "as pessoas reagiram bem".
Ontem à tarde, o JN deslocou-se ao local e falou com alguns moradores. "Eu preferia ficar aqui na zona, não posso ir para longe por causa do médico", afirmou Albertino Henriques, de 67 anos, e que ali vive há 39. O reformado está na expectativa: "Ainda não sei se a casa que vão arranjar é melhor ou pior". O sentimento é partilhado pela vizinha Maria Olinda Gomes. A moradora tem noção que a sua casa "não está segura" e já há algum tempo que vê "as paredes todas rachadas", mas tem receio de que a coloquem numa zona longe daquela freguesia. Tem, também, outro receio: a de quererem colocá-la numa pensão, hipótese que recusará. "Nós até queremos sair mas queremos sair com uma chave de uma casa na mão", apontou ao JN. Maria Alice Henriques, mulher de Albertino Henriques, afirmou, também, que os moradores não querem guardar os seus pertences em armazéns, nem que seja provisoriamente.
As obras de demolição no Bairro da Liberdade só vão começar quando as 50 famílias estiverem realojadas, garantiu fonte oficial da autarquia.
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