31/05/2022

Prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara do Metropolitano de Lisboa - Apelo ao PM, PCML, MAAC

Exmo. Sr. Primeiro-Ministro
Dr. António Costa,
Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exmo. Sr. Ministro do Ambiente e da Acção Climática
Dr. Duarte Cordeiro


C.C. PR, AR, JF e Media

Apelamos a V. Exas. para que não permitam que o XXIII Governo e os "Novos Tempos" da CML fiquem para a História como responsáveis pela disrupção irreversível da paisagem e da cidade consolidada de Lisboa, algo impensável no século XXI.

O Metropolitano de Lisboa (ML) é uma empresa pública, e do Interesse Público deve estar indissociada.

A nosso ver, o projecto de ampliação da linha vermelha do ML, cujo Estudo de Impacte Ambiental se encontra em discussão pública, é mau, e não apresenta nenhuma justificação para o facto de ter abandonado as melhores alternativas para a dita extensão: estação de ML nos Prazeres, com ligação à estação ferroviária do Alvito; ligação Estrela- Alcântara-Mar, com interface com a Linha de Cascais.

O projecto em apreço não pode ser apresentado à cidade como um facto consumado, uma inevitabilidade à luz de uma hipotética urgência em se aplicarem as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e assim se apresentarem a Bruxelas boas taxas-de-execução do mesmo. Faz-nos recuar aos maus exemplos dos primeiros Quadros Comunitários de Apoio, velhos tempos que julgávamos ultrapassados.

Renovamos, por isso, o nosso apelo a quem de direito, para que não destruam Lisboa, antes dêem bom uso às verbas do PRR, dando indicações ao ML para prosseguir com os projectos de ampliação da rede que em má hora abandonou, e que acima referimos, e não com esta solução.

Junto anexamos o nosso contributo para o EIA em consulta pública.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Luís Serpa, Inês Beleza Barreiros, Fernando Jorge, João Pinto Soares, Pedro Formozinho Sanchez, Pedro Guimarães de Sousa, Joaquim Torrinha, Miguel Lopes Oliveira, Pedro Henrique Oliveira, Marta Saraiva, Madalena Martins, Bruno Rocha Vieira, Jorge D. Lopes, António Araújo, Paulo Ruivo e Silva, Pedro Malheiros Fonseca, Ana Celeste Glória, Henrique Soares Oliveira, Luis Mascarenhas Gaivão, Paula Cristina Peralta, Ana Cristina Figueiredo, Pedro Janarra, Maria Teresa Goulão, Leonor Areal, Beatriz Empis, Luís Carvalho e Rêgo, Maria Ramalho

EIA-Prolongamento da Linha Vermelha do Metro - Contributo da Fórum Cidadania Lx - Associação (31.05.2022)

26/05/2022

Estado de sujidade da Rossio

Chegado por e-mail:

«Boa tarde

Antes de mais gostaria de dar os parabéns pelo blog, tentando melhorar a cidade e dando a conhecer situações que não são do conhecimento de todos.

Gostaria de partilhar o estado de levado sujidade que se encontra a calçada do rossio, já para não falar do cheio nauseabundo em algumas zonas. E a existência de pequenos mosquitos.

Também tenho a ligeira imersão de ambas as fontes da placa central da fonte já não funcionam a algum tempo, pelo menos quando passo pelo local ambas não funcionam.

Em anexo fotografias.

obrigado

João Rainho »

25/05/2022

Antigo edifício dos Correios do Monte Estoril - pedido de esclarecimentos à SCML

Exmo. Senhor
Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Dr. Edmundo Martinho


CC. CMC, AMC, Hotel Estoril Eden e Agência Lusa

Considerando os rumores que dão como adquirida a aquisição do edifício déco-modernista dos antigos Correios do Monte Estoril, sito na Avenida de Sabóia e propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), pelo vizinho “Hotel Estoril Eden”, no pressuposto de uma demolição de ambos para futura construção de edifício único;

E tendo a Fórum Cidadania Lx – Associação como objecto a defesa do património edificado na área geográfica correspondente ao Distrito de Lisboa (in artigo 2º dos nossos estatutos);

Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre a situação de facto do antigo edifício histórico dos Correios do Monte Estoril, que se encontra abandonado e cujos efeitos do inevitável vandalismo se têm vindo a agravar durante a última década e meia, isto é, o que pretende a SCML fazer com este edifício?

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Pedro Jordão, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Carlos Boavida, Beatriz Empis, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Jorge Pinto, Fernando Jorge, Irene Santos, Maria do Rosário Reiche, Maria Ramalho

24/05/2022

Chalet Faial (MIP), em Cascais, continua ao abandono - Pedido de esclarecimentos à Estamo

Exmo. Senhor
Presidente Executivo do C.A.
Dr. Alexandre Jaime Boa-Nova e Moreira Santos


CC. DGTF, CMC, AMC, DGPC e Agência Lusa

Considerando o anúncio público feito pela Estamo – Participações Imobiliárias, S.A., em 2016, dando conta da venda em hasta pública do Chalet Faial, sito na Alameda da Duquesa, em Cascais, à firma “Renowed Champion, S.A.”, com data de escritura de 10 de Maio de 2016;

Considerando que passados 6 anos sobre o referido anúncio, aquele chalet histórico, com projecto de da autoria do arq. José Luís Monteiro e classificado Monumento de Interesse Público desde 2012 (Portaria n.º 740-S/2012, DR, 2.ª Série, nº 248, de 24.12.2012), permanece abandonado e a deteriorar-se por força das intempéries e falta de obras de conservação e restauro;

E tendo a Fórum Cidadania Lx – Associação como objecto a defesa do património edificado na área geográfica correspondente ao Distrito de Lisboa (in artigo 2º dos nossos estatutos);

Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça sobre a situação de facto do Chalet Faial, i.e., se a venda acima referida foi realmente consumada, ou se o edifício permanece propriedade da Estamo.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Gustavo da Cunha, Helena Espvall, Beatriz Empis, Ana Celeste Glória, Madalena Martins, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Isabel Goulão, Pedro Formozinho Sanchez, Jorge Pinto, Filipe Teixeira

Foto: Blog "Hoje Conhecemos"

...

Resposta (24.05.2022) da ESTAMO:

«Ao Fórum Cidadania Lx

Exmos. Senhores,

Acusamos a receção da V/ comunicação eletrónica, que nos mereceu a melhor atenção.

Relativamente ao pedido de esclarecimento que nela formulam, informamos que a transmissão do imóvel em apreço foi efetivamente concretizada em favor da “Renowed Champion, S.A.”, por escritura pública outorgada em 10 de maio de 2016, não tendo, assim, esta Sociedade e no presente, qualquer direito ou conexão com o mesmo.

Ficamos naturalmente ao dispor

Com os melhores cumprimentos,

A Administração

Rua de Santa Marta, n.º 55 – 6.º
1150 – 294 Lisboa
»

...

(25.05.2022)

Exmo. Senhor
Presidente da Câmara Municipal de Cascais
Dr. Carlos Carreiras


CC. AMC, DGPC e Agência Lusa

Considerando a resposta que acabamos de receber do C.A. da Estamo-Participações Imobiliárias, S.A., confirmando-nos que a escritura de venda do Chalet Faial foi de facto outorgada em 10 de Maio de 2016;

E tendo a Fórum Cidadania Lx – Associação como objecto a defesa do património edificado na área geográfica correspondente ao Distrito de Lisboa (in artigo 2º dos nossos estatutos);

Solicitamos a V. Exa. que nos informe se os serviços da CMC possuem para apreciação algum pedido de informação prévia, projecto ou pedido de licenciamento de obras relativamente ao Chalet Faial, e o respectivo ponto de situação.

Muito obrigado.

Com os melhores cumprimentos

23/05/2022

Palácio Sinel de Cordes - Pedido de esclarecimento à CML e Trienal de Arquitectura de Lisboa

Foto de Abinadi Meza (2019)


Exmo. Sr. Presidente da CML, Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Vereador Diogo Moura
Exma. Direcção da Trienal da Arquitectura


CC. AML, JF e Agência LUSA

No seguimento do agendamento para a Reunião Extraordinária da CML do dia 25 de Maio, da Proposta nº 255/2022, relativa à aprovação de uma adenda ao protocolo de cooperação celebrado em 2012 entre a CML e a Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa, bem como a respectiva transferência de verba;

E no rescaldo de recente visita ao Palácio Sinel de Cordes, sede actual da Trienal de Arquitectura, pudemos constatar várias situações que consideramos graves em relação à manutenção do edifício, manutenção e reabilitação que foram justificativas em 2012 para que tivesse sido despejada a escola que ali funcionava há 30 anos.

Passados 10 anos sobre a cedência do palácio à Trienal, e porque, porventura, as situações que observámos poderão não ser da exclusiva responsabilidade da inquilina, gostaríamos que nos esclareceessem sobre a razão de ser:

1 – Do péssimo estado de conservação de caixilharias e portadas em madeira, sem tinta ou com tinta a descolar-se, empenadas, etc.
2 - Da totalidade das paredes estarem num mau estado de conservação, com rebocos em destacamento e com sinais visíveis de deterioração causada, possivelmente, por suspensão de objectos ou obras de antigas exposições/ocupações, sendo estas últimas uma fonte de receita para a associação.
3 - Das magníficas portas de entrada do palácio estarem a necessitar de uma intervenção urgente para as proteger das intempéries.
4 – Da aparente ausência de manutenção dos dois belíssimos exemplares, um Celtis australis e uma Ficus macrophyla do logradouro, cujo estado geral, aliás, não faz jus aos objectivos protocolados - prevê a Trienal algum plano de arquitectura paisagista para o logradouro?

Estas dúvidas surgem-nos pelo facto de uma das contrapartidas dadas à Trienal pela cedência do espaço ter sido, justamente, a recuperação faseada do palácio. O que se viu não é nem gradual, nem faseado. É uma manutenção em níveis mínimos da pré-ruína.

Com os melhores cumprimentos

Miguel de Sepúlveda Velloso, Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Pedro Jordão, Gustavo da Cunha, Madalena Martins, Carlos Boavida, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Maria Ramalho

20/05/2022

S.O.S. Sapataria A Deusa - apêlo ao PCML para intervir directamente - a loja será toda desmantelada no dia 24

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas


CC. AML, Vice-Presidente, Vereadores da Cultura e Urbanismo, UACS e Agência LUSA

Em 18 de Fevereiro deste ano, solicitámos o melhor empenho da CML no sentido de esta negociar com o promotor do empreendimento “Rossio Place” a manutenção da Sapataria A Deusa, no âmbito do projecto de hotel que o mesmo submeteu oportunamente aos v/serviços (HTTP://CIDADANIALX.BLOGSPOT.COM/2022/02/SAPATARIA-DEUSA-APELO-AO-PCML-PARA.HTML).

Passados 3 meses, é com profunda decepção que constatamos que nada foi feito pela CML nesse sentido, uma vez que no próximo dia 24 termina o prazo dado aos proprietários da loja para retirarem todo o recheio do espaço, leia-se toda a decoração que contribuiu decisivamente para que A Deusa fosse classificada pela CML como Loja com História.

Perguntamo-nos como é possível que, durante todo este tempo, nem o Vereador do Pelouro com a tutela do Programa Lojas com História nem o Presidente da CML tenham entrado em contacto directo com o promotor por forma a garantir-se que o projecto de hotel, ainda em apreciação na CML, proc. 590/EDI/2020, assegurasse a salvaguarda daquela sapataria, independentemente do litígio judicial entre as partes. A salvaguarda da Deusa é do interesse da cidade!

A CML tem que usar de todos os meios ao seu alcance para defender a salvaguarda das lojas históricas da cidade, desde logo aquelas que a própria autarquia as classifica, como é o caso da sapataria A Deusa.

Como foi o caso da Tabacaria Martins, em que graças ao empenho pessoal do então Vice-Presidente da CML, foi possível conseguir que o proprietário do prédio onde a loja está alojada, corrigisse o projecto de alterações que tinha submetido à CML, de modo a que a Tabacaria Martins se mantivesse no mesmo local. Foi uma vitória de todos, a começar pela CML, e que, seguramente, os lisboetas não esquecem.

Daqui apelamos, mais uma vez, ao Presidente da CML para intervir directamente neste processo!

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Virgílio Marques, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall Maria do Rosário Reiche, Vítor Vieira, Eurico de Barros, Ana Alves de Sousa, Rui Martins, Ana Celeste Glória, Fátima Castanheira, António Araújo, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, Pedro Cassiano Neves, Carlos Boavida, Beatriz Empisa, Jorge Pinto,

S.O.S. Jardim da Parada ou Jardim Teófilo Braga (Campo de Ourique)

Estátua de Maria da Fonte, no Jardim Teófilo Braga


O Jardim Teófilo Braga é um jardim público localizado na freguesia e bairro de Campo de Ourique em Lisboa. Possui uma área de 0.39ha. e está localizado no centro do bairro de Campo de Ourique, ocupando a área inteira de um dos seus quarteirões. Acabou por ficar consagrado como Jardim da Parada quando o Quartel de Campo de Ourique usava este terreno para as suas paradas militares, no entanto, é o escritor Teófilo Braga que foi também o 2º Presidente da República Portuguesa que lhe dá o nome.

O jardim apresenta uma grande riqueza vegetal da qual se destaca o lódão-bastardo (Celtis australis), que é visível sobretudo a rodear o jardim, o cipreste-de-folha-caduca (Taxodium distichum), uma sequóia (Sequoia sempervirens), palmeira-das-canárias, a ameixeira-de-jardim, a tília-prateada, a grevília, o castanheiro-da-índia e várias Ginkgo biloba.

Possui ainda 4 árvores classificadas de Interesse Público: a Sequoia sempervirens, a Taxodium distichum e duas Metrosideros excelsa.

No que diz respeito à estatuária, destaca-se uma estátua de Maria da Fonte, colocada em 1920 e da autoria de Costa Motta(tio), invocando a mulher da revolta de 1846. Possui ainda um Memorial evocativo do Prof. António Augusto Ferreira de Macedo (1887-1959), homenagem de Alunos e Amigos em 1986.
Possui atualmente um coreto, um lago no centro do jardim, um parque infantil, um quiosque/bar, uma praça de táxis e instalações sanitárias públicas.

Escolheu o Metropolitano de Lisboa o emblemático e diríamos quase sagrado Jardim da Parada, para sob ele construir a Estação de Metro de Campo de Ourique, que a concretizar-se irá determinar o fim daquele valor incalculável tal como hoje o conhecemos. Apelamos aos moradores de Campo de Ourique para que saibam lutar pela preservação dos valores do seu bairro, exigindo uma nova localização para a estação que o Metro agora pretende construir.

Pode ler-se no Estudo do Impacto Ambiental do Prolongamento da Linha Vermelha entre São Sebastião e Alcântara do Metropolitano de Lisboa, que está em consulta pública de 21 de abril a 2 de junho:

A Estação Campo de Ourique representa um grande desafio do ponto construtivo, considerando os prazos previstos para a concretização dos serviços de construção do prolongamento da Linha Vermelha São Sebastião – Alcântara, assim como a malha urbana apertada, com uma única faixa de circulação por via e com falta de alternativas de estacionamento. Tendo em conta os prazos previstos para a execução da Obra foi desenvolvida uma solução de localização desta estação, cujo objetivo é minimizar, por um lado, a proximidade do túnel aos edifícios existentes e, por outro as interferências com as vias rodoviárias na fase de construção (e consequentemente, as interrupções de tráfego e os serviços afetados), maximizando as frentes de obra, de modo a encurtar os prazos de execução. A Estação de Campo de Ourique foi assim localizada sob o Jardim Teófilo Braga (ou Jardim da Parada) – ver figura seguinte, localizando-se os poços de ataque à obra (locais que serão escavados a partir da superfície para execução dos túneis) nas suas extremidades, alinhados no seu eixo. Estes poços foram localizados de modo a situarem-se fora do perímetro de proteção das árvores classificadas existentes no Jardim da Parada. De acordo com o projeto, a localização dos poços de ataque minimiza ainda as interferências com as infraestruturas existentes, uma vez que o mesmo não se situa em nenhum dos arruamentos. A Estação de Campo de Ourique será implantada a uma profundidade de aproximadamente 31 metros A cota exterior da laje de cobertura da estação situar-se-á sensivelmente a uma profundidade de 22 metros. RESUMO NÃO TÉCNICO DO PROJETO DO PROLONGAMENTO DA LINHA VERMELHA ENTRE SÃO SEBASTIÃO E ALCÂNTARA PÁG. 12

Segundo este documento, será “inevitável a necessidade de abate de algumas das árvores do Jardim da Parada para a instalação dos dois poços de ataque”, sendo que o número e porte das árvores a abater “dependem da localização exata e das medidas de segurança associadas à abertura dos poços de ataque”.

O estudo explica, contudo, que serão abatidas apenas árvores sem classificação de interesse público. No entanto, os autores do relatório consideram que “poderá haver impactos indiretos sobre as três árvores classificadas presentes no Jardim Teófilo Braga”. Ainda assim, este impacto negativo será “pouco provável, indireto, local, temporário, reversível, de reduzida magnitude”, podendo ir de “pouco significativo a significativo, dependendo das consequências da perturbação das raízes para a integridade das árvores”.

IMPORTA SUBLINHAR QUE, APESAR DE ESTAR PREVISTO O ABATE DE APENAS SEIS ÁRVORES - LÓDÃOS CELTIS AUSTRALIS NO ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL, UM ADITAMENTO A ESTE RELATÓRIO SALIENTA QUE "APENAS EM FASE DE PROJETO DE EXECUÇÃO SERÁ POSSÍVEL DETERMINAR, COM RIGOR, QUAIS AS ÁRVORES AFETADAS PELA IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO". ASSIM SENDO, NESTA FASE, NÃO SE PODE AFIRMAR O NÚMERO CONCRETO DE ÁRVORES NÃO CLASSIFICADAS QUE SERÃO ABATIDAS.


Pinto Soares

17/05/2022

Pedido de classificação das Tercenas do Marquês e Palacete Pombal

Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos


CC. PCML, AML, JF e Agência Lusa

Considerando a inquestionável relevância histórica e urbana do conjunto composto pelas designadas "tercenas do Marquês" e o Palacete Pombal na Lisboa, cuja implantação remonta ao século XVI, chegando aos nossos dias profusamente documentada em termos cartográficos e descritivos, e uma vez que o referido conjunto não dispõe de uma classificação autónoma como merece, sendo apenas protegido indirectamente por se encontrar na zona especial de protecção do Museu Nacional de Arte Antiga e da zona envolvente;

Serve o presente para submetermos à apreciação de V. Exa. e dos serviços da Direcção-Geral do Património Cultural, o requerimento inicial de procedimento de classificação desse conjunto.

Juntamos para o efeito fotografias retiradas das fichas de caracterização do Plano de Pormenor das Janelas Verdes de 2018.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Rui Martins, Fernando Jorge, Fátima Castanheira, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Inês Beleza Barreiros, Maria Teresa Goulão, Gustavo da Cunha, Filipe de Portugal T. de Sousa, Helena Espvall, Madalena Martins, Miguel Atanásio Carvalho, Sofia Casimiro

13/05/2022

Centenário de Nuno Teotónio Pereira - 3º Passeio Guiado

Protesto pelo estado de abandono do lago (Rio Tejo) do talhão nascente da Av. Liberdade

Exmo. Sr. Vereador Ângelo Pereira
Exmo. Sr. Presidente da JF Santo António, Sr. Vasco Morgado


CC. PCML, AML e Agência Lusa

Solicitamos à Câmara Municipal de Lisboa e à Junta de Freguesia de Santo António, na pessoa, respectivamente, do Vereador dos Espaços Verdes e Espaço Público, e do seu Presidente, que nos esclareçam quanto à razão de ser do estado lastimoso em que se encontra há alguns anos o lago do talhão nascente da Avenida da Liberdade, em que existe um conjunto escultórico alegórico ao Rio Tejo, com cascata, lago esse que não bastava estar seco e sujo há tempo demasiado como agora se tornou local para pernoitar (ver foto de tenda).

Não conseguimos compreender como os dois lagos do lado poente da Avenida se encontram com água, embora estagnada, e este está nesta situação, que a todos devia envergonhar.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Martins, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Gustavo da Cunha, Virgílio Marques, Filipe Teixeira, Jorge Pinto, Eurico de Barros, Pedro Cassiano Neves, Martim Galamba, Miguel Jorge, Carlos Boavida, Pedro Jordão, João Leonardo, António Araújo, Michael Hagedorn, Ana Alves de Sousa, Fátima Castanheira, Gonçalo Cornélio da Silva

Fotos de Rui Martins (12.5.2022)

04/05/2022

Providência Cautelar Solmar - Recolha de Fundos - CAMPANHA ENCERRADA!

Caro(a) Amigo(a)

Foi já atingida a totalidade da verba necessária para cobrir os honorários do advogados.

MUITO OBRIGADO A TODOS QUANTOS CONTRIBUÍRAM

A Direcção

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Maria Ramalho, Miguel de Sepúlveda Velloso e Nuno Caiado

Foto de Martim Galamba (10.03.2022)

Pedido de Planos de Salvaguarda para Bairros das Estacas, Colónias e Alfama, Castelo e Mouraria

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas,
Exma. Sra. Vereadora do Urbanismo
Eng. Joana Almeida


C.C. AML, JF e Agência Lusa

Considerando que se tem vindo a assistir nos bairros históricos de Alfama, Castelo e Mouraria, a um cada vez maior número de construções novas e ampliações, a nosso ver desmedidas em termos volumétricos, estéticos, materiais usados e respectivos acabamentos, tornando assim contraditórios e ineficazes os Planos de Urbanização dos Núcleos Históricos em vigor (constituídos em 1997 e actualizados, a nosso ver, mal, em 2014) no que concerne aos seus termos de referência e objectivos prévios, ou seja, a salvaguarda destes bairros;

Tendo em conta que se encontra em elaboração o Plano de Pormenor de Reabilitação Urbana da Colina do Castelo (PPRUCC), sintetizando, de certa forma, os Planos de Urbanização dos Núcleos Históricos (PUNH) acima referidos;

Considerando que o Bairro das Estacas e o Bairro das Colónias se encontram Em Vias de Classificação pela Direcção-Geral do Património Cultural, por via da publicação em DR dos Anúncios nº 51/2021 (DR n.º 53/2021, Série II, de 17 de Março) e nº 280/2021 (DR nº 246/2021, Série II, de 22 de Dezembro), respectivamente;

Estamos convictos que só por via da figura de Plano de Pormenor de Salvaguarda se poderá garantir regulamentação específica e directa quanto à preservação e valorização de facto dos bairros Em Vias de Classificação e da malha urbana histórica objecto daqueles PUNH, nomeadamente pela criação de um conjunto de directrizes do que se pode ou não ser feito aos edifícios, no exterior (cores e outro tratamento de fachadas, natureza dos rebocos, perfis/caixilharias de vãos de portas e janelas, mansardas, telhas de coberturas, fecho de varandas, clarabóias, chaminés, etc.) e interior (átrios, caixas de escadas, compartimentação original de espaços / divisões, soalhos, estuques, etc.).

Porque se nada fizermos para reposicionar Lisboa nos padrões europeus de reabilitação urbana, daqui por uma década a nossa capital será simplesmente conhecida pelo seu baixo nível de autenticidade, com pouco mais que construções novas que aproveitam fachadas antigas. É este tipo de empobrecimento patrimonial que queremos para as futuras gerações?

Assim, apelamos a V. Exas. para que dêem indicações aos serviços da CML no sentido de elaborarem, tão cedo quanto possível, Planos de Pormenor de Salvaguarda para os Bairros das Estacas e das Colónias, Alfama, Castelo e Mouraria, assim como actualizar os termos de referência do PPRUCC de modo a que também este novo plano contemple uma vertente de Salvaguarda.

Juntamos imagens de alguns exemplos de intervenções recentes que a nosso ver são altamente questionáveis, ao adoptarem linguagens e acabamentos em clara ruptura com o ambiente urbano histórico consolidado respectivo, o que contradiz as regras mais elementares das cartas internacionais de gestão de centros históricos, de que Portugal é país signatário!

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Maria Teresa Goulão, Inês Beleza Barreiros, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Rui Martins, Virgílio Marques, José Maria Amador, Pedro Cassiano Neves, Vítor Vieira, Martim Galamba, Cláudia Ramos, António Araújo, Maria do Rosário Reiche, Miguel Atanásio Carvalho, Carlos Boavida, Madalena Martins, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Gustavo da Cunha, Pedro Formozinho Sanchez

Fotos 1-2: Rua Costa do Castelo (fonte: Floornature)
Foto 3: Largo Chafariz de Dentro (in facebook do hostel respectivo)
Foto 4: Calçada de Santo André (in Google Stree View)
Foto 5: Rua de São Tomé (in skyscrapercity)

03/05/2022

Viaduto e estação de metro de Alcantara

Chegado por e-mail:

«Bom dia,

Alertada por alguns artigos recentes da comunicação social dedicados ao prolongamento da Linha Vermelha do Metro de Lisboa e, concretamente, ao viaduto e Estação terminal do Metro de Lisboa, em Alcântara, queria partilhar as minhas preocupações com o Forum Cidadania Lx e pedir, por um lado, maior divulgação e a vossa intervenção junto das entidades competentes.

Tendo em conta que o metro em Alcântara aparece como uma inevitabilidade e um dado adquirido, apesar da diversidade de transportes públicos já disponíveis na freguesia, incluindo ligações ferroviárias a várias estações de metro a partir da Estação de Alcântara-Terra, não se compreende como foi aceite um projeto à superficie, quando, apesar das dificuldades, até se conseguiu proceder à implantação subterrânea do metro no Terreiro do Paço e no Cais do Sodré. Será Alcântara menos digna? Se o problema era o caneiro de Alcântara, não haveria localização mais adequada para a estação de metro, evitando-se a construção de um viaduto e de uma estação à superficie? E, neste contexto, como se tornou admissível a empresa de transportes Metro de Lisboa estar autorizada a avançar com intervenções no Baluarte do Livramento, monumento do século XVII?

Como se não bastasse implicar a demolição de estruturas adjacentes ao Baluarte do Livramento e afectar diretamente a integridade do próprio monumento histórico, o viaduto do metro de Alcântara vai literalmente atravessar "um prédio" na Rua da Costa, em Alcântara até chegar à Estação. Esta será edificada à superficie, na própria avenida de acesso à Ponte 25 de Abril, e vai acabar por retirar a servidão de vistas a algumas ruas do Bairro do Alvito, a título permanente, cimentando o seu isolamento da restante freguesia. A obra será, no mínimo, um desrespeito histórico à freguesia de Alcântara e aos fregueses do Alvito. Será, no mínimo, permanentemente impactante a nível visual e acústico.

O projeto em apreço, na fase de estudo prévio, encontra-se para consulta aos cidadãos na seguinte plataforma, durante os próximos 31 dias e até 2 de junho:

https://participa.pt/pt/consulta/prolongamento-da-linha-vermelha-entre-sao-sebastiao-e-alcantara-do-metropolitano-de-lisboa

Partilho convosco o comentário que deixei há dias no site:

"Li com muita atenção o "Estudo Prévio, Resumo Não Técnico", observando cuidadosamente o traçado proposto para a extensão da Linha Vermelha, com especial interesse no terminal e viaduto de Alcântara, zona histórica que tem vindo a ser requalificada e onde possuo um apartamento, na Rua dos Lusíadas, onde também cresci. Trata-se de um projeto ambicioso e oneroso, mas que, no troço final, vem definir um novo enquadramento paisagístico e cénico que qualifico de muito mau, algo que não se admite num empreendimento que se quer cuidadoso. Transforma a potencial mais valia de ter metro em Alcântara numa tragédia paisagística e social desnecessária.

Um viaduto e uma estação terminal que encaro como uma ferida aberta com tecido cicatricial na lindíssima e histórica Alcântara, requalificada e reinventada, à data, com bastante harmonia. E mexer, neste contexto, no Baluarte do Livramento, é impróprio, mesmo sob pretexto de o requalificar.

Acrescento que os habitantes do Alvito/ Quinta do Jacinto, com os quais não tenho particular afinidade mas que já são socialmente os mais desfavorecidos e isolados, serão sem dúvida os mais penalizados, contrariamente ao que se relata no "Estudo Prévio, Resumo Não Técnico", ficando ainda mais arredados da restante freguesia, encurralados, com um "mono" permanente à frente, sem direito a servidão de vistas, com a estação a servir de verdadeiro tapume.

O mesmo se pode dizer de qualquer habitante ou turista de Alcântara com o mínimo de sensibilidade estética que terá de viver com o impacto visual negativo da obra finalizada, resultante da imposição feita ao Arquiteto de apresentar um projeto à superficie. É de lamentar e de tentar remediar, encontrando uma solução subterrânea e sem viaduto, num local que seja adequado. O meu parecer é, por isso, completamente desfavorável à construção do viaduto e do terminal de Alcântara à superfície, seja onde fôr, porque Alcântara merece igual cuidado ao que foi conferido a outras freguesias históricas de Lisboa, onde se chegou a equacionar implantar metro à superfície, mas que acabaram, e muito bem, uma vez ultrapassados os entraves à realização da obra, por ter metro e estações subterrâneas - um aspecto que as valorizou.

É porque, convém relembrar, Alcântara é uma freguesia que até já tem ligações a vários pontos da cidade, com elétricos e autocarros da Carris a circularem incessantemente, com acesso rodoferroviário à Ponte 25 de Abril (redes da TST- Transportes Sul do Tejo e da Fertagus/ SulFertagus), às linhas de Cascais, Azambuja e Sintra, onde se inclui o acesso às estações de Sete Rios, Entrecampo, Roma/Areeiro, Oriente, Rossio e Santa Apolónia do Metro de Lisboa, pelo que seria pertinente que, a ter de fazer a obra, a referida empresa contribuisse, em Alcântara, não só para a sustentabilidade urbana como é seu objectivo, como também para a melhoria do enquadramento paisagístico, "desaparecendo" subterraneamente, conferindo, assim, serenidade visual e acústica à área de implantação."

Artigos sobre o metro em Alcântara:

https://www.publico.pt/2022/04/22/local/noticia/extensao-linha-vermelha-metro-lisboa-vai-atravessar-predio-alcantara-2003391

https://www.jn.pt/local/noticias/lisboa/lisboa/ligacao-do-metro-ate-alcantara-obriga-a-demolicoes-14794823.html

https://www.nit.pt/fora-de-casa/na-cidade/expansao-da-linha-vermelha-preve-que-metro-atravesse-um-predio-em-alcantara

https://lisboaparapessoas.pt/2022/01/04/metro-de-lisboa-linha-vermelha/

https://theworldnews.net/pt-news/extensao-da-linha-vermelha-do-metro-de-lisboa-vai-atravessar-predio-em-alcantara

Segue, anexo, para vossa apreciação, o "Estudo Prévio, Resumo Não Técnico" e algumas fotos de Alcântara em pdf, do passado ao futuro que se quer evitar.

Com os meus melhores cumprimentos,

Ira Carvalheiro»