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Pórtico do Carmo depois do excelente restauro, jacarandás no Largo do Carmo, fachada de São Vicente. Uma cidade como esta merece todas as lutas e todos os esforços. |
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Cc. PCML, AML e JF
Constatámos que os serviços da Câmara Municipal de Lisboa acabam de retirar de Alfama todos os caixotes de lixo, nas vésperas de começarem as festas de Lisboa e os Santos Populares, e, ao que fomos informados, por causa destes!?
Ainda há pouco tempo, no dia 15 de Maio, o Fórum Cidadania Lx dava os parabéns à Junta e à CML pela forma como estavam a lidar com "o amontoado de carros e lixo", mas passados nem 15 dias o lixo no chão voltou...
Resumidamente;
- Primeiro foram retirados os caixotes de Alfama e distribuíram-se sacos às pessoas com instruções para os porem depois no chão à porta de casa;
- Depois deixaram de distribuir os sacos às pessoas mas, como já não havia caixotes suficientes, o lixo continuou a ser posto no chão em todo o tipo de "embalagem", sacos das compras, sacos do lixo, etc;
- A seguir culpou-se o turismo e o Alojamento Local dos problemas da ineficiência do sistema de gestão e recolha do lixo, apesar do tipo de lixo colocado no espaço público ser maioritariamente dos restaurantes e comércio (caixas de cartão, garrafas, caixas do peixe e da fruta, etc.);
- Agora, que finalmente recolocam os caixotes para o lixo e alargam o horário de recolha... os caixotes desaparecem!?
Perguntamos a V. Exa.: qual é estratégia da Câmara Municipal de Lisboa?
A nosso ver, esta estratégia em ziguezague não se justifica e só contribuirá para um estado mais calamitoso do espaço público e da qualidade de vida em Alfama.
Recordamos que os Santos Populares, que de início eram apenas 3 dias, e que se traduziam apenas em convívio são e genuíno entre moradores e visitantes, são agora única e exclusivamente um negócio, que se arrasta durante todo o mês de Junho, e por vezes mais semanas, com muito ruído, por vezes para lá das 2 da manhã, a que o sistema sonoro instalado pela própria Junta de Freguesia também ajuda, e que, em vez de contribuir para o descanso dos moradores, concorre para a desertificação do bairro, realidade que todos criticamos.
Solicitamos, pois, a V. Exa. que nos esclareça sobre qual a estratégia de recolha do lixo para o bairro histórico de Alfama?
Lisboa, 24 de Maio de 2019
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bruno Palma, Bernardo Ferreira de Carvalho, Luís Serpa, João Leitão, Júlio Amorim, Ana Alves de Sousa, Eurico de Barros, Pedro Malheiros Fonseca, Irina Gomes, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Mariana Carvalho, Jozhe Fonseca, Helena Espvall, Fátima Castanheira, Beatriz Empis
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Ontem, dia 29 de Maio, os caixotes do lixo já tinham regressado às ruas de Alfama. Obrigado à CML e ao vereador Carlos Castro, parece que nos ouviram ...(foto de Bruno Palma)
Somos a protestar indignados pelo estado deplorável em que se encontra o lago da Patriarcal do Príncipe Real, de que é bem ilustrativa a fotografia em anexo (autoria: Grupo dos Amigos do Príncipe Real).
Relembramos a V. Exas. que este lago é parte integrante de um dos monumentos mais importantes da cidade e do país, situando-se num dos jardins belos de Lisboa e um dos mais visitados, senão o mais visitado, por turistas, pelo que a vergonha que todos sentimos é ainda maior.
Trata-se de um Monumento que se encontra à v/ guarda.
Na hipótese deste “cenário” se relacionar com eventual “mitigação” dos efeitos da seca de 2017, sugerimos que, dada a importância deste espaço, seja instalado um sistema de circulação de água em circuito fechado, como se faz noutros países.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Jorge Pinto, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Ana Celeste Glória, Rui Pedro Martins, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Maria Teresa Goulão, Helena Espvall, Jean Teixeira, Pedro Jordão, Pedro de Souza, Jozhe Fonseca, Fernando Silva Grade, Beatriz Empis, Ana Alves de Sousa, António Araújo, Fátima Castanheira, Alexandre Marques da Cruz, Maria do Rosário Reiche, João Oliveira Leonardo, Nuno Vasco Franco, Pedro Machado
Serve o presente para apresentarmos uma queixa junto de V. Exas. sobre o roubo de azulejos ocorrido há dias na Casa da Pesca, imóvel classificado, que é propriedade do Estado e está à guarda do INIAV, ex-Estação Agronómica e organismo sob a tutela Ministério da Agricultura, conforme fotos em anexo documentam.
Solicitamos a v/melhor ajuda para este caso de roubo ao Património nacional, fruto da irresponsabilidade de quem de direito.
Foto 1: Jornal Público
Foto 2: CM Oeiras
Foto 3: Ana Celeste Glória (2016)
Colocando-nos à v/disposição para o que acharem necessário, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Ana Celeste Glória, Bernardo Ferreira de Carvalho
C.c. PCML, AML, EPAL
Tivemos conhecimento que a Câmara Municipal de Lisboa, na qualidade de nova proprietária do Teatro da Cornucópia, ao Bairro Alto, pretende abrir um arruamento para Sul do mesmo, sobre o troço do Aqueduto das Águas-Livres (MN) ali existente, com vista a facilitar o escoamento do público e a circulação de materiais, ligando o teatro directamente ao Largo Hintze Ribeiro.
Soubemos igualmente que a EPAL, nessa eventualidade, terá reforçado o muro do Aqueduto com chapadas de cimento, em vez de cal e areia como seria expectável, estando nós na presença de um Monumento Nacional.
Somos, portanto, a solicitar o melhor esclarecimento da parte da V. Exa., quanto à aprovação, ou não, deste reforço do muro e, mais importante, da abertura do arruamento referido, a fim de podermos apresentar a respectiva queixa a quem de direito.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Luís Serpa, Beatriz Empis, Ana Celeste Glória, Rui Pedro Martins, Fátima Castanheira, Virgílio Marques, António Araújo, Carlos Moura-Carvalho, Pedro Jordão, Jorge Pinto, José Maria Amador
Cc. PCML, AML. JF Alvalade e media
No seguimento do nosso alerta-solicitação de há um ano (http://cidadanialx.blogspot.com/2018/05/pimenteiros-pedido-cml-para-sua.html), sobre o assunto em epígrafe, somos a agradecer à CML o restauro já efectuado aos 2 “pimenteiros” por nós identificados e localizados nos cruzamentos da Av. Rio de Janeiro com a Avenida da Igreja e a Avenida dos Estados Unidos da América.
Aceitem, V. Exa. e a CML, os nossos aplausos pela recuperação física dos “pimenteiros” assinalados, e o nosso incentivo a que procedam à colocação, ainda em falta, dos vidros amarelos do “pimenteiro” dos semáforos da Av. Rio de Janeiro/Av. E.U.A., e a electrificação de ambos.
E o nosso maior incentivo a que a CML identifique se existem mais “pimenteiros” na cidade, procedendo a igual restauro e operacionalização; e o mesmo aos “pimenteiros” existentes em depósito camarário, recolocando-os na via pública, em alguns dos seus anteriores locais.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Rui Pedro Martins, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Maria João Pinto, Pedro Jordão, Paulo Lopes, Alexandra de Carvalho Antunes, Alexandra Maia Mendonça, João Oliveira Leonardo, Virgílio Marques, João Pinto Soares, Pedro Machado, Ana Alves de Sousa, Nuno Caiado, Pedro Henrique Aparício, Maria Cary, Jorge D. Lopes, Pedro Malheiros Fonseca, António Araújo, Fernando Jorge, Miguel de Sepúlveda Velloso, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis
Matemático; membro do Fórum Cidadania Lx; autor do livro "A Lisboa que eu imaginei"»
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Quem desce a Avenida Almirante Reis, em Lisboa, encontra a Portugália do lado direito. Todo o quarteirão que começa na mítica cervejaria, atravessa a fábrica de cerveja em ruínas e termina no centro comercial. Esse último prédio foi casa de pelo menos dois ícones lisboetas: o jornal O Independente e a loja de música Carbono. Acima do solo, ergue-se a 21,75 metros, o que faz dele um dos mais altos da avenida. Agora vai nascer uma outra torre, com o triplo da altura. O Portugália Plaza cresce para 60,20 metros. E, em vez dos atuais cinco, vai ter 16 andares.
O projeto da parcela norte da urbanização está feito, tem parecer positivo do departamento de urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa e em consulta pública até 12 de maio. É obrigatório que assim seja, porque a volumetria do novo quarteirão lisboeta requer estatuto de exceção em relação ao PDM atual. E se é inquestionável que o Portugália Plaza recupera terrenos que estão abandonados há décadas, também é verdade que o empreendimento está longe de ser consensual.
"Isto é pura e simplesmente um absurdo", diz ao DN Ana Jara, arquiteta e vereadora da Câmara de Lisboa pelo PCP. "Não tinha dúvidas de que, num antigo terreno industrial abandonado há décadas, teria de se pensar num novo uso. E nem sou por princípio contra a arquitetura de rutura, como esta é. Mas as exceções têm de servir um propósito público e esta só tem interesse para os investidores privados. Nunca existiu um edifício assim na Avenida Almirante Reis, um eixo essencial e histórico de Lisboa - e abrir este precedente é assumir uma cidade que não serve o interesse dos cidadãos."
O atual estado do Quarteirão da Portugália.© Paulo Spranger/Global ImagensO Portugália Plaza é sobretudo um projeto habitacional, que vai criar 85 novos apartamentos numa das zonas mais apetecíveis da capital portuguesa. Serão cinco fogos T0, 44 fogos T1, 17 fogos T2, 17 fogos T3 e dois T4. Tem, além disso, 16 escritórios e espaços de cowork, mais uma zona comercial no piso térreo, que vai rodear duas praças interiores. Será possível transitar pelo meio do quarteirão entre a Avenida Almirante Reis e a Rua António Pedro, algo que até agora não acontecia.
As obras custam 40 milhões de euros e os investidores preveem que estejam concluídas até ao final do primeiro trimestre de 2016. David Teixeira, o diretor operacional do projeto que agora está em consulta pública, diz que a torre de 16 pisos aposta num novo conceito de habitação urbana: o co-living. "É um conceito inovador focado na convivência, garantindo a privacidade através da oferta de unidades de habitação de tipologias mais pequenas e a partilha de áreas comuns, que potenciam o sentido de pertença através da concretização de eventos inspiradores." Dá um exemplo: "Na praça interior podemos ter sessões de cinema ao ar livre."
David Teixeira trabalha para a Essentia, a empresa que coordena os projetos do Fundo Imobiliário Fechado Sete Colinas. Criada em 2006, o Sete Colinas tem sede no edifício da Caixa Geral de Depósitos mas pertence a um grupo de investimento alemão - que não aparece na maior parte dos registos, segundo a Essentia porque quer "manter um perfil discreto". Têm uma carteira volumosa de investimentos imobiliários na cidade, orçada em 550 milhões de euros, e apostando sobretudo nos setores da hotelaria e dos condomínios de luxo.
A cervejaria Portugália permanecerá como marco da cidade.© Paulo Spranger/Global Imagens
Quem gere este Fundo é a SilVip, gestora imobiliária que conta entre os seus acionistas com José Manuel Pinheiro Espírito Santos Silva, administrador do BES no período de vigência de Ricardo Salgado - que por sua vez é primo de Manuel Salgado, vereador de Urbanismo da Câmara Municipal de Lisboa. A operacionalidade dos trabalhos foi, no entanto, sempre assegurada pelo terceiro parceiro. A Essentia abriu inclusivamente um concurso a arquitetos em 2016, depois de uma primeira versão do Portugália Plaza ser rejeitada pelo município.
O concurso de ideias para o quarteirão da Portugália envolveu oito gabinetes de arquitetura e o júri foi presidido por Juhani Pallasmaa, professor e crítico finlandês, figura incontornável da arquitetura e cultura contemporâneas. E, aos seus olhos, o projeto que os irmãos Nuno e José Mateus, da ARX, venceram tem vantagens inquestionáveis: "Esta proposta completa o quarteirão da Portugália de uma forma convincente, equilibrada, enriquecedora e sem esforço", disse na sua avaliação.
Sobre a rutura com o espaço envolvente, foi igualmente claro: "Os novos edifícios propostos ecoam a escala, o grão, o carácter e a coloração do ambiente vizinho, que, conectados com o espaço público ao ar livre, é provável que antecipem a direção do futuro desenvolvimento urbano nesta área de Lisboa."
A praça norte, segundo o projeto.© D.R.
Margarida Martins, presidente da Junta de Freguesia de Arroios, não tem uma opinião formada sobre o edifício, nem quer pronunciar-se sobre a sua volumetria numa altura em que o projeto está em discussão pública. "Era uma lixeira a céu aberto, fico contente que haja finalmente uma intervenção." Mas também analisa o conjunto urbano da freguesia. "Temos um edificado muito estabelecido, é muito difícil encontrarmos novos espaços para construir jardins ou equipamentos desportivos." Uma parte do Portugália Plaza será cedida como equipamento público e as duas praças interiores terão como principais elementos o verde e a água. Os promotores acreditam que "o projeto criará uma nova centralidade em termos de recreio e lazer ao ar livre".
Mas é também em Arroios que se sente o "assalto às habitações da capital", nas palavras de Margarida Martins. Na parte sul da freguesia, a zona do Intendente, vários residentes têm saído para verem as suas casas darem lugar a alojamentos locais. Na parte norte, como a zona da Portugália, verifica-se um aumento brutal de rendas de longa duração, expulsando as classes menos abastadas do centro da cidade. "Em quatro anos, as rendas triplicaram."
A fábrica da cerveja será recuperada.© Paulo Spranger/Global Imagens
"Uma Lisboa saudável tem de ter espaço para todos", diz a presidente da Junta de Freguesia de Arroios. "Arroios sempre foi a zona dos artistas, das classes trabalhadoras, e perdermos essa característica é uma perda para toda a cidade." Exige-se por isso um plano rápido de habitações a preços controlados. O quarteirão da Portugália, no entanto, caminha num sentido diferente. "São 85 apartamentos com layout e design funcionais e contemporâneos, dirigidos a famílias e jovens profissionais portugueses da classe média", diz Diogo Teixeira.
O projeto Portugália Plaza está para consulta pública até 12 de maio, na sede da Junta de Freguesia de Arroios e no centro de documentação DMEM, no edifício da Câmara Municipal de Lisboa no Campo Grande. Aí, os cidadãos podem fazer as suas sugestões ao município. Ana Jara, vereadora comunista, preferia um processo de esclarecimento antes da abertura da consulta. "Uma coisa é certa, vamos discutir isto intensamente na Assembleia Municipal."
Entretanto, já no domingo, a CML decidiu organizar duas reuniões de esclarecimento aos munícipes sobre este projeto - ainda sem data anunciada.»
C.c. AML, Vereador MS, Vereador JSF, Vereadora CVP, JF
Constatámos, com surpresa, que a junta ao estado de abandono a que está votado o geo-monumento existente entre a Rua Virgílio Correia e a Rua São Tomás de Aquino, existe agora um aviso dando conta de uma operação de loteamento para o local (proc. nº 15/URB/2019), ainda em apreciação nos serviços da CML.
Solicitamos a V. Exa. que nos esclareça quanto ao futuro deste geo-monumento no quadro de uma eventual aprovação desse loteamento, isto é, se o mesmo, identificado com o nº 9 no mapa difundido pela própria CML (https://cml.maps.arcgis.com/apps/MapJournal/index.html?appid=292fa0698542496199e61a5fe32c0501) será preservado na íntegra e devidamente protegido, como outros já o foram no âmbito do programa (http://www.cm-lisboa.pt/viver/ambiente/geomonumentos) em boa hora desenvolvido pela CML a partir de 2007, e por sugestão directa do prof. Galopim de Carvalho.
Junto anexamos algumas fotos tiradas a 30 de Abril de 2019.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
Lisboa, 2 de Maio de 2019
Paulo Ferrero, Virgílio Marques, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Alves de Sousa, Rui Pedro Martins, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Inês Beleza Barreiros, Fátima Castanheira
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Resposta do Sr. Vereador Manuel Salgado: