31/03/2022

Para quando dignificar a Zona Envolvente do Palácio Nacional da Ajuda?

Exmo. Sr. Ministro da Cultura
Dr. Pedro Adão e Silva
Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Ajuda
Dr. Jorge Manuel Marques


C.C. Senhor Primeiro-Ministro, Senhor Presidente da CML, 12ª comissão da AR, AML, DGPC, ATL e Agência LUSA

Dada a proximidade da abertura do novo pólo do Palácio Nacional da Ajuda (PNA), designada Museu do Tesouro Real, e considerando que toda a área daquele sítio monumental irá ser (re)descoberta por um número crescente de público,

Constatando o evidente impasse em que se encontra a zona envolvente do Palácio da Ajuda, mesmo sabendo da intenção, várias vezes expressa pelas entidades oficiais, de intervir nesse conjunto urbano,

E considerando as notícias animadoras que dão conta da inscrição da referida zona na “componente 4” do Plano de Recuperação e Resiliência,

É imperativo perguntar-se:

1 – Torre do Galo

Qual a entidade que tem efectivamente a responsabilidade da consolidação, restauro e valorização da Torre do Galo, incluindo o mecanismo do relógio e os sinos?
Lembramos a V. Exas. que a Junta de Freguesia (sob eventual protocolo com MC/DGPC) terá já reunido a verba necessária para a empreitada de conservação e restauro da torre, excluindo, contudo, o restauro (reconstrução) do mecanismo do relógio e dos sinos, o que nos parece grave.
Há algum calendário previsto para eventual abertura ao público e/ou conclusão das obras?

2 – Sala dos Serenins

O projecto/estudo pensado para toda a área contempla a abertura ao público da Sala dos Serenins, devidamente restaurada e incluída num percurso museográfico?

3 – Jardim das Damas

De acordo com as imagens conhecidas do projecto para o remate da ala poente do PNA, a fachada norte estaria recuperada, dado abrir para o Jardim das Damas. Mantém-se em aberto essa possibilidade?
O Jardim das Damas é, em conjunto com a Torre do Galo, um dos pontos fulcrais de qualquer valorização do sítio monumental da Ajuda. Lamentavelmente, encontra-se num avançado estado de degradação. Lamentavelmente, também, o protocolo DGPC/CML nunca foi cumprido por esta última, tendo a manutenção do espaço sido delegada na Junta de Freguesia, ainda que se desconhecendo a que título o foi. Pelo que se questiona:
Qual a entidade que tem a responsabilidade da recuperação do Jardim das Damas nos moldes protocolizados há 10 anos com a CML?
Prevê o Ministério da Cultura a sua recuperação a tempo da abertura do Museu do Tesouro Real?

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Pedro Malheiros Fonseca, Ana Alves de Sousa, Inês Beleza Barreiros, Luís Mascarenhas Gaivão, Ana Celeste Glória, Pedro Cassiano Neves, Carlos Boavida, João Oliveira Leonardo, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Miguel Jorge, José Maria Amador, Maria do Rosário Reiche

25/03/2022

Último apêlo ao PCML para travar o projecto da "Praça da Mouraria"

Exmo. Senhor Presidente
Eng. Carlos Moedas


CC. AML, JF, Vereadora Urbanismo e agência LUSA

Serve o presente para fazermos um último apêlo à CML, na pessoa do seu novo Presidente, para impedir o avanço do denominado projecto da “Praça da Mouraria”, cujo “superior interesse” para a cidade continua por apurar.

De facto, os justificativos (nobres) invocados há 10 anos pela CML para esventrar duas frentes de quarteirão (Rua da Palma e Rua do Bem-Formoso), segundo os quais o estudo prévio/projecto adjudicado à arq. Inês Lobo como facto consumado pressupunha “promover a regeneração urbana do espaço situado entre a Rua da Palma e a Rua do Benformoso" e “proporcionar uma alternativa de local de culto à Comunidade Muçulmana do Bangladesh”, de modo a pôr termo à mesquita improvisada que funciona num prédio de habitação na Rua do Bem-Formoso, claramente sem condições para o culto, redundaram no seguinte:

-Proposta de demolição de prédios recentemente recuperados na Rua do Bem-Formoso, pelo seu proprietário, tornando algo que deveria ser elogiado pela CML (uma reabilitação numa rua praticamente intacta em termos patrimoniais mas que precisava e precisa de reabilitação, sem estropiação) em algo contrário, pois só assim se compreende o facto de a CML invocar o interesse público e expropriar esses edifícios, para que a tal “Praça da Mouraria” possa ser feita.

-Um projecto de abertura de “praça” que, para lá de uma “marca de autor” perfeitamente dispensável na malha urbana histórica e consolidada (imagem em anexo), a curto prazo reproduzirá, quem sabe se em maior escala, os problemas urbanísticos, sociais, etc., que, recentemente, intervenções do género, posteriormente consideradas desajustadas, produziram no quotidiano e na malha da cidade (vide os novos pátios dos edifícios do pós-incêndio do Chiado e o próprio Martim Moniz).

Por outras palavras:

É necessário garantir no curto-prazo a construção de uma mesquita para a comunidade Bangladesh da Mouraria, mas estamos convictos de que tal não implica “fazer cidade”, melhor, destruir a malha urbana histórica existente, nem sancionar o que devia ser premiado: uma reabilitação exemplar do edificado pelos proprietários.

E, o que não é despiciendo, sem sobrecarregar o erário público com milhões de euros, como este projecto implica.

Estamos certos que eventuais indemnizações a empreiteiros, ou afins, como consequência de a CML decidir não prosseguir com este projecto inadvertidamente adjudicado, serão sempre compensadas pela poupança de milhões ao erário público, além de que poderão ser devidamente assacadas aos decisores que o permitiram.

Estamos também saturados de ouvir os decisores camarários recorrerem ao argumento de terem que “indemnizar terceiros” sempre que reconhecem que os seus antecessores decidiram de forma nociva para a cidade, veja-se os casos do “Mono do Rato” e do projecto de contentores para o Martim Moniz, por exemplo.

Apelamos a V. Exa. para travar este projecto de “praça da mouraria”, incumbindo os serviços da CML de desenvolverem, em sintonia com os efectivos anseios da comunidade islâmica local, um projecto que sirva a todos.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Luís Carvalho e Rêgo, Pedro Jordão, Maria Teresa Goulão, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Eurico de Barros, Helena Espvall, José Morais Arnaud, Gonçalo Cornélio da Silva, Beatriz Empis, Miguel Atanásio Carvalho, Jorge Pinto, Teresa Silva Carvalho, Carlos Boavida, Bárbara e Filipe Lopes, Madalena Martins, Mafalda Magalhães de Barros, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Pedro Machado, José Maria Amador, Maria do Rosário Reiche, Marta Saraiva

24/03/2022

Projecto de alterações e demolição Convento de Santa Joana – novo e-mail a arq. Bruno Pereira (Saraiva & Associados)

Exmo. Sr. Arq. Bruno Pereira


C.C. CML, DGPC, JF e Agência Lusa

Constatando a destruição completa do edifício central do antigo convento de Santa Joana, importa esclarecer os seguintes pontos:

Na informação constante no site do projecto Lx Conventos (http://patrimoniocultural.cm-lisboa.pt/lxconventos/ficha.aspx?t=i&id=592) coordenado pelo Instituto de História da Arte, pode ler-se: "na continuidade da igreja, um edifício de três pisos aloja duas salas que conservam elementos de interesse patrimonial. Localizavam-se no piso intermédio e davam acesso ao coro da igreja através de dois portais da segunda metade do séc. XVIII, um dos quais ricamente decorado por trabalho escultórico rocócó." Ainda com base na mesma fonte: "pilastras e capitéis jónicos da área do presbitério de grande erudição e rigor tratadístico, bem como tribunas de arcaria tripla que abriam para a capela-mor."

Importa, pois, saber:

Qual o destino dado a estes importantes elementos de uma das grandes casas monásticas de Lisboa?
Qual o paradeiro dos excelentes painéis azulejados barrocos que existiam na portaria?
Muito nos interessaria saber quem deu a autorização para a demolição integral do corpo central do convento, do corpo em “L”, que delimitaria um segundo pátio. Demolição que implicou a completa adulteração da pré-existência.
Tal como gostaríamos de saber que destino foi dado à antiga pedra de armas de D. José I, que apoiou a reconversão do convento masculino para feminino.

De frisar, ainda, a frase que consta no vosso site e que gostaríamos que nos explicassem: "as soluções apontadas pela contemporaneidade."

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Miguel de Sepúlveda Velloso, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Luís Carvalho e Rêgo, Eurico de Barros, Virgílio Marques, Ana Celeste Glória, Gonçalo Cornélio da Silva, Gustavo da Cunha, Fernando Jorge, Rui Martins, Helena Espvall, Beatriz Empis, Miguel Atanásio Carvalho, Fátima Castanheira, Maria do Rosário Reiche, Pedro Cassiano Neves, António Araújo

23/03/2022

Protesto por demolição antigos armazéns R. Vale Formoso 41-43

Exma. Sra. Vereadora Joana Almeida


C.C. PCML, AML, JF e Agência LUSA

Somos a protestar pela proposta nº 111/2022 que V. Exa. irá submeter à reunião de CML de dia 28 de Março, e que diz respeito a um projecto de demolição dos edifícios da Rua do Vale Formoso (de Baixo), nº 41 a 43, em Marvila, para construção de novo edifício.

Com efeito, e apesar dos edifícios (antigos armazéns) em causa serem neste momento apenas fachadas, apresentamos o nosso protesto pela demolição das mesmas para se proceder a uma construção nova, dissonante com o resto do quarteirão, em vez de se proceder à reabilitação e adaptação da pré-existência.

Somos assim contra este projecto, exactamente pelas razões opostas às defendidas pelo promotor e pelo atelier de arquitectura em causa, e que V. Exa. parece subscrever, ou seja:

Não consideramos que este projecto seja «uma mais valia arquitectónica» e que a «uniformização da frente de rua», por via do alinhamento de cérceas e da construção nova aqui proposta, seja de aplaudir.

Pelo contrário, consideramos que esta proposta afecta o ambiente urbano de carácter industrial daquele quarteirão, ao anular as fachadas em bico características deste tipo de edifícios.

Como é possível a CML ainda manter a «uniformização de cérceas/frente de rua» como argumento válido para justificar demolições em Lisboa uma vez que essa suposta «mais valia», na grande maioria dos casos, nada mais é que um empobrecimento da diversidade patrimonial da cidade, e uma cedência à maximização de lucros de promotores privados. Graças a essa tão defendida «uniformização» a CML tem validado a destruição de muitas realidades patrimoniais por toda a cidade - e o que se pretende agora em Marvila é apenas mais um exemplo dessa prática que é preciso questionar.

E que será perfeitamente possível desenvolver um outro tipo de projecto que integre as fachadas dos antigos armazéns, em vez de as demolir, e tornar ainda mais irreconhecível o ambiente urbano de cariz industrial que caracteriza e valoriza aquela zona da cidade. A reabilitação deve ser feita com, e não contra, os testemunhos do passado de Lisboa.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Nuno Caiado, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Teresa Silva Carvalho, Fernando Jorge, Helena Espvall, Inês Beleza Barreiros, Maria Teresa Goulão, Carlos Boavida, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Fátima Castanheira, Eurico de Barros, Martim Galamba, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis, Pedro Formozinho Sanchez, Maria Ramalho

22/03/2022

Apelo a Cooperação // Movimento cívico "Contra o Teleférico no Curral das Freiras"

Chegado por e-mail:


«Boa Tarde,

Vimos por este meio, solicitar a vossa ajuda para divulgar esta iniciativa cívica dentro dos vossos meios de comunicação e emitir o vosso parecer na AIA do projecto, disponível através deste link, em consulta pública até 8 de Abril.

Megaprojeto Turístico irá permanentemente desfigurar as montanhas e paisagem protegida do Curral Das Freiras.

O Curral das Freiras, uma das paisagens mais icónicas da ilha da Madeira e de Portugal é alvo de um agressivo projeto turístico radical nas suas montanhas que destruirá o seu valor paisagístico e cultural, projeto em consulta pública até 8 de Abril no portal Participa.pt através deste link

Este projeto consiste na construção de dois teleféricos, um deles o segundo maior da Europa, um parque de aventuras radicais, um Zip-line, um restaurante tendo assim várias edificações modernistas de consideráveis dimensões, uma das quais com altura de quatro pisos, nas montanhas circundantes ao Curral das freiras, nomeadamente na Boca da Corrida e no Paredão classificadas como, Zona Especial de Conservação (Maciço Montanhoso Central) de Paisagem Protegida (Parque Natural da Madeira).

Este projecto, orçamentado em 35 milhões de euros, será de uma maneira ou outra integralmente financiado por investimentos públicos, seja por fundos do orçamento regional, fundos europeus, incentivos e vantagens fiscais e que posteriormente serão entregues à exploração comercial privada. Tal é uma imoralidade e infracção às regras do mercado.

Estabelece-se assim um precedente gravoso, não só para o Curral das Freiras, como para todas as paisagens protegidas de Portugal, que com a massificação do Turismo encontram-se vulneráveis a interesses de investidores privados, contornando normas europeias legalmente estabelecidas.

Esta é a causa defendida pelo movimento cívico "Contra o Teleférico no Curral das Freiras", que em poucos meses já conta com mais de 2000 aderentes no grupo de Facebook.

Acreditamos que este projeto desrespeita normas e decisões de nível governamental nacional e supranacional, assim como desrespeita a ancestral herança social e cultural das populações vizinhas e da Madeirense em geral.

Manter monumentos naturais intocáveis para gerações futuras, livres de qualquer interesse ou exploração financeira por cidadãos e corporações é fundamental para a evitar riscos de perda do seu estatuto de beleza natural e de área classificada.

O local de construção situa-se em Zonas da Rede Natura 2000, em áreas classificadas ZEC -Zonas Especiais de Proteção e dentro do Perímetro do Parque Natural Da Madeira.

Este projeto também coloca em risco a sobrevivência de uma ave marinha, em estado de conservação ameaçado, a Freira-da-Madeira (Pterodroma madeira) e morcego Madeira Pipistrellus. As duas espécies classificadas como em “risco de extinção” ambas protegidas legalmente pela ordem jurídica portuguesa enquadrada na Diretiva Habitats.

O projeto teleférico interfere com as rotas de voo das duas espécies, para além de outras de relevância ecológica, e ocupa lugares de nidificação e áreas de alimentação, causando poluição sonora, visual e acústica e cria obstáculos invisíveis, a escala e aquém da sensibilidade das duas espécies altamente protegidas produzindo e potenciando riscos de embate com os cabos e com as cabines do teleférico.

A afectação ilegal de recursos, como sejam expropriações de terrenos para entregar a negócios privados não tem suporte legal. Terrenos esses dentro da ZEC- Zona especial de conservação, em clara infração da directiva comunitária Habitats artigo 6.

Serão criadas edificações e movimentos de terras que irão irremediavelmente desfigurar as montanhas com estatuto de Paisagem Protegida do Curral das Freiras, com potenciais consequências graves e prejudiciais ao povo local nos aspetos culturais e cénicos.

Seiscentos anos de paisagem civilizada serão irremediavelmente destruídos sem um verdadeiro fundamento justificativo para além da exploração comercial agressiva e selvagem de um bem comum único.

Existem também ausência de estudos adicionais, requeridos por lei, como relatado recentemente no parecer da Associação Observatório Paisagens e Panoramas.

"DL n 140/99 transpõe para a ordem jurídica portuguesa a diretiva 92/43/CEE Diretiva Habitats onde estão definidos os procedimentos de gestão dos sítios Natura 2000 e das suas áreas classificadas como ZEC Zonas Especiais de Proteção segundo as disposições do artigo 6 da diretiva Habitats.

O lado do teleférico que fica no interior da ZEC Maciço Montanhoso Central está legalmente obrigada ao cumprimento da legislação desta normativa, sob o prejuízo de nulidade das intenções do governo e da validade dos “estudos” apresentados.

Portugal como pais da União Europeia assume e cumpre com a legislação europeia e a Madeira não é estado independente, a sua autonomia legislativa não comporta alterações á legislação e a Constituição Portuguesa, daí que a Diretiva Habitats e toda a sua legislação, regulamentos e critérios da Rede Natura 2000, aplica-se, plenamente, na Região Autónoma da Madeira.

Ora para este ponto do projeto o governo não apresenta o estudo obrigatório, denominado por AA, Avaliação Adequada.

O restante projeto, todo aquele para além do miradouro do paredão, ZEC Maciço Montanhoso Central Ocidental, desenvolve-se dentro do perímetro do Parque Natural da Madeira, que, por si só, classifica todo aquele cenário montanhoso como Paisagem Protegida, daí que os parâmetros de análise legal e técnica devem seguir padrões adequados.

O Observatório da Paisagem considera inqualificável e indecoroso que seja a entidade gestora das áreas de reserva e zonas de especiais de proteção, a apresentar tamanho atentado ao património natural e cultural da Madeira."

Esperamos que se unam à nossa causa,

Cumprimentos,

Movimento Cívico "Contra o Teleférico no Curral das Freiras"

Website:https://curralmonumento.wixsite.com/contraoteleferico
Grupo Facebook: https://www.facebook.com/groups/1198850570554344
Página pública no Facebook: https://www.facebook.com/Contra-o-Telef%C3%A9rico-no-Curral-Das-Freiras-101226638846408

18/03/2022

21 de Março, Dia Mundial da Árvore

A ÁRVORE NA CIDADE

Nestes tempos de grandes desafios para a Humanidade, com pandemias, secas severas e guerras envolvendo o perigo do nuclear, quem se lembrará das ávores? E, no entanto, elas continuam lá, silenciosas e persistentes, ao ritmo das estações do ano, cumprindo a sua missão no equilibrio da biosfera e aliadas do Homem na manutenção da sua qualidade de vida, sem exigir nada em troca.

É altura de reconhecermos o papel das árvores na defesa da vida, também nas cidades, e assim devemos todos nós colaborar ativamente com as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, ajudando estas entidades a cumprir o seu dever para com os cidadaos de cuidar os espaços verdes existentes em Lisboa, e promover sempre que possível o seu alargamento, oferecendo desde já a sua disponibilidade para conseguir uma Lisboa mais verde.

Assim, seria importante que todos os cidadãos a nível individual ou constituindo associações, se juntassem para colaborar activamente com as Camaras Municipais e Juntas de Freguesia, no sentido de:

Embelezar as varandas dos seus prédios com flores e plantas verdes ;

Criar e manter espaços verdes em todos os locais expectantes, formando canteiros arborizados sempre que possível.;

Cuidar dos espaços verdes junto das suas residências;

Chamar a atenção, da CML para a necessidade de tratar as árvores de alinhamento, algumas delas mortas e a aguardar substituição há largos anos..

Se todos procedermos assim, estou certo que caminharemos para uma Lisboa mais verde e saudável, proporcionando uma melhor qualidade de vida a todos os que nela vivem ou a procuram pela sua beleza.


Pinto Soares

16/03/2022

Casa Veva de Lima precisa de obras urgentes!

Exmo. Senhor Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas


C.C. AML, Vereador Diogo Moura, JF, SRU e Agência LUSA

Como é do conhecimento de V. Exa., o Palacete Ulrich, vulgo Casa Veva de Lima, é um marco da arquitectura romântica na cidade de Lisboa e é propriedade da Câmara Municipal de Lisboa desde 1980.

Como será do conhecimento de V. Exa., o mau estado de conservação deste valoroso edifício tem-se agravado nos últimos anos, chegando a CML a anunciar em 2019, pressionada pela opinião pública, que iriam avançar obras urgentes no palacete e tendo sido orçamentada para o efeito, pela SRU, uma verba de 1,6 milhões de euros.

Contudo até hoje as obras nunca avançaram, encontrando-se o palacete Ulrich tristemente abandonado à sua sorte e ao sabor das intempéries, agravando-se seriamente, e à vista de todos, o seu estado de conservação.

Em 2020, solicitámos esclarecimentos à CML (http://cidadanialx.blogspot.com/2020/02/casa-veva-de-lima-obras-urgentes-pedido.html), mas sem sucesso.

Nesse sentido, e na presença de um novo executivo na CML, solicitamos a V. Exa. que providencie junto dos serviços, da CML e da SRU, no sentido de ser dado início imediato à execução das obras urgentes de conservação e restauro da Casa Veva de Lima.

Muito obrigado.

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Pedro Jordão, Ana Celeste Glória, António Passos Leite, Helena Espvall, Filipe Teixeira, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Inês Beleza Barreiros, Eurico de Barros, Miguel Atanásio Carvalho, Beatriz Empis, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Madalena Martins, Martim Galamba, Maria do Rosário Reiche, António Araújo, Virgílio Marques, Pedro Cassiano Neves, Vítor Vieira, Guilherme Pereira, Ana Alves de Sousa, José Maria Amador

Foto de APL

10/03/2022

Impacto das obras de expansão da linha vermelha do Metro no Baluarte do Livramento

Chegado por e-mail:

«Exmo. Srs.

Boa tarde,

Vimo por meio deste solicitar a publicação do artigo anexo, em vosso prestigiado blog.
Junto enviamos também algumas fotos do nosso espaço "Baluarte do Livramento".
Gratos pela vossa atenção.

Com os melhores cumprimentos,

JULIANO M. MARIANO
Chefe de Secretaria
CASA DE GOA»

07/03/2022

Protesto pelo resultado final do projecto de alterações na Garagem Liz (IIP)

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Arq. João Carlos Santos

C.C. AML, Vereadora do Urbanismo, Continente e LUSA

Apresentamos o nosso protesto à CML e à DGPC, na pessoa dos seus actuais responsáveis máximos, pelo não acautelar das obras de alterações em curso na antiga Garagem Liz, para abertura de um supermercado da cadeia Continente.

Com efeito, é inaceitável que as obras neste Imóvel de Interesse Público denunciem claramente más práticas de reabilitação e atentem contra a integridade de um Monumento classificado desde 1983.

A intervenção revela não terem sido adoptadas as metodologias específicas para o património arquitectónico daquela natureza por ser óbvio que se desprezou a necessidade de estudar o imóvel a fundo antes da tomada de decisões quanto aos materiais para reparações, acabamentos e até às cores de paredes e caixilharias.

Alertámos para estes riscos em Abril passado (http://cidadanialx.blogspot.com/2021/04/garagem-liz-vs-loja-continente-pedido.html), sem sucesso.

Conforme se vê nas imagens em anexo, as “reparações” em curso nas fachadas foram executadas com massas cimentícias e o promotor também não se deu ao trabalho de raspar as tintas velhas da fachada (tintas aliás inadequadas e que tinham sido aplicadas na última intervenção do séc. passado), aplicando simplesmente um barramento por cima!

Quanto a um dos locais mais emblemáticos e identitários do imóvel - a entrada principal - verificamos que também aqui foram ignorados por completo os alertas e sugestões que atempadamente a sociedade civil fez para evitar o empobrecimento patrimonial desta parte do imóvel: o portão original retractável em ferro foi removido ( terá ido para o lixo? foi para restauro e regressará? ) e, em sua substituição, instalada uma banalíssima porta de rolo metálica tirada de catálogo. Para a instalação desta nova porta teve de ser criado ainda um tecto falso que constitui outro elemento dissonante para a antiga entrada e as suas finas palas em consola. Foi entretanto aplicado o dispositivo publicitário do supermercado «CONTINENTE» que em letras monocromáticos surge como uma pequena concessão feita ao edifício, mas que não consegue esconder as más práticas infligidas ao imóvel.

Aquele que foi um dos primeiros imóveis do Movimento Moderno a receber classificação de valor público, sai desta grande intervenção com a sua identidade patrimonial comprometida apenas porque o promotor, CML e DGPC não se esforçaram o suficiente na sua defesa para as futuras gerações.

Reabilitar e conservar um edifício classificado não é simplesmente dar-lhe um aspecto de cara lavada e um uso. É acima de tudo garantir que o seu valor e identidade cultural são transmitidos às futuras gerações.

Em resumo, trata-se de uma reabilitação de faz-de-conta, uma oportunidade perdida para demonstrar o valor de uma reabilitação a sério num imóvel histórico e único na cidade de Lisboa, num eixo urbano que a CML pomposamente apelidou de “eixo prioritário”.

Acresce que esta obra medíocre está a ser levada a cabo por uma das mais ricas e prósperas empresas nacionais - CONTINENTE - que podia, e devia, dar o exemplo por uma intervenção de qualidade contribuindo assim para a elevação dos padrões da reabilitação do património Moderno em Portugal.

Concluímos colocando uma questão às duas entidades que é suposto defenderem e fiscalizarem o nosso Património: como foi possível deixarem chegar a obra a este resultado final?

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Jordão, Fernando Jorge, Ana Celeste Glória, Helena Espvall, Jorge Pinto, Irene Santos, Eurico de Barros, Paulo Trancoso, Gustavo da Cunha, Fátima Castanheira, Inês Beleza Barreiros, Carlos Boavida, Maria do Rosário Reiche, Beatriz Empis, Virgílio Marques, Ana Alves de Sousa, Paulo G. Figueiredo, Pedro Cassiano Neves, José Maria Amador, António Araújo, Miguel Jorge

Fotos de Fernando Jorge