28/02/2013
LISBOA, Capital do Azulejo? PISAL? SOS AZULEJO!
Rua da Palma nº 288: um "exemplo" de como Lisboa trata do seu património azulejar, a 50 metros do novo gabinete do Senhor Presidente da CML... Imaginemos agora o que se passa a 500m ou 5000m de distância do Sr. Presidente da Câmara.
Imagens de Marca - Lisboa/Portugal (continuação)
Também na Av. João Crisóstomo, este tipo de arquitetura lembra o que se constrói nas zonas de expansão urbana. É completamente indigno para estar numa avenida desta importância |
Na Rua Sousa Martins vemos esta peça ao lado de dois exemplos elegantes de arquitetura do séc. XIX. Más companhias... |
Esta Caixa de Betão e Vidro fica no gaveto da Avenida João Crisóstomo. O que estaria lá antes? |
É nos subúrbios? Não, é na Rua Sousa Martins, ao lado da Praça Duque de Saldanha |
Que estilos têm? Valha-nos Sousa Martins que são na rua com o seu nome! |
Parabéns, S.O.S. AZULEJO! 5 Anos em defesa do Património Azulejar
Exmos. Senhores
No dia em que o projecto S.O.S. AZULEJO celebra 5 anos de existência, o Fórum Cidadania Lx não podia deixar de vos dar os parabéns pelo trabalho desenvolvido em defesa do nosso património azulejar.
Como sabemos, ainda há muito a fazer para que a sociedade portuguesa esteja preparada para, técnica e culturalmente, saber como salvaguardar, cuidar e apreciar o Azulejo.
Nesta data simbólica escolhemos, de entre os inúmeros atentados ao azulejo que observamos diariamente por toda a capital, um caso paradigmático dos desafios que temos pela frente:
Na RUA DA PALMA, nº 288, foram aplicados, com parafusos, 3 grandes painéis publicitários sobre a fachada de azulejo do prédio (registado na Carta Municipal do Património anexa ao PDM). Os referidos reclames foram, certamente, colocados sem licença da CML, como já vai sendo habitual. O facto deste tipo de situação ainda ocorrer, em pleno centro da capital - e apenas a 50 metros do Gabinete do Sr. Presidente da Câmara Municipal - é prova mais do que suficiente da desconsideração por que passa este tipo de património. Esperamos que este nosso alerta contribua para a reposição da legalidade e a redução dos danos patrimoniais já causados a estes azulejos.
Fazemos votos de continuação do bom trabalho em defesa desta forma de arte tão intimamente ligada à identidade cultural de Portugal, e de Lisboa em particular.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, João Mineiro, Luís Marques da Silva, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Ana Alves de Sousa, Nuno Caiado
CC: CML, AML, PISAL, DGPC
Manuel Salgado desmente carta que ele próprio assinou
A carta assinada por Salgado não deixa dúvidas sobre o caso
In Público (28/2/2013)
Inês Boaventura
«Notícia do PÚBLICO foi ontem desmentida pelo autarca, mas Salgado pediu mesmo o nome dos sindicalizados da EPUL
O vice-presidente da Câmara de Lisboa negou ontem, em sessão pública de câmara, ter solicitado à Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) a identificação dos trabalhadores sindicalizados e o nome dos sindicatos a que pertencem, acrescentando
que tal informação “é completamente irrelevante”. A carta em que o pedido foi feito
àquela empresa municipal, datada de 17 de Janeiro de 2013, não deixa, porém, quaisquer dúvidas de que Manuel Salgado é o seu autor e que foi ele quem a assinou. Conforme o
PÚBLICO ontem noticiou, a Comissão Nacional de Protecção de Dados, a pedido da administração da EPUL, emitiu um parecer sobre aquele pedido, concluindo que a lei “prescreve uma proibição geral” do tratamento de elementos relativos à fi liação sindical, elementos esses que são considerados “dados sensíveis”.
Na reunião camarária de ontem, Salgado foi questionado sobre o assunto por Victor Gonçalves (PSD) e Helena Roseta (Cidadãos por Lisboa), tendo esta última classificado o pedido de identificação como “completamente ilegal”. “Isso não se pediu”, reagiu Manuel
Salgado, garantindo que tinha apenas perguntado quais as estruturas representativas dos trabalhadores, para que estas fossem contactadas a propósito da “internalização” dos
funcionários da EPUL, que vai ser extinta, na autarquia. Mas na carta, a que o PÚBLICO teve acesso, o vice-presidente da câmara pede explicitamente a “identificação dos trabalhadores sindicalizados e em que sindicato”. ...»
27/02/2013
Imagens de Marca - Lisboa/Portugal (continuação)
E se sobre os temas árvores e fontes muito pouco de bom se pode constatar, resta-nos a última parte da equação, na esperança que aqui sejamos um exemplo.
É este o panorama geral das esplanadas da cidade, ainda que as fotografias sejam meramente indicativas porque a realidade é bastante mais...pitoresca!
Quando estas estilosas cadeiras não estão a ser usadas ficam empilhadas assim na via pública. E no entanto a localização poderia fazer deste espaço um dos mais concorridos da zona. Dá Deus nozes... |
No Largo do Carmo alguns bancos públicos estão a atrapalhar o normal funcionamento das esplanadas. Isto prova que Portugal não é amigo das empresas. |
O vermelho é uma cor ótima para esplanadas. Passa com uma enorme quantidade de marcas patrocinadoras de mobiliário de esplanadas. Brrr! Arrepiei-me! |
Mas como deveria ser? Vamos ver como fazem lá por Atenas, o tal país que é muito pior que nós:
Os gregos têm esplanadas em qualquer espaço, por mínimo que seja, nem que seja uma mesa e duas cadeiras. Mas não vejo mobiliário de plástico e com publicidade |
Esta é uma daquelas esplanadas que se pode ver por qualquer lado na cidade. Esta, sem importância nenhuma e numa área de escritórios, é limpa e ordenada. |
Na zona da Plaka, uma espécie de Alfama, encontram-se muitos espaços como este. Quanto ao estacionamento das motas, acreditem que nem lá eles estacionam como em Lisboa, apesar das aparências. |
Raramente uma rua, por mais inexpressiva que seja, não tem uma fileira de árvores, frondosas e antigas. E aquelas infindáveis ruas residenciais estão cobertas de esplanadas agradabilíssimas. Se têm problemas com o barulho? Sim, têm, mas gerem-no com avisos pendurados, avisos verbais e pedidos educados para abandonarem o espaço. É um prazer, verdadeiro, percorrer essas ruas à noite. As esplanadas estão onde devem estar: onde vive gente, onde há gente.
Continua...
Câmara queria que EPUL identificasse os trabalhadores sindicalizados
A maior parte do pessoal da EPUL trabalha na sede da empresa (na foto). Manuel Salgado queria saber quais eram os sindicalizados NUNO FERREIRA SANTOS
In Público (27/2/2013)
Por Inês Boaventura
«A Comissão Nacional de Protecção de Dados pronunciou-se contra o pedido de Manuel Salgado, que se seguiu a outros feitos pelo então presidente da empresa Gebalis, que entretanto transitou para a EPUL
O vice-presidente da Câmara de Lisboa solicitou à anterior administração da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) que lhe fornecesse um conjunto de informações sobre os trabalhadores desta empresa municipal, incluindo a identificação daqueles que fazem parte das suas estruturas representativas e dos que estão sindicalizados.
A Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) pronunciou-se contra o pedido, sublinhando que estão em causa “dados sensíveis” e que não se encontram preenchidas as “garantias de não discriminação” sem as quais a proibição de tratamento desse tipo de dados não pode ser objecto de excepção.O pedido de informações de Manuel Salgado não foi no entanto o único, nem sequer o primeiro, a chegar à EPUL. Em Novembro e em Dezembro de 2012 também Luís Natal Marques, que na altura era presidente do conselho de administração da Gebalis (uma outra empresa da Câmara de Lisboa) e que em Fevereiro deste ano renunciou àquele cargo sendo então nomeado presidente da EPUL, tinha feito dois pedidos de conteúdo semelhante.
No primeiro pedido, Luís Natal Marques solicitava que lhe fosse remetida informação “quanto à existência de estruturas representativas de trabalhadores (comissão de trabalhadores, comissão sindical ou delegados sindicais)”, e que lhe fosse dada a “indicação das pessoas que fazem parte das mesmas” e a “identificação dos trabalhadores sindicalizados e em que sindicatos”. O então presidente da Gebalis queria também que lhe fossem enviados os contratos estabelecidos com alguns trabalhadores e um esclarecimento sobre a antiguidade de um outro.
Num segundo pedido, segundo a deliberação da CNPD, Natal Marques — que em 2001 foi subdirector-geral das Autarquias Locais por nomeação do então ministro José Sócrates e antes fora vereador em Torres Vedras — dizia que não lhe interessava tanto apurar o nome de quem é sindicalizado, mas se existem trabalhadores sindicalizados. Depois disso foi a vez de Manuel Salgado solicitar vários elementos, incluindo mais uma vez o nome dos sindicalizados e dos que faziam parte das estruturas representativas dos trabalhadores, os contratos de três pessoas ao serviço da EPUL e a nota biográfica, nota cadastral, curriculum pormenorizado e portfólio dos funcionários da empresa municipal.
Luís Augusto Sequeira, então presidente do conselho de administração da EPUL (que apresentou a sua demissão em Janeiro deste ano depois de ter sido anunciada e aprovada pela câmara a extinção da empresa), não só não respondeu a Salgado e a Natal Marques como solicitou à CNPD que se pronunciasse, por ter dúvidas sobre a conformidade do pedido com o regime jurídico da protecção de dados.
Numa deliberação datada de 19 de Fevereiro, a CNPD afirma que “os dados relativos à filiação sindical são expressamente considerados dados sensíveis, nos termos do n.º 1 do artigo 7.º da LPD [Lei de Protecção de Dados Pessoais], que prescreve uma proibição geral do seu tratamento, tal como imposto pela Constituição da República Portuguesa”. Esta entidade sublinha que nem a Gebalis nem a Câmara de Lisboa indicam “os motivos e os fi ns para que querem aceder aos dados pessoais dos trabalhadores”. No caso da Gebalis, a CNPD destaca que, “sendo uma pessoa colectiva distinta sem qualquer relação jurídica com a EPUL, não se encontra qualquer fundamento legal que permita tal acesso”. Confrontada com esta situação, Helena Roseta (que tutela Gebalis) considerou que solicitar a identifi - cação dos trabalhadores sindicalizados “é completamente contra o direito das pessoas”. “É evidente que é informação privada que não pode ser relevada”, diz a vereadora, acrescentando que os pedidos de Manuel Salgado e Luís Natal Marques “só poderão ser um lapso por desconhecimento da lei”. Já Vítor Reis, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, diz que tudo isto “é um abuso”. “Repudiamos veementemente. Eles não têm o direito de fazer estas perguntas”, salienta. “Alguns serviços da Câmara já nos têm perguntado quantos associados temos e nós não dizemos nada”, acrescenta. Pela Comissão de Trabalhadores da EPUL, Fernando Salgueiro diz que foi informado desta situação pelo anterior conselho de administração e acrescenta que se esse órgão não tivesse recorrido à CNPD teria sido a comissão a fazê-lo. Manuel Salgado e Natal Marques não responderam às perguntas do PÚBLICO sobre este assunto
Administração da empresa dividida
A vogal da administração da EPUL diz que está em causa uma violação da lei e condena a atitude do vice-presidente da câmara. “Admito que Luís Natal Marques não estivesse dentro destes assuntos, mas estranho que o vereador Manuel Salgado tenha reiterado o seu pedido. Está num cargo público e tinha obrigação de saber que esses dados não se pedem”, critica Margarida Saavedra. “Espero que a situação nunca mais se repita”, diz a arquitecta, que já foi vereadora pelo PSD, referindo que é sindicalizada.»
Três jardins que a EDP devia ter feito em Lisboa ainda estão no papel
26/02/2013
Mais uma pergunta acerca do «Centro de Artes da EDP»:
A CML pode aprovar um projecto (falo deste novo, o tal que é igual ao primeiro mas...) sem o parecer vinculativo formal da DGPC? Ou seja, se esse parecer vier, mesmo que positivo, após esta aprovação recente da CML não tornará esta última ilegal? Só perguntei.
Imagens de Marca - Lisboa/Portugal (continuação)
Quanto à luz, ajuda bastante abrir as persianas durante o dia; nunca percebi como é possível que a maioria das janelas desta cidade têm as persianas corridas durante todo o dia, de inverno a verão mas, por outro lado, a exposição solar é um argumento quando se compra uma casa o que leva à situação bizarra de se pagar mais por uma casa com exposição solar que depois se combate com as persianas corridas o dia inteiro. Alguém compreende?
Quanto às alergias, esse fator deveria ter sido ponderado quando as pessoas decidiram mudar-se para determinada artéria.
Alguns exemplos que não espelham nem 1% da situação:
Fontanário do Largo Agostinho da Silva. Seco, arruinado. |
As mais importantes fontes da cidade: os deuses aqui representados sofrem de uma doença de pele terrível que nem eles conseguem curar. |
Chafariz de Dentro - Alfama. Um chafarz desta importância não passa agora de uma "chafarica", sendo que a chave para aceder ao interior é guardada por um senhor que mora acolá, e ... |
Fontana dela Chiesa Nuova, em Roma |
Fontana di Piazza Colonna, Roma |
Fontana del Nettuno, Roma |
Fechado por falta de pagar a luz...
Incrível, o Londres está fechado por não pagar a conta da electricidade! http://expresso.sapo.pt/cinemas-encerrados-por-falta-de-pagamento-da-luz=f789521
Foto: blog choose a royal
MyNeighborhood. A vizinhança de proximidade está de regresso à Mouraria
25/02/2013
Imagem de Marca - Lisboa/Portugal
O amargo de boca não veio, garanto-vos, por algo que estivesse a "trincar" enquanto via o programa. Vejam o programa (aqui) e perceberão o que quero dizer. Mas caso não, deixo aqui algumas considerações com ilustrações.
Quando estamos a preparar-nos para mais umas eleições autárquicas e vamos, garantidamente, ouvir falar sobre o urbanismo e as suas óbvias soluções, o trânsito e as suas óbvias soluções, a preservação do património e as suas óbvias soluções, o tratamentos dos resíduos sólidos e a limpeza e as suas óbvias soluções, assalta-me a pergunta: porque é que os efeitos dessas soluções não são óbviamente sentidas? Não poderá ser uma questão de partidos porque nos últimos trinta anos todos os partidos, da direita à esquerda, tiveram responsabilidades governativas na edilidade da capital.
Ficam, então, alguns exemplos daquilo que têm sido as opções dos responsáveis políticos, técnicos ou somente dos cidadãos que acham, numa grande maioria, totalmente aceitável o estado das coisas - ou nem sequer vêem o que aqui, neste espaço, tanto se denuncia.
Praça de São Marcos, em Veneza. As colunas são clássicas, o pavimento é clássico. Não é de estranhar porquê: a praça é clássica! |
Mesas e cadeiras simples mas ordenadas. |
Os toldos das arcadas imprimem e sublinham um toque de elegância, embora discretos. |
Place Vendome, em Paris |
A Praça Vendome durante o Natal. |