28/08/2020

É preciso repor na agenda o projecto de Alameda Verde na 2ª Circular - Memento à CML


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina


C.C. AML e media

No dia em que a CML anuncia a re-pavimentação da "Segunda Circular" e uma melhoria do seu sistema de sinalização (https://www.lisboa.pt/segundacircular), medida bem-vinda porque aquela via está em bastante mau estado e continua bastante perigosa, aproveitamos o ensejo para solicitar a V. Exa. e a todo o executivo da CML para que, em ano de Lisboa Capital Verde Europeia 2020, não abandonem o projecto em boa hora anunciado e previsto estar pronto em 2017: 

https://expresso.pt/sociedade/2016-01-06-Segunda-Circular-vai-tornar-se-a-maior-alameda-de-Lisboa?fbclid=IwAR1hhil9XFFYrwi_bZFdKKfiS9ML6IQCvE2kcxmtr9LJJzhWlJqRyhps5tE.

A "Segunda Circular" que todos conhecemos é imprópria de uma cidade civilizada, pelo que o projecto então anunciado por vós não pode cair em esquecimento, só porque o programa concursal correu mal ou porque há quem continue a tocar a buzina com demência.Esse projecto de transformar uma circular perigosa, poluente e feia, numa alameda verde que re-unifique o território, tem que voltar à agenda da cidade e ser executado em tempo útil, para que se acabe com uma via rápida típica do terceiro mundo, que separa bairros da cidade, é uma barreira invisível na mobilidade pedonal, e polui a cidade de forma insuportável. 
A bem de uma Lisboa do século XXI, em que todos queremos viver.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Bruno Palma, Miguel de Sepúlveda Velloso, Rui Pedro Barbosa, Júlio Amorim, Rui Pedro Martins, Miguel Atanásio Carvalho, Helena Espvall, Pedro Ribeiro, Virgílio Marques, Inês Beleza Barreiros, Jorge Pinto, João Oliveira Leonardo, Maria do Rosário Reiche, Fernando Jorge, João Pinto Soares, Gustavo da Cunha

Fotos: CML

21/08/2020

Palácio Silva Amado - o que é preciso acontecer para a CML e DGPC intervirem?


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo
Eng. Ricardo Veludo
Exma. Senhora Vereadora da Cultura
Dra. Catarina Vaz Pinto


C.C. AML e media

 Este é o estado a que chegou o Palácio Silva Amado, sito no Torel e incluído na zona de protecção do Campo Mártires da Pátria, CIP, depois de décadas de abandono, vandalismo, especulação imobiliária e promessas por cumprir, promessas essas sempre anunciadas aos quatro-ventos pelos promotores e apadrinhadas pelos sucessivos responsáveis camarários como sendo “projectos de reabilitação” que dignificariam este palácio. São imagens recentíssimas: 

https://youtu.be/AqxOyS38cwo

Perguntamos: de que estão à espera a CML e a DGPC para, administrativamente, tomarem posse deste edifício e promoverem as obras urgentes de reabilitação que se exigem, ao abrigo das competências que a Lei lhes faculta? Este é um dos locais mais bonitos e incólumes da cidade Lisboa e esta é uma mancha que urge corrigir.

Onde se encontram os painéis de azulejos que tão bem recheavam este palácio?
Foram feitas diligências junto do S.O.S. Azulejo, dos antiquários e casas de velharias? Na feira da ladra?
Quem vigia o extenso jardim? Recentemente foi abatida uma árvore que estava em perigo de cair. Quais as medidas de prevenção in loco contra incêndios?

Nunca ninguém até hoje prestou contas à cidade sobre como foi possível o Palácio Silva Amado ter chegado ao estado em que está, desde que o Ministério da Educação o vendeu a privados em 2006, estamos em 2020.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Ana Celeste Glória, Pedro Jordão, Pedro de Souza, José Maria Amador, Pedro Ribeiro, Gonçalo Cornélio da Silva, Paulo Trancoso, Sofia Casimiro, Rui Martins, Paulo Guilherme Figueiredo, Beatriz Empis, Helena Espvall, Júlio Amorim, Virgílio Marques, António Araújo, João Oliveira Leonardo, Pedro Machado, Carlos Boavida, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Irene Santos, Fátima Castanheira

19/08/2020

Privatização do espaço público - protesto pela ocupação da Time Out da Praça D. Luís I


Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Vereador do Espaço Público
Dr. Carlos Castro


CC. AML, JF, Time Out e media

Serve o presente para darmos conta a V. Exas. da nossa estupefacção e apresentarmos o nosso protesto pelo regresso da CML a práticas que julgávamos definitivamente extintas: a privatização de espaço público.

Com efeito, a permissão dada pela CML à Time Out para ocupar, "esplanadar", no dialecto do promotor, o jardim da Praça D. Luís I, com o enterramento de estacas na placa ajardinada, montagem de cercas e diversas bugigangas, representa, a nosso ver, o regresso a episódios de triste memória de há uma década, quando assistimos incrédulos à cedência a privados de praças e jardins de Lisboa para eventos os mais variados, desde lançamentos de marcas de automóvel a supermercados e a espectáculos de cancionetistas.

Mesmo considerando que esta ocupação do jardim é anunciada como sendo temporária - e todos sabemos como está enraizado o velho hábito de tornar permanente o que é provisório -, não nos parece haver justificação plausível para que a mesma se verifique, muito menos enquanto compensação por eventuais prejuízos decorrentes da COVID19, que não nos parece ser o caso - será assim nas outras cidades da Europa, onde, inclusive, os efeitos do vírus se fizeram sentir de forma infinitamente mais grave do que em Lisboa?
Por sinal, seria expectável que em tempos de vírus, os espaços ajardinados da cidade fossem o mais possível desafogados de estruturas, bancos e afins, para que os cidadãos usufruam do verde que ainda lhes resta.

Acresce que, no caso presente, já é abusiva a forma como o Mercado da Ribeira foi "rebaptizado" Mercado Time Out, permitindo-se àquela revista a colocação do seu logótipo com um letreiro de néon vermelho na fachada principal do mercado histórico.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Júlio Amorim, Virgílio Marques, Maria do Rosário Reiche, Pedro Jordão, Helena Espvall, Jorge D. Lopes, Jorge Pinto, Nuno Castro Paiva, Miguel Fernandes Jorge, Beatriz Empis, Pedro de Souza, Manuel Moreira de Araújo, Irene Santos, Pedro Ribeiro, Sofia Casimiro, Irina Gomes, Pedro Machado, João Pinto Soares, Filipe e Bárbara Lopes, António Araújo

Fotos: João Gonçalves e Revista Time Out online

04/08/2020

Existem andaimes para demolição parcial. Esteja atento!


Estão a ser montados andaimes no martirizado conjunto de 3 edifícios da Av. Fontes Pereira de Melo, desde há 20 anos a esta parte, quando tudo começou com as demolições apressadas dos 2 edifícios que lhes estavam contíguos do lado da Martens Ferrão e Andrade Corvo. É aliás um dos exemplos mais gritantes de especulação imobiliária pura e dura (fatalidade dos edifícios de Cândido Sottomayor?).

Hoje, trata-se do seguinte: a CML autorizou a demolição parcial dos edifícios, isto é, das partes que ameaçam derrocada, veja-se, por exemplo, a traseira de um deles que está completamente escaqueirada, embora não haja perigo para ninguém porque atrás é mato.

Ao que se sabe, a demolição completa requerida pelo promotor, foi liminarmente chumbada pela CML, até porque os edifícios estão inscritos na Carta do Património, pelo que as fachadas principais não podem ser deitadas abaixo. Aliás, por isso é que o projecto de Souto Moura não terá ainda avançado, porque aquele só depois de ver tudo em baixo é que estará disponível a accionar o seu génio criativo.

Mas convém estar atento a esta demolição parcial, porque o que não falta por Lisboa é "surpresa" desagradável resultante de imprevistos...

(foto e alerta de Leonardo Chaves)