23/02/2022

Renovação do Campo de Jogos de Caselas - Comunicado da Plataforma por Monsanto:

18/02/2022

Sapataria A Deusa - Apelo ao PCML para fazer igual ao que já foi feito em casos similares

Exmo. Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas


CC. AML, Vereadores da Cultura e Urbanismo, UACS e Agência LUSA

No seguimento das notícias vindas a público ontem, dia 16 de Fevereiro, do começo da execução de sentença de despejo do Tribunal sobre a sapataria “A Deusa”, classificada “Loja Com História”, somos a solicitar a V. Exa. o melhor empenho da Câmara Municipal de Lisboa no sentido de proceder neste caso como já fez no passado recente em relação a outras lojas também históricas, como foram os casos da “Tabacaria Martins”, da “Pérola do Rossio” ou da “Ginjinha Sem Rival”, por exemplo, ou seja:

Negociar com o senhorio - no caso um promotor imobiliário estrangeiro (Rossio Place) que pretende fazer abrir um hotel no edifício que alberga a sapataria “A Deusa”, servindo-se do seu espaço para ali criar um restaurante, o que poderá fazer perfeitamente noutra das outras lojas que detém no piso térreo do prédio - no sentido de este compreender que uma eventual aprovação do seu projecto de ampliação e alterações, proc. 590/EDI/2020, por parte da CML (o projecto encontra-se ainda em apreciação pelos serviços) deverá ter sempre como garantia a manutenção daquela sapataria histórica.

Recordamos a V. Exa. o destino triste do famoso correeiro “Vitorino de Sousa”, em 2009, último correeiro da rua homónima, que foi despejado pelo promotor do hotel que veio a ser construído no prédio que albergava aquela loja histórica, com o argumento de que o espaço era preciso para o restaurante de apoio ao hotel. Passados 13 anos sobre o seu encerramento é hoje notório que aquele hotel nada trouxe de relevo para a cidade, tendo esta perdido, isso sim e para sempre, aquela loja sem igual, que poderia ter sido incorporada perfeitamente no novo hotel, tivesse tido a CML o empenho que devia ter tido.

Felizmente, em 2017 e já com o Programa Lojas com História em funcionamento, foi possível salvar a “Tabacaria Martins”, in-extremis, graças ao empenho pessoal do então Vereador do pelouro.

É nesse sentido que, à semelhança do que fizemos então, solicitamos à CML que intervenha e salve a sapataria “A Deusa” (http://circulolojas.org/portfolio/sapataria-a-deusa ), uma loja que, independentemente do processo judicial que corre nos tribunais, merece ser resgatada para a cidade.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Maria do Rosário Reiche, Teresa Silva Carvalho, Miguel Atanásio Carvalho, Pedro Jordão, Eurico de Barros, Beatriz Empis, Fátima Castanheira, Inês Beleza Barreiros, Filipe Teixeira, António Araújo, Jorge D. Lopes, Helena Espvall, Virgílio Marques, Marta Saraiva, Pedro Cassiano Neves, Rita Filipe Silva, Carlos Boavida, Fernando Jorge, Filipa Almeida

Fotos de Mariana Carvalho, Ana Celeste Glória

17/02/2022

Pedido de chumbo ao projecto da USF Ribeira Nova/SRU

Exmo.Sr. Presidente da CML
Eng. Carlos Moedas
Exmo. Sr. Presidente do C.A. da SRU Lisboa Ociental
Prof. António Lamas


CC. AML, Vereadora do Urbanismo e Agência LUSA

Serve o presente para apelarmos a V. Exas. para que, contrariando uma prática de 15 anos de CML de demolições e construções novas na zona histórica de Lisboa, não aprovem a demolição do edifício do antigo Dispensário Central Rainha D. Amélia (hoje utilizado pela USF Ribeira Nova), demolição integral prevista no projecto de construção nova sob processo refª GU/2022/310, submetido à CML em Janeiro de 2022 e em apreciação pelos Serviços da CML.

Com efeito, este projecto da iniciativa da SRU Lisboa Ocidental - cuja oportunidade e justificação, aliás, se nos afiguram questionáveis, dado não só o preço base previsto de 2,6 milhões de euros da nova construção, como as obras avultadas por que este mesmo edifício passou há pouquíssimo tempo com vista à sua adequação às exigências de então (2014, foto 3) em termos de prestação de cuidados de saúde, obras essa também custeadas pelo erário público - implicará a demolição integral de um edifício que, embora adulterado por dentro e reconstruído há cerca de 25 anos, foi desenhado originalmente pelo arq. Carlos Ramos em 1932, com base em estudos de Raul Lino, seguindo um projecto tipo de construções para aquele fim, implementado por todo o país.

Pelo exposto e, certamente, também pelo facto de se tratar de um edifício perfeitamente enquadrado naquele lugar específico da Lisboa, numa zona histórica consolidada (São Paulo), “abrindo-se à rua”, este edifício que agora se pretende demolir (fotos 1 e 2), consta da Carta Municipal do Património (item 49.48 Antigo Serviço de Luta Anti-Tuberculosa, Instituto Rainha D. Amélia) e, como tal, não nos parece plausível defender-se a sua demolição, tratando-se, para mais, de um prédio em boas condições.

Acresce que o projecto de demolição integral, proc. GU/2022/310, defende a construção de um edifício claramente dissonante para a zona de São Paulo, um edifício monolítico de impacte intrusivo, cujo desenquadramento em termos da leitura do quarteirão é bem visível nos cortes constantes da montagem incluída memória descritiva (foto 3). O edifício proposto não tem nenhuma mais valia cultural, seja arquitectónica ou urbanística: a operação proposta resulta numa perda para a cidade por assentar em pressupostos meramente pragmáticos, o que não se afigura como critério suficiente para justificar a demolição do que lá existe.

Pelo exposto, renovamos o nosso pedido de reprovação a este projecto naquele local.

Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, Maria Ramalho, Luís Carvalho e Rêgo, Pedro Jordão, Helena Espvall, Fernando Jorge, Luís Mascarenhas Gaivão, Martim Galamba, Pedro Malheiros Fonseca, Inês Beleza Barreiros, Fátima Castanheira, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Jorge Pinto, Gonçalo Cornélio da Silva, Carlos Boavida, João Oliveira Leonardo, António Araújo, Marta Saraiva, Raul Nobre, Nuno de Castro Paiva, Pedro Cassiano Neves, Virgílio Marques, Filipe Teixeira, Beatriz Empis, Maria do Rosário Reiche