Por todo o lado neste percurso as "reabilitações" matam a harmonia das casas, sejam elas populares como a da fotografia, sejam palacianas. As fachadas são cortadas para que se cosntrua a inevitável garagem, os materiais escolhidos, sempre num aprumo de "originalidade" e de "criatividade" que muito dizem sobre o respeito que os arquitectos têm, no geral, sobre o pré-existente, são de gosto duvidoso. Este é o coração do centro histórico. Mas não importa, avancem os novos conceitos e convença-se o povo que se está a reabilitar Lisboa. Casa na rua do Arco a S. Mamede. |
11 comentários:
pior que a existencia das garagens, e mesmo fazerem-nas sem qualquer cuidado ou gosto, parece que escolhem o primeiro portao que encontram..
Acho preferível fazer garagens do que estacionar em cima dos passeios
Tudo casos horrorosos.
Este, em plena Calçada da Estrela, é o pior exemplo:
http://cidadanialx.blogspot.pt/2014/03/reabilitacao-urbana-no-seu-melhor.html
Que seria deste blogue sem um bom despejo regular de bílis, não é Sr. Velloso?
Reagindo ao anónimo das 4.43,
Não sofro dessa doença e não costumo agir sem razão, movido só pelo olhar crítico.
O que publico aqui tem prende-se com uma visão e escolha de cidade que considero profundamente errada e injusta para com Lisboa que, como sabemos, tinha tudo para ser uma cidade excepcional.
Esta minha posição tb nada tem a ver com saudosismos bacocos. Gosto de muitas intervenções modernas na cidade, ex: novo Museu dos Coches e Centro de Artes da EDP, a fantástica galeria de arte urbana espalha pela cidade, etc. Apontar o que está mal e decorre de escolhas mal ponderadas e desrespeitosas do riquíssimo património lisboeta nada tem a ver com esse mal que o senhor anónimo me aponta e que parece até bastante repugnante, tal como a atitude de acusar em branco. A sua, afinal.
Reagindo ao conetário de Filipe,
Sim concordo que os carros em cima dos passeios não servem a cidade. Mas não podemos aceitar que na esmagadora maioria dos casos de novas reabilitações, os rés-do-chão sejam esventrados e a harmonia do edificado pura e simplesmente desapareça.
Outas cidades tb têm carros e resolvem a coisa de outra forma, Madrid, Bruxelas e mesmo Nápoles. Nem sempre de forma ideal, mas melhor do que aqui.
Em terrenos devolutos, em vez de serem consagrados à especulação imobiliária, criem-se parques de estacionamento de zona, dedicados maioritariamente aos moradores.
"Que seria deste blogue sem um bom despejo regular de bílis, não é Sr. Velloso?"
---//---
Deve sofrer de algum tipo de distúrbio que o impede de ver a realidade e as coisas como elas são.
Ou de uma certa condescendência/forma de estar na vida (a do "deixa andar" que levou esta cidade ao estado em que chegou).
Ou então é um militante/funcionário camarário mais melindrado, de um executivo incapaz de resolver certos problemas e que parece não gostar sempre que alguém lhes menciona os "podres".
Tenho pena que o mesmo anónimo não tenha a honestidade intelectual suficiente para ver que: O que os intervenientes deste blog se limitam a fazer é expor a tal "bílis" que é despejada diariamente nesta cidade.
A cidade só tinha a ganhar!
Mas enfim, quem diz as verdades é sempre "o desagradável."
reagindo ao anónimo das 3.20
Obrigado pelo seu comentário onde leio um apoio ao que se tenta fazer através das colunas deste blogue.
Cá estaremos para mais causas. Sejam as más, sejam as boas.
Alguém me elucide, por favor. Estas garagens são:
Opção dos arquitectos?
Imposição por parte do investidor?
Lei que obriga a ter estacionamento?
Neste País, chamado Portugal, cada um faz o que quer. Ponto final.
Pergunta pertinente, a do Paulo.
Eu é que não quero estar cá no próximo abanão a sério.
Vai tudo a baixo!
Enviar um comentário