07/08/2014

Mercado de Arroios: "obras a sério" são o quê, exactamente? Já agora, podiam divulgar o projecto?


Segundo notícia de O Observador (aqui), o Mercado de Arroios vai entrar em "obras a sério" já em Setembro. Ele precisa de obras, claro está, e é bom que o reabilitem. Mas teme-se pelo desvirtuar irreversível de um edifico modernista que é dos melhores do género em Portugal («bastante puro na sua concepção modernista heróica!», segundo especialista) apesar dos maus tratos e incompreensão a que tem sido sujeito. Fala-se em demolições no interior... Depois do que se fez ao belo mercado do Chão do Loureiro, espera-se o pior... Pede-se ao Sr. Vereador Manuel Salgado e à Sra. Presidente da Junta de Arroios que divulguem o projecto em causa, por favor, antes que seja tarde demais ...

7 comentários:

JOÃO BARRETA disse...

O que por aí circula é que não terá qualquer semelhança com o processo de "restaurantização" levado a cabo na Ribeira e Campo de Ourique.

JOÃO BARRETA disse...

Já há uma necessidade quase inconsciente de quando se vai fazer algo, dizer que é a sério!!! Desta vez é mesmo a sério! Ou nos mentem cada vez mais ou nós acreditamos cada vez menos!!

Anónimo disse...

Disseram-me que as obras que vão começar em Setembro vão trasformar este mercado, por quase um milhão de Euro, em algo como o de Campo de Ourique e da Ribeira. Fonte: Junta de Freguesia

JOÃO BARRETA disse...

A RESTAURANTIZAÇÃO DOS MERCADOS DE LISBOA OU MAIS UM "TIRO" NO COMÉRCIO DA CIDADE ?

Anónimo disse...

"MAIS UM "TIRO" NO COMÉRCIO DA CIDADE?" - pergunto eu, qual comércio? Aquele que consiste em lojas ultrapassadas e velhas, geridas em desespero de causa por pessoas que nunca souberam perceber que o tempo avança e os clientes desaparecem porque os gostos mudam e as necessidades também? Na zona a que este mercado pertence - no que toca à parte da "restaurantização" - a maioria dos estabelecimentos consiste em restaurantes tipo tasco, barulhentas, sujas e ultrapassadas, como casas de banho imundas e televisão aos berros pontuadas pela barulheira do sacudir as borras do café na máquina com décadas e a louça a ser arremessada com violência para dentro da máquina de lavar. Os senhores que operam estes estabelecimentos ainda não perceberam que não basta dizer que "é a crise" e ficam por aí, têm de perceber que é preciso que as pessoas queiram entrar. A intervenção da Time Out ao Mercado da Ribeira e a de Campo de Ourique é a melhor coisa que aconteceu em décadas a nível de dinamização de espaços estagnados e ultrapassados, e espero que o exemplo delas se expanda, urgentemente.

JOÃO BARRETA disse...

Não ponho em causa a recuperação dos espaços. Nesse aspeto a solução, no imediato, é ótima. Como tenho escrito, não lhe poderemos é chamar revitalização de mercados municipais! Mas perceber que o tempo avança é entender, desde já, que a solução da Ribeira e de Campo de Ourique
não é projetável para todos os mercados e, para além disso,não vai perdurar!!!!

Anónimo disse...

Amchave para rejuvenescer espaços na nossa cidade é ter pessoas a frequentá-los, classe média, famílias, que lá se desloquem de dia e noite. De outra forma serão locais ermos e mal frequentados. Já o provou a praça do Intendente, o Cais do Sodré e os vários quiosques que foram recuperados e renovaram a sua oferta. Espero que façam o mesmo neste Mercado e na zona envolvente, que precisam urgentemente de criar ofertas de qualidade para quem ainda lá mora.