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16/12/2020

Casa de Wenceslau de Moraes - Pedido de intervenção à CML e ao MC

Exmo. Senhor Presidente da CML
Dr. Fernando Medina
Exma. Senhora Ministra da Cultura
Dra. Graça Fonseca


CC. Embaixada do Japão, AML, Vereadores da Cultura e do Urbanismo e media

Escusado será lembrar a V. Exas. que Wenceslau de Morais é uma figura incomum na cultura portuguesa e uma personalidade única na relação de Portugal com o Oriente, em especial, com o Japão. O respeito e consideração por esta figura deveria reflectir-se também na preservação da sua casa, a única em que viveu em Lisboa enquanto aqui permaneceu, do nascimento até à sua partida definitiva, que é situada no nº 4 da Travessa da Cruz do Torel.


O prédio apresenta-se hoje com adaptações típicas dos anos 50, mesclado com alterações espúrias recentes, encontrando-se em manifesto mau estado geral, como se pode perceber nas fotografias, nomeadamente com manchas de humidade em diversos pontos, profusão de caixas de estores e de cabos de telecomunicações, portas metálicas de três tipos diferentes, cantarias pintadas.


Porta metálica de entrada e painel de azulejos


Portas e janelas metálicas recentes, destoando do conjunto, com cantarias pintadas

O único marco que assinala que ali viveu o escritor e militar Wenceslau de Morais é um curioso painel de azulejos da responsabilidade do Rotary Clube com inscrições nas línguas portuguesa e japonesa. O local é visitado por grupos de turistas japoneses que em geral parecem mostrar-se decepcionados com a sua pobreza e indignidade, que não se resume ao prédio mas a toda a envolvente – paredes grafitadas, fachadas em mau estado de conservação, estacionamento automóvel selvagem, asfalto e passeios em péssimo estado deplorável. Esta é uma situação que se arrasta há demasiado tempo, o que nos leva a crer que o respeito e a consideração dos poderes culturais da cidade por esta figura se resume a discursos de ocasião.

Para que se contrarie essa ideia já generalizada, cremos que seja de todo indispensável que a CML e o Ministério da Cultura façam algo de facto para que todos passemos a pensar de outra forma sobre o que a cidade e o país entendem por respeito e consideração por uma das figuras cimeiras da nossa Cultura.

Deste modo, sugerimos a V. Exas. que, considerem:

1. A posse do prédio, como vista à sua reabilitação cuidada e à sua transformação em casa-museu e local de homenagem permanente e palpável a Wenceslau de Morais.
2. A reabilitação da zona que, de resto, não exige nenhum esforço especial, podendo resumir-se ao calcetamento integral da Travessa e à interdição de estacionamento, excepto a moradores, com demarcação a tinta ou pedra.
3. A melhoria da iluminação pública.
4. A arborização do passeio em frente da casa de Wenceslau de Moraes com a plantação de 3 árvores, da espécie Ginkgo biloba, árvore do Japão e da China, em caldeiras, e a colocação de 2 bancos de jardim.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Nuno Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho, Irene Santos, Jorge Pinto, Paulo Trancoso, João Pinto Soares, Fernando Jorge, Ana Alves de Sousa, Pedro Jordão, Maria do Rosário Reiche, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Pedro de Sousa, Inês Beleza Barreiros, Gustavo Cunha, Rui Pedro Martins, António Araújo, Júlio Amorim, Nuno Vasco Franco

27/05/2014

LARGO DA ANUNCIADA



Imagens da actividade de um "arrumador" de viaturas a operar em plena luz do dia no Largo da Anunciada. Faz uso de papeleiras municipais para "reservar" lugares (também reserva parqueamento em cima dos passeios). As imagens são de ontem, dia 26 de Maio de 2014.
Já no periodo nocturno, são os funcionários do restaurante Solar dos Presuntos que tratam de estacionar as viaturas dos seus clientes em cima dos passeios e outros locais proibidos. Este largo não tem fiscalização por parte da CML?

23/01/2014

Lisboa, Capital do Azulejo? Largo da Anunciada


Chegado por email: azulejos da Fábrica Viúva Lamego, com mais de 1 século, num contentor de entulhos. Foram retirados da fachada de um prédio na Rua das Portas de Santo Antão/Calçada do Lavra?

...

Pois a CML e a DGPC deram autorização para a destruição dos azulejos da Fáb. Viúva Lamego. Eis a resposta da CML:

10/11/2013

PASSEIOS DE LISBOA: Rua...Lisboa!

É a Rua Câmara Pestana (Lavra / Jardim do Torel) mas tanto podia ser no Chiado como em Alvalade ou Benfica. Quando os turistas e nacionais, saiem da estação superior do Elevador do Lavra é este cenário terceiro mundista que encontram: os peões na faixa de rodagem e as viaturas automóveis nos passeios. Em Lisboa anda quase tudo às avessas.

19/02/2009

ASCENSOR do LAVRA: fica para aí parado até que Lisboa funcione!



Devido ao risco de desmoronamento de um prédio situado na Calçada do Lavra, o funcionamento do Ascensor do Lavra será interrompido a partir de dia 17 de Fevereiro de 2009, terça-feira. A CARRIS lamenta quaisquer transtornos causados aos seus Clientes e, retomará o serviço assim que seja possível. in http://www.carris.pt/

Esta notícia, de mais uma paragem dos serviços do Ascensor do Lavra, nada teria de notável não fosse estarmos - HOJE - exactamente a dois meses dos 125 anos da sua inauguração. Parece que nessa importante data o mais antigo ascensor de Lisboa, classificado «Monumento Nacional», estará parado por causa da irresponsabilidade do proprietário de um prédio e, também, da incompetência de sucessivos executivos da CML que não conseguem resolver estes problemas. Em 2007 o ascensor esteve parado durante alguns meses porque um imóvel no mesmo arruamento (mais abaixo) ameaçava também ruir.

As nossas sinceras desculpas Ascensor do Lavra, mas fica para aí parado até que Lisboa funcione. E, se no entretanto, o prédio te cair em cima, ficas já a saber que a culpa em Lisboa morre solteira. Não alimentes também o sonho de uma festa de aniversário porque a tua cidade está cheia de dívidas.

Fotos: edifício que ameaça ruir sobre a Calçada do Lavra

13/01/2009

Prédio de quatro andares em risco de cair em cima do elevador do Lavra há quatro anos

In Público (13/1/2009)
José António Cerejo

«Vizinhos temem sobretudo um incêndio provocado pelos sem-abrigo que dormem no interior. Câmara promete medidas desde 2004, mas nada fez até hoje


"Tenho mais medo que ele pegue fogo do que caia", diz Emília Santos, uma moradora do prédio ao lado. "Ele" é um edifício de quatro andares que parece estar a enrolar-se sobre si mesmo à espera de cair sobre o elevador do Lavra - o monumento nacional que sobe e desce a meio metro da fachada lateral do prédio.
Os "testemunhos" fixados nas paredes em 2004, quando a Câmara de Lisboa ordenou a evacuação dos dois andares ainda habitados, certificam o que não carece de certificação: as fendas que rasgam as fachadas de alto a baixo não param de alargar. Basta olhar para ver. A estrutura delgada, encavalitada na encosta - mesmo por baixo das ameaçadoras muralhas também elas fissuradas, imagine-se, do Comando Distrital de Operações de Socorro de Lisboa -, dá a ideia de se inclinar para o prédio contíguo, o de Emília Santos, no interior do pátio que dá acesso a ambos. Lá dentro, passando o arco de entrada no pátio da antiga vila, com o número 18 da Calçada do Lavra, percebe-se que os passageiros da Carris podem ter mais a temer do que os velhos vizinhos.
Para estes, o perigo que sentem mais próximo chama-se fogo, até porque nos últimos dias não têm faltado notícias de incêndios em casas, provocados por descuidos de ocupantes enregelados. "A PSP já cá veio duas vezes tirá-los lá de dentro, mas eles voltam sempre. Entram pelas janelas", queixa-se Emília Santos.
"Se a câmara fizesse a sua obrigação, já tinha tapado as portas e janelas e não entrava ninguém", acusa um vizinho do mesmo prédio. Os tijolos no chão da calçada, por baixo da janela mais baixa, mostram por onde entra o medo que alastra na rua.
Mas também há quem esteja mais atento às fissuras e barrigas do prédio. "Não tenha dúvidas. Tenho medo de que aquilo me caia em cima. Tenho uma criança, tenho a minha família, tenho a minha vida cá dentro e não quero ficar sem nada por incúria de quem devia resolver o problema", confessa Pedro Penha, residente numa casa recentemente reconstruída, logo abaixo do número 18.
Os restos das fitas de interdição de passagem colocadas no Verão passado pela Polícia Municipal no interior do pátio mostram que o risco é conhecido na Câmara. E as fotos que os vizinhos conservam indicam que em Fevereiro de 2008 foi afixado na porta um edital a notificar os proprietários (não identificados) de que, por despacho do vereador Manuel Salgado, a câmara ia tomar posse administrativa do prédio para "execução coerciva das obras de demolição".
Só que, desde então, nada aconteceu. "Já não foi a primeira vez. Eles vêm aí, mas não fazem nada", lamenta Emília Santos, mostrando a cópia da sua última queixa nos serviços da câmara, em 30 de Junho de 2008. "Vieram cá depois dois engenheiros, olharam para isto e só me disseram que o prédio não é da câmara."
Na memória dos moradores há pelo menos mais dois editais, um de 2004, logo que o prédio foi despejado por falta de segurança, e outro de 2006, a intimar os proprietários a fazer obras. Até agora nem o o dono nem a câmara as fizeram. E o medo não pára de crescer entre os vizinhos.
Sem que isso a alivie, Emília Santos aponta o prédio fronteiro, do outro lado da calçada. "Está na mesma, foi desocupado há dois anos e também está a cair." Por cima da porta uma placa em pedra indica o nome do dono: Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.»