«A mudança do Instituto Português de Oncologia da Praça de Espanha para Oeiras suscita várias questões. O IPO recebe doentes do Sul do país que precisam que este hospital funcione num local servido de vários transportes e onde existam equipamentos como pensões que possam acolher as famílias dos doentes. Naquele nenhures para onde Correia de Campos pretende levar o IPO existe o quê? O que disseram sobre esta matéria os presidentes das câmaras onde vivem as populações que recorrem ao IPO? E a CML não tinha já disponibilizado terrenos em Lisboa para a construção do novo IPO? Porquê optar por Oeiras? Já temos um aeroporto cuja localização se apresenta cada vez mais como uma obsessão pessoal dum ministro. Iremos agora ter um hospital cuja localização surge como um repente dum outro ministro?»
Helena Matos, in Público (2007/06/05)
1 comentário:
A autora tem toda a razão. E mais, só se percebe essa fúria pela «deslocalização» do IPO, se se tiver em linha de conta o alto valor especulativo que os terrenos do actual IPO têm para futuros e inevitáveis condomínios e edifícios de escritórios. Estamos entregues a pessoas sem o mínimo de visão que não a economicista, quando não é que têm duas pálas nos olhos.
Acresce que existe na CML um plano de pormenor que aliás até realça, e muito bem, da mais-valia para a cidade e para os cidadãos que representa a localização actual do IPO, em termos de mobilidade dos seus utentes e pessoal (há Metro, Carris e comboio perto, há parques de estacionamento), bem como para o comércio das redondezas, além de que há bastante arvoredo, inclusive 2 jardins incontornáveis: Zoo e Gulbenkian.
Em Oeiras há o quê? Um parque industrial e de serviços públicos que importa rentabilizar??
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