05/08/2008

Lisboa nas alturas




















Com o Campus da Justiça a terminar, bem como vários empreendimentos limitrofes, o Parque das Nações está a transformar-se num novo e verdadeiro centro financeiro e de negócios.

No entanto, num espaço cada vez mais pequeno e com cada vez mais milhares de residentes e visitantes, apenas se aposta nos automóveis e em grande estacionamentos.

Com apenas uma estação de metro (com cada vez mais paragens e avizinhando-se o TGV e mais milhares de pessoas), quase sem autocarros (e os poucos sem ligações rápidas ao centro da cidade), sem eléctricos (nem se planeia), quanto tempo falta para o total congestionamento da zona mais nova da cidade, tendo em conta que se planeiam mais grandes investimentos em habitação e sobretudo em serviços (em altura - com previsão de mais milhares de habitantes e muitos mais de visitantes) e se prevê cada vez mais poluição, já que os espaços verdes são poucos e os que existem têm vindo a ser cortados às fatias?
Aqui, como no resto da cidade e na área metropolitana:
a) Onde está a Autoridade Metropolitana de Transportes, para coordenar os transportes metropolitano, entre cidades e concelhos e dentro destes, com uma visão metropolitana e não de capelinhas, permitindo eliminar ou criar novos meios públicos de transporte e regulamentar o privado?
b) Onde está a Câmara de Lisboa para regulamentar a utilização do solo, regulando a implantação de habitação e serviços, conjugando-a, tornando-a racional e prevendo os eu impacto nas vias rodoviárias e outras, planeando tudo em articulação?
c) Onde está o Governo Central que permite que os poderes locais assistam passivamente (ou activamente permitindo) a construção desenfreada de habitação e serviços, num país com população e economia quase estável, ocupando todo o espaço disponível, congestionando, sem remédio e hipotecando o futuro do país e das nossas cidades?
d) Onde está a estratégia sustentável desta cidade, onde a actuação das CML coloca em causa o suposto modelo de cidade que era o Parque das Nações, eliminado qualquer espaço livre ou verde?
Não se contesta aqui o Campus da Justiça, pelo contrário, mas a falta de medidas minimizadoras e de planeamento da envolvente e dos acessos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Prezedo Daniel,

na Alemanha o programa turistica "House Running" é "sold out".
Era também uma boa ideia para Lisboa ! Afinal trata-se de PortugAll...
(link via homepage/meu nome)
Climbing to the top !
Ralf

Anónimo disse...

...na lingua inglesa este link é melhor !
(homepage/meunome)
Ralf

Anónimo disse...

finalmente um post de jeito aqui. isso é que é preocupante em lisboa:a ausência de uma estratégia conjunta de mobilidade à escala metropolitana. não é se o predio x ou y vai ser demolido p dentro. Ha edificios cuja construçao ja está tao podre que e impossivel n mandar o miolo abaixo. se fosse o vosso dinheiro a pagar esses restauros que tao sempre a exigir é que eu gostava de ver

Anónimo disse...

O que está a acontecer na Expo é vergonhoso - a cedência total ao interesse e especulação imobiliária.

Pobres coitados os que foram para lá viver e embarcaram no embuste da qualidade de vida e dos espaços verdes....

As câmaras precisam de dinheiro para sustentar os seus maus vícios e a sua péssima gestão, por isso mandam às urtigas a qualidade de vida dos seus cidadãos - é preciso pagar os carros de serviço novos, o vereador que vem do Porto e fica em hotel 5 *, etc, etc.

A fazer ciclovias e jardins só ganham votos, não dinheiro por isso...