15/08/2008

Eles gostam mesmo é de estacionar no passeio: Príncipe Real





«Inquéritos a turistas estrangeiros de visita à capital, do Observatório do Turismo de Lisboa, revelam que a maioria prefere deslocar-se a pé. Os passeios são, aliás, as actividades mais praticadas. Muitos nem entram nos museus.» (...)
«Eles gostam mesmo é de andar a pé (51%), de entrar pelas ruas e ruelas dos bairros históricos, desvendando os segredos de cada recanto de Lisboa e andar livremente pela região.»
Cidade é para descobrir a pé in Jornal de Notícias, 13 /8/2008

Aqui nestes passeios da Praça do Príncipe Real não podem mesmo andar a pé. Nem os turistas nem os lisboetas. Andar nestes passeios só mesmo dentro de um veículo automóvel.
As fotos foram tiradas em 2007 e 2008 o que prova que nada mudou neste local apesar dos vários alertas da Junta de Freguesia das Mercês e munícipes. Os "arrumadores" lá estão todos os dias, 24 horas por dia para orientar os menos experientes ou mais tímidos. E este é o resultado do seu trabalho intensivo. Porque é que a CML tarda em instalar os pilaretes tantas vezes pedidos pela Junta de Freguesia e munícipes?
Nota: Reparar que até os próprios canteiros do jardim já são usados para estacionar (foto 1 e 4). E o que dizer do patético e inútil parquímetro da EMEL?!


32 comentários:

Anónimo disse...

«Eles gostam mesmo é de andar a pé (51%), de entrar pelas ruas e ruelas dos bairros históricos, desvendando os segredos de cada recanto de Lisboa e andar livremente pela região.»

Pois é....é a tal galinha de ovos de ouro, que alguns incompetentes teimam em destruir. A equação é muito simples....quantos mais edifícios antigos desaparecerem....menos turistas vamos ter no futuro.

JA

Filipe Melo Sousa disse...

Alguém ainda não percebeu aqui que Lisboa tem problemas de estacionamento. Vejamos: para além dos passeios, os lugares estão todos cheios.

Anónimo disse...

que lógica senhor filipe! Vejamos: então quando os passeios estiverem todos cheios com estacionamento onde é que se vai estacionar? em cima das árvores? o problema não é a falta de lugares para estacionar, o problema é o excesso de carros em Lisboa. As pessoas vão de carro para todo o lado mesmo para distâncias viáveis para andar a pé.

Filipe Melo Sousa disse...

E quando estiverem a andar a pé, deixam o carro onde, sendo que os lugares já estão cheios?

Anónimo disse...

Nos vários lugares de onde vieram para dentro de Lisboa.

Anónimo disse...

Estava um parque enterrado previsto para aqui mas o IPPAR vetou. Sem parque, onde querem que as pessoas estacionem?

Anónimo disse...

estiverem todos cheios com estacionamento onde é que se vai estacionar? em cima das árvores?

.

Nas cidades bormais, o costume é estacionar-se em parques de estacionamento.

Filipe Melo Sousa disse...

nas cidades normais, existem parques de estacionamento

Anónimo disse...

Nas cidades normais, existem CIDADÃOS NORMAIS, que estacionam os carros nos parques. Aqui, os parques ficam vazios e os carros em cima dos passeios. E ninguém quer saber disso, como se tudo estivesse bem.

Anónimo disse...

Nas cidades normais, os putos imberbes e iletrados não têm a mania que são grandes senhores, aptos para ditar o futuro da nação, com os seus jipes comprados a crédito pelos papás burgueses. Andam a pé, andam de bicicleta, andam de transportes, e têm orgulho de ser saudáveis, praticar desportos, e ser amigos do ambiente.

Filipe Melo Sousa disse...

Para quem quer ir ao principe real, é inútil haver um parque em telheiras. Pormenores da vida real. Certas mentes sedentárias não entendem.

Filipe Melo Sousa disse...

Nas cidades normais, os putos imberbes e iletrados não têm a mania que são grandes senhores, aptos para ditar o futuro da nação, com os seus jipes comprados a crédito pelos papás burgueses. Andam a pé, andam de bicicleta, andam de transportes, e têm orgulho de ser saudáveis, praticar desportos, e ser amigos do ambiente.

Quanto lugar comum e banalidade junta. Só sabe repetir frases feitas, marteladas ad nauseam por pseudo-intelectuais da esquerda caviar.

Ora vejamos: o que ganho em ser amigo do ambiente, se este não me dá nada em troca? Se os pais são burgueses qual a necessidade de comprar a crédito? Porque motivo a posse de um jipe é incompatível com a ida ao ginásio? Porque motivo o bronze à saloio dos ciclistas é saudável e estético? ;)

Anónimo disse...

estamos a falar de pessoas com pernas e de uma cidade com transportes públicos ou estamos a falar de carros e de uma cidade sem transportes públicos?

ao ler os comentários de filipe sousa ficamos com a impressão de que as pessoas que conduzem carros ou não têm pernas - e daí a urgência louca de estacionar em frente dos locais onde precisam de ir - ou então, por qualquer razão pouco clara, não toleram entrar num veículo de transporte público (uma vez que fica excluída a hipótese de não terem dinheiro para adquirir um passe ou bilhete pois já são proprietários de um veículo de transporte individual).

a conclusão a que se chega é que filipe sousa não sabe o que é um cidadão normal nem uma cidade normal no século 21.

Anónimo disse...

É óbvio que por aqui é que não fazem bem ideia do que é uma cidade. Que cidades modernas são essas que não têm parques de estacionamento? Onde ficam?

Filipe Melo Sousa disse...

Transportes públicos lisboetas, é algo que não desejo a ninguém. Não são alternativa, tal como os parques de Telheiras não servem de estacionamento no principe real.

Anónimo disse...

Onde ficam as cidades sem parques de estacionamento? Já cansa repetir, mas aqui vão, pela última vez, alguns exemplos de cidades da europa desenvolvida sem parques de estacionamento no centro histórico - e por favor, não volte a fazer a mesma pergunta.

Amesterdão; Paris; Londres; Estocolmo; Oslo;

Anónimo disse...

Estocolmo? Não me faça rir.

http://www.carpark.se/carpark/smpage.fwx?smlanguage=&page=200&MAPSELECTION=230

Paris? Mas haverá cidade com mais parques que Paris?

São tantos que até tem um livro com os parques todos.

http://www.parkingsdeparis.com/g_main-eng.php

Filipe Melo Sousa disse...

Para que é que é preciso carros, quando o estilo de vida desta mente provinciana e saloia é passar a vida à janela a meter-se na vida dos vizinhos, e o bailarico da rua é o acontecimento social do ano?

Anónimo disse...

Uma palavra só para adjectivar quem deixa assim o carro e quem defende este tipo de estaciuonamento - IMBECIS!!
Vim de Copenhaga e lá não há problemas de estacionamento porque há menos automóveis mas principalmente porque há muito menos IMBECIS.

daniel costa-lourenço disse...

Estas fotos do principe real mostram como é o resto da cidade.

O facto de existirem mais ou menos parques é uma falácia, pois basta descer um pouco, em direcção ao Largo do Camões e, estando este vazio, continua-se a estacionar á superfície.

O mesmo acontece nos parques gratis.

O problema está também na falta de civismo.

Certo que numa ou outra zona de lisboa terão de ser feitos mais parques.

Mas a cidade contonua a ser a mesma e um dia não caberão mais carros nem se pode arrasar a cidade para se fazer mais parques.

Tão simples como isso. Há que existir restrições ao trânsito, sob pena de quem advoga o uso livre do carro nem sequer consiga entrar na cidade, tal é o engarrafamento.

Portanto nem vale a pena degladiarem-se com insultos. O que aliás é proibido neste site. Vejam a net etiqueta, caso não se lembrem das regras de vida em sociedade

Ou

Anónimo disse...

Caro Daniel,
Etiqueta tem-se quando se lida com pessoas com educação e civismo.
Nestes casos não há nem uma coisa nem outra, pelo que é necessária uma terapia de choque para que as mentalidades e educação possam mudar.
Andei numa escola em que se fizessemos asneira tínhamos castigos, porvezes estaladas e réguadas. Garanto-te que era uma escola super ordeira e discicplinada, em que nem um papelinho no chão vias.
É esse tipo de educação que povos atrasados socialmente como o nosso precisam, o que nos falta é decisores políticos firmes que resistam ao eleitoralismo fácil, sob pena de nos continuarmos a aproximar cada vez mais mas é dos padrões da vida em sociedade no Continente Africano....

Anónimo disse...

Ora vejamos: o que ganho em ser amigo do ambiente, se este não me dá nada em troca?

Dá-lhe a possibilidade de Ser...

Se não quiser mais "existir" existem modos mais rápidos do que atacar o ambiente!

Anónimo disse...

"Vim de Copenhaga e lá não há problemas de estacionamento porque há menos automóveis mas principalmente porque há muito menos IMBECIS."

Provavelmente, o que há por lá a mais, para lá de civismo, é fiscalização. Estive recentemente na Áustria, durante a Gymnaestrada e qual não foi a minha surpresa por ver este tipo de espectáculo, carros por cima dos passeios, como se vê nestas fotografias, numa cidade chamada Wolfurt.

Explicaram-me que durante a Gymnaestrada, como não havia lugares suficientes em parques, instruiram a polícia para ser permissiva e permitir o estacionamento em todo o lado, desde que não impedissem a passagem de cadeiras de rodas e entradas e saídas de casas e lojas. Os austríacos, tão cheios de civilidade, aproveitaram as borlas desde a primeira hora. Os primeiros a chegar ocupavam os passeios. Os visitantes iam para os parques pagos.

Assim que acabasse o evento, voltaria a não haver perdão.

No Príncipe Real, não há nem parques, nem metro, nem polícia. Estão a transaccionar-se lugares em garagens a 50.000 euros. O civismo, por muito nórdico que seja, dificilmente resiste a tamanha desadequação de um espaço à realidade dos nossos dias.

Anónimo disse...

Caro Jcd, onde vivo todos os prédios têm garagem, mas mesmo assim e dada a mentalidade, volto a repetir Imbecil e comodista, do nosso povo, há carros por todo o lado.
Quando num agregado familiar de quatro pessoas todas elas têm carro e nenhuma pode andar 100 metros até à estação de metro mais próxima não há espaço urbano que resista.
A nossa obcessão pelo automóvel está-nos a trazer como recompensa zonas urbanas imundas, pouco humanizadas e inseguras, desagradáveis e nada inteligentes na sua concepção.
Mas enfim esses adjectivos todos aplicam-se a este país por isso temos o que merecemos.
Na Suécia, na Dinamarca, na Suíça, etc não precisam de fiscalização nem de multas elevadas porque há vergonha de usurpar o espaço público e há consciência do bem comum e não apenas individualismo e egoísmo como cá e em todos os outros países do terceiro mundo como nós.

Filipe Melo Sousa disse...

Que tal começar a usar os neurónios e começar a discutir factores como a distância até ao parque mais próximo e preço do estacionamento? No camões paga-se mais à hora do que ganha um português em média.

Anónimo disse...

"No camões paga-se mais à hora do que ganha um português em média."
Mais um motivo para usar um transporte compatível com os salários nacionais - qualquer um dos transportes públicos.
A verdadeira questão são realmente os neuróneos não utilizados de quem tem estas atitudes e a falta de pudor e educação.
Prefere-se pagar um carro de 25000 euros e 150 ou 200 euros de combustível por mês, com salários de 1000 euros do que perder mais algum tempo e andar de transportes públicos.
Afinal é preciso chegar cedinho a casa para vêr a maratona de tele-lixo novelesco e horas de anúncios a bugigangas.
Dar dinheiro por uma ida ao teatro, ir aos museus mesmo quando esles são gratuitos, comprar livros!!!Nahhhh isso não presta, mas perder horas para ir dar pontapés numa bola , nuns bocados de areia cravejados de gente e com carros em toda a volta, ao fim de semana, para isso ao fim de semana há tempo - passando a maior parte do tempo de pança para o ar a imaginar o próximo carro ou lendo quanto muito uma revista automobilistica ou a bola....
Esse é o nosso estilo de vida, e devo dizer que tem muito menos glamour e savoir vivre que o de qualquer país desenvolvido na Europa.
Esses sim sabem viver, enquanto nós somos encarados como uma extensão de África, uma espécie de Marrocos um pouquinho mais feio...
Aprendam que há valores morais, éticos e de cidadania mais relevantes que apenas o dinheiro ou o conforto individual, se povos mais desenvolvidos os possuem e nós não será que esse não é um dos factores do nosso atraso?
Já agora reafirmo, quem defende aquelas atitudes e quem as pratica são IMBECIS e cabe ao estado e a cada um de nós educá-los.

Filipe Melo Sousa disse...

Mas quais transportes públicos? Há quem não viva neste mundo..

É triste ver a arrogância destas pessoas que querem interferir na vida dos outros, na sua gestão de tempo, modo de transporte etc, e que facilmente partem para o insulto para aqueles que pretendem fazer opções de vida diferentes.

Anónimo disse...

"Mas quais transportes públicos?"
Noção de transporte público dos imbecis - algo que os leve da porta de casa até à porta de onde querem ir numa viagem directa e sem transbordos para outros transportes nem espera.
Uma novidade para ti - já existe e chama-se taxi.
Quando o nível de imbecilidade de um povo e de falta de civismo é tão grande é necessário limitar e orientar as escolhas indivíduais - por isso é que os cachorros têm que usar trela.
Neste país como a semelhança da maior parte das pessoas com tais quadrupedes é imensa só com trela é que se garante o respeito pelo bem estar colectivo...

Filipe Melo Sousa disse...

Ora aí está. Se eu moro em Campolide e quero ir para o principe real, de nada que serve que haja uma ligação de metro entre a alameda e os restauradores. E se quiser meter os miúdos no Cambridge e fazer compras, devo ir com a miudagem e os sacos de metro?

Enfim, é viver alheado da realidade.

Anónimo disse...

ah, ah, ah, ah, ah, ah

este FMS é inacreditável!

Anónimo disse...

EU ACHO QUE QUEM ESTACIONOU ASSIM NO P. REAL NÃO MORA NEM CAMPOLIDE, NEM TEM DESCULPA DA ZONA NÃO TER TRANSPORTES PÚBLICOS... ATÉ HÁ UM NOVO PARQUE DE ESTACIONAMENTO NO LARGO DA IGREJA DE JESUS! ESTE CENÁRIO DE SELVAGENS SÓ PODE ACONTECER EM LISBOA!

Anónimo disse...

que cena! que vergonha! que selvagens!