02/09/2008

Chegado por email:


«Boa tarde,
Não sei a quem apelar, por isso, sendo também um amante da cidade de Lisboa, e vendo a orientação de cidadania do vosso blogue, resolvi enviar este apelo para que me ajudem.
Sempre vivi em Lisboa, cresci em Benfica e quando saí de casa do meus pais, procurei o Centro de Lisboa.
Vivo neste momento no coração da Cidade, perto da Estefânia, mais concretamente na Rua Joaquim Bonifácio. È uma rua muito movimentada pelo facto de ficar na trajectória do distrito financeiro e do centro da cidade, mas também porque numa trajecto com menos de 200 metros, existem 5 cafés/restaurantes e uma residencial. Estes estabelecimentos têm um horário de funcionamento muito alargado e por isso mesmo garantem à rua uma movimentação muito intensa de dia e de noite. Por vezes até mesmo muito tarde.
Para me assegurar de que o movimento da rua não me afecta no meu descanso diário, instalei os quartos da casa nas divisões mais afastadas da rua. Neste aspecto, não me queixo. Apesar de preferir que a rua fosse mais sossegada, não me queixo particularmente do barulho. Aquilo que mais me queixo é da sujidade. Todo este movimento, em particular o dos cafés da rua que funcionam de dia e de noite, faz com que a rua apresente sempre um estado de sujidade indesejado. De manhã, a rua está repleta de pontas e maços de cigarro, garrafas e latas de cerveja vazias, entre outras coisas. O passeio apresenta sempre um aspecto negro, pegajoso e muito sujo. Esta questão foi agravada com a proibição de fumar (com a qual concordo inteiramente) em restaurantes e cafés, uma vez que as pessoas vêm fumar para a rua e inundam a rua de beatas. A agravar este cenário, existe ainda a residencial. Este estabelecimento também movimenta muita gente, mas o mais estranho é a quantidade de lixo que acumula à porta. Apesar de existir um caixote do lixo próprio, são raros os dias em que o mesmo não está a abarrotar de lixo. Esta situação acontece de dia e de noite. É muito frequente encontrar um ou dois montes de lixo à porta (sempre mal acondicionados com resíduos fora dos sacos - cascas de batata, latas sujas, etc.), ou mesmo monstros como televisões velhas, mobílias, colchões, etc.
Infelizmente este é o cenário com que me deparo todos os dias de manhã e que geram a minha indignação e vontade de sair do centro da cidade para um local mais limpo. È triste pensar que, por diversas vezes relatei esta situação aos serviços competentes da CML e que a resposta foi sempre muito evasiva e, a meu ver, pouco verdadeira. Alegam que a rua é objecto de varredura diária e lavagem 6 vezes por ano, o que não me parece nem um pouco verdadeiro, ou sendo verdadeiro, parece-me manifestamente pouco adequado à movimentação que a rua tem.
Não sei mais o que fazer. Penso que talvez me consigam indicar a quem apelar. Nesse caso, agradeço.
Melhores Cumprimentos
Helder»

3 comentários:

Anónimo disse...

Eu começaria por falar com os proprietários dos estabelecimentos, para que coloquem cinzeiros e caixotes de lixo à porta dos seus negócios.
O segundo passo, seria recolher uma lista de assinaturas entre os moradores da zona.

JA

Anónimo disse...

Eu acho que devia ser proibido fumar na rua. No Japão é, na Califórnia também.

Anónimo disse...

6 vezes por ano? Na Holanda as ruas são lavadas uma vez por mês e em situações excepcionais como sejam o Carnaval e Ano Novo. O lixo fora dos locais apropriados é sujeito a multa, onde estarão os fiscais da camara?