26/09/2008

Fundos comunitários viabilizam obras das pistas cicláveis de Lisboa

In Público (26/9/2008)

«Retomados os trabalhos do troço entre Telheiras e Entrecampos, iniciados em 2000 e interrompidos há quatro anos


A Câmara Municipal de Lisboa vai receber 812 mil euros de fundos comunitários ao abrigo do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para a construção de pistas cicláveis, anunciou ontem o vereador dos Espaços Verdes e Ambiente, José Sá Fernandes, e iniciou de imediato os trabalhos de conclusão de um dos troços, que estavam interrompidos desde 2004.
Segundo o autarca, aquela verba destina-se à construção das pistas Buraca-Monsanto, Entrecampos-Avenida Gago Coutinho e Monsanto-Pontinha, acrescentando que a autarquia vai ainda candidatar-se a verbas do QREN para a pista ciclável a construir entre Belém e Cais do Sodré, para a qual a câmara já assinou um protocolo com a Administração do Porto de Lisboa.
Com trabalhos iniciados em 2000, mas interrompidos em 2004, o troço Telheiras-Entrecampos voltou ontem a ser intervencionado junto do Estádio José Alvalade, procedendo-se ao fecho de malha num investimento de cerca de 40 mil euros, e ainda à iluminação do túnel Telheiras-Interface de Transportes Públicos. Em processo de lançamento de empreitada está o prolongamento desta pista a partir de Entrecampos até ao Parque da Bela-Vista (Poente), cruzando a Avenida de Roma, seguindo o canal ferroviário. Quanto terminada, a pista entre Telheiras e a Bela-Vista (nascente) terá um total de 5100m.
Serão instalados nos próximos meses alguns estacionamentos de bicicletas que servem esta infra-estrutura, em Telheiras Central, Interface do Campo Grande, Parque Estacionamento EMEL do Campo Grande, na Interface de Entrecampos, na Estação CP Roma-Areeiro e no Areeiro.
Recuperação de lagos
Obras de outro âmbito decorrem desde o dia 15 na Avenida da Liberdade, onde a Câmara de Lisboa pretende recuperar os três lagos (dois grandes e um pequeno) ali existentes, cuja conclusão dos trabalhos está prevista para meados de Outubro.
O vereador José Sá Fernandes disse ao PÚBLICO que os trabalhos, a cargo da empresa Vibeiras, concessionária dos trabalhos de jardinagem e manutenção dos espaços verdes daquela avenida, ficarão a custo zero para a autarquia, ao abrigo de um acordo de substituição da plantação de tulipas naqueles espaços pelo arranjo dos lagos.
A intervenção naqueles planos de água consiste na decapagem da anterior pintura, nova impermeabilização, revisão das tubagens e da instalação eléctrica e montagem de novas bombas de circulação de água. PÚBLICO/Lusa »

Se se arranja fundos comunitários para ciclovias também tem que se arranjar para a rede de escolas e liceus, para as empreitadas de reabilitação paradas, para criar jardins, para introduzir no terreno medidas de combate à velocidade de circulação dos carros nos bairros, para expropriar o que é de interesse público (ex. terreno da encosta da Penha de França, casa e jardim Daupiás, cinema Odéon), etc., caso contrário há uma inversão total de valores e prioridades, e isso é muito grave.

4 comentários:

A.lourenço disse...

não sei se estou enganado mas antes do Euro 2004 esta ciclovia já existia.Foi destruida uma parte devido á construção do novo estadio.Porque é que não foi paga pelos responsaveis pela sua destruição?

Anónimo disse...

O Sporting , responsavel pela interrupçáo da ciclovia e da sua desttruição, nunca procedeu á sua reparação.

Há 4 anos que a ciclovia de telheiras esta partida e interrompida e sempre ocupada por automóveis, dia e e noite.

Mais que ciclovia é uma via de carros . Nao usamos a ciclovia porque é perigosa. A policia faz que não vê, e nõs se queresmo andar de bicicleta andamos nos passeios, se pudermos, calro, que os passeios em Telheiras estáo ocupadas por carros.

Um caos, portanto.

A CM nada fez. Acredito que agora esta CM faça. Espero que não me desiluda.

Maria Teresa Goulão

Filipe Melo Sousa disse...

Os "fundos comunitários" não passam de dinheiro pago pelos contribuintes portugueses que vai passear para Bruxelas, e depois regressa. Desta forma finge-se que ninguém paga.. artifícios contabilísticos que enganam apenas quem quer ser enganado.

E que tal cortar nos salários dos acessores dos vereadores sem pasta para abater a dívida da cidade?

Anónimo disse...

assessores...ai o português