18/06/2011

Sugestão à CML: hortas urbanas no Parque

Aproveitando o ensejo da aceitação por parte da Câmara Municipal de Lisboa da campanha “O campo faz a festa na cidade” do Continente proponho que "O Campo se mude para a cidade". De vez. Mas com iniciativa e benefícios e participação do público.


Cara CML, porque não tornar a zona central do Parque Eduardo VII em hortas urbanas? A sério, porque não? Aquela zona central do jardim é um deserto de relva e buxo. Seria muito mais interessante ter couves e courgetes, beringelas e tomilho. Teria uma enorme mais valia, aumentando a segurança do Parque e a sustentabilidade da cidade. E incorporando o campo definitivamente no coração da cidade, numa altura em que o custo com a comida aumenta, e bem.

Aquele espaço até já está dividido em talhões geométricos, fáceis de dividir em talhões ainda mais pequenos, para utilização dos munícipes. Porque levar as hortas urbanas para espaços menos nobres, porque não avançar com uma iniciativa assim em pleno centro de Lisboa?
Foto de Osvaldo Gago.
Já imaginaram o que se podia ter ali? Campos de aveia ou girassois, favas e feijões. E muita gente a trabalhar a terra não por obrigação mas por prazer e a ganhar benefícios físicos e mentais com isso.

Não é uma boa ideia?

17 comentários:

Anónimo disse...

No corredor verde até Monsanto, sim. Neste espaço que mostra na foto é um Jardim Histórico datado e os jardins históricos são para respeitar erva a erva, ainda se lembra disso?...

Anónimo disse...

E vacas e ovelhas e porcos e patos e galinhas e coelhos em vez daquilo que sabemos.

Anónimo disse...

sou um defensor de hortas urbanas mas também não exagerem...

Anónimo disse...

não.
(e a seguir belém?)

Ricardo disse...

Querem ser agricultores? Então vão para as zonas do Interior que estão a precisar de mais habitantes.
E deixem estar a minha cidade como está que está bem, quanto menos campónios e seus amantes houver nas cidades melhor...

Anónimo disse...

Ridículo.

Ramalho disse...

Não. Não é uma boa ideia.
Poderíamos mesmo dizer que é uma ideia estúpida, que só pode derivar da cabeça de alguém que, por uma vez, deveria ter ficado calado.

Anónimo disse...

boa ideia meu caro

Anónimo disse...

fazer de um jardim histórico uma horta gigante parece-me no mínimo uma ideia muito "saloia".

Há muitos outros espaços onde se podem instalar as ditas hortas.

Anónimo disse...

Desta vez não concordo com a sua opinião. Hortas sim mas não ali.

lmm disse...

Destruir um dos cartões de visita da cidade, as sebes e os relvados que se avistam até à estátua do MarquÊs de Pombal e trocá-los por hortaliças, não me parece decididamente uma boa idéia

Pedro Lérias disse...

Obrigado pelos comentários.
Não me parece que estejamos na presença de um jardim, e muito menos histórico. Aquilo é uma zona ajardinada do mais vazia possível: relvado e buxo. Não tem caminhos históricos, não tem espécimes históricos, ou árvore ou arbustos de grande porte. É apenas uma enorme área sem grande interesse.
Quanto à vista, não ficaria 'estragada', a agricultura não tem 20 metros de altura. E tem a vantagem de não ser permanente.
Confesso que até agora não li nenhum argumento que me faça repensar.
Sinto é uma enorme resistência 'conservadora', de quem não gosta que mude nunca nada? Ver aquele corredor central cheio de vida, biológica e humana, seria uma enorme alegria para mim.

PS - Caro Ramalho, é sempre bom receber retornos tão inteligentes como o seu.

Paulo Ferrero disse...

He, he, he, em vez do "prado" Eduardo VII teríamos a horta eduardina... O que se tem que voltar a fazer naquele parque é florir a zona central, recuperar o Pavilhão dos Desportos, dignificar os roseirais e o café-restaurante do lago.

Rosa disse...

Rui Pedro, não lhes chames conservadores porque ofende os verdadeiros conservadores, é a ignorância de quem não sabe o que é uma horta. Sugiro o visionamento deste video conservador mas talvez didáctico:
http://youtu.be/ENwA_TSoQ1c

Anónimo disse...

Em vez de terem ideias destas, porque não aproveitar os campos no interior do país, arrendando-os a um preço simbólico a donos que não os querem ou podem cultivar. Isso sim era melhor e mais produtivo para todos.

RPL disse...

Rosa, obrigado! Lindíssimo exemplo e talvez uma ideia mais viável por concertar a ideia de beleza estética de muita gente com a demonstração hortícula, mantendo ao mesmo tempo os traçados de buxo. Não era o que eu sugeria mas será talvez uma proposta mais interessante.
As pessoas ao longe viriam manchas de cor, como canteiros floridos. Claro que ali o problema seria o roubo das plantas.
Car@ anónim@ (último), as pessoas que vivem na cidade também devem ter acesso ao contacto com o solo, com o cultivo, com a actividade hortícola, sem terem de mudar para o campo.
Quanto aos jardins históricos, eu pensei nesta ideia exactamente em Kew Gardens (jardim bem histórico) onde vi no passado campos de trigo e hortas.
Muitos jardins históricos do mundo o fazem: casa branca nos EUA, Castelo de Windsor, Versailles. Porque não aqui?
A nossa relação com a produção da nossa alimentação é importantíssima para a forma como vivemos e vemos o mundo.
Rosa, obrigado, mais uma vez, pela sugestão que penso ajuda a conceptualizar um primeiro passo.

Anónimo disse...

NÃO!!