25/11/2014

4ª Visita Norte Júnior: Eixo Avenida da República


 O chamado Edifício da Versalhes
 Historiadora Catarina Oliveira. em frente do Edifício da Casa Xangai

 Av. República 55, pioneiro Art Déco em Lisboa, ameaçado de demolição
 Av. República 71, exemplo da sofisticação Art Déco de Norte Júnior


Embora raramente falado, o legado do Arquitecto Norte Júnior em Lisboa inclui dois extraordinários prédios de apartamentos no sofisticado Art Déco: Avenida da República Nº 55 de 1929 e o Nº 71 de 1933 - que Norte Júnior desenhou para uma clientela endinheirada e desejosa do luxo Art Déco que irradiava de Paris. As duas Historiadoras chamaram a atenção para o facto de o edifício de 1929 representar uma das primeiras experiências Art Déco da cidade, e do Arq. Norte Júnior, revelando por isso que estava bem actualizado com as tendências dos centros culturais da Europa. Este edifício tem ainda uma caracteristica importantíssima pois já foi construído com a então jovem tecnologia do betão armado. O FCLX informou os presentes que existe na CML um projecto que pede a demolição deste imóvel, algo que indignou todos pois consideramos ser inaceitável destruir património com este significado capital! Mais à frente, ao chegarmos ao Nº 71, fomos premiados com o ambiente de requinte de desenho e de materiais criado por Norte Júnior em 1933. O passeio terminou com a visita a mais dois prédios gémeos Art Déco na Av. de Berna e ao palacete no gaveto da Av. República e Av. Berna, actual sede da Junta de Freguesia das Avenidas Novas que apoiou esta iniciativa do FCLX.

Pela observação atenta dos edifícios que se fez ao longo de toda a manhã, e ajudados pelas competentes guias do passeio, ficamos esclarecidos quanto à urgência de salvar este património notável, muitas vezes mal compreendido ou simplesmente tratado como coisa velha e descartável. E houve de tudo um pouco durante a nossa visita: desde o maravilhosamente bem cuidado e amado palacete onde se instalou o CLUBE MILITAR NAVAL, até aos dois desprezados prédios de rendimento na Avenida da República. Há agora que mobilizar os cidadãos para que a CML não assine a pena capital deste património único de Lisboa.

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