No antigo Convento do Desagravo nasceu uma escola “de excelência”
Câmara de Lisboa assinalou início do ano lectivo com inauguração da Escola Básica do Convento do Desagravo, após obras no valor de 3,8 milhões. Quase 400 crianças têm agora mais espaço para aprender.Podia ser um condomínio ou um hotel, com uma vista invejável sobre o Tejo, ao lado de um dos monumentos mais visitados de Lisboa, o Panteão Nacional. Mas não foi aos turistas que o antigo Convento do Desagravo abriu as portas. Os novos inquilinos são quase 400 alunos do jardim-de-infância e do ensino básico, que estrearam nesta segunda-feira uma escola onde a “excelência” vai desde as instalações até à comida da cantina.
"Não há melhor forma de abrirmos um ano lectivo do que vermos um exemplo da excelência da nossa escola pública", declarou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, na inauguração da Escola Básica Convento do Desagravo, um dos cinco estabelecimentos requalificados ao abrigo do Programa Escola Nova cujas placas o autarca irá descerrar nos próximos dias. Lançado em 2008 ainda pelo ex-presidente do município, António Costa, o programa prevê 111 intervenções com um custo estimado de 102 milhões de euros, tendo já sido gastos 40 milhões.
A excelência da nova escola, que substituiu cinco estabelecimentos nas freguesias de Santa Maria Maior e de São Vicente, é visível antes de mais nas instalações. "Este é um exemplo raro de uma construção que transformou um local secular, que estava degradado, num exemplo da modernidade das construções escolares", sublinhou Medina. As obras, iniciadas em Outubro de 2013 e concluídas em Julho deste ano - depois de algumas alterações ao projecto inicial e de paragens forçadas devido à descoberta de uma cisterna romana dentro do convento - custaram 3,8 milhões de euros, financiados com verbas do Programa de Investimentos Prioritários em Acções de Reabilitação Urbana (PIPARU).
O antigo convento setecentista, que pertencia à Ordem dos Frades Menores, foi desactivado em 1901 e transitou depois para a Fazenda Nacional. Desde então, teve vários usos e sofreu alterações, tendo encerrado por volta de 2007 quando fechou o colégio da Casa Pia que ali funcionava.
Os arquitectos responsáveis pelo projecto de requalificação conseguiram manter elementos originais como as escadas interiores de pedra, painéis de azulejos, o claustro com um pequeno lago e uma sala com tecto abobadado e pinturas. No edifício de dois pisos coexistem salas de aula de grandes dimensões e pequenas salas temáticas, como a sala de expressão dramática, de cinema ou de apoio a crianças com necessidades especiais. No segundo piso, uma biblioteca com janelas viradas para o rio convida as crianças a ler ou a usar os computadores.
[...]».
2 comentários:
O mesmíssimo edifício que aqui foi vilipendiado porque as janelas não eram tal e qual as originais e blá blá blá blá
A escola será de excelência se, daqui a meia dúzia de anos, tiver instruído, formado e educado alunos excelentes!
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