Sou morador nos limites De Campo de Ourique, junto ao Jardim da Estrela.
Nessa condição, venho mais uma vez veemente protestar conta o excesso de actividades de animação no jardim, que não só retiram a tranquilidade ao local, contrariando a sua vocação de jardim romântico (não é um parque), como perturbam muitos dos moradores vizinhos.
Depois de um Agosto cheio de iniciativas musicais nos bares e junto ao coreto (não está em causa a sua qualidade) quase sempre transbordando de modo severo e violento os limites do jardim, agora é cinema ao ar livre, com os respectivos ensaios de som, durante toda a semana. Estamos fartos!
Já antecipamos a resposta: foi autorizado pela CML e coisas do género. Pois não é disso que se trata – trata-se antes de respeitar os moradores na sua condição de moradores e , no mínimo, realizar actividades cujo som não ultrapasse os limites do jardim.
O que se espera das JF é que protejam (eu diria em primeiro lugar) os interesses legítimos dos cidadãos moradores e (secundariamente) a identidade do jardim. É isso que se pede agora aos Srs. Presidentes da JFs da Estrela e de Campo de Ourique: menos animação e controlo de som, para que o que se passa no Jardim da Estrela fique no Jardim da Estrela, já que os moradores da zona não devem ser continuar a ser penalizados com o forte ruído das múltiplas actividades.
Esta estratégia de animação forçada do território público, isto é, comum a todos e por isso sensível (mais ainda num jardim de vocação local e romântica – repetimos, não um parque urbano) já tem resultados negativos bem conhecidos na zona central da cidade. Compete agora às JFs trabalhar para evitar que esses prejuízos alastrem à Estrela e CO.
Contamos convosco para travar um processo de degradação da qualidade de vida dos moradores! Ou não?
Esta mensagem será difundida no FCLx, de que sou membro
Com os melhores cumprimentos
Nuno Caiado
6 comentários:
As JF não passam de tachos. Estão-se nas tintas para os moradores, empurram sempre para outras entidade os problemas que surjam.
O problema é que as licenças especiais de ruído, em vez de serem excecionais, tornaram-se quase regra para as autarquias locais, sejam câmaras ou juntas, pois são importantes fontes de receitas. Quantas mais emitirem, mais receitas....e os moradores que se lixem,que aguentem os ruídos...Regra geral, não são feitos condicionamentos rigorosos aquando da emissão de licenças especiais de ruído nem as autarquias medem o ruído durante o tempo em que é produzido. Em suma, não há fiscalização e os moradores das imediações que se lixem...
Lisboa (e Portugal, praia ou campo) vive atualmente num horror ao silêncio: não há sítio aprazível sem música, baixa ou alta! Os autarcas querem fazer obra de animação e devem achar que esta é proporcional ao ruído emitido e, por isso, controlos nada. Os músicos de rua querem fazer dinheiro e,a avaliar pela generalzação dos amplificadores,a receita também será proporcional ao volume de som. Ninguém diz nada, a maioria dos passantes gosta, os presos ao sítio comprarão tapa ouvidos para sobreviver. Já ninguém valoriza o silêncio ou o simples ruído natural (por exemplo, das ondas do mar, ou até do arranque do automóvel sem caixa de ritmos ao lado! É pura poluição, mas só falam das outras!
Entretanto, sempre que puder, chame a Polícia Municipal e escreva para a Câmara a protestar contra as atividades licenciadas. Às vezes resulta. E procure aliados para a mesma luta. Enfim, estas coisas têm ciclos e como o controlo (real) da poluição sonora já chegou lá fora, ainda vai acabar por chegar aqui, esperemos é que anda venha a tempo de cada um de nós.
Estamos fartos de animação! Queremos ruas desertas e caladas onde às 15 horas podes ser assaltado porque não passa vivalma!
Tem toda a razao
Vao fazer barulho para fora da cidade
Sem falar na degradaçao do jardim da sujidade etc
Queremos espaços tranquilos onde passear nao feira popular
Vai-se a ver, se não houver alguém a bater latas mais ninguém sai à rua e os turistas também ficam lá na casa deles!
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