Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público, Dr. José Sá Fernandes,
Como é do conhecimento de V. Exa, temos feito ao longo dos últimos anos um esforço em colaborar com a CML no sentido de promovermos uma cidade com um Ambiente Urbano mais ordenado, limpo e digno da nossa História e Património.
Não nos temos demitido nem demitiremos em denunciar fenómenos, ou práticas, de empresas que activamente destroem ou danificam o espaço público, em particular nos Bairros Históricos de Lisboa.
Lamentamos que a marca Super Bock continue, ano após ano, a poluir visualmente a cidade, através de um marketing muito agressivo, por vezes autoritário até.
Assim, solicitamos que informem os cidadãos se os novos dispositivos de publicidade criados por esta marca e aplicados recentemente um pouco por toda a cidade, estão licenciados pela CML ou constituem mais um exemplo de aproveitamento abusivo e portanto não passam de publicidade ilegal. Estes dispositivos foram "oferecidos", e aplicados com azáfama, aos estabelecimentos no início das "Festas de Lisboa".
Estes dispositivos, a serem permitidos pela CML, traduzir-se-ão na abertura de um precedente perigoso, uma vez que qualquer outra marca poderá exigir igual direito de aplicar no espaço público semelhantes reclames. Todos concordamos que a nossa cidade histórica não precisa do desenvolvimento de um fenómeno deste tipo.
Sendo esta marca o patrocinador principal das Festas de Lisboa, não é de admirar que os cidadãos tenham dúvidas sobre algum tipo de "tratamento especial" por parte da CML em matéria de licenciamento de publicidade.
Anexamos imagens de apenas 2 exemplos (são centenas), um no coração de Alfama e outro na zona Chiado/Bairro Alto em imóvel classificado de Interesse Público (Largo do Calhariz 1-3).
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho e Fernando Jorge
12 comentários:
Há quem goste mesmo de ser o bufo. E ainda se orgulha.
Também há quem seja profissional da idiotice e adore viver na m#rd#..
Há quem goste mesmo de ser o bruto. E ainda se orgulha. Como o Filipe Melo Sousa.
Também existe a carneirada apática e mórbida que cala e consente enquanto a sua cidade é descaracterizada e esburacada com "quinquilharia" de aspecto e gosto bravio, só porque o Zé da Tasca acha piada.
Oxalá existissem mais bufos, assim certas zonas desta cidade não tinham aspecto de terceiro mundo!
Parolo!
Agora sim, os supostos cidadãos civilizados revelam-se. Acham-se no direito de impor o vosso gosto na casa dos outros. Se querem um restaurante sem referências à Super Bock são livres de comprar um estabelecimento e decorá-lo como entenderem. Impor os vossos valores aos outros é que não. Aprendam a viver em sociedade.
A Super Bock não é uma empresa e MUITO MENOS COMPROU AQUELES EDIFÍCIOS TODOS.
Que besteria...
O sr anonimo não percebeu qual o propósito do anúncio. Eu explico-lhe devagarinho: os proprietários fazem um acordo com a marca para receber proveitos e royalties, descontos nos produtos, em troca do dispositivo publicitário. Não é por devoção à marca. Nem porque a Super Bock vai pendurar sem permissão. Já entendeu agora? Pois... vê? Ninguém está a ser agredido.
Ninguém está a impor nada!
Se existe alguém que impõe algo são os proprietários e os lojistas dos imóveis classificados e dos estabelecimentos em zonas históricas.
São estas pessoas que decoram os edifícios como lhes convém, sem nenhum respeito pela zona onde se encontram; esburacam fachadas, pilastras, portas e cantarias assim como apetrecham a seu belo prazer os mesmos edifícios e estabelecimentos que estão situados em zonas nobres.
Não sou contra qualquer tipo de publicidade, infelizmente na maior parte dos casos esta publicidade provoca estragos e descaracteriza a envolvente.
"Aprendam a viver em sociedade."
Sim,sim...
Não queria antes dizer:
"Aprendam a viver em Anarquia?"
Não sei porquê mas acho que o Sr FMS iria adorar certos bairros em África?
... e nem os proprietários podem fazer tudo o que lhes apetecer, muito menos em IIP, iniciais cujo significado aqui o do costume obviamente desconhece...
Ao Ex.mo Sr. Filipe Melo Sousa poderia se explicar, tanto devagarinho como rapidinho, que para imóveis classificados ou zonas históricas regulamentadas, a lei é para ser cumprida por todos. Se numa zona destas, num andar de um qualquer cidadão, uma janela substituída pode valer a visita de 5 fiscais, estas imagens revelam peso e medida diferente para a iniciativa privada com fins lucrativos: Como há "proveitos e royalties, descontos nos produtos, em troca do dispositivo publicitário", vale tudo, mesmo que o andar de cima tenha que obedecer a trezentos mil critérios, completamente diferentes.
Ex.mo Sr. Filipe Melo Sousa, permita-me apenas mais uma nota com o mesmo tom magnânimo com que aqui nos presenteia: Já viu agora que não é o propósito do anúncio? Pois... já entendeu que há uma contradição contextual entre os princípios apregoados para os Bairros Históricos e práticas diferentes para munícipes e entidades comerciais? Se desejar pode-se voltar a explicar ainda mais devagar (ou devagarinho) e aprenderá que viver em sociedade não é respeitar o "mercado" e a lei "que se lixe".
Caro Joao Filipe, realmente você tem mentalidade de déspota. Quando se está a discutir a razoabilidade de se intrometer na vida dos outros, na casa dos outros, o seu único argumento é sublinhar o dogma dos imóveis classificados. Você não é menos déspota por isso. E da espécie mais perigosa. São pessoas como você que durante a WWII dizem que apenas estavam a cumprir a lei.
o anúncio não é feio
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