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27/10/2015

E as trotinetes? ...«Triciclos e outros veículos turísticos proibidos de entrar no Bairro Alto, Alfama e Castelo»


In Público (27.10.2015)
Por Inês Boaventura

«O impedimento de circular no interior de alguns bairros históricos de Lisboa vai aplicar-se a “veículos ligeiros, motociclos, quadriciclos, triciclos ou ciclomotores que exerçam actividade de animação turística”

A circulação de “veículos afectos à animação turística”, entre os quais os triciclos motorizados, vai ser proibida no interior do Bairro Alto, de Alfama e do Castelo. Além disso, a Câmara de Lisboa vai criar na cidade 110 “locais de paragem” para estes veículos.

Na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa que se realizou esta terça-feira, o presidente da câmara fez saber que iria assinar nesse mesmo dia um despacho relativo “aos tuk tuk e a outras viaturas de animação turística” e que ainda “esta semana” faria chegar aos órgãos autárquicos uma proposta de regulamento sobre a sua actividade. O objectivo de ambos os documentos, afirmou Fernando Medina, é “resolver” aqueles que em seu entender são “os principais pontos de conflito” entre os operadores e os residentes em Lisboa: “o ruído e a poluição”.

No referido despacho, ao qual o PÚBLICO teve acesso, o autarca socialista dá um prazo de 15 dias, contados a partir da data da sua publicação, para que os serviços municipais procedam à colocação “de sinalética de proibição de acesso e consequente circulação” dos veículos afectos à actividade de animação turística. Onde? “Em áreas que causem mais perturbações nas freguesias da Estrela, Misericórdia, Santo António, Santa Maria Maior e São Vicente”, diz o autarca.

Segundo se percebe a partir de três mapas que foram fornecidos ao PÚBLICO, nos quais se assinala quais são as “vias de trânsito autorizado a veículos afectos à actividade de animação turística”, passará a ser proibida a sua circulação no interior de alguns bairros históricos de Lisboa. São eles o Bairro Alto, Alfama e o Castelo.

A intenção da câmara é que “veículos ligeiros, motociclos, quadriciclos, triciclos ou ciclomotores que exerçam actividades de animação turística” passem a circular nas vias limítrofes a esses bairros e não no seu interior. Junto aos pontos de acesso às zonas nas quais vai ser interdito o trânsito dos referidos veículos, bem como nalguns dos principais pontos turísticos da cidade, vão ser instaladas “bolsas de estacionamento”. [...]»

...

A ver se é desta...

15/09/2015

Parece que é desta que regulamentam os tuk-tuk!


In SOl Online/LUSA (15.9.2015)
«Tuk tuk' passam a ter horários fixos de circulação em Lisboa

O presidente da Câmara de Lisboa anunciou hoje que a circulação dos minicarros turísticos 'tuk tuk' apenas poderá ser feita entre as 09:00 e as 21:00 e estará vedada a ruas estreitas, medidas que entram "ainda este mês em vigor". "É importante que o direito ao sossego [dos moradores] seja assegurado nos bairros históricos e nas zonas mais procuradas"

"Falámos há pouco sobre a importância do regulamento dos 'tuk tuk' e queria anunciar que parte importante das decisões desse regulamento serão antecipadas por despacho e ainda este mês entrarão em vigor", afirmou Fernando Medina (PS), que falava na Assembleia Municipal de Lisboa.

De acordo com o autarca, a partir deste mês os 'tuk tuk' terão horários de circulação, entre as 09:00 e as 21:00, bem como acesso limitado a algumas ruas localizadas em "zonas estreitas e com muita intensidade pedonal". "É importante que o direito ao sossego [dos moradores] seja assegurado nos bairros históricos e nas zonas mais procuradas", salientou Fernando Medina. Neste mês serão também definidas zonas de estacionamento e de locais de "largada e tomada" de passageiros. "Estamos em crer que regularemos muito melhor a atividade", argumentou. Outra medida, mas que só entra em vigor a partir de 01 de janeiro de 2017, é a obrigação de todos os 'tuk tuk' terem de passar a ser elétricos."A maior preocupação e a maior zona de conflito entre residentes e operadores turísticos é o ruído a poluição, [mas] não temos dúvidas que os residentes têm direito ao silêncio e a viver com menores níveis de poluição, não comprometendo aqueles que veem na atividade aos turistas uma fonte de rendimento", adiantou. Para o autarca, os 'tuk tuk' desempenham um papel importante", pelo que o objetivo é regular a atividade e não condicioná-la. [...]»

24/04/2013

Obras para criar zona 30 no Bairro do Charquinho começam esta semana


In Público (24/4/2013)
Por Inês Boaventura

«São 31 os bairros onde a câmara quer limitar a velocidade de circulação a 30 km/h, “para que a rua volte a ser de todos”

As obras de transformação do Bairro do Charquinho, em Benfica, numa zona 30 começam esta semana e deverão estar concluídas dentro de três meses. Segundo a Câmara de Lisboa, Encarnação, São Miguel, Estacas, Carnide e Arco do Cego são os bairros que se seguem.

No caso do Bairro do Charquinho, junto à Estrada dos Arneiros, a intervenção inclui a “criação de uma zona partilhada, de coexistência entre peões e veículos, na Rua da Quinta do Charquinho, o que, conjugado com o reordenamento de circulação neste eixo principal, permitirá reduzir o tráfego de atravessamento do bairro e potenciar um aumento de espaço partilhado”. Está ainda previsto, adianta a autarquia, o “reordenamento do estacionamento”.

No folheto distribuído aos moradores explica-se que “para que a rua volte a ser de todos”, e não apenas dos automóveis, serão introduzidas mudanças como “a redução da faixa de rodagem, a introdução de árvoreres e mobiliário urbano, a sobreelevação das passadeiras de peões, a descontinuidade nos alinhamentos rectos e a diminuição dos raios de curvatura”.

Nas entradas e saídas do Charquinho haverá passadeiras sobreelevadas e mobiliário urbano indicando que esta é uma zona 30. “Reduzir a velocidade de circulação, a ocorrência e a gravidade de acidentes” e “diminuir o tráfego de atravessamento” são alguns dos objectivos anunciados. Com esta intervenção a Câmara de Lisboa pretende também “reduzir a poluição sonora e ambiental” e “melhorar a qualidade de vida dos moradores”.

A competência para executar as medidas de acalmia de tráfego neste bairro foi delegada na Junta de Freguesia de Benfica. Segundo esta entidade, a empreitada foi adjudicada à empresa Obragoito Construções e Obras Públicas, na sequência de um concurso público. Está em causa um investimento de 240.800,01 euros, com um prazo de execução de 90 dias.

Um dos próximos bairros a entrar em obra poderá ser o das Estacas, em Alvalade. Segundo informações divulgadas pelo vereador da Mobilidade, Nunes da Silva, num congresso realizado este mês, neste caso a intervenção passará “pela marcação de entradas e saídas, mudanças de sentido e reordenamento do estacionamento” e pela “criação de uma pequena zona mista junto à entrada da escola primária no centro do bairro”.

“Numa primeira fase”, disse o vereador na comunicação que assinou com a sua assessora Renata Lajas, “o objectivo principal será dificultar o tráfego de atravessamento, o reordenamento do estacionamento na totalidade do bairro e a acalmia de tráfego nas imediações da escola primária”, localizada na Rua de Teixeira de Pascoaes.

O Bairro Azul foi, em 2009, a primeira experiência de zona 30 em Lisboa. Mas aí, sublinhou Nunes da Silva no Congresso Rodoviário Português, só foram concretizadas duas das quatro fases de intervenção programadas (prevendo-se para breve a concretização da terceira). Apesar disso, o vereador considera que a iniciativa teve “um efeito muito importante na cidade”, porque “permitiu divulgar o conceito de zona 30, avaliar os problemas inerentes à sua implementação e preparar a transformação prevista para os restantes trinta bairros de Lisboa”.

Já foram concluídos os estudos para a criação de zonas 30 em 19 bairros, estando previsto que o mesmo seja feito noutros 12. Nunes da Silva frisa que estas intervenções têm “orçamentos relativamente reduzidos”, de “cerca de 100 mil a 200 mil euros por bairro”.»

15/02/2013

Lisboa instaura limite de 30 km/hora em seis bairros


In Sol Online/LUSA (14/2/2013)

«Seis bairros lisboetas vão passar a ter, até final de Março, limite de velocidade automóvel de 30 quilómetros/hora, no âmbito de um projecto da câmara municipal para os tornar mais seguros aos peões.

“Este projecto foi aprovado no Plano Director Municipal (PDM) e abrange 30 bairros. Vamos começar por estes seis: Carnide, Arco Cego, Estacas, S. Miguel, Charquinho e Encarnação”, disse hoje o vereador da Mobilidade, Nunes da Silva, à agência Lusa.

Afirmando que dados da Autoridade Nacional da Segurança Rodoviária (ANSR) “indicam que a sinistralidade tem vindo a descer no país, mas não tem tido a mesma redução nas zonas urbanas”, o vereador frisou que em Lisboa a maioria das vítimas em acidentes com automóveis são peões, em particular, nessas zonas habitacionais.

Numa tentativa de reduzir esses acidentes, a Câmara de Lisboa vai iniciar algumas obras naqueles bairros para instalação de passadeiras sobre-elevadas, pistas antiderrapantes junto a equipamentos escolares e sinalização adequada de forma a reduzir a velocidade dos actuais 50 quilómetros/hora para 30 quilómetros/hora.

No PDM está previsto que as “zonas 30” sejam implementadas em zonas residenciais, com elevada actividade comercial, na proximidade de equipamentos escolares ou de vias cicláveis.

Além de se reduzir os acidentes, pretende-se também proteger os bairros do tráfego de atravessamento indesejado, reduzir a poluição ambiental e o ruído provocado pelos veículos e assegurar a segurança rodoviária para todos os utilizadores, especialmente peões e ciclistas.

Nunes da Silva frisou que serão distribuídos panfletos pelos bairros em causa para informar os residentes da estatística dos acidentes nos locais, das obras que serão feitas e da alteração da velocidade.

A Câmara de Lisboa iniciou este projecto “zona 30” em 2009 mas nessa altura visou apenas o Bairro Azul.»

28/06/2012

Avenida da Liberdade / Marquês de Pombal em discussão pública

In Site da CML

«Até 30 de julho decorre o período de consulta pública sobre o "Novo Conceito de Circulação para o eixo da Avenida da Liberdade/Marquês de Pombal" (a implementar com caráter experimental), por forma a recolher sugestões à proposta aprovada em 23 de maio. Contribua com a sua opinião e sugestões através do email: avenida.liberdade@cm-lisboa.pt.

Durante o período experimental, será testada uma nova forma de circulação, através da criação de duas rotundas concêntricas, uma para as vias principais e outra para as secundárias.

Esta alteração pretende a criação de mais espaço para os peões, melhor qualidade do ar, menos trânsito, menos ruído, maior fluidez e mais segurança na circulação automóvel.

Saiba todos os pormenores aqui

24/05/2012

Avenida da Liberdade - alargament​o dos passeios e alterações de circulação

Chegado por e-mail:

«Exmos. Senhores,

Verifico com preocupação que estão em vias de fazer alterações na Avenida da Liberdade no sentido de reduzir os índices de poluição na zona.

Desta vez a proposta é alargamento dos passeios e alterações de circulação.

De facto, trabalhei muito perto da Avenida da Liberdade durante muitos anos e passo lá muito frequentemente e acho que a dimensão dos passeios é mais que razoável.

Acresce que todas as alterações de passeios na baixa de Lisboa, têm resultado em substituição da calçada portuguesa por feias placas de mármore rapidamente encardido (veja-se Terreiro do Paço e Rossio). Se há característica bonita da nossa cidade é a calçada portuguesa!!!

O pouco que viajei na Europa deu para verificar que a bicicleta é um meio muito utilizado. Aqui, desde que dessem condições de circulação seguras, não duvido que também seria, tanto mais que os passes estão caríssimos.

Muitas vezes, enquanto esperava pelo autocarro na Avenida, à noite, via passar ciclistas no passeio, porque a circulação na Avenida não era segura.

Proponho portanto que, sem nenhuma alteração nos passeios actuais:

-Se criem ciclovias na Av. da Liberdade, devidamente delimitadas de forma a não ser possível a sua utilização por nenhum carro.

-Se mantenham os sentidos do trânsito na Avenida.

-Se criem condições mais seguras para a circulação de cegos nessa zona (muito perto da Avenida existe uma associação de cegos).

-Se criem zonas seguras de estacionamento das bicicletas, com as barras próprias para as poder segurar.

Com os melhores cumprimentos

Elsa Maria de Almeida Figueiredo»

22/05/2012

Aplauso e incentivo à CML pelo novo esquema de circulação automóvel p/Mq.Pomba​l-Baixa!

...


Exmo. Senhor Presidente
Dr. António Costa,


Serve o presente para aplaudirmos as medidas de alteração à circulação automóvel que a CML tem vindo a anunciar para o troço Marquês de Pombal- Baixa (conforme imagem em anexo, difundida pela imprensa, ex. http://expresso.sapo.pt/lisboa-duas-rotundas-no-marques-e-menos-faixas-na-avenida=f727250#ixzz1vUyKIUxg ), e que se prepara para aprovar em Reunião de amanhã, dia 23 de Maio.

Com efeito, é com bastante agrado que, finalmente, assistimos à CML a implementar um conjunto de medidas que vão de encontro ao que vimos preconizando desde há pelo menos 6 anos, como intervenção indispensável à melhoria da qualidade de vida na zona da Avenida da Liberdade à Baixa (conforme consta, por exemplo, em http://cidadanialx.tripod.com/avenida.html).

É nossa convicção que só com fortes medidas restritivas a montante do problema se poderão atenuar os níveis de poluição atmosférica e sonora que subsistem não só ao longo da Avenida mas também na Baixa, resultantes, cremos, da excessiva sobrecarga de trânsito de atravessamento. Julgamos, por isso, que este anúncio, em conjunto com a Zona de Emissões Reduzidas no eixo Marquês de Pombal-Terreiro do Paço consubstancia o que nos parece ser uma boa opção da CML.

Há contudo que apostar forte no uso do transporte público e para isso a CML tem que articular esta intervenção com a Carris, caso contrário tememos pelo pior, i.e., uma nova "Rua do Arsenal"... Há que oferecer mais e melhor espaço público aos cidadãos; com menos poluição, menos ruído e menos sinistralidade. Mais, gostaríamos que as medidas fossem ainda mais restritivas, nomeadamente nas faixas laterais da Avenida da Liberdade.

Tal como, senhor Presidente, será indispensável que a CML intervenha, com o mesmo espírito e a breve trecho, em duas outras situações que consideramos insustentáveis: a Rua de São Bento e, obviamente, o troço compreendido entre a Rua de São Pedro de Alcântara e o Largo Camões, verdadeira chaga "urbano-depressiva" e que foi objecto do nosso contributo a edição anterior do Orçamento Participativo (ver http://cidadanialx.blogspot.pt/2010/10/orcparticipativo2011vote-na-proposta-n.html), aproveitando, aliás, o projecto de reabilitação do espaço público ao Cais do Sodré, e apostando aí na reabertura, que se exige, do E-24.

Com os melhores cumprimentos.



João Mineiro, Miguel Atanásio Carvalho, Fernando Jorge, Paulo Ferrero, António Araújo, Pedro Gomes, João Oliveira Leonardo e Bernardo Ferreira de Carvalho

24/10/2011

Comerciantes de Carnide criticam mudanças na circulação local

In Público (24/10/2011)

«Culpa das quebras de atribuída às alterações ao trânsito. Junta de freguesia duvida que esse seja o motivo da diminuição do número de clientes

Os comerciantes de Carnide criticam as alterações ao trânsito feitas há dois meses na freguesia, afirmam que elas estão a afastar clientes e que há registos de quebras nas vendas na ordem dos 40%. "Arranjaram um problema que não existia. Carnide não tinha problemas de trânsito, tinha de estacionamento. Agora tem os dois", resumiu à Lusa António Correia, proprietário da mercearia Dom Pingas.

No início de Agosto, a Câmara de Lisboa e a junta de freguesia alteraram o trânsito no centro histórico do bairro, cortando várias ruas e invertendo o sentido de trânsito noutras. Os comerciantes queixam-se de que o trânsito piorou e de que as pessoas não conseguem chegar ao centro histórico por falta de sinalização.

Em declarações à Lusa, António Correia disse que "as pessoas não conseguem entrar em Carnide" porque a "informação (com as alterações) é muito pouca". Com a mercearia aberta há sete anos, o comerciante disse que o negócio teve uma quebra de 20% desde o início de Agosto.

O proprietário do restaurante Adega das Gravatas, Alfredo Almeida, disse, por seu lado, que para ir à peixaria, que fica a 65 metros, tem agora de fazer 1,5 quilómetros. "As pessoas não conseguem cá entrar e há carros em sentido contrário todos os dias por causa de 10 metros", disse o comerciante, atribuindo às alterações ao trânsito a culpa pela perda de cerca de 50 clientes por dia.

Do outro lado da rua, a sua irmã Natália Almeida, proprietária do Pregoeiro de Carnide desde 1992, disse que tem uma quebra na ordem dos "40% a 50%". "A crise já é grande e isto só veio fazer com que seja ainda maior", acrescentou a comerciante.

Morador no local e dono de uma padaria, Fernando José Lopes realça que as alterações ao trânsito foram "péssimas" para o negócio. "Há 26 empresas na zona histórica, que empregam um total de 150 pessoas. Com a crise e com esta situação, piora tudo", disse, afirmando que está com quebras de 20% a 30%.

Contactado pela Lusa, o presidente da Junta de Carnide, Paulo Quaresma, ressalvou que estas alterações envolveram "muita discussão prévia de moradores e alguns comerciantes".

"Obviamente que não é um processo pacífico", admitiu o autarca, que assegurou que "a câmara ficou de analisar" as propostas dos comerciantes. Quanto às quebras de venda referidas pelos comerciantes referiu que "está por provar que há efectivamente uma quebra de clientes". "A existir, é inferior ao que se passa em Benfica e em outras zonas da cidade? Ou a quebra de clientes tem a ver com outras razões e não apenas com a questão da circulação?", questionou. Paulo Quaresma admitiu, no entanto, que os comerciantes têm razão no que respeita à falta de sinalização, afirmando que "é preciso" melhorá-la. »

01/06/2011

Avenida da Liberdade/Ideias para reforçar a sua reabilitação de facto

Exmo. Senhor Presidente da Câmara,
Dr. António Costa


No seguimento da abertura de 5 quiosques na Avenida da Liberdade, iniciativa que nos merece o maior aplauso - contudo ainda incompleta pela presença do restaurante junto ao edifício Palladium -, vimos pelo presente reforçar algumas ideias que nos parecem fundamentais para que aquela avenida recupere o estatuto de que já usufruiu. Assim, e aproveitando o trabalho em curso de arranjo das zonas verdes;

1. Se prossiga com uma empreitada geral” de limpeza e arranjo da Avenida, garantindo que à abertura dos quiosques não corresponda, como se tem verificado até agora, a abertura de esplanada ad-hoc, toldos ao vento, lixo nos passeios, buracos e lombas na calçada, caldeiras sem árvores, candeeiros apagados e, sobretudo, ruído a mais - ainda que sejam poucos os residentes da Avenida -; mas que também contemple a limpeza e aprumo dos lagos e a diversa estatuária existente.

2. Se sensibilize a população para que ela se desloque em transporte público, passeando a pé pela Avenida da Liberdade e evitando trazer o automóvel quer para a própria avenida quer para a sua envolvente. Nesse sentido será indispensável que o Metropolitano mantenha abertas durante a noite, bem como aos Domingos e feriados, todas as saídas das estações Marquês de Pombal, Avenida e Restauradores.

3. Se desenvolva e incremente uma estratégia de dinamização, pensada a longo prazo, das diversas salas de espectáculo existentes e da captação de públicos para o eixo Avenida da Liberdade / Praça da Alegria / Portas de Santo Antão, seja para as salas que estão a funcionar (São Jorge, Tivoli, Politeama, etc.) seja para aquelas que há que resgatar com urgência (Capitólio, Odéon, Maxime, Hot Clube, Olímpia, etc.).

4. Se complemente esta estratégia com a criação de percursos de divulgação cultural, devidamente interligados a uma operação de reabilitação urbana, integrando o património cultural, edificado ou não, mais significativo da Avenida da Liberdade e da zona envolvente, por exemplo, igrejas (Sagrado Coração de Jesus, São José dos Carpinteiros, São José, São Luís dos Franceses), edifícios e sociedades recreativas (Palácio Conceição e Silva, Palácio Almada, Palácio Lambertini, Atheneu, Sociedade de Geografia, Casa do Alentejo, Associação Comercial de Lisboa), elevadores (Lavra e Glória), casas de personalidades (Alfredo Keil, Wenceslau de Moraes, Bordalo Pinheiro, etc.), estabelecimentos de restauração (ginjinha, cafés remodelados e com esplanadas de qualidade nos passeios laterais), comércio de carácter e tradição, etc.

5. Se articulem os pontos anteriores com a indispensável restrição de facto ao trânsito a partir do Marquês de Pombal, reservando as faixas laterais actuais para o estacionamento de moradores, cargas e descargas, e acesso às garagens dos hotéis e de outros edifícios; bem como procedendo à diminuição das faixas centrais actualmente existentes, garantindo a continuidade das placas centrais através da eliminação dos parques de estacionamento que as interrompem e da colocação de passadeiras semaforizadas sempre que for imperioso interromper o passeio, e eliminando as barreiras ao tráfego pedonal alinhado todas as peças de mobiliário urbano (mupis, sinais de trânsito, bocas de incêndio, papeleiras, etc.).

6. Por último, a CML deve tornar claro se tem como prioridade inverter a tendência de “tercearização” da Avenida da Liberdade, e fomentar a habitação como forma de contrariar a despovoamento (*) daquela artéria nobre da cidade, e quais as medidas de facto nesse sentido.



Com os melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Bernardo Ferreira de Carvalho, João Oliveira Leonardo, Luís Rêgo, Virgílio Marques, Artur Lourenço e Ana Alves de Sousa




(*) Texto editado