09/09/2008

EPAL não quer jardim público no reservatório das Amoreiras

In Público (9/9/2008)

«A Câmara de Lisboa quer que o espaço verde sobre o reservatório da EPAL nas Amoreiras, que esteve para ser transformado em campo de golfe, tenha utilização pública, mas a EPAL, proprietária do terreno, exclui para já essa hipótese.
De acordo com o documento que define as necessidades e objectivos (termos de referência) do novo Plano de Pormenor das Amoreiras que a autarquia vai elaborar, a intenção do município é avaliar a possibilidade de utilização pública do espaço. "Quando se avaliou a possibilidade de criar ali um driving-range para golfe avaliou-se o peso que o terreno poderia suportar, uma vez que o reservatório não é novo. Agora criar ali uma espaço verde tipo jardim e abrir ao público não é compatível", disse à Lusa o secretário-geral da EPAL, José Manuel Zenha.
Apesar de sublinhar que a autarquia ainda não fez qualquer proposta à empresa, José Manuel Zenha defende que a utilização pública do espaço "não é admissível".
"À partida não estou a ver que seja possível a fruição pública daquele espaço", afirmou o porta-voz da empresa, admitindo, porém, a possibilidade de vir a ser reactivado o sistema de rega daquele espaço.
"Admito que uma proposta deste género, para reactivar o sistema de rega para que nascesse relva, pudesse valorizar o espaço e isso fosse de considerar, mas nunca para abrir o espaço ao público", afirmou, referindo também os problemas de segurança que o acesso fácil ao reservatório poderia criar. A construção de um campo de golfe em cima do reservatório foi iniciada no fim dos anos 90 com uma autorização verbal do antigo presidente da Câmara João Soares, mas os protestos dos moradores contra a rede de vedação de várias dezenas de metros que ali estava a ser instalada acabou por obrigar o município a voltar atrás, inviabilizando a conclusão do projecto. O caso deu origem a vários processos judiciais ainda pendentes nos tribunais.»

Esta notícia, a meu ver, é apenas um fait divers para atenuar o 'cerzir da malha urbana' que a CML se prepara para fazer em toda a envolvente das Amoreiras (vide PP), a começar por o único terreno sem construção pesada, que é o remate da Ferreira Borges, o qual, embora degradado, podia ser outra coisa qualquer que não mais um prédio ao jeito dos monos que por ali há...

2 comentários:

Anónimo disse...

então se não fazem jardim faz-se o que?? não vejo outra hipotese...acho ridiculo a ideia de campo de golfe no centro da cidadw, ainda por cima em sitio tão agitado e com tanto stress devido ao numero de pessoas que trabalha e circula por ai...expero bem que a Camara aceite o projecto para o terreno da artilharia! Lisboa precisa de inovação!! http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=271969&page=6 parabens pelo blog

Anónimo disse...

não se faz nada, qual é o problema? também é preciso coragem para manter um espaço visual
deveria ter relva e ser suavemente bordejado de pequenas árvores e arbustos

é compreensivel e desejável por razões de segurança que ali não haja um jardim público