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Meus caros,
Só é uma pena que os arbustos — coitados — não façam notícias como as árvores (que o merecem inteiramente, pois claro).
É que pelo que tenho visto (Cesário Verde, José Fontana, etc., etc.), os arbustos são sempre completamente arrancados em qualquer «requalificação» de todo e qualquer «jardim».
E nunca ninguém fala deles, e eu gostava de tentar perceber porquê — porque é que são arrancados, porque é que ninguém fala disso.
Obrigado,
José João Soares Leiria Ralha
26/11/2009
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2 comentários:
Eu, também, não entendo nada sobre estas gripes das árvores que, pelos vistos, eclodem numas certas e determinadas áreas de Lisboa.
Como a justificação - "estão doentes" - é, obviamente, curta, pergunto eu:
- Que raio de doença é esta que impõe tamanha "poda"?
- Será que não tem vacina?
- E tratamento, também não?
É caso para dizer-se que, em Lisboa, as árvores já não morrem de pé!
Se existisse, por cada árvore abatida, independentemente do motivo invocado e da identidade, pública ou privada, que fosse responsável pela ordem de abate, uma valente indemnização/compensação, estes mandantes iriam, com toda a certeza, pensar duas vezes antes de as mandarem ao chão?
Caro José Ralha lembra muito bem a importância dos arbustos e não posso deixar de lamentar, só a título de exemplo, o abate do hibisco vermelho que tombava sobre a estátua de Cesário Verde, poeta " que andava na cidade à procura do campo". Esse arbusto emoldurava a estátua e agora o que temos em todo o jardim é a impressão de estarmos numa maquete banal.
É evidente que as pessoas que cortam estas plantas não são as mesmas que as plantaram e durante anos as rodearam de cuidados ou acompanharam as suas vicissitudes.
Proponho o regresso de um ou dois jardineiros sabedores para cada jardim, não existe outra forma de assegurar a sua preservação e beleza.
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