26/11/2009

Príncipe Real: hoje não houve cortes...

Pelo menos até à hora de almoço ainda lá estavam as 8 árvores que ontem ficaram de pé. Mais duas nos extremos do passeio: em primeiro plano, uma acácia; e outra para lá do quiosque cor-de-rosa. Há ainda a assinalar um choupo junto ao quiosque do Sr. Oliveira que escapou à "doença" (talvez por não estar na fiada exterior do passeio...) Ao todo sobram 11, até ver.







Por outro lado, descobri (com a teleobjectiva) mais 3 árvores cortadas que ontem não tinha contabilizado: o número vai assim em 41...







Outra coisa que não compreendo é a justificação de que não se cortam árvores centenárias, essas é que não!... Ora, para haver árvores tão antigas, e que por isso parecem valiosas, é porque as não cortaram antes...

Por outro lado, toda a gente está farta de saber que o cedro gigante que ocupa um vasto círculo de sombra com a sua copa cada vez mais rala, esse sim, está podre de velho e a morrer a olhos vistos. Então porque é que vêm dizer que vai ser preservado? (O estado de saúde do ex-libris daquele jardim, - um cedro com mais de 20 metros de diâmetro - é, aliás, "bom".(Em fóssil?)

P.S. Quem quiser analisar aos cepos das árvores cortadas (em fotografia) pode pedirmos por email.

4 comentários:

Anónimo disse...

sugiro aos mais críticos da actuação da CML que façam uma pesquisa sobre a longevidade das árvores. verão que as árvores também têm limite de idade e apesar de haver algumas espécies que possam viver centenas de anos a maior parte das espécies nunca chega aos 100 anos. por isso estar a afirmar que as árvores são centenárias sem tem prova disso é demagógico. não sei que doença as árvores têm mas é mais que sabido que há doenças sem cura (vejam o nemátodo do pinheiro). dito isto a CML podia ter providenciado mais informação, mas até prova em contrário vou acreditar que quem está a cortar as árvores sabe o que está a fazer.

Anónimo disse...

choupos e ulmeiros raramente passam os 100:
http://www.pavconhecimento.pt/exposicoes/modulos/index.asp?accao=showmodulo&id_exp_modulo=258&id_exposicao=9

Susana Neves disse...

Caros anónimos:

num Jardim Histórico todas as mudanças devem ser graduais, só por isso já se cometeu um erro.
A avaliar pelas últimas "reabilitações" de Jardins como o Constantino o ou Cesário Verde, para já não falar da bizarria proposta para o Jardim de Santos, etc, etc, estas alterações têm sido radicais, mais a metro do que com atenção ao pormenor, cortando-se sem mais todos os arbustos, mesmo os que estão de boa saúde, vai tudo à frente, e depois fica uma coisa pobre, plana, sem graça.
O Jardim do Príncipe Real é uma pérola em Lisboa, aconselha o mais elementar bom senso que não se pode chegar ali e zás corta-se tudo o que supostamente está doente. Como se sabe, as árvores, às vezes, levam anos a morrer, outras vezes, aguentam-se mesmo estando doentes num dos lados do tronco, também há ulmeiros e choupos que vivem para lá dos 100 anos.
Que sabemos nós das nossas árvores, que livros foram publicados sobre elas, quue sabemos nós dos nossos jardineiros e de todos os especialistas de botânica que vieram do estrangeiro no século XIX para nos ajudarem a plantarem árvores?
Pois é, não sabemos grande coisa, o que nao quer dizer que não haja histórias extraordinárias, e são essas que também se abatem quando se procedem as modificações deste tipo.
Abater uma árvore é mais fácil do que fazê-la crescer.
E é assim que nós queremos ser Europeus??? E é assim que nós queremos ser estratégicos??
Só poodemos mesmo atrair as escumalha dos outros países, que contrariamente a Portugal, preservam os seus jardins e promovem-nos.

Anónimo disse...

estas fotografias são de quando?