13/11/2009

Farmácia Progresso: DESTRUÍDA!

A antiga Farmácia Progresso, na Rua D. Pedro V 123-125, foi completamente destruída por iniciativa dos proprietários no verão passado. As obras foram ilegais, segundo confirmação da CML. Até a nova sinalética é ilegal. O proprietário já foi intimado pela CML.

O mal está feito e é irreversível. Os interiores e exteriores oitocentistas da farmácia foram vandalizados e muito provavelmente perdidos para sempre. Lisboa ficou mais pobre. O que temos agora é uma banal farmácia de shopping center, que podia estar em qualquer parte do mundo. As madeiras nobres e entalhadas que os nossos antepassados criaram deram lugar aos plásticos e aglomerados de madeira barata. As caixilharias elegantes e bem desenhadas das portas foram substituídas por pesadas caixilharias de alumínio de catálogo. Com vários bons exemplos por Lisboa de actualização de antigas farmácias (incluíndo uma mesmo a poucos metros na R. da Escola Politécnica) porque razão os proprietários da Farmácia Progresso cometeram este crime contra o património da cidade? Porquê tanta ignorância e insensibilidade?

12 comentários:

Julio Amorim disse...

Lisboa deverá agradecer esta brutalidade fazendo com que este negócio no futuro se dedique à venda de aspirinas a moscas....

Ai - a - Tola disse...

Mas o que significa serem ilegais as obras? Somente terá algum significado se se traduzir na obrigação do proprietário de repor a situação anterior às obras. Se este proprietário e os demais fossem efectivamente obrigados à reposição do que destruiram, sendo os custos dessa reposição manifestamente superiores à normal manutenção e boa recuperação, talvez estes não achassem apetitoso este tipo de barbaridades. Mas somente se se tornar comum que a penalização para este tipo de situações seja a reposição integral. Já alguma vez aconteceu? Penso que não.

Anónimo disse...

LOBO VILLA
Estamos na socretina passagem da moralidade para a "legalidade",na perda de valores total.
Na era Magalhónica.
Como, Sr Ai-a-Tola,"repôr" o que aqui foi destruído ?...
Estamos já na sociedade do "big-brother" , da socretina "legalidade" ??
Como repôr uma árvore centenária friamente abatida,"replantando-a" ???...
Não há leis que substituam os VALORES.

Anónimo disse...

Onde està Helena Roseta, a tal defensora deste tipo de lojas-património ?

Também outra belíssima farmácia, na Praça do Saldanha, com raro mobiliário Arte Nova, foi modernizada pelos ignorantes proprietários.

Há que CLASSIFICAR URGENTEMENTE, após levantamento/estudo, esta vertente do património da cidade (e fiscalizar e penalizar)

Anónimo disse...

é mesmo uma vergonha!

Anónimo disse...

Então, e já lá foram dizer aos senhores a vossa opinião? Ou enviar link para este post?

Já não fará diferença para a recuperação do que lá existia, mas sempre é uma forma de os chamar ignorantes!

HOMOSAPIENS disse...

Pessoal, ide dizer ao propriétario da farmácia que é um ignorante, pelo menos assim esse mesmo dáva conta que fez uma enorme estupídez.

É que o propriétario só pode dar por ela se conhecer este sítio, o que por mim, ele não deve de certeza conhecer.

Cumpts.

Anónimo disse...

QUE GRANDES BRUTOS! ESTA GENTE DEVE SER CEGA!

Anónimo disse...

a câmara também deve andar a dormir... este local é bem central e visível...

Raul Nobre disse...

Concordo com o Júlio Amorim.
Nem eu nem nenhum amigo meu, jamais irá comprar algo a essa farmácia. Nem que tenha de atravessar Lisboa à procura de outra farmácia.

Unknown disse...

Boas tardes

eu sou o "ignorante" tal como fui apelidado por alguns participantes neste blog. Não pude deixar de reparar que a maior parte dos comentário foram escritos por pessoas que não se identificam, as maravilhas da internet, e portanto não vão merecer da minha parte qualquer consideração.
respondendo a quem se identifica e emite a sua opinião, devo dizer que as obras na farmácia eram essenciais, encontra-mos a farmácia degradada, com problemas que se poderiam considerar uma perigo para funcionários e utente, passando a enumerar: ninhos de ratos no interior, baratas, as madeiras da caixilharia podre podendo cair a qualquer momento, e não salvaguardando as condições de segurança necessária para quem lá trabalhava ( fomos assaltados 3 x em 2 semanas por as portas abriam sem chave por que a madeira dava de si), humidades junto dos medicamentos por mau isolamento das paredes.
Em relação aos moveis em si não posso deixar de concordar que eram deveras bonitos e que era a minha ideia aproveita-los mas devido a estes não terem sido incluídos na transacção tal não foi possível.
faço este post não por necessidade de me explicar mas para que as pessoas por aqui em diante tenham noção que se querem dizer mal de alguma coisa digam mas entendam que têm que saber o porque das coisas. e já agora devo dizer que nem tudo ficou tal mal como aqui pintaram pois as reacções positivas á mudança foram mais que as negativas e o número de utentes que nos passaram a visitar também.

Pela farmácia progresso

bruno lourenço

Anónimo disse...

Acho óptimo estes comentários pq me estão a fazer publicidade gratuita. Já agora passo a informar que pelos vistos preferiam ir a um local q era um atentado á saúde pública!!
Sim pq nesse mui nobre espaço q tanto elogiam conviviam baratas e ratos portadores de PESTE NEGRA. Mas se quiserem fazer eu faço-vos uma visita guiada aos móveis que existiam na farm, q n eram oitecentistas. Eram banais réplicas do nosso séc todos comidos pelos bichos da madeira. Para n falar da quantidade de vezes q tentaram assaltar a farm pq a medeira de pinho q estava na caixilharia é mta fraca.