27/11/2009

ELÉCTRICOS EM LISBOA vs ELÉCTRICOS NO PORTO

«Eléctricos vão regressar a Mouzinho da Silveira
Históricos subirão a rua em Junho de 2012.
Túnel em parque para descongestionar trânsito
00h30m
CARLA SOFIA LUZ

foto Artur Machado/JN
Eléctricos voltarão a subir a Rua de Mouzinho da Silveira em 2012
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Os eléctricos voltarão a subir a Rua de Mouzinho da Silveira, no Porto, dentro de três anos. A linha mudará o perfil de uma das artérias congestionadas da cidade. Hoje, os autocarros que circulam naquela rua têm quatro mil passageiros por dia.
A Câmara do Porto está a avaliar estudo de mobilidade, elaborado pela TREMNO a pedido da sociedade Porto Vivo. A análise aponta para diferentes soluções de implantação da linha. Caberá ao Município escolher aquela que melhor case o transporte público com o privado, sem a perda de estacionamento. A decisão será tomada em breve e permitirá elaborar o projecto final.
A linha, orçada em 2,19 milhões de euros a construir pela Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP), aproximará a Praça do Infante da estação de S. Bento. A partir de Junho de 2012, dará continuidade à linha 1 (Passeio Alegre-Infante), ligando à Rua de 31 de Janeiro e à circular (linha 22) do eléctrico histórico que parte da Batalha rumo ao Carmo.
O traçado definitivo aguarda o aval camarário, explica fonte da STCP, estimando que a procura da linha 1 "venha a ser significativamente reforçada" com a extensão do percurso aos Lóios e a S. Bento. Hoje, a procura dos autocarros da STCP que circulam em Mouzinho da Silveira ascende a quatro mil utentes por dia.
"Está tudo acordado com a STCP. O anteprojecto, acompanhado do estudo de mobilidade, está a ser analisado pela Câmara. Será uma mais valia importante em termos turísticos e vai ligar a Ribeira à cota alta da cidade", esclarece Arlindo Cunha, presidente da Porto Vivo. No entanto, reconhece que a passagem dos eléctricos comporta uma adversidade, pois terá implicações no planeamento da mobilidade numa zona consolidada, onde não é possível abrir novos arruamentos, pelo menos à superfície.
A solução poderá passar pela criação de ligações viárias subterrâneas, à semelhança do que sucede em Bruxelas. "Mouzinho da Silveira é uma rua de ligação essencial entre a Ribeira e a Batalha. É uma das piores vias em afluência de trânsito nas horas de ponta", continua. Serve de atravessamento para o tráfego de Gondomar e de Gaia que se dirige à Baixa. Ao final da tarde, o circuito inverte-se, mas mantêm-se as longas filas. A "cidade subterrânea" pode colmatar a dificuldade.
Aproveitando-se a construção do parque de estacionamento no subsolo do Largo de S. Domingos, surge, segundo Arlindo Cunha, a possibilidade de um dos pisos funcionar como túnel para a circulação de viaturas até ao Largo dos Lóios (com ligação ao futuro parque do quarteirão das Cardosas já em execução). Tudo dependerá de estudos geológicos.
Até Junho de 2012, rasgar-se-á o aparcamento subterrâneo no Largo de S. Domingos com capacidade para 400 viaturas. Posteriormente, esse parque em túnel deverá crescer até ao "topo Sul da Rua das Taipas", passando a albergar cerca de 2300 veículos. A primeira fase desta obra, a desenvolver em parceria público-privada, conta com uma comparticipação de 3,5 milhões de euros dos fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). O orçamento total ultrapassa os 15,9 milhões.
Arlindo Cunha realça que, obtido o aval da Câmara e concluído o projecto, será aberto o concurso público para seleccionar um promotor que construa e explore o parque. Todo o programa de acção de Mouzinho/Flores, cuja implementação custará 31,6 milhões, possui financiamento europeu de 6,97 milhões. »
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É caso para dizer que Lisboa arrisca-se a perder o eléctrico...

5 comentários:

Anónimo disse...

Nas cidades europeias está a acontecer (ou já aconteceu) o ressurgimento do eléctrico como verdadeira alternativa a transporte de pessoas. Para quando um plano semelhante em Lisboa?

Anónimo disse...

concordo. tanto mais que as verbas envolidas nem são muito altas. não há razão para Lisboa não fazer o mesmo.

Unknown disse...

E por túnel, à média de 1 estação em cada 4 anos, daqui a 20 anos Lisboa está na mesma, mas com mais carros ainda. O futuro é o metro ligeiro de superfície, é muito mais barato e fácil de construir, os caminhos já estão feitos (as estradas), é só chegar e roubar 1 faixa e já está (perdoem-me aqueles que não passam sem o carro, mas é mesmo assim)

Xico205 disse...

O futuro são sim faixas bus para autocarros, e carreiras expresso de atravessamento da cidade com mais raidez, e outras carreiras mais pequenas com paragens mais proximas, a nivel local.

Isto sim, é o mais barato e eficiente de implementar e gerir.
Há sim que fiscalizar que as faixas bus são SÓ para transportes publicos. Há que haver mais eficiencia dos agentes de transito em não tolerar entraves à circulção de transportes publicos, tais como carros parados em esquinas como acontece todos os dias na Graça, Campolide, Picheleira, Penha de França, Rego, Lapa, na Ajuda etc...,e em segunda fila que impossibilitem a passagem de transportes publico como acontece à porta do Liceu Frances nas Amoreiras, numa escola da Rua dos Lusiadas, na Rua Jau, no Largo do Leão, no Paço do Lumiar, etc...
Mas como em Portugal há leis para finos e outras para o povo, parece mal ir dizer aos paisinhos ricos que não podem ter o seu Audi a prejudicar a passagem do MAN onde se faz transportar o povo, aquele veiculo amarelo onde o seu filho nunca há de andar misturado com sopeiras e meninos pobres que andam em escolas publicas! Quem é o policia que lhes vai dizer algo? Ainda leva um processo disciplinar interno, ou é "convenientemente" transferido para um serviço pior, por exemplo para uma zona degradada onde os policias não costumam ser bem recebidos.

Anónimo disse...

claro marcam que estes acontecimentos de por electricos históricos "a subir a rua" para o ano do fim do mundo...