29/11/2009

Valorizar ou Desvalorizar um imóvel.

Desvalorizar não conservando, fechando as Varandas sem critério, colocando aparelhos de Ar Condicionado, colocando estores nas Varandas.




Valorizar conservando, não alterando a Fachada, não fechando as Varandas.




São 2 prédios contíguos na Alameda das Linhas de Torres.

7 comentários:

Xico205 disse...

Sejamos sinceros, muita vezes ao fechar-se a varanda aumenta-se muito a sala, o suficiente para pôr uma mesa de jantar que seria impossivel sem o aumento da sala. Pode ficar mais feio da rua, mas de dentro de casa não fica, porque a parede lateral do edificio na maioria das vezes é partida, ficando a sal com formato de rectangulo. Eu acho que não fecharia uma varanda orque adoro varandas, mas provavelmente se comprar uma casa já com elas, não me desfaço delas provavelmente se a sala ficr de tal modo pequena que não consiga pôr uma mesa de jantar.

Mas tambem é tão normal haver marquises que não acho feio, acho normal. A maioria dos portugueses habituou-s e conformou-se com elas. Há que salientar que as cass ficram melhores e quem as pôs sente que tem mais qualidade de vida. Nem todos valorizam o facto de ter uma varanda. Os meus avós por exemplo nunca usam as varandas deles a não ser para estender roupa.

Antes de se criticar devemos perceber os motivos de quem toma tal opção.

Anónimo disse...

Claro, tem a ver com falta de fundos (monetários, diga-se), falta de gosto, falta de respeito pelo próximo, incumprimento da lei, e falta de vontade politica para fazer prevalecer essa mesma lei. E mais tarde quando pretender vender a casinha num prédio que parece uma pocilga, dar-lhe-ão o devido valor.

Luís Oliveira disse...

O comentário do Xico205 demonstra como é bem necessária uma pedagogia cívica, através da escola, através de campanhas na imprensa, também dinamizando as empresas de gestão de condomínios, etc., para inverter esta nossa tradicional visão de que a casa deve ser 'bonita' por dentro, mesmo que inserida numa rua escandalosamente arruinada pelo abarracamento das fachadas.

Esta visão representa e absorve o nosso desprezo pela coisa pública, como se as cidades, os bairros, as casas, as fachadas não fossem nossas, no sentido mais elevado de serem a nossa casa colectiva.

Depois, gostamos muito de visitar cidades (estrangeiras, quase sempre) onde tudo seja harmonioso, onde as varandas, por exemplo, não tenham sido anuladas por uma qualquer grade de alumínio e vidro... para fazer crescer as salas dos indígenas. A par disso, olhamos com desgosto para as cidades em que tudo é auto-construção sem nexo, uma espécie de favela caótica da qual o espaço público não passa de montra de horrores. Para logo esquecermos tudo quando se trata da nossa própria casinha.

E quando esquecemos isso esquecemos também como algo tão importante para a nossa economia, como é o turismo, se vai esvaziando à medida que cresce a fealdade. Ninguém vai fazer turismo para a Buraca, ou para a Reboleira. Ou vai?

Depois desse trabalho de pedagogia cívica, passará a ser visto com desaprovação geral o gesto tosco de alguém que altera a fachada com uma qualquer 'marquise', passará a haver mais cidadãos apostados em fazer cumprir a lei, mais condóminos a não tolerar que outros abastardem o prédio que todos partilham, mais pressão sobre as câmaras para intervirem em defesa da lei e da coisa pública. Numa palavra, em defesa das cidades.

Luís Alexandre disse...

A verdade é que a marquise acaba por valorizar uma casa porque aumenta a sua área habitável. Um pouco como referiu o Xico205.
Quanto a ficar feio e ser ilegal, cabe sempre às câmaras fiscalizar e poder combater esse facto, mas numa cidade como a de Lisboa, antes preferia que a Câmara gastasse as suas energias no combate à utilização de fracções de habitação para fins diferentes da função social prevista(escritórios, cabeleireiros, clínicas médicas, etc), porque isso sim, acentua a degradação dos prédios e areas comuns e são muitas vezes os responsáveis pelo fecho das varandas.

Xico205 disse...

Pedagogia civica na escola, dada suponho, por professores que como cidadãos normais que são têem marquises. OK. Em Portugal sempre se gostou muito dO "faz o que eu digo, não faças o que faço"!

Eu por acaso faço turismo na Buraca e na Reboleira. Já fiz turismo em toda a grande Lisboa, e quando apanho cá turistas tambem lhes mostro o que a maioria dos turistas não conhece. Quem faz turismo tem o direito que lhes mostrem TUDO e não uma parte. Os suburbios em todo o Mundo têem o mesmo objectivo, arranjar espaços mais baratos, sejam habitação ou serviços, logo não sei qual o complexo de inferioridade que muita gente tem em relação a eles, porque em todo o mundo existem suburbios.
Ainda a semana passada uns antigos colegas meus do Norte estiveram cá em Lisboa e eu mostrei-lhes sitios não turisticos como Restelo, Benfica, Laranjeiras, Alvalade, Chelas, Madre Deus, Xabregas e Olaias. Pelo menos estes ficaram a ver zonas de Lisboa completamente diferentes umas das outras. Um deles depois de termos passeado a pé pela Zona J de Chelas, que foi onde almoçámos bem e barato, disse que não compreende porque dizem que Chelas é um gheto quando a maioria das pessoas que se vê por lá são pessoas normais e inseridas na sociedade e a maioria dos predios está em bom estado de conservação. É um bairro com jardins e tem o segundo maior parque urbano de Lisboa. Passeámos a pé pelo "corredor da morte" e mais uma vez sobrevivemos, porque sempre que lá passei nunca vi nada de anormal, a não ser ruas porcas mas isso é normal um pouco por toda a Lisboa.

Um dos meus colegas diz, que se alguma vez tiver que vir viver para Lisboa, disse querer viver em Chelas porque é relativamente proximo do centro, casas baratas e uma zona muito bem servida de transportes publicos. Achou um bairro agradavel com os jardins arranjados, bons restauantes e baratos, etc...


Já agora deixo aqui umas fotos da Reboleira para me dizerem o que tem assim de tão mau:

http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=690652

Em minha opinião cumpre bem a sua função debairro residencial, com a vantagem de ser servida por uma estação de comboio que em 10 minutos larga os passageiros no Rossio ou Sete Rios ou Entrecampos.

Anónimo disse...

Está em causa em primeiro lugar falta de Formação Humana, no respeito pelos outros. Está também em causa falta de formação estética. Está em causa falta de Formação Jurídica pois uma varanda é um espaço comum de acesso exclusivo de um condómino, ou seja, está a alterar algo que pertence ao Condomínio e que deveria pelo menos ter a autorização de 75 % dos condóminos. Está em causa a falta de cidadania, pois ao não respeitar a lei, não respeita o estado de direito em que vivemos.

Xico205 disse...

Ò Carlos Leite de Sousa deixe-se de falsos moralismos. Os primeiros a desrespeitar o Estado de Direito e a falta de cidadania são os funcionarios publicos, pricipalmente os politicos, que se orientam a eles e querem lá saber do povo e dos bens publicos e dessa porcaria toda. Mandam fazer sacrificios aos outros mas eles nunca fazem. Aumentam o IVA ao povo, e renovam a frota toda dos ministerios e da assembleia com carros com preços acima de cem mil euros e com consumos identicos a um camião do lixo.

Não venham ca com historias dos coitadinhos dos funcionarios publicos porque eu bem sei o quanto sou mal atendido e a incompetencia que reina na função publica. Uma pessoa paga serviços carissimos e ainda é atendida como se um favor nos tivessem a fazer. Uma pessoa ainda tem que estar com falinhas mansas a ver se é atendido e se nos despacham o processo, quando o serviço até já foi pago e bem!!!!!!!!

Se o exemplo não vem de cima, quero lá saber. Se cada um põe a postura do vou-me orientar a mim, quero lá saber dos outros porque os outros tambem não querem saber de mim.

Guarde essas teorias de bons costumes para sitios onde eles existam, em Portugal não é de certeza.