04/04/2010

CP - Çanta paciência

A CP (uma empresa que, relembro, acredita que o TGV é uma prioridade) fez recentemente uma mudança de bilhética. Uma mudança catastrófica de bilhética; alguns adjectivos são importantes e não devem ser escamoteados. Em breve será, creio, estudada nas escolas de gestão como exemplo do que não se deve fazer. Quem, como eu, utiliza a linha de Cascais de uma forma que não justifica a compra de um passe mensal deve, cada vez que o faz, sofrer a confrangedora (e não só confrangedora; revoltante: a CP custa muito dinheiro aos contribuintes) incompetência daquela administração. Hoje na estação do Cais do Sodré era o caos: as máquinas instaladas não têm débito para tanto movimento (e não vale a pena virem-nos dizer que as viagens se podem comprar adiantadamente - os turistas não seriam talvez a maioria dos passageiros que pretendiam comprar bilhetes, mas eram em número significativo) pelo que as bichas eram monstruosas; algumas das máquinas estavam avariadas; os poucos funcionários da CP presentes faziam corajosamente face aos protestos dos passageiros fugindo (com uma notável e honrosa excepção). Estive mais de dez minutos numa bicha que avançou talvez de dois ou três lugares porque as máquinas são lentas, não são intuitivas, e - aquela onde estava - não aceitava notas. Acabei por apanhar o eléctrico até Belém - onde ainda há máquinas das antigas, e lá comprar o bilhete.

Não tenho nada, note-se, contra a bilhética sem contacto. Em Paris e Londres é esse o método usual e funciona muito bem. O que está errado em Lisboa é a forma como a transição foi feita - parece que foi gerida por um adolescente sob LSD. Cada vez que apanho o comboio em Cascais ou Lisboa para Lisboa ou Cascais tenho que tirar o bilhete da carteira três vezes: uma para entrar na estação, outra para o mostrar ao controlador e outra para sair; apesar de serem iguais na forma (ou semelhantes, há uma diferença nos cantos) os cartões com viagens da CP não podem ser usados na Carris ou no Metro - o que de novo obriga a tirar o respectivo bilhete da carteira (isto apesar de haver passes combinados - se há passes, porque não bilhetes?); ao princípio costumava ter várias viagens no cartão, mas depois descobri que se tiver por exemplo uma viagem Lisboa - Cascais já não posso carregar uma Cascais - S. João do Estoril. Ou seja, a CP conseguiu transformar um sistema electrónico numa coisa ainda menos flexível do que a bilhética tradicional, que pelo menos não tinha custos adicionais. Este tem: cada cartão custa 50 cêntimos e é válido um ano. Tenho que ter tantos cartões quantos os diferentes trajectos que quero fazer - um para Lisboa Cascais, outro para Cascais - S. João, etc. E escrever à mão em cada um deles a que corresponde, porque visualmente não se distinguem.

Pergunto-me se a CP não devia dar prioridade a melhorar o que tem, em vez de sonhar com TGV.

60 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

privatizem-me a CP

Anónimo disse...

Todo o sistema tarifário de Lisboa é indizível! Como é possível ter uma sistema de bilhética a funcionar em condições com mais de 500 tipos de bilhetes?

proque disse...

Assino por baixo. É uma vergonha inenarrável...

Leonor disse...

Para juntar à vergonha da Linha de Cascais, a de Sintra não melhora...
Na estação de Campolide apenas duas máquinas de bilhetes (há pouco tempo atrás apenas uma), não raras vezes avariadas... e uma bilheteira "humana" sempre fechada aos fins de semana e feriados... e horas de almoço... e quase sempre... Ao contrário da bilheteira da Fertagus, raramente fechada... E eles é que são um deserto, pois claro!

Xico disse...

Se a CP for privatizada vão cortar com muitas viagens e renovações de composições. Vai acontecer precisamente o mesmo que nas empresas rodoviárias de passageiros.

A Fertagus é brincar ás empresas privadas. É privada quando dá lucro e é indemnizada pelo Estado quando dá prejuizo.

Os horarios da CP são muito melhores que na Fertagus e muito mais barata para os utilizadores (claro que indirectamente lhes sai dos impostos...).

Xico disse...

Tomara a maioria da população da Margem Sul ter as condições da Linha de Sintra. Com todos os defeitos que esta linha tem é ainda a que tem melhores horários em Portugal.

Vanda Noronha disse...

Hah, também lá estive hoje! Demorou 15 minutos, ia perdendo o comboio.

É impressão minha, ou as máquinas só estão em Português?

O maior defeito da máquina é não retirar mesmo o bilhete das mãos dos utilizadores - dos 15 minutos hoje, 10 foram passados porque havia uma pessoa que estava sempre a tirar o dito antes de tempo.

Luís Serpa disse...

Caro Xico:

É do conhecimento geral que as empresas privadas funcionam pior do que as públicas. O mundo está, de resto, cheio de exemplos desses.

Aliás, não é preciso ir ver o mundo: basta ver Portugal. Tudo o que é público no nosso país está em excelentes condições e funciona muito bem; tudo o que é privado é um horror.

Pois.

Filipe Melo Sousa disse...

Luis Serpa, em que mundo vive? no dos manguinha de alpaca, só pode

Luís Serpa disse...

Filipe Melo Sousa, um dia perderei um bocadinho de tempo a explicar-lhe o que é a ironia, o segundo grau, e essas coisas todas das pessoas crescidas. Ok?

Xico disse...

Luis Serpa disse...
Caro Xico:

É do conhecimento geral que as empresas privadas funcionam pior do que as públicas. O mundo está, de resto, cheio de exemplos desses.

Aliás, não é preciso ir ver o mundo: basta ver Portugal. Tudo o que é público no nosso país está em excelentes condições e funciona muito bem; tudo o que é privado é um horror.

Pois.

10:35 PM





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Há vantagens e desvantagens no publico VS privado.
Mas o sector publico é uma maquina de perder dinheiro. As receitas brutas do Estado são gastas em 80% no proprio Estado em funções inuteis. O Estado admnistra-se muito mal.

Falando em transportadoras: as publicas têm melhores horários, mas têm preços insustentáveis, dão um prejuizo brutal, os seus trabalhadores têm tudo o que querem quando ameaçam fazer greve, usam e abusam do direito à greve e ganham quase o dobro que os seus semelhantes no sector privado e trabalham menos horas. Quem paga isto tudo? O zé povinho como de costume.
Faz sentido ter um comboio com 8 carruagens quando a média de passageiros transportados por viagem é inferior a 10? A mim não me parece. Mas atenção não pretendo ter um modelo de transportes publicos como o do Grupo Vimeca centrado unica e exclusivamente no lucro e o passageiro é visto como um terceiro. No meio está a virtude, a empresa de transportes publicos mais equilibrada na minha opinião é a Rodoviária de Lisboa.
A Carris é outra máquina de perder dinheiro. Em nome dum serviço publico que há 20 anos fazia sentido temos autocarros a circular durante 6 horas sem transportar um unico passageiro por vezes, conforme acontece muitas vezes à noite na cª 701.

Xico disse...

Luis Serpa disse...
Caro Xico:

É do conhecimento geral que as empresas privadas funcionam pior do que as públicas. O mundo está, de resto, cheio de exemplos desses.

Aliás, não é preciso ir ver o mundo: basta ver Portugal. Tudo o que é público no nosso país está em excelentes condições e funciona muito bem; tudo o que é privado é um horror.

Pois.

10:35 PM



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Daí o socialismo ter vingado! ...na Coreia do Norte e em Cuba.

Xico disse...

Vanda Noronha disse...
Hah, também lá estive hoje! Demorou 15 minutos, ia perdendo o comboio.

É impressão minha, ou as máquinas só estão em Português?

O maior defeito da máquina é não retirar mesmo o bilhete das mãos dos utilizadores - dos 15 minutos hoje, 10 foram passados porque havia uma pessoa que estava sempre a tirar o dito antes de tempo.

10:24 PM

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Quando estive na Holanda e na Alemanha tambem apanhei maquinas que só tinham as linguas locais e desenrasquei-me.
Este complexo de inferioridade que os portugueses têm, que têm que saber falar a linguas dos outros...
Na Alemanha ao contrario do que eu pensava, muita gente não fala mais nada sem ser alemão nem tão pouco está preocupada em prestar informações a turistas.

Luís Serpa disse...

"Delicadeza", senhor Xico, não é forçosamente, ou sempre, "complexo de inferioridade". "Inteligência" também não.

Se sou absolutamente contra os menus dos restaurantes em 35 línguas acho que nos serviços públicos se deve ter a delicadeza, e a inteligência, de facilitar a vida a quem não fala português. É uma forma indirecta de facilitar a dos portugueses que têm de esperar - por exemplo, claro, por exemplo - que um inglês decifre aquilo (as máquinas não são claras nem para um luso-falante com algumas habilitações).

[Eliminei a menção a Genève]

Xico disse...

Então fique a saber que os restantes europeus são bastante indelicados.

Luís Serpa disse...

Obrigado. É bom saber que em algumas coisas lhes somos superiores.

Xico disse...

Algumas? Para mim somos na maioria. Só sabe dar valor a Portugal quem vive no estrangeiro ou se desloca lá varias vezes que é o meu caso.

Filipe Melo Sousa disse...

Caro Luís Serpa, aconselho-o a crescer em discernimento. vê-se bem que é o dinheiro dos outros, e não o seu, que você esbanja lá na sua repartição. mas como é o sistema a pagar, nem vale ter a noção do desperdício, não é verdade. isso é que é grave

Xico disse...

E a maneira como muitos funcionarios publicos se relacionam com o cidadão é de bradar aos ceus. Principalmente os mais velhos, os chupistas do 25 de Abril que levam ao extremo a conotação negativa do funcionario publico. Ainda bem que a maioria reformou-se nestes ultimos anos com medo de finalmente ser obrigado a trabalhar. Já que não dá para deixarem de mamar do Estado que ao menos estejam afastados do cidadão, estar em casa a ver o Você na TV é mais adequado a essa gente.

Luís Serpa disse...

Ora, nem todos os funcionários públicos são maus. A ampliação do Terminal de Contentores de Alcântara, uma obra irracional e absurda de um ponto de vista económico foi decidida por funcionários públicos (para beneficiar uma empresa do sector privado, é certo,e prejudicar a maioria dos portugueses. Mas isso é outra história: quem a decidiu foram políticos e funcionários).

Xico disse...

Pois, os politicos são os unicos funcionarios publicos escolhidos pela maioria dos portugueses para os cargos a que se candidatam e em que são colocados. Se lá estão é porque reuniram muitos votos.

Luís Serpa disse...

É verdade; um trágico drama.

é uma das áreas em que somos notoriamente piores dos que os alemães, sei lá, ou os suíços, ou os ingleses, ou os franceses, ou os holandeses ou os luxemburgueses não é?

Refiro-me à escolha de quem nos governa, claro.

Xico disse...

Nós é que não sabemos o que se passa nos outros quintais. Regra geral em todas as democracias há muita contestação aos governos. Em França então...

A galinha da vizinha é sempre melhor, nós é que somos sempre os desgraçadinhos.

Em toda a Europa por onde já andei vi tantas ou mais aberrações que em Portugal.

Luís Serpa disse...

Ai, senhor Xico, tanta sorte tem o senhor, que anda por essas terras todas. Eu não: o mais que saio de Lisboa é para ir ali a Cascais.

E derivado a não ter televisão só sei do mundo o que vem nos jornais, e mais algumas coisitas que lá vou lendo. Não sei nada desses pormenores.

Por exemplo: um dia um amigo ofereceu-me uma publicação da União Europeia para celebrar os vinte anos da nossa entrada na UE. Aquilo estava cheio de gráficos e tal para mostrar que Portugal tinha evoluído tanto nestes 20 anos e eu fiquei impressionadíssimo.

Mas depois reparei numa coisa muito estranha e talvez o senhor Xico saiba explicar: é que no princípio desse período Portugal era o último ou penúltimo país da Europa em praticamente todos os indicadores. E no fim desses 20 anos também (com a excepção das autoestradas e da mortalidade infantil).

Ou seja: nós tínhamos melhorado muito; mas os outros também, e mais. Ora eu, que não saio de Lisboa se não para ir a Cascais nos serviços péssimos da CP, pergunto a mim mesmo se isto é algo de que nos devamos orgulhar? É? Não sei.

Já agora: eu não conheço mais cidade nenhuma do mundo, mas às vezes lá vou vendo uma fotografias. E quer parecer-me - mas enfim, todos sabemos que as fotografias mentem - que na Alemanha não há carros estacionados por tudo quanto é sítio. Há? Não sei.

E já agora, outra coisa que também me parece mas não tenho a certeza: há países desses dos quais o senhor Xico diz que nós não devemos ter inveja e que só na aparência são mais ricos do que nós, tal como a galinha da vizinha (e às vezes até a vizinha, mesmo, mas isso é outra história), em que obras como o TGV e o TCA são decididas com recurso a referendos. Devem ser muito estúpidos e muito pobres, para votar decisões tão importantes; e ricos só na aparência, como o senhor diz.

Outra coisa que eu não percebo é: porque é que para esses países os portugueses vão trabalhar (e os de lá só para cá vêm em férias?) Que haverá por lá que leva os nossos conterrâneos a emigrar e os de lá a virem cá para beneficiar da única coisa sobre a qual os nosso políticos não têm poder, que é (acho eu) o clima?

Eu não sei; não viajo e isto de ver as coisas nos jornais não é suficiente para nos manter informados. Mas talvez o senhor, na sua preclara e definitiva sabedoria, nos possa ajudar, a nosoutros ignorantes.

Xico disse...

1- Na Alemanha não há carros nos passeios? LOOOOL
Nos postais talvez não!

2- Os estrangeiros não vêm para cá mais do que pelo clima? Você não sabe o que diz! E eu que descendo de estrangeiros que vieram por motivos profissionais, vieram investir numa oportunidade de negócio.

3- Nos outros países não há auto-estradas quer ver! Ainda bem que as há cá. Fazem falta. E se eu mandasse o IP3 há muito que era auto-estrada, mas lá está como você não viaja não sabe, deve achar que os produtos se tele-transportam!

4- Pode crer que muitas das vezes que os portugueses emigram vão ao engano. Não fazem bem as contas. Entusiasmam-se com o valor do ordenado a pensar que estão perante preços de Portugal. Quantos não se arrependem. Isto para não falar da exploração a que estão sujeitos, alguns chegam a estar em regime de escravatura.
Muitos dos nossos conterrâneos que emigraram foi por motivos politicos e para fugir à tropa. Outros foi porque não havia lugar para todos nas regiões rurais (principal origem dos emigrantes portugueses) já que era necessário sair, porque haveriam de vir para as cidades do litoral se se dizia que na Europa Central se ganhava mais? A informação não era muito boa. E ainda hoje os emigrantes são uma cambada de cagões armados ao pingareiro a aparentar estar muito bem na vida e aquilo é só fachada! Indo aos sitios onde vivem vê-se isso. A maioria dos emigrantes sairam de Portugal saloios da aldeia e voltaram uns xungas do suburbio. Os emigrantes portugueses são conhecidos em toda a Europa como gente das barracas.

Ainda à uns dias veio cá um alemão a minha casa fazer-me furos na parede para me instalar o suporte do LCD. Disse-me que veio pela qualidade de vida que na Alemanha não tinha e que cá conheceu a sua actual esposa, uma brasileira. Cada um procura o que aaprecia. Nem todos gostam de viver num congelador onde está sempre nevoeiro!

Luís Serpa disse...

Senhor Xico, obrigado.

É bom ter interlocutores como o senhor, bem informados e que se vê abordam os assuntos com firmeza e determinação. O senhor é capaz de transformar a mais complexa das realidades numa coisa mais simples do que um tabuleiro de damas, ou um jogo de bisca lambida.

Vou digerir as novidades todas (e são tantas!) me diz e quando tiver acabado regresso.

A continuar assim qualquer dia vou ao estrangeiro, para ver com os meus olhos.

Ah, só uma coisa - apercebi-me de que não respondeu ao ponto sobre a posição relativa de Portugal nas estatísticas da União Europeia e fico curioso por conhecer a sua opinião.

Cordialmente,

Luís Serpa

Anónimo disse...

Estamos num país de cagões individualistas que acham todos que são melhores do que os outros e não respeitam nada nem ninguém.
Em Portugal as pessoas acham que o dinheiro é delas e serve para comprar jipes e plasmas e comer em restaurantes finos, não pagam impostos nenhuns e depois refilam que as estradas têm buracos.
Em Portugal ninguém sabe organizar a sua vida, porque acham que é um direito fundamental ter uma criada, mas depois queixam-se da quantidade de pretos e brasileiros que vêem todos os dias na rua.
Vamos privatizar tudo e delegar tudo nos municípios! Os outros que façam! O que interessa é vermo-nos livres de coisas complicadas e não termos uma política nacional uniformizada!

Anónimo disse...

Voltando ao essencial, ou seja, a estupidez crónica na falta de coordenação dos títulos de transporte, é escandaloso que a inteligências que ganham chorudos vencimentos nessa empresas falidas, não façam a menor ideia das necessidades do utilizadores. O que naõ me espanta, porque nem sequer conhecem o país em que vivem. Aliás, nem sequer (re)conheço as qualificações técnicas para ocuparem esses lugares de topo na administração, quando não são capazes sequer de instalar máquinas de decentes e prover às necessidades do cidadão contribuinte que não circula nas alcatifas dos gabinetes deles.
MIguel V Viegas

Xico disse...

500 titulos de transporte é exagero. São cerca de 400diferentes em pelo menos 14 transportadoras. Muito por culpa dos passes combinados e das zonas. Não me parece muito. Existe sim muita flexibilidade e ainda bem que assim o é.

Xico disse...

500 titulos de transporte é exagero. São cerca de 400diferentes em pelo menos 14 transportadoras. Muito por culpa dos passes combinados e das zonas. Não me parece muito. Existe sim muita flexibilidade e ainda bem que assim o é.

Xico disse...

Actualizo para 20 empresas. Esqueci-me na minha lista mental da Mafrense, Boa Viagem, Barraqueiro Oeste, Leonardo, Ribatejana e Rodoviária do Tejo.

Helder Guerreiro disse...

O Português é mesmo uma desgraça, nem ter uma discussão inteligente consegue.

O tema aqui é o sistema de tarifas dos transportes de Lisboa. Não sei porquê começam a ter discussões sobre privatizações e sobre a natureza do português (e não vale a pena sofismar sobre o assunto, se estamos a falar seriamente...).

Falando "on-topic", o sistema em Lisboa é absolutamente lamentável: é confuso de se utilizar, não é nada fiável (por exemplo, quem é que não teve já de trocar bilhetes de metro?) e é muito pouco flexível (como já ilustraram nesta discussão).

Em vez de andarmos a tentar descobrir qual é o sexo dos anjos, porque não propor medidas concretas para resolver a situação?

Tecnicamente há muitas formas de resolver este problema. A minha favorita é acabar com tudo quanto é passe e passarmos todos a ter um bilhete que seria carregado com créditos. Basta calcular as correspondências para os passes actuais para ajustar o preço desses créditos sem haver uma revolução.
O sistema ficava brutalmente simplificado, permitia às empresas competir entre si por via do serviço e do preço, deixava de ser necessário termos vários tipos de bilhetes, o utilizador final ficava muito melhor servidor.

Neste problema, como em tantos outros, a solução passa por termos uma tutela do sector que saiba o que está a fazer, que não seja corrupta e/ou displicente e que se imponha com superioridade moral sobre os tutelados - neste momento e nos últimos séculos a elite portuguesa é apenas pomposa e não liga muito ao mérito...

/Helder Guerreiro

Xico disse...

Isso dos creditos ao estilo Viva Viagem e Sete Colinas só vai afastar mais as pessoas do transporte publico. Acaba por ficar ainda mais caro que os passes. Se os transportes ficam ao mesmo preço ou mais caros que o transporte particular ninguem vai apostar no transporte publico.

No eixo Malveira-Loures-Lisboa há já concorrencia entre transportadoras. Temos a Mafrense, BO, Leonardo e Isidoro Duarte a fazer exactamente o mesmo percurso, em Loures junta-se ainda a Rodoviária de Lisboa e na Flamenga a Barraqueiro Santo António.

As sobreposições não funcionam bem. É só processos em tribunal entre transportadoras a alegar que outra viola a sua concessão.
Agora está a chegar ao fim no Tribunal do Barreiro o processo entre os TCB e a TST, vamos lá ver o que sai dali.

Luís Serpa disse...

Caro Hélder Guerreiro,

Obrigado pelo seu comentário. Eu não sou um especialista em transportes urbanos, mas penso que o problema deve ter uma solução: em Paris, Toulouse, Barcelona, Londres, Berlim, Düsseldorf, Marselha, Genève e Zürich (isto para citar apenas alguns dos casos que conheço) tem, portanto suponho que em Lisboa não deva ser necessário reinventar a pólvora.

O mais difícil, creio, não são os problemas técnicos, são os políticos - as quezílias, os feudos, as quintinhas. Essas é que são as grandes dificuldades.

Portugal até pode beneficiar do seu atraso nesta matéria: pode saltar directamente para os mais avançados e evitar erros.

Xico disse...

Pois mas as quintinhas são heranças culturais. São historias de familias que dedicaram a sua vida à sua quintinha ganha pão. Não me parece que as pessoas deixem a herança familiar e a historia da sua familia ir por água abaixo.
Muitas foram devido ao roubo de empresas atravez da nacionalização, para passado 18 anos entregarem tudo de bandeja ao Barraqueiro.
À minha familia tambem nos roubaram uma empresa que foi integrada na Rodoviaria Nacional.

Basta estar por dentro da historia rodoviaria portuguesa e ver que só houve e continua a haver somente um beneficiado com isto tudo: o sr. Humberto Pedrosa.

Anónimo disse...

Eu só não percebo por que perdem tanto tempo em discussões com XICOS e FILIPES MELOS.
Nao sabem que é uma inutilidade??

Essa gente devia era criar um ou mais blogues e exporem as suas ideias..

Gaita!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

XICO FILIPE

Xico disse...

Perder tempo? Estou aqui a expor os problemas do sector.

Tu é que deves ser retardado de compreensão lenta e não consegues perceber. Deixa lá a CERCI tem lugar para ti.

Anónimo disse...

Ó Chico,

inteligente não sei se és. Pelo menos não pareces saber ler português. Quando o outro lá em cima falou em quintinhas não estava a falar de quintas reais mas em sentido figurado. Credo, mas como é que esta gente ainda tem coragem de escrever alguma coisa aqui!

Anónimo disse...

Xico = Filipe = Ca Granda Burros!!!!

Xico disse...

Anónimo disse...
Ó Chico,

inteligente não sei se és. Pelo menos não pareces saber ler português. Quando o outro lá em cima falou em quintinhas não estava a falar de quintas reais mas em sentido figurado. Credo, mas como é que esta gente ainda tem coragem de escrever alguma coisa aqui!

8:33 PM



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Então mais BURRO és tu que não percebeste que quando eu escrevi quintinhas, me referia a empresas de gestão familiar!!!
Deixa lá, quando Deus distribuiu a inteligencia devias ter ido á casa de banho. Não pode dar para todos tambem.

Xico disse...

Anónimo disse...
Xico = Filipe = Ca Granda Burros!!!!

8:37 PM

Por isso é que andámos a comer a tua mãe e tu não deste por nada.

Filipe Melo Sousa disse...

E diria que a senhora não se queixou

Xico disse...

Até gostou. Disse que nunca tinha experimentado nada igual.

Xico disse...

Até gostou. Disse que nunca tinha experimentado nada igual.

Xico disse...

Até gostou. Disse que nunca tinha experimentado nada igual.

Anónimo disse...

Que falta de nível indisculpável!
Caso vocês tenham feito o que disseram com a mãe de alguém podiam ao menos ter mantido uma certa discrição. Os outros também não se vêm gabar aqui quando as vossas estão em causa!

Xico disse...

Porque isso nunca acontece.

Falta de nivel é vir demonstrar estupidez e vir com insultos gratuitos a uma conversa que nem sequer estava a participar.

Anónimo disse...

Se acontece ou não não sabe porque ninguém te conta, como é de esperar, não achas?
Estupidez é algo que tu e o outro, o tal de Filipe Melo Bouça nunca se retiveram de demonstrar - é só ver o que escreveram no post sobre o MNAA e o estacionamento no passeio.
Quanto estar a participar na conversa ou não: primeiro não é uma conversa, é uma troca de ideias através de mensagens.
segundo todos os que têm acesso ao site tem o direito de dar a sua opinião e é sobre este princípio que ainda és permitido de escrever aqui as tuas indecências intelectuais e deslealdades profissionais. Se não gostas enfia uma rolha e põe-te a andar!

Xico disse...

Tu é que podias por uma rolha que já tás bem aberto.

Xico disse...

Qual opinião? Ainda só disseste merda. Não deste uma unica ideia!

Filipe Melo Sousa disse...

há aqui uma patente incapacidade de lidar com as opiniões dos outros. isto chega ao cúmulo de se dizer que a liberdade só existe para opinar em concordância. se é para isso mais vale fechar a caixa de comentários.

c. gardner disse...

... é por estas que vale mesmo a pena apostar numa moderação dos comentários.

Dois jabungúncios com a mania que são inteligentes e donos da razão conseguem destruir qualquer tentativa de discussão.

Todos os outros acabaram por perder a vontade de falar sobre o post.

Não vale a pena responder aos pretensos argumentos destes dois, às 5 da manhã ainda andarão por aqui a farejar comentários e a inventar contrarespostas. Não mais almejam que ser os últimos a comentar o post e mostrar que por vezes viajam (e têm carro e tudo).

(a resposta pomposa ao comentário das quintinhas "que são heranças culturais" é de antologia... felizmente, conseguem expor as próprias limitações)

Xico disse...

Quem não tem uma história de familia ou mesmo uma familia não sabe dar valor a isso. Compreendo.

Xico disse...

Lembrei-me agora que para os 400 titulos de transporte há mais uma empresa de transportes responsavel, a Soflusa.

Xico disse...

"Todos os outros acabaram por perder a vontade de falar sobre o post."

A partir do momento em que aparece alguem que nada contribuiu para a conversa a fazer acusações pessoais sem fundamento e anónimas aos intervenientes, pode ter a certeza que mais ninguem quer contribuir. Se quer culpar alguem culpe esse anónimo.

Anónimo disse...

Meus caros, deixem-me dizer que é lamentável o vosso comportamento nos comentários a este post.
Baixaram o nível completamente e acabaram por não apresentar nada construtivo.
Penso que o espírito deste blog não é esse!
Se fazem comentários para colher apenas opiniões favoráveis têm ainda muito que aprender em termos de comportamento cívico.
Tenham juízo!!!
Luís Alexandre

Xico disse...

Só há um responsavel. Quem fez o comentario 36. Não vinha a proposito nenhum.

Anónimo disse...

Filipe, concluir que és burro advém dos teus comentários e nada tem a ver com liberdade de expressão. tu dizes as burrices que quiseres, acho que fazes bem mostrar o energumeno em que te tornaste

Filipe Melo Sousa disse...

"burros" = aqueles que discordam de si?

Anónimo disse...

Epa, deixem o TGV que esse é dos Franceses.