07/11/2010

"GRAFFITI"... DOIS ALIBIS ... ATITUDES IGUAIS ... AUSÊNCIA DE PEDAGOGIA ... CONSEQUÊNCIAS DESASTROSAS ... por António Sérgio Rosa de Carvalho



Limpar 'graffiti' da Sé custa no mínimo 10 mil euros








A limpeza da Sé Catedral de Lisboa está a cargo da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, a quem está afecta, e custará entre os 10 mil e os 20 mil euros, mais IV
João Soalheiro, director regional daquele organismo, disse ao DN que já foram desencadeados "os procedimentos de diagnóstico e definição de metodologia a aplicar, através de consulta a entidades credenciadas".

A demora, esclareceu, deve-se à natural fragilidade do edifício em causa, que impossibilita a "aplicação dos métodos usuais no âmbito da limpeza urbana, por serem demasiado intrusivos". Para além disso, há ainda de ter em conta a "morosidade das operações", "entre os 20 e os 45 dias".

Ao todo, e dependendo das metodologias a ser aplicadas, o custo total dos trabalhos variará entre os 10 mil e os 20 mil euros, mais IVA.














Estas declarações ao DN do Sr. Bispo constituem uma verdadeira "Catedral" do "Politicamente Correcto" mas não representam a melhor tradição do discernimento racional de Aquinas: «os graffiti até são muito serenos, são formas pouco violentas de protesto, mas significativas do ponto de vista sociológico». «Acho que é uma pena terem usado duas "jóias da Coroa", digamos assim, para exprimir a sua revolta. A Sé de Lisboa e o Mosteiro de São Vicente de Fora são dois monumentos de beleza singular. Mas até os locais que escolheram torna o acto mais simbólico: são gritos de protesto nos monumentos da Igreja».
«Alguém tem de mandar limpar estes monumentos».
...Oh Sr Bispo ... e a intervenção no Portal Lateral da Sé ? Também são formas "serenas" e pouco violentas de protesto ... por parte dos Cónegos ?!?





João Camolas, assessor de imprensa do Gabinete do vereador José Sá Fernandes, responsável pelo Pelouro de Ambiente Urbano e Espaço Público da Câmara de Lisboa, também sublinhou ao DN que a técnica de limpeza deste tipo de edifícios "é muito mais sensível" do que a habitualmente utilizada na remoção dos graffiti, como aconteceu recentemente no Bairro Alto.

Certo é que inscrições cobrem as fachadas dos dois edifícios em causa há já algumas semanas. Para João Baioneto, responsável pelo pelouro do Património da Junta de Freguesia da Sé, o problema principal está no facto de ter quase a certeza de que, após a limpeza que "mais cedo ou mais tarde" terá lugar, os graffiti voltarão a aparecer. ..... Grande Pedagogia ....!!




«Graffitis»: quem pintar, vai ter de limpar


É perfeitamente claro que a C.M.L. ... está a "enviar" mensagens paradoxais e pedagógicamente ambiguas ... E que tal menos "sofisticamento" e mais obra concreta na Reablitação e Recuperação de Lisboa ?

5 comentários:

Julio Amorim disse...

Creio que em 20 dias, neste tipo de alvenaria sem ornamentos, conseguiria retirar cerca de 80 rabiscos como os da imagem. Em 45 dias é fazer as contas...

Discomplex disse...

Algo reaccionário este post, mas... graffiti enquanto expressão cultural e grafitti enquanto risco desordenado não são claramente a mesma coisa... bem sei que são opiniões, e cada qual tem a sua, mas estabelecer um paralelismo moralista entre uma obra/pintura/mural encomenda pela Câmara, e tags/riscos/lixo feitos ao abrigo de nenhuma legalidade... como disse, são escolhas, e aqui a discussão de políticas urbanas de limpeza escolhe fazer-se assim...

P.S. E não, não sou apoiante do actual executivo, só me irritam 'pequenezes' estético-políticas de vista grossa e alcance curto, só isso.

Xico205 disse...

Toda a razão discomplex.

dingas disse...

Reitero o que foi dito pelo(a) Discomplex.

Costumo seguir este blog e concordo bastante com a opinião e o sentimento que aqui se vive, mas no que toca a graffitis julgo haver um desconhecimento / ignorância.

Riscos /tags /lixo NÃO é graffiti!
Arte e lixo não são a mesma coisa e não diferenciar as duas apenas demonstra incapacidade de compreensão.

Eu diria que é preciso olhar atentamente para os problemas para os resolver. Meter tudo no mesmo saco como aqui por fazem não ajuda a distinguir as coisas. E como dizia o Napoleão dividir para conquistar!;)

Anónimo disse...

É evidente que o graffiti é uma subcultura de ego e arrogância


grafite em propriedade privada e pública e delinquência.

Você quer grafite? pinte-o no carro em que você comprou,graffiti suas paredes em sua casa.