
Limpar 'graffiti' da Sé custa no mínimo 10 mil euros

A limpeza da Sé Catedral de Lisboa está a cargo da Direcção Regional de Cultura de Lisboa e Vale do Tejo, a quem está afecta, e custará entre os 10 mil e os 20 mil euros, mais IV
João Soalheiro, director regional daquele organismo, disse ao DN que já foram desencadeados "os procedimentos de diagnóstico e definição de metodologia a aplicar, através de consulta a entidades credenciadas".
A demora, esclareceu, deve-se à natural fragilidade do edifício em causa, que impossibilita a "aplicação dos métodos usuais no âmbito da limpeza urbana, por serem demasiado intrusivos". Para além disso, há ainda de ter em conta a "morosidade das operações", "entre os 20 e os 45 dias".
Ao todo, e dependendo das metodologias a ser aplicadas, o custo total dos trabalhos variará entre os 10 mil e os 20 mil euros, mais IVA.


Estas declarações ao DN do Sr. Bispo constituem uma verdadeira "Catedral" do "Politicamente Correcto" mas não representam a melhor tradição do discernimento racional de Aquinas: «os graffiti até são muito serenos, são formas pouco violentas de protesto, mas significativas do ponto de vista sociológico». «Acho que é uma pena terem usado duas "jóias da Coroa", digamos assim, para exprimir a sua revolta. A Sé de Lisboa e o Mosteiro de São Vicente de Fora são dois monumentos de beleza singular. Mas até os locais que escolheram torna o acto mais simbólico: são gritos de protesto nos monumentos da Igreja».
«Alguém tem de mandar limpar estes monumentos».
...Oh Sr Bispo ... e a intervenção no Portal Lateral da Sé ? Também são formas "serenas" e pouco violentas de protesto ... por parte dos Cónegos ?!?

João Camolas, assessor de imprensa do Gabinete do vereador José Sá Fernandes, responsável pelo Pelouro de Ambiente Urbano e Espaço Público da Câmara de Lisboa, também sublinhou ao DN que a técnica de limpeza deste tipo de edifícios "é muito mais sensível" do que a habitualmente utilizada na remoção dos graffiti, como aconteceu recentemente no Bairro Alto.
Certo é que inscrições cobrem as fachadas dos dois edifícios em causa há já algumas semanas. Para João Baioneto, responsável pelo pelouro do Património da Junta de Freguesia da Sé, o problema principal está no facto de ter quase a certeza de que, após a limpeza que "mais cedo ou mais tarde" terá lugar, os graffiti voltarão a aparecer. ..... Grande Pedagogia ....!!





5 comentários:
Creio que em 20 dias, neste tipo de alvenaria sem ornamentos, conseguiria retirar cerca de 80 rabiscos como os da imagem. Em 45 dias é fazer as contas...
Algo reaccionário este post, mas... graffiti enquanto expressão cultural e grafitti enquanto risco desordenado não são claramente a mesma coisa... bem sei que são opiniões, e cada qual tem a sua, mas estabelecer um paralelismo moralista entre uma obra/pintura/mural encomenda pela Câmara, e tags/riscos/lixo feitos ao abrigo de nenhuma legalidade... como disse, são escolhas, e aqui a discussão de políticas urbanas de limpeza escolhe fazer-se assim...
P.S. E não, não sou apoiante do actual executivo, só me irritam 'pequenezes' estético-políticas de vista grossa e alcance curto, só isso.
Toda a razão discomplex.
Reitero o que foi dito pelo(a) Discomplex.
Costumo seguir este blog e concordo bastante com a opinião e o sentimento que aqui se vive, mas no que toca a graffitis julgo haver um desconhecimento / ignorância.
Riscos /tags /lixo NÃO é graffiti!
Arte e lixo não são a mesma coisa e não diferenciar as duas apenas demonstra incapacidade de compreensão.
Eu diria que é preciso olhar atentamente para os problemas para os resolver. Meter tudo no mesmo saco como aqui por fazem não ajuda a distinguir as coisas. E como dizia o Napoleão dividir para conquistar!;)
É evidente que o graffiti é uma subcultura de ego e arrogância
grafite em propriedade privada e pública e delinquência.
Você quer grafite? pinte-o no carro em que você comprou,graffiti suas paredes em sua casa.
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