http://www.pritzkerprize.com/index.html
During the past three decades, Portuguese architect Eduardo Souto de Moura has produced a body of work that is of our time but also carries echoes of architectural traditions. His oeuvre is convincing proof of modern idiom’s expressive potential and adaptability to distinct local situations. Always mindful of context, understood in the broadest sense, and grounded in place, time, and function, Souto de Moura’s architecture reinforces a sense of history while expanding the range of contemporary expression. Already in his first works, undertaken in the 1980s, Souto de Moura had a consistent approach that never adopted the trends of the moment. At that time, he was intensely out of fashion, having developed his individual path during the height of postmodernism. As we look back today, the early buildings may seem normal, but we must remember how brave they really were back then. (...)
Eduardo Souto de Moura’s architecture it is not obvious, frivolous, or picturesque. It is imbued with intelligence and seriousness. His work requires an intense encounter not a quick glance. And like poetry, it is able to communicate emotionally to those who take the time to listen. His buildings have a unique ability to convey seemingly conflicting characteristics—power and modesty, bravado and subtlety, bold public authority and sense of intimacy—at the same time. For architecture that appears effortless, serene, and simple, and for the care and poetry that permeates each project, Eduardo Souto de Moura receives the 2011 Pritzker Architecture Prize. (Citation from the Jury)
Fotos: Casa das Histórias, Cascais
15 comentários:
Bela citação para constribuir para a discussão em torno do Príncipe Carlos de Inglaterra, e da (sua) visão superficial da Arquitectura:
"Eduardo Souto de Moura’s architecture it is not obvious, frivolous, or picturesque. It is imbued with intelligence and seriousness. His work requires an intense encounter not a quick glance. And like poetry, it is able to communicate emotionally to those who take the time to listen."
Dúvido que alguem possa dizer isto do "pastiche" (pseudo)historicista que o caro Aristocrata tão veementemente advoga!
cumps.
f.
Bem merecido este prémio !
O novo Museu dos Coches: O arq. Eduardo Souto de Moura teria feito uma trabalho infinitamente melhor caso tivesse sido convidado para criar o novo museu para a colecção nacional dos Coches. O que o seu colega do Brasil está a fazer em Belém é uma obra pesadona e sem sensibilidade ao contexto. Vai ser apenas mais uma obra autista e orgulhosa que se impõe como um grito na cidade histórica. Foi uma oportunidade perdida para se criar de facto património para o futuro.
Gosto das fotos. Só falta um gradeamentozinho e fica mesmo à maneira.
Caro f.,
A visão do Príncipe Carlos sobre arquitectura é superficial? Uma visão baseada em toda a tradição e história da arquitectura, um pensamento que segue aquele que evoluiu ao longo de séculos - superficial? E lá porque essa citação sobre o arquitecto Souto Moura existe, não quer dizer que ela seja verdade, porque no fundo se há coisa que a sua obra é é superficial (porque se baseia sobretudo em imagens e conceitos abstractos, e só raramente na experiência vívida que fazemos do espaço).
Para além disso, a incapacidade que as suas obras têm para evocar emoções profundas sempre me espantou.
Todos os períodos da arquitectura têm bons...e maus exemplos.
A evolução da arquitectura é dos processos mais fascinantes deste planeta...mas cada pássaro no seu ramo. Olhar no retrovisor é sempre mais seguro e simples....mas quem olhar no mesmo lá para 2071 verá o quê ?
Caro Alexandre:
Se chamo à visão do dito aristocrata sobre a arquitectura de superfícial, é precisamente porque segue a aparência de um "um pensamento que segue aquele que evoluiu ao longo de séculos", mas tão só isso - a aparência. Porque os processos construtivos são contemporâneos, os estilos de vida, o grau de conforto e os nucleos familiares que neles habitam também.
Quanto à "incapacidade que as suas obras [do arq. Souto Moura] têm para evocar emoções profundas" apenas tenho a dizer que tenho pena por sí... há uma parte importante da beleza do mundo que lhe escapa!
Cumps.
f.
Caro f.,
A única maneira de fazer Arq. é a inventada pela geração de 40? A Arq. tem muitos e muitos séculos, e a forma como estas ultimas gerações deitaram tudo para o lixo e descobriram a única forma de a fazer é...triste.
Porque é que um Arquitecto se quiser não pode fazer um edifício de um estilo qualquer?
È proibido moralmente...era bom para os mestres do passado fazer o tal pastiche, para os iluminados de hoje, está abaixo deles.
Só se pode faer cubalhada com conceito...pffft Tragam-na de volta, a antiga...
Belo Prémio .Parabéns ao Arquitecto Souto Moura.
Caro Anónimo das 11:52 AM:
Antes de haver arquitectura as pessoas viviam em cavernas... se quiser voltar assim tanto atrás no tempo, nem precisa de "nós"!
Cumps.
f.
O mérito e o desmérito de um arquitecto está relacionado com a sua obra e o impacto junto daqueles que a usofruem visual ou funcionalmente. Não se afere, certamente, por artigos de opinião cuja função é fazer marketing a ideias.
O problema com a arquitectura hoje, e de há umas valentes décadas, é que as obras são quase que totalmente omissas na vertente humana, preocupando-se exclusivamente com obra de arte.
Niemeyer, por exemplo, é de facto um génio mas as suas obras não oferecem conforto sensorial, são de difícil manutenção e ficam muito rápido com aspecto de mal-cuidadas e imprimem a sensação de se estar a viver numa tela de Dalí.
Ao contrário do "Pastiche" do senhor Windsor, cujas casas são imediatamente acolhedoras; delas fazem-se referências mentais e que como um certo tipo de vinho, poderá envelhecer graciosamente.
Os arquitectos têm, a função quase que mística e religiosa que sempre desempenharam ao longo da história da humanidade está, pela primeira vez, esvaziada porque os arquitectos deixaram de pensar que têm uma função maior, e limitam-se à experimentação cega de obras para o seu ego.
Caro f.,
Não tenha pena por mim. Leia algo da obra escrita por Christopher Alexander (entre outros, mas este é o que conheço melhor) e perceberá a diferença entre emoções profundas e humanas e a vida que existe na arquitectura tradicional; e aquilo que passa por emoções em grande parte da arquitectura contemporânea, mas que no fundo não é mais do que uma exacerbação racional da imagética moderna, que se baseia em conceitos que pouco se relacionam com a realidade sensorial e emocional da experiência humana.
E já agora, a razão que o leva a dizer que a arquitectura promovida pelo Príncipe Carlos é superficial é porque aplica tecnologias modernas numa estética com séculos de evolução? Ou seja, porque essa arquitectura torna melhor uma coisa que já existia? Mas isso é exactamente o que tradição é: "Transmissão de doutrinas, de lendas, de costumes etc., durante longo espaço de tempo, especialmente pela palavra: a tradição é o laço do passado com o presente".
"Os arquitectos têm, a função quase que mística e religiosa que sempre desempenharam ao longo da história da humanidade está, pela primeira vez, esvaziada porque os arquitectos deixaram de pensar que têm uma função maior, e limitam-se à experimentação cega de obras para o seu ego."
Caro "Anónimo das 9:51am",estou em total sintonia com o que pensa e sente.Já chega de tantas "Souto-Mouriçes";"Byrnadas" e demais "Sizalhadas"!!
Não Sr(a). f., não quero voltar ao tempo das cavernas.
Mas gostava de genuinamente perceber porque um Arquitecto de hoje não pode fazer um edifício ao estilo Manuelino por ex?
Consegue ter razões sérias para além de que foi aquilo que lhe ensinaram a fazer na escola e não sabem fazer de outra maneira?
Os que pensam pela sua cabeça tenho a certeza que facilmente chegam ás mesmas conclusões já referidas aqui.
Caro Anónimo das 9:31 AM:
O seu comentário de tão absurdo apenas me merece que note uma incongruência: por um lado enaltece aqueles que "pensam pela sua cabeça", por outro defende que se faça HOJE arquitectura do séc XVI!
Cumps.
f.
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