28/10/2011

AAAAAAAAAAmargurados ... estamos nós !!


Amargurados e Cansados ! .... e com nós ... Lisboa !
António Sérgio Rosa de Carvalho.
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Terreiro do Paço é orgulho da Frente Tejo

Um presidente amargurado e uma sociedade sem dinheiro


Cansado e sem dinheiro para obras, assim se dizia, em Abril, João Biencard Cruz, arquitecto, presidente da Sociedade Frente Tejo, a quem José Sócrates deu poderes, em Julho de 2008, para administrar e gerir bens públicos na cidade de Lisboa, na Baixa e no eixo Belém-Ajuda. O seu desalento fê-lo admitir, ao PÚBLICO, que estaria pronto para deixar o cargo em Setembro, saturado e amargurado pelo que considerava ser os constantes bloqueios aos projectos.

João Biencard Cruz sucedera a José Miguel Júdice, advogado, primeiro presidente da sociedade, mas que abandonou o cargo sem nunca dele ter tomado posse. Também nunca explicou a decisão, tão-só adiantou que talvez um dia o faça, em livro. À sociedade fora confiada uma hercúlea tarefa e um volume de obras, novas, ou de requalificação do espaço público, estimadas em 145 milhões de euros, mas a maior parte a consumir pelo novo Museu dos Coches, já em adiantado estado de obra. Queria-se então tudo (ou quase) pronto para o centenário da República, em um sonho acabado por Biencard Cruz, que logo se deparou com um pesadelo - a concessão da Boa-Hora. Seriam oito milhões de euros para financiar outros projectos, mas nem com a força de reso2010.

Já a praça central do Terreiro do Paço, peça nuclear de todo o projecto, foi um processo muito polémico, e desde o início, mas é lução governamental o conseguiu. A Câmara de Lisboa - que nunca chegou a entrar no capital da sociedade - recebe agora aquele imóvel, a título de compensação, por assumir a condução de todo o processo. Carlos Filipe in Público

3 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

esta história bem mostra a mediocridade da gestão pública

Anónimo disse...

Como já tenho comentado, é só imaginar o que teria acontecido à tontíssima (e caríssima) obra que está anunciada para a Av. Ribeira das Naus em dias de temporal como os que ocorreram esta semana.

Anónimo disse...

Ainda bem que a sociedade Frente Tejo entregou a alma ao Criador! O desastre da preservação e "restauro inovador" do Terreiro do Paço é o verdadeiro espelho das modernices concebidas pela tal sociedade majestática. O piso axadrezado, os inenarráveis candeeiros "estilo supositório", o Arco da Rua Augusta que ainda espera restauro (antes que se desfaça), os passeios e o murete e bancos sobre o Cais das Colunas são bons exemplos do restauro de uma Praça do século XVIII que é considerada das mais belas da Europa. Que os serviços culturais e de obras da CML metam mãos à obra e completem o arranjo da Praça, certamente com menos custos e com mais bom senso.
J. H. Ferreira