In Sol (14/9/2011)
Ana Serafim
«Empresa vai adquirir edifício na Baixa a um banco para o transformar num hotel que fica próximo da pousada que também terá na capital. Em marcha está ainda um projecto imobiliário na Alameda
O GRUPO Pestana vai reforçar a sua presença em Lisboa, onde já tem o Pestana Palace. A empresa madeirense conta fechar até ao final do ano a compra de um edifício na Rua do Comércio, na Baixa, que será depois reabilitado e transformado num hotel de 4 estrelas com 80 quartos, avançou ao SOL o administrador financeiro, José Theotónio.
O projecto, que representará um investimento de oito milhões de euros, surgiu quando, «há dois ou três meses», o maior grupo hoteleiro nacional - que tem apostado na expansão nas capitais da América Latina e europeias - foi contactado por um banco português para ficar com o imóvel. «Vieram ter connosco e já com financiamento», conta o responsável, sem especificar de que instituição se trata. O Pestana, recorde-se, acabou de abrir um hotel em Berlim, tem em marcha o Pestana Montevideu (Uruguai), e está atento a Bogotá (Colômbia), Santiago do Chile, Madrid e Bruxelas.
Embora não se comprometa com datas, o gestor acrescenta que o projecto já foi apresentado à Câmara de Lisboa e que, após a 'luz verde' da autarquia, demorará um ano a estar concluído. «Pelo sítio em que é e pela oportunidade, vale a pena», sublinha o administrador que, apesar das actuais restrições no crédito bancário, está confiante quanto à obtenção dos cerca de três milhões de euros de que necessita para financiar a remodelação do edifico.
Baixa com História
«Consideramos que é uma boa localização, porque é numa zona que está a desenvolverse e tem muito potencial. É importante, porque já temos um cinco estrelas em Lisboa [Hotel Pestana Palace] e interessa-nos completar a nossa oferta com uma unidade de quatro estrelas», explica. «É a zona onde existe mais animação e mais história», sublinha, desvalorizando o facto de haver excesso de oferta hoteleira na capital. «Não são 80 quartos que vão fazer diferença». «Queremos dar massa critica ao projecto que temos para a zona», explicou José Theotónio, à margem do congresso da Associação da Hotelaria de Portugal, que decorreu esta semana na Figueira da Foz.
A futura unidade ficará muito próxima da Praça do Comércio, onde, no edifício do Ministério da Administração Interna, o grupo liderado por Dionísio Pestana instalará a Pousada de Lisboa. Integrada na rede das Pousadas de Portugal, a unidade terá cerca de 80 quartos e aguarda aprovação da Câmara de Lisboa, depois de em Fevereiro ter sido assinado o acordo de concessão. «Assim que estiver aprovado, esperamos começar», garante o responsável por esta área de negócio, José Castelão Costa.
Estreia no imobiliário
Na capital, na zona da Alameda, o grupo tem ainda outro projecto em carteira, mas para já não avança muitos pormenores. Em parceria com a Caixa Geral de Depósitos, trata-se de um empreendimento com apartamentos, serviços e lojas, que será edificado no terreno para qual estava prevista uma unidade Carlton Life - negócio de residências assistidas para idosos onde o Pestana deteve uma participação de 65% entretanto alienada à Hospitais Privados de Portugal, do Grupo Caixa. «Estamos também a aguardar que seja aprovado até ao final do ano pela Câmara», adianta Castelão Costa.»
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Mais um, ou melhor, dois ...
14/10/2011
Grupo Pestana avança com novo hotel em Lisboa para complementar oferta
Etiquetas:
Alameda D.Afonso Henriques,
Rua do Comércio
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1 comentário:
Excelente notícia. A Baixa nunca será uma zona residencial, e a sua dinamização começará com hotéis, de preferência como este a substituir bancos. Os bancos fecham à tarde e deixam a zona deserta à noite, enquanto os hóspedes dos hoteis seriam os "residentes" que dariam vida às ruas a qualquer hora.
Além disso, não se compreende como grande parte dos hoteis da cidade estão nas Avenidas Novas longe do centro turístico e em zonas sem qualquer alma quando deviam estar na Baixa e noutros bairros históricos.
E não, não existe excesso de oferta hoteleira em Lisboa. Muito pelo contrário. Basta haver um congresso como o da Diabetes no mês passado, e esgotam-se os quartos na capital. O que é pena, pois muitos turistas deixam de vir por não conseguirem alojamento.
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