26/10/2011

Carris acaba com serviço à noite

A administração da Carris está a estudar o fim do serviço de transporte de passageiros durante a noite, apurou o SOL. A empresa lisboeta deverá acabar com oito carreiras, que circulam entre as 23h30 e as 5h30.
Os autocarros nocturnos são os que registam menor taxa de ocupação na empresa pública, e a taxa de fraude – número de passageiros que não paga – ronda os 40% a 50%. Todos estes ingredientes fazem destes trajectos dos mais deficitários da Carris.
Mas os cortes não se ficarão por aqui. Todas as carreiras que se sobrepõem ao Metro de Lisboa nas avenidas da Liberdade e Fontes Pereira de Melo sofrerão «cortes drásticos» ou serão eliminadas na totalidade. Cerca de dez carreiras serão afectadas, sabe o_SOL.
O Governo quer acabar «com as redundâncias» entre o Metro de Lisboa e a Carris, anunciou fonte oficial do Executivo, esta semana. A estratégia levará a poupanças líquidas de 350 milhões de euros em todas as transportadoras nacionais.
A Carris e o Metro serão fundidas e a exploração será concessionada já no próximo ano.

In SOL

Estas carreiras são tão mais deficitárias que as restantes porque qualquer pessoa sabe que a fiscalização é praticamente nula! Pela minha experiência a estimativa da taxa de fraude que consta do artigo é conservadora mas isso não justifica o fim da Rede da Madrugada. Existe um problema de rendibilidade das carreiras da RdM, mas esse problema deve ser enfrentado e não ignorado! Estas carreiras têm potencial para apresentarem uma rendibilidade superior à da rede diurna pois poderiam vender um número mais elevado de tarifas de bordo e pré-comprados. Para potenciar a rendibilidade da RdM possível tomar uma série de medidas como sejam a não aceitação de passes, o pagamento de um acréscimo mensal ao passe para a utilizar, redução do serviços nos dias da semana em que a procura é menos significativa, o recurso a "Sprinters" em vez de "Standarts" nestes dias ou divulgação em pólos potencialmente geradores de tráfego, o que é preciso é pensar. É evidente que uma plano para a RdM teria sempre que vir acompanhado de fiscalização a sério, o que obviamente não é fácil dadas as condições de segurança a que estariam sujeitos os ficais, mas tal não é motivo para deixar cair um serviço básico!

6 comentários:

Anónimo disse...

ridiculo.
em vez de corrigirem os problemas preferem acabar com eles.

e pelo menos em sextas e sabados as carreiras andam completamente cheias, so nao têm lucro porque nao querem.

acabam com isso e vamos ter o estado a gastar mais dinheiro com acidentes na estrada e mortes estupidas, porque acabando com a RdM acabam de vez com as alternativas nocturnas, os poucos conscientes que ainda preferem usar o bus para nao conduzirem bebados vao passar a usar carro, e a partir dai e facil adivinhar o que passa..

Xico205 disse...

Se bem te lembras, no principio da RM não eram aceites passes e o que acontecia é que a maioria (dos que ainda cumprem regras) não as utilizava. Após uma reestruturação foram eliminadas duas carreiras (204 e 209) e passaram a ser aceites passes. Aí a Rede da Madrugada passou a ser um sucesso.

Vivemos numa época em que o Estado faliu, a Carris tem um prejuizo imenso e há que cortá-lo de modo a pôr a empresa lucrativa para ser interessante aos privados. Como está ninguem a quer nem a custo O. O problema é que o sucesso passa por acabarem com imensos departamentos e chefes que são perfeitamente dispensaveis, mas claro está, como mesmo em austeridade a lei da cunha subsiste... vai-se pelo caminho mais facil e que não vai resolver os problemas financeiros da empresa, apenas vai prejudicar quem necessita de transportes publicos colectivos e não tem alternativa.

Os xungas que lá andam à borla em manadas a fazer porcaria vão continuar a transportar-se, mas a partir de agora passa-no a faze-lo em grupos de 4 em taxis e quando chegam ao destino encostam a faca ou pistola ao pescoço do taxista informam-no que vão sair sem pagar e que vão levar todo o dinheiro e o GPS do taxi.

Mais uma vez quem fica prejudicado são os pobres e honestos que residem normalmente longe do centro e precisam dos transportes para irem e virem do trabalho. Isto vai fazer com que muita gente vá deixar de ir trabalhar por falta de transporte. Por um lado o Estado poupa nos gastos com a Carris, CP, Soflusa e Transtejo, mas por outro aumentam ainda mais os problemas sociais em zonas já de si sensiveis com o aumento do desemprego e aumento da criminalidade.

Os transportes são o pilar mais sensivel da sociedade a par da segurança publica, mas os sucessivos governos insistem em continuar a brincar com estes dois sectores!

Anónimo disse...

vou ter de voltar a guiar bebedo? ok....

Filipe Melo Sousa disse...

sinceramente como é que querem que uma pessoa viva sem carro na cidade de Lisboa? Continuem com as utopias...

Anónimo disse...

Não há segurança.

Como diz o outro, qual é a parte da frase que não percebem?

Xico205 disse...
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