Exmo. Senhor PresidenteDr. António Costa,
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público
Dr. José Sá Fernandes
Vimos alertar a Câmara Municipal de Lisboa, em especial o Pelouro directamente responsável, para o chocante estado de abandono em que se encontra há várias décadas o antigo QUIOSQUE DA ESTRELA.
Este quiosque, que faz parte da memória de Lisboa e como tal deve ser salvaguardado, era há poucas décadas um dos mais bonitos e apreciados de Lisboa, como se comprova pela foto a P/B (Arquivo Municipal de Lisboa) e por ter figurado, por exemplo, em guias turísticos alemães sobre Lisboa. Pensamos que com vontade e alguma imaginação é possível não só angariar fundos para o seu restauro como também dar-lhe um papel activo na cidade. Depois de recuperado, a sua utilização poderia ser cedida, por ex., em sistema rotativo, a ONGs ligadas à defesa do Ambiente, Património, Direitos Humanos, etc. Mas o Quiosque da Estrela, com a sua localização central, facilmente teria interessados na sua exploração comercial - uma experiência já testada pela CML e bem sucedida como sabemos e apoiamos.
Para além do extremo abandono do quiosque, é urgente requalificar toda a área envolvente. O cenário de desleixo e desmazelo é fruto em grande parte da privatização do espaço da praça para estacionamento privativo gratuito de alguns moradores. Uma área excessiva do espaço, incluindo passeios em redor do jardim, estão diariamente invadidos pelo estacionamento.
Solicitamos que nos infromem se há algum estudo para uma intervenção na Praça da Estrela com o objectivo de a devolver aos cidadãos. Na nossa opinião tem faltado coragem política para avançar com o seguinte:
- Ordenar o estacionamento excessivo que actualmente ainda existe nesta emblemática praça pública da capital;
- Substituir o asfalto que impermeabiliza grande parte do solo por materiais mais permeáveis;
- Recuperar o lago (abandonado e sem água há mais 10 anos), a estatuária e os canteiros do jardim;
- Substituir o desqualificado quiosque da CARRIS por outro de design mais adequado.
Atente-se que tudo isto se passa em frente da Basílica da Estrela, uma das igrejas mais visitadas de Lisboa (Monumento Nacional), e numa zona histórica onde se localiza o Parlamento português. Lembramos também que duas carreiras de eléctrico clássico fazem aqui escala (E28 e E25). De ano para ano o cenário está cada vez mais absurdo: milhares de turistas observam, com espanto, o parque de estacionamento entre a ruína do quiosque, lago e jardim.
Os cidadãos não podem aceitar durante mais tempo esta inércia por parte da CML. É preciso ter coragem política e agir repondo o uso colectivo desta Praça.
Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos
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António Branco Almeida, Luís Marques da Silva, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Bernardo Ferreira de Carvalho e Virgílio Marques
1 comentário:
O Quiosque e o Jardim da Burra têm de ser recuperados e atrair pessoas. Não podem continuar como estão. Quantos turistas passam por ali e fogem. Um Jardim não deve ser uma Mata. O Jardim da Gulbenkian cativa, o Jardim da Burra amedronta as pessoas. É muito simples, a CML tem que ter um Botânico e um Paisagista no Jardim da Estrela onde há árvores importantes em perigo, que façam um acompanhamento constante e responsáveis pelas intervenções. Logo esta gestão do espaço não pode continuar entregue a jardineiros. Um jardim não deve acoitar assaltantes e drogados.
Os guardas dos jardins não cumprem o seu papel. Talvez seguranças desempenhassem melhor a vigilância. A Polícia ainda não percebeu o que é civismo. Não devem o automóvel da Polícia ou da Escola Segura, fazer-se passear pelo Jardim, a vigilância deve-se fazer a pé e dois polícias juntos não devem ter medo.
A partir das nove da noite fugiram de passear no Jardim. Outras personagens que surjam afastam os visitantes que gostam de fazer uma volta higiénica.
Os Vereadores da CML e a Polícia ainda não perceberam isto?
Ninguém lhe paga, para terem atenção à noite?
Então fechem o Jardim às 21 horas.
Estas questões têm também de ser postas.
Obrigado ao Blogue.
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