23/07/2012

As esplanadas do Largo do Carmo (MN) são uma vergonha e precisam de disciplina e bom gosto!

Exmo. Senhor Vereador do Espaço Público

Dr. José Sá Fernandes

C.c. PCML, AML, Media

No seguimento de muitos outros alertas sobre variadíssimas esplanadas que em nada embelezam esta cidade, e porque não desistimos, serve o presente para alertar V.Exa. e os Serviços que tutela para a necessidade de intervir no Largo do Carmo.

As imagens falam por si:

- Número excessivo de mobiliário nas esplanadas, ocupando áreas ilegais;

- Mobiliário de esplanada sem coerência estilistica (ex: esplanadas com 4 tipos diferentes de cadeiras, com publicidade);

- Descontrolo de dispositivos de afixação de menus (ex: dimensões excessivas e com referências a diversas marcas);

- Lixo depositado de forma incorrecta, em sacos de plástico junto a árvores do largo;

Tudo isto acontece num largo classificado e protegido no PDM, e com dois Monumentos Nacionais: antiga Igreja do Carmo e Chafariz do Aqueduto das Águas Livres.

Consideramos ser inaceitável que a CML se revele inacapaz de ordenar um espaço público como o presente, tão histórico e tão central, apesar de todos os contributos da sociedade civil que tem recebido nos últimos anos. De que serve a CML apelar à participação dos cidadãos e apresentar-se como campeã das boas práticas se depois tudo se revela um logro?

Com os melhores cumprimentos

Luís Marques da Silva, Nuno Caiado, António Branco Almeida, Fernando Jorge e Júlio Amorim

6 comentários:

Anónimo disse...

De facto estas esplanadas com aspecto desmazelado, mais comum num subúrbio do que numa praça monumental, afastam em vez de convidar a ficar na praça. Frequento o Chiado quase diáriamente e não me lembro de alguma vez ter-me sentado em algum destes cafés. Prefiro os que existem nas ruas à volta mesmo sem esplanada, e para ficar ao ar livre sigo para o Pátio do Siza. É uma pena. É um espaço tão mal aproveitado.

Anónimo disse...

Como dizia uma estrangeira que passava por ali à bem pouco tempo: Hideous!

Anónimo disse...

O Largo do Carmo é um dos locais mais fantásticos de Lisboa. Como é possível a CML deixar que se "abandalhe" desta forma um Largo com o simbolismo e a riqueza patrimonial do Carmo???
A cidade está entregue às "tascas"!!! É vergonhoso!!!

Carlos Leitão disse...

É importante evitar a bagunça com algumas das nossas esplanadas, mas também não se pode ser fundamentalista, à semelhança do que a ASAE tem sido. Ter “esplanadas topo de gama na Primavera”, pode não ser assim tão curial, como afirma o sr. vereador Sá Fernandes. Atenção que a restauração passa por uma crise. Há que não criar mais polémica e mais túneis do Marquês que, por causa de fundamentalismos, tão caro ficou ao país.

Anónimo disse...

Estamos na Era em que a aparência é o vector dominante. O restaurante pode ser a maior "espelunca", mas se tiver dentro dos padrões que o senhor vereador gosta, está tudo bem! A partir de agora um reles Kebab vai passar a ser degustação "gourmet" numa esplanada de topo de gama. Já agora, sugiro que regulamentem também um "dress code" dos pedintes e sem-abrigo que habitam o Rossio e zona circundante. E viva a democracia e a liberdade!

Quiosques da Avenida da Liberdade disse...

Exm Sr Sá Fernandes que quer Lisboa à sua imagem. Os quiosques que o sr. tanto apregoa são da sua tutela, e dos seus amigos. Lisboa sabe que o senhor cobra aos que lá trabalham 1500 euros, e só vai para a câmara 500 euros. E quem é que lhe disse que esses quiosques reúnem condições para estar abertos. Está à vista de todos as más condições de trabalho que lá existem. Falta de higiene e no inverno ninguém lá pode parar com frio.Mas o senhor não está preocupado com isso porque o seu lucro é garantido. Mil Euros vão para o seu bolso e dos seus amigos. Porque as esplanadas vão a concurso mas só ganha os seus amigos. Está na hora do senhor sair da câmara de Lisboa. O seu futuro está garantido com as suas esplanadas que não tem estética nenhuma, estão localizadas nas zonas mais poluídas. Então as da Avenida são a sua cara uma grande aberração. Mas quem manda pode.