A Câmara de Lisboa está a efectuar obras na Rua Nova do Carvalho, onde se situam os principais bares e discotecas do Cais do Sodré, para fazer desaparecer os passeios e nivelar a rua, alteando o pavimento, e tornando assim definitivo o carácter pedonal daquela artéria, que deverá ser novamente pintada de cor-de-rosa. Os moradores dizem que não foram informados, contestam a intervenção e prometem avançar para tribunal.
“Estamos completamente indignados com o que se está a passar”, diz Ana Andrade, do grupo de moradores “Nós Lisboetas”, que desde Dezembro de 2011, quando a rua foi encerrada ao trânsito, se tem oposto a esta decisão, argumentando que ela fez piorar a qualidade de vida naquela zona. “A câmara está a consagrar a rua aos bares, ao consumo de álcool, e ignora os moradores”, lamenta, criticando a “falta de gestão do espaço público”.
Segundo Ana Andrade, desde a semana passada que a rua está em obras. “Rebaixaram os passeios e estão a levantar as tampas de esgoto, depreendemos que vão subir o piso”, afirma, acrescentando que pediu esclarecimentos ao gabinete do vereador do Espaço Público, José Sá Fernandes. “Disseram apenas que são obras de regularização do piso.”
No entanto, entre os moradores, diz-se que o piso vai ser pintado de cor-de-rosa pela segunda-vez (já tinha sido pintado em Dezembro de 2011 mas a tinta não resistiu mais do que dois meses) e que vão ser ali instalados mupis (painéis luminoso , em resultado de um apoio financeiro dado à autarquia por uma marca de bebidas.
Em Maio, o PÚBLICO noticiou que, no termo de um concurso de ideias lançado pela câmara para esta artéria, foi escolhido um projecto do atelier de arquitectura José Adrião, intitulado “Rua Rosa”. O projecto “tem como objectivo fortalecer o carácter estabelecido com a intervenção anterior, dando-lhe continuidade e ambição de maior permanência”, pode ler-se no site de José Adrião. Está prevista, segundo o projecto seleccionado, a colocação de oito mupis ao longo da rua, que podem ser utilizados para exposições de fotografia ou outras.
O PÚBLICO contactou o gabinete do vereador Sá Fernandes mas não obteve resposta. Ana Andrade reitera que os moradores nunca foram informados desta intenção da autarquia, nem mesmo nas reuniões do grupo de trabalho criado para discutir medidas de melhoria das condições de vida no Cais do Sodré e Bairro Alto. As conclusões deste grupo de trabalho foram apresentadas em Julho e o assunto não consta do relatório.
Também o movimento cívico Fórum Cidadania Lisboa dirigiu já uma carta de protesto ao vereador José Sá Fernandes criticando a nova “investida” na Rua Nova do Carvalho. Os signatários consideram que a autarquia está “apostada em fazer do Cais do Sodré, São Paulo e Corpo Santo uma réplica do Bairro Alto enquanto Meca II da animação nocturna (…) sem qualquer preocupação pela vida dos respectivos moradores”.
Já em Janeiro, o anterior Provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, tinha enviado uma carta à câmara questionando se os interesses dos moradores foram tidos em conta na decisão de cortar a Rua Nova do Carvalho ao trânsito.
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21 comentários:
Dr António Costa, acorde para os resultados desastrosos desta política de animação nocturna que está a espalhar-se pelo centro da cidade como uma mancha de óleo: convido-o a fazer o circuito entre o Jardim do Princípe Real, a R. do Jasmim, o Lg. da Palmeira, a R. Ruben A. Leitão, a Eduardo Coelho e a Rua da Palmeira, numa qualquer 6a feira ou sábado à noite para ter uma noção concreta do ruído infernal durante a noite e em plena madrugada sem qualquer controlo (bêbados com e sem automóveis, gente a urinar nas esquinas, gritos e urros, palavrões berrados rua acima e rua abaixo, copos e garrafas pelo chão e pelas portas dos prédios...
Lamentavelmente, as zonas históricas de Lisboa começam a ser locais INABITÁVEIS POR GENTE com um mínimo de educação, também porque não se consegue explicar às crianças o porquê destes comportamentos desrespeitosos (e impunes) ou, também, porque têm de dormir com as janelas hermeticamente fechadas. Vive-se entre o lixo diurno e a selvajaria nocturna.São estes os disparates realizados por quem nos " (des)governa".
"Rua Nova do Carvalho, uma rua para os peões....só foi possível devido à grande união de vontades e esforços entre o vereador José Sá Fernandes e os comerciantes, que se juntaram em torno de um objectivo comum. Desde a primeira hora, os comerciantes demonstraram uma grande visão e empenho na criação de condições para que esta nova rua possa ser um sucesso e um exemplo a seguir em outras artérias da cidade. in " Lisboa é muito Gente".
Mas alguém quer ter uma rua assim no seu Bairro?
Programa Eleitoral da Candidatura
LISBOA É GENTE
José Sá Fernandes
Uma Câmara aberta aos Cidadãos
Garantiremos a divulgação prévia de todas as decisões que afectem cada local, freguesia, bairro ou a cidade no seu todo, para evitar as “decisões-surpresa” sobre o tecido da cidade, em que o último executivo municipal foi fértil.
Os espaços de animação nocturna têm de existir, aliás aquela zona sempre foi de muita animação nocturna onde não se podia passar sem ser abordado por umas senhoras. Pelo menos agora é malta jovem, mas é lógico que provoca algum transtorno, mas não á bela sem senão.
Irónico... tanto pugnaram pela pedonalização de artérias que quando finalmente isso acontece, o que é que vocês fazem? Protestam! Expliquem então contra o que é que protestam:
1 - contra a vida nocturna no local: há bares naquele lugar há quase 40 anos, e os moradores sabem-no. A diferença é que antes havia uns dois ou três gatos pingados de meia idade que iam "às meninas" e agora há bares onde dá vontade de estar e muitos turistas e animação, coisa que aquela zona nunca viu a não ser à porta do Jamaica, com a diferença que agora não há táxis a fazer razias a quem não tem espaço no passeio exíguo.
2 - contra a pedonalização: ou seja, contra a extirpação de lugares de estacionamento. Curioso, quando aqui o fórum cidadania lx empreende diariamente uma cruzada contra os automóveis, contra o estacionamento e contra os passeios estreitos, que era o que acontecia quando na rua passavam veículos.
3 - contra a "degradação das condições de vida": a zona em questão era extremamente mal frequentada por prostitutas, delinquentes e outros. Deixou de ser. Mas o problema agora é jovens e a vida nocturna. Não deixa de ser curioso.
Lamentavelmente, de novo neste "statement" do blogue verifica-se o subtexto do costume: qualquer decisão é uma má decisão, qualquer mudança é uma má mudança, bem como tudo o que saia da grelha que os signatários das costumeiras cartas definiram como o "bem" (lisboa pobre mas honrada e limpa e de preferência deserta e antiga) contra o "mal": jovens, turistas, emigrantes, a vida em geral. Para vocês, tudo passa por uma decisão política e as más decisões e acções dos cidadãos nada contam, desde que haja bodes expiatórios para interpelar em infinitas perguntas retóricas ("para quê?" / "para quando?" / "porquê?").
Eis a minha sugestão: nomeiem um de vós para liderar um movimento de cidadania que se candidate às autárquicas ou que apoie claramente um projecto autárquico já existente. Mas isso talvez comprometa a vossa zona de conforto., e além disso já não vão a tempo destas eleições. Fica para a próxima.
O JJ escreveu tudo o que me apetecia dizer.
Caro JJ,
como não percebeu as razões e reivindicações dos moradores e dos habitantes em geral que se preocupam com a cidade e não são, somente, usadores da cidade, não posso deixar de sentir-me na obrigação de lhe dedicar umas palavras sem contudo mostrar a minha solidariedade por si já que a aliteracia é um mal do nosso povo difícil de lidar, a juntar ao pézinho no chinelo da maioria.
No melhor dos casos está, em vez, a fazer-se de desentendido; retiro a minha solidariedade para consigo.
O que lei não é um texto contra a pedonalização, que deveria ser uma regra mas que, precisamente os comerciantes fazem por boicotar. O que deixa bastantes atónitos é que se queira importar para aqui modelos de vida noturna que, prova-se, não são mais do que o açambarcamento da coisa pública - as ruas, praças, jardins e afins - por pessoas que não sabem que diversão não é destruição, e que por ser Sábado à noite não ficam suspensas as leis e regulamentos, Código de Estrada e todas as regras que gerem a boa convivência entre cidadãos.
Vomite-se à porta da sua casa e encha-se os pneus do seu carro com urina e demais dejetos! Deixe-se as garrafas (ou os cacos delas) em cima da peitoril da sua janela. Aprova? porque faz e defende quem o faça?
Há 40 anos que há bares no Cais do Sodré... há mais de 500 que existem lá moradores! Tenha paciência, pinte a entrada da sua casa de cor-de-rosa que eu vou lá pessoalmente deixar a minha marca!
É este o modelo de recuperação de bairros que esta CM preconiza? De dia mal frequentado e sem habitantes (que ninguém suporta viver num lugar assim) e à noite milhares de pessoas a vomitar, gritar, mijar, grafitar, destruir? É assim que recuperamos os bairros históricos? Ou é com reabilitação cuidada, comércio de qualidade, fiscalização e regras? Porque é que o portuguesinho ou cai em design pobre ou na barraca? Que povo é este tão desqualificado que gera politicos ainda mais desqualificados?
Portanto, o que querem é exterminar toda e qualquer vida nocturna no Cais do Sodré, já que as pessoas que ali se divertem mijam, vomitam, destroem e fazem barulho? É essa a vossa interpretação de toda e qualquer vida nocturna, do alto da vossa faixa etária? E os delinquentes e mendigos que ali pernoitavam, uirnavam e defecavam antes desta "selvajaria"? Toda a zona como estava, é o vosso ideal de urbanismo e qualidade de vida? Volto a dizer, os senhores moradores sabem perfeitamente a zona onde moram e o estatuto que tem como destino de diversão nocturna. Se o ideal para os mesmos é ter ruas desertas, tristes, escuras e perigosas, podem continuar na vossa luta. Eu, e muitos outros, também gostamos de uma cidade com vida e pessoas nas ruas. Se os senhores partem do princípio que todos os jovem são selvagens, como deixam transparecer de cada vez que falam da vida nocturna (de que claramente não disfrutam nem comungam), esta conversa não tem razão de ser. E antes de me chamar de ignorante, aceite e perceba outros pontos de vista. É que julgava que isto era um fórum. Obrigado.
"Decerto que uma boa parte dos problemas causados pela exploração de atividades ruidosas no período noturno, em particular quando se registaelevadas aglomerações (v.g. Santos-O-Velho, Bairro Alto e Cais do Sodré,em Lisboa, Quarteira, em Loulé, Praia da Rocha, em Portimão), não se colocaria se a autoridade municipal atuasse forma preventiva, impedindo a abertura de portas ao público sem licença nem autorização de espécie alguma.
"in Provedor de Justiça, Boas Práticas para o controle municipal contra o Ruído, Junho 2013
Nas cidades civilizadas (Sevilha para não irmos mais longe, ou se quisermos ir, Paris) nos locais de diversão noturna há uma *enorme* presença de polícia.
Os polícias que lá anda não chateiam ninguém, mas impedem os bêbados e os selvagens de transformar as ruas em lixeiras, sanitários ao ar livre ou de fazerem barulho a mais que incomode quem lá vive.
Por cá é o que se sabe, basta ir ao Largo Camões de manhã depois dum "botellon"...
Ninguém tem nada contra quem quer ir a um bar beber um copo ou dois ou vinte, mas tem contra quem acha boa ideia mijar a rua toda, partir garrafas de cerveja, andar aos berros e incomodar quem vive nessas ruas e QUER DORMIR porque tem de trabalhar no dia seguinte.
É que, por incrível que pareça, alguns malucos como eu VIVEM no centro de Lisboa (ou perto), não vimos cá só para trabalhar ou para os copos.
Se este post pedisse um maior policiamento e controlo das hostes que frequentam o Cais do Sodré, ainda compreendia. Mas no entanto, o mesmo é para mim um manifesto anti-bares e anti-vida nocturna, que parte do princípio que a "selvajaria" nem sequer tem remédio e que o melhor para a zona é não ter gente na rua, o que é bem diferente.
Oh JJ!
leia o artigo. O que se critica é a importação de um tipo de vida noturna como a que existe no Bairro Alto onde a bebedeira despregada, os maus comportamentos, a ilegalidade grassa como se para os foliões não existisse amanhã e como se não houvesse mais gente no mundo. Ninguém se opõe à diversão noturna que, deixe-me dizer-lhe, já existia antes de você ser planeado nascer. Não há nada de novo em sair para divertir-se. O que é inaceitável é que alguém pense que o seu direito a divertir-se significa que deixa de haver regras e passa a valer a lei do mais...bêbado.
Depreendo pelo seu post então que mijar, vomitar, destruir e fazer barulho é legítimo e que as milhares de pessoas que o fazem fazem-no no uso de direitos inalianáveis. Como nos afastamos! Não aceito o seu argumento que demonstra uma total indiferença pelo próximo, sendo que o próximo é o morador da rua onde você vai destruir e aqueles que querem viver a cidade e deixá-la ainda intacta para quem vier a seguir. Você personifica o portuguesinho que vive para o hoje e amanhã logo se vê. Não sou psíquico mas garanto-lhe que vai ter problemas no futuro.
Vamos lá a ver se a gente se entende: ninguém no seu mais perfeito juízo é a favor da destruição, da falta de civismo, da falta de regras. Se compreendeu que não só defendo isso, como desejo ardentemente praticá-lo, está a pôr palavras onde não as coloquei. Estamos na mesma linha ao condenar esta forma de "diversão" nocturna excessiva. Estamos na mesma linha a condenar a impunidade de quem comete tais actos. Agora, temos pena, mas em todo o vosso discurso está um único subtexto, extremista e generalista, que resume tudo ao básico - se uma quota de atrasados mentais não se sabem comportar em lugares de diversão nocturna, se uma quota de pessoas embriagadas decide partir garrafas na rua e urinar entre os carros, então acabe-se de vez com TODA a diversão nocturna, não obstante dar uma vida essencial a certas partes da cidade que de outra forma estariam desertas, tristes, perigosas e aí, como é o caso do Cais do Sodré, apenas mal frequentadas. Sejam honestos e assumam que o objectivo deste post não é apenas o facto de se pintar a rua de cor de rosa ou se de pôrem anúncios a marcas de bebida, é um statement claríssimo contra uma realidade que desprezam, que não vivem, sobre a qual nada compreendem e que se apressam a condenar, sem perceberem que pelo meio também há pessoas educadas e ordeiras que apenas se querem divertir e que as saídas à noite não servem apenas para beber até cair e pelo caminho destruir tudo à volta. A mim faz-me muita espécie que, como frequentador ocasional do local em questão, me tratem como um selvagem quando nunca fui responsável por nada do que aqui é dito, e que isso seja apenas um reflexo de um movimento que pugna apenas por pontos de vista que são exclusivamente seus, sem perceber que há mais cidade e mais vida e mais futuro para além daquilo que é para vocês a definição do "bem" e da "ordem", que em muitos casos é extremamente discutível e até opressiva. A vossa maneira de ver o mundo a preto e branco, não só do ponto de vista de perspectiva como do ponto de vista da cor, há muito que condenou este blog e este movimento, que tanto tinha para dar certo, ao descrédito. Não façam de mim infeliz, mas façam o favor de serem felizes.
Carlos disse:
"Nas cidades civilizadas (Sevilha para não irmos mais longe, ou se quisermos ir, Paris) nos locais de diversão noturna há uma *enorme* presença de polícia."
Pois....
Cá é precisamente o contrário!
Condescendência a mais também é o que não falta!
Como morador e pai, estou a pensar seriamente em mudar-me. De noite(de 5ª a Domingo) é insuportável, mesmo estando dentro de casa!
De dia a sujidade e a decadência de algumas zonas é completamente depressiva!
O que vale é a minha sogra ter uma casa em Campo de Ourique, onde há já alguns meses, a minha mulher e os meus filhos passaram a viver com a minha com ela!
Além do mais, e para piorar, a única esquadra de Polícia que existe na baixa, na Rua do Arsenal, em breve vai dar lugar a uma pousada!
Nem sei se estão a pensar em abrir outra esquadra aqui nas imediações?
Estou para ver no que é que vai dar...
JJ,
teima em não ler o artigo ou a fazer-se de "bobo" e a colocar palavras onde também as não viu. O que devia ler no subtexto, que em português se chama entrelinhas, é que a forma de diversão noturna importada do Bairro Alto e que se instalou no Cais do Sodré não pode continuar.
O seu comentário explica-se pelo peso na consciência, íntimo e inconfessável, porque realmente percebe que este tipo de situação não deve prevalecer, confesse! Sendo você um utilizador destes espaços pense e partilhe com este forum quais as medidas que iriam impedir que quem de direito, que paga pela sua casa e tem na zona a sua área de vida quotidiana, possa dela usufruir com a mesma qualidade que você na sua área de residência.
Noções de bem ou mal são opressivas para quem as não tem de todo.
Quanto ao preto e branco, de facto nós vemos bastante bem as outras cores, principalmente aquelas que compõe a sujidade e degradação do nosso espaço público e memória coletiva. A essas parece você ser completamente daltónico.
Quanto a ser feliz, não consigo sê-lo com infelicidade de outros.
RP disse...
"Além do mais, e para piorar, a única esquadra de Polícia que existe na baixa, na Rua do Arsenal".
E a esquadra na rua da boavista que fica a apenas 500m da rua em questão?
Lógico que o que é necessário é um melhor policiamento na zona.
Mas também vamos ser realistas, quem conhece essa rua sabe perfeitamente que moram lá 1/2 dúzia de pessoas (que têm direito a ter paz), os prédios estão quase todos devolutos.
Mais e melhor policiamento é a solução.
O que mais me admirou é existirem lá moradores. Todo o edificado na envolvente tem ar podre e abandonado.
Podre é essa sua cabecinha, anónimo das 4:16..
Volte lá para os subúrbios e deixe uma das poucas zonas nobres que Lisboa ainda tem.
"Um das poucas zonas nobres que Lisboa ainda tem"? Você está a brincar? O que é para si uma zona nobre? Um local onde o edificado está de facto podre e a precisar de nova vida e onde singra ainda a prostituição e alguma delinquência?
Só mesmo um ignorante como o anónimo das 4:20 é que pode ignorar a nobreza e a história daquela zona e respectivos edifícios pombalinos, em estado devoluto ou não..
E se fosse um anónimo minimamente informado saberia que já estão a recuperar vários edificios e que em 2020/2025 a Baixa estará irreconhecível.
Entretendo faça um favor a si próprio e abra um livro de história!
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