Carla Madeira (PS)
Luís Carvalho (PSD/CDS)
Paula Cristina Peralta (CDU)
António Pinho (BE)
A questão da higiene, e em particular do lixo, no Bairro Alto assume hoje aspectos dramáticos. Trata-se de um panorama que revela um total descontrolo, inércia, desinteresse e incompetência estruturais por parte da autarquia lisboeta.
Com efeito, as lixeiras não apenas aumentaram em quantidade por toda a zona, como concomitantemente revelam uma preocupante diversidade de tipos de lixo, com diversas proveniências, desde os lixos domésticos aos comerciais, com destaque para restaurantes e bares que de modo sistemático depositam impunemente os seus destritos na rua durante as 24h do dia.
Na verdade, as lixeiras são permanentes: de manhã ainda não foram limpas; à tarde já foram abastecidas; à noite esperam pela recolha do dia seguinte. Há cruzamentos e ruas cuja cor do pavimento se alterou dado estarem encardidas e gordurosas. O cheiro de algumas ruas é deplorável devido à sujidade do pavimento, mesmo depois de os resíduos sólidos terem sido removidos. Abundam as garrafas de vidro e os copos de plástico. Há sacos abertos espalhando o conteúdo pelo chão atraindo gaivotas, pombos e ratos.
De resto, ninguém, em rigor, sabe quais os horários de recolha. Não existe qualquer actividade pedagógica ou repressiva por parte dos poderes públicos. E sobretudo, ignora-se, pois ela não transparece na actividade esforçada e, por vezes, meritória dos serviços de limpeza, qual a estratégia para enfrentar um monstro que cresceu despreocupada e livremente durante 20 anos, sem que a CML se tenha esforçado sequer por reflectir sobre o problema.
Há mais lixo? Pois, reforçam-se os meios. Mas estes revelam-se impotentes: citando um responsável, quanto mais lá meios pomos, mais lixo aparece, “os meios acabam por não ser nunca suficientes”.
Sabemos bem da complexidade desta situação: a produção de lixo resulta não só da vida normal dos moradores mas, em grande parte, da actividade comercial intensiva e que esta é maioritariamente desregulada e desregrada, com a total e evidente passividade e cumplicidade da CML. É, pois, o caos, um caos que temos que suportar com crescente dificuldade, mas também uma indignidade permanente só comparável à falta de estratégia da CML para a enfrentar.
Ora perante este quadro e considerando que a limpeza urbana passará a ser uma competências das novas JF, entendemos perguntar a cada candidato à nova JF Misericórdia o que pensa fazer não apenas para suster o problema – o que não nos satisfaria - mas para o resolver num espaço razoável, digamos, 3 anos. A resposta integral, qualquer que seja, será publicada nos meios ao dispor de cada uma das nossas organizações.
Agradecemos que a sua resposta, a dar até 25 de Agosto de 2013 para o e-mail forumcidadanialx@gmail.com, não ultrapasse as 1.250 palavras e que incida na estratégia política, considerando ainda a resposta às seguintes questões:
Enquanto candidato/a
1. Reconhece a magnitude do problema do lixo e da higiene no BA?
2. Numa escala de 1-10, como classificaria a gravidade do problema?
3. Em termos comparativos com os vários problemas da nossa freguesia, que pontuação lhe atribuiria numa escala de de 1-10 de prioridade de resolução?
4. Considera que a situação descrita acima deteriora a auto-imagem de moradores e comerciantes e a percepção externa da cidade?
5. Que estratégia pensa pôr em prática para inverter o actual quadro descrito acima?
6. Considera que o problema das lixeiras se situa na recolha ou na produção do lixo?
7. Considera que os meios de limpeza de que, se for eleito/a, vai dispor são suficientes ou não e porquê?
8. Pode enumerar 10 medidas práticas para resolver o problema do lixo?
9. Pode comprometer-se com quantas dessas medidas práticas e porquê?
10. Podemos esperar que integre esse compromisso no seu programa eleitoral?
Antecipadamente gratos pela colaboração, com os melhores cumprimentos
Pelo Fórum Cidadania Lx – Nuno Caiado
Pela Associação de Moradores do Bairro Alto – Luis Paisana
5 comentários:
https://www.youtube.com/watch?v=6xx6SwbJX1E
A outra realidade. Recomendo.
A 1ª preocupação de um autarca típico é ser reeleito. A 2ª e 3ª também...
Só lá para o fim, quando não têm mesmo mais em que pensar, é que dedicam alguma atenção aos problemas reais dos munícipes.
Com a teoria imbecil de que as autárquicas são para julgar governos, ainda vai ser pior.
A luta entre eles será 100% partidária, e os problemas dos munícipes irão - na melhor das hipóteses - para o fim da lista das suas preocupações.
Enapá 2013, as coisas de que eles/elas são capacíssimos antes de chegarem ao poleiro...
Aparecendo a foto da camarada Madeira junto à do Costa bem semeada pela parte da cidade que nela (neles) pode votar (a nova freguesia da Misericórdia), apetece logo perguntar: por que raio essas medidas todas tendentes a resolver um problema por ela própria classificado como de grau 9(numa escala de 1 a 10) não foram já tomadas desde que o Costa está na CML? Total incompetência das actuais Juntas de Freguesia da Encarnação e de Santa Catarina? Hum...
Correcção ao comentário anterior 8 (e não 9, que é, isso sim, o grau atribuído pela candidata da CDU).
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