«Enquanto candidato/a 1. Reconhece a magnitude do problema do lixo e da higiene no BA?
É difícil ignorar o actual estado de coisas…
2. Numa escala de 1-10, como classificaria a gravidade do problema?
Com um (grande) 9…
3. Em termos comparativos com os vários problemas da nossa freguesia, que pontuação lhe atribuiria numa escala de de 1-10 de prioridade de resolução?
Ao nível dos problemas da freguesia, diria um 9.
4. Considera que a situação descrita acima deteriora a auto-imagem de moradores e comerciantes e a percepção externa da cidade?
Consideramos que ninguém gosta, em lado nenhum, de ver a imagem do sítio onde vive associado a porcaria ou falta de higiene. Parece-me óbvio que uma cidade suja e com graves lacunas ao nível da sua higiene urbana (como é o caso) não constitui convite para visita em lado nenhum.
5. Que estratégia pensa pôr em prática para inverter o actual quadro descrito acima?
Uma estratégica concertada em três vértices fundamentais: sensibilização e pedagogia; fiscalização efectiva do cumprimento das normas; adequação do sistema de recolha às múltiplas realidades da Freguesia. O problema do lixo e da higiene urbana não é um exclusivo do Bairro Alto – é um mal geral, que nalguns pontos, como o Bairro, se agrava e se torna insustentável. Consideramos que o tratamento destas realidades deve ser diferenciado, tal como as suas diversas realidades.
6. Considera que o problema das lixeiras se situa na recolha ou na produção do lixo?
Consideramos que nem uma, nem outra. As lixeiras resultam, acima de tudo, da falta de civismo das pessoas, por um lado; da falta de informação, fiscalização e passividade da Câmara Municipal de Lisboa. Por isso defendemos a necessidade absoluta de constantes campanhas informação e sensibilização, por um lado, e de efectiva fiscalização e aplicação das regras, por outro.
7. Considera que os meios de limpeza de que, se for eleito/a, vai dispor são suficientes ou não e porquê?
Essa é a questão-chave em todo este processo: quais são os meios que as freguesias (no actual quadro administrativo) vão ter ao seu dispor? Meios humanos? Meios mecânicos? Meios financeiros? Quais? Quantos? Onde? É difícil responder a uma pergunta destas quando não se sabe muito bem como é que a Câmara de Lisboa tenciona fazer a transição. Na nossa opinião, transferir esta responsabilidade/encargo para as freguesias é demagogia do dr. Costa e do PS. É a completa e total desresponsabilização nesta matéria por parte da Câmara; é meio caminho para o despedimento dos trabalhadores da limpeza e higiene urbana e a via-verde para a privatização deste serviço.
8. Pode enumerar 10 medidas práticas para resolver o problema do lixo?
1º Acções de sensibilização.
2º Aumentar o nível de informação junto dos cidadãos.
3º Aprofundar o programa especial de limpeza do Bairro Alto, da Bica e do Cais do Sodré.
4º Estudar formas alternativas para a recolha quer de lixo doméstico quer de lixo diferenciado e articular com a Câmara a sua execução.
5º Constituição de um grupo de trabalho ao nível da freguesia para acompanhar, em permanência, esta questão no decurso do mandato.
Enumerar aqui mais medidas, seria pura demagogia.
9. Pode comprometer-se com quantas dessas medidas práticas e porquê?
Naturalmente que nos comprometemos com as medidas que propomos e que acreditamos, convicta e profundamente, que ajudarão a melhorar o problema da limpeza e higiene urbana na freguesia.
10. Podemos esperar que integre esse compromisso no seu programa eleitoral?
Algumas destas soluções integram o nosso Programa Eleitoral e outras integram o nosso “Caderno Reivindicativo”. E isto porque, e dado o número elevado de propostas e ideias que muita gente nos fez chegar, colocar muitas dessas propostas no programa torná-lo-ia um documento chato e maçudo. Por isso, este “Caderno Reivindicativo” contém muito mais propostas, ideias e soluções e será um insubstituível instrumento de trabalho ao longo dos 4 anos que se aproximam. É assim uma espécie de programa de governo…
Paula Cristina Peralta»
1 comentário:
Uma das mais espantosas esterqueiras das "avenidas novas" é (ou era...) a da Rua Conde de Sabugosa, onde vários munícipes da zona colocavam o lixo junto ao vidrão ali existente - o que faziam mesmo à luz do dia, e perante a passividade geral. Por mais espantoso que pareça (até por ser raro), a Polícia Municipal multou (e por mais do que uma vez) os infractores.
De nada serviu, pois essas acções repressivas são ineficazes se não forem sistemáticas. Entretanto, o problema foi resolvido. Veja-se como [AQUI].
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