30/09/2014

Lixo na capital: exemplo de "nuestros hermanos"


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«Madrid, muito maior e complexa do que Lisboa, povo Ibérico como nós e parecido na essência em muitos aspectos, também tem os seus problemas de lixo. Conheço bem a cidade, e comparando com LX, a quantidade é muito menor do que nas ruas de Lisboa, embora seja uma cidade muito mais massificada.

Mesmo assim, com essa quantidade de lixo não tão chocante para um lisboeta, e mais visível em bairros mais modestos (correspondentes ao nosso Martim Moniz mais ou menos), a cidadania madrilenha já está a fazer barulho contra a porcaria que vê!

Exemplos cívicos dos nossos vizinhos a observar e talvez seguir, que não põem em causa o nosso carácter cultural diferenciado. No seguimento da notícia da "revolta" de Barcelona contra o seu modelo de turismo.

Alexandre Silva

http://ccaa.elpais.com/ccaa/2014/09/29/madrid/1412002952_214356.html»

5 comentários:

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

A diferença entre os espanhois e os portugueses é abissal. Lá não perdem tempo. Sentem-se lesados e reagem. A cidadania é moeda corrente. Em Barcelona por causa da noite e dos seus excessos e da extrema turistificação da cidade os 23 bairros que a compôem associaram-se.

Por cá temos o indígena indignado com as queixas dos residentes por achar que os jovens têm esse direito e que a turistificação de Lisboa é o motor de desenvolvimento que esta cidade precisa.

Anónimo disse...

O "indígena" indigna-se com o vosso tratamento sobranceiro e desprezista de uma realidade que não percebem, não querem perceber e têm raiva de quem percebe. Enquanto a vossa via for a do insulto barato e a de rotular tudo como uma corja de jovens fúteis que só sabem beber, mijar e defecar na rua, podem crer que não vão sequer abrir um diálogo viável ou qualquer perspectiva de solução.

Silva disse...

por favor, Anónimo das 2:09, explica a este "sobranceiro e desprezista" a "realidade".

jac disse...

Não deixa de ter piada falarem nos jovens, sim eles são uma das causas mas...
Eles têm pais, será que aqui ninguém tem filhos?
Mesmo quem lhes dá educação não pode garantir que fora de portas eles continuem assim, educados.
Ou então são todos uns filhos santos!
Bairros modestos? É só gente fina!
Ser pobre ou menos rico não significa ser porco e ser rico ou menos pobre não significa ter educação e ser asseado.
Modéstias á parte, não julguem alguém pela forma como veste e fala, e não julguem que os filhos são todos santos, porque santos só no altar, e como parece que a culpa é só dos jovens pergunto: até que idade se é jovem?

Miguel de Sepúlveda Velloso disse...

A culpa não é só dos jovens. Já agora para todos os paladinos dos jovens, há muitos que condenam esta forma de viver a noite que mais não é do que um desrespeito pleno pelas leis da sã convivência em cidadania e pelas leis da República Portuguesa. Quem mora nos bairros históricos sabe do que estou a falar. O que aí se passa à noite torna incomportável o direito ao repouso, transforma vastas zonas da capital em zonas inabitáveis.

Pergunto, se este tipo de noite que é, evidentemente, condenável, fosse nos bairros modernos, ALvalade, telheiras, Alta de Lisboa e por aí fora, os que defendem esta insanidade, continuariam a defendê-la?

E para que se saiba, Lisboa , para além dos óscares, já tem vindo a ser noticiada como uma cidade decadente, arruinada, desprezada e com uma noite infrequentável.

Insista-se na receita e qualquer dia a miragem de um turismo que encherá todos os bolsos esfumar-se-á entre choros e ranger de dentes.