Cinema Fonte Nova - Medeia (foto mariadaspalavras)
Salas do Centro Comercial Fonte Nova (Benfica) entraram para a lista negra dos cinemas tradicionais que fecharam. Alguns edifícios foram demolidos, outros têm outra atividade
Sílvia Afonso, de 69 anos, não se conforma com o encerramento, a 21 de maio, das três salas de cinema que funcionavam pelo menos desde 1995 no Centro Comercial Fonte Nova, em Lisboa. "Vivo aqui em Benfica há 58 anos, os meus irmãos moram aqui. Este é o nosso ponto de encontro", lamenta a madeirense, sem sequer querer ouvir falar no Centro Comercial Colombo, localizado a menos de um quilómetro.
Inaugurado em 1997, oito anos depois do Fonte Nova, dispõe de nove salas de cinema - incluindo uma com tecnologia IMAX - e terá sido um dos fatores que levaram ao fim de um dos últimos cinemas de bairro da capital. Restam o Cinema City Alvalade, que reabriu em 2009 no edifício de habitação de luxo que substituíra o do antigo Cinema Alvalade, projetado por Lima Franco em 1945 e demolido em 2003. O Nimas, na Avenida 5 de Outubro, o Cinema Ideal - a mais antiga sala de Lisboa, reaberta há menos de um ano no Chiado - e o emblemático São Jorge completam o roteiro de cinemas tradicionais que, pelas suas características, dificilmente serão considerados de bairro. Bem mais extensa é a lista dos que, por toda a cidade, adquiriram novas faces e utilizações.
in DN, 2015-06-02, por Inês Banha
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Pena, muita pena....pois tinha uma boa programação e não havia pipocas.
Benfica ficou (ainda) mais pobre....e as salas funcionavam desde 1985 (?)
6 comentários:
A sério?! Fiquei a saber agora. Quando ia ao cinema era lá que ia. Estou feita ao bife... é que não gosto de ir ao cinema ao Colombo.
Era um cinema muito jeitoso (e tranquilo) com o café ali mesmo ao lado. O Centro Comercial Fonte Nova faz parte da segunda geração de centros comerciais e é dos poucos que ainda vale a pena visitar. Mas claro....também pode entrar em risco de desaparecer.
E qual terá sido a posição pública da nossa junta de freguesia perante este encerramento? Não a conheço! Será que houve, ou estas coisas passam ao lado da JFB e da sua presidente?
Não creio que tenha existido posição alguma (?). Verdade se diga que nunca visitei estas salas com mais de metade das cadeiras ocupadas....e na maioria dos casos.....entre duas e vinte pessoas na sala. Claro que isso não funcionou a longo prazo.
Que posição é que a junta poderia ter? Há quanto tempo não iam lá vocês? As pessoas deixaram de ir ao cinema e este fazia parte de uma exploração privada que tem de gerir as suas contas para não ir à falência. Ou queriam deixar a sala aberta com a cornucópia inesgotável do erário público?
A junta poderia, ao menos, manifestar a sua preocupação e pesar. E, doravante,poderia interessar-se pela divulgação do espaço, de molde a que viesse a ser novamente ocupado com cinema.
Não quero que a junta ou qualquer entidade pública gaste lá dinheiro; tenho noção de que aquilo é privado...
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