11/06/2015

Para que nunca desapareça uma imagem como esta de Lisboa


Numa altura em que Lisboa vê o seu arvoredo em perigo,
esta imagem dos grandes jacarandás da rua de S. Mamede ao Caldas, reforça a necessidade absoluta de preservar e proteger as árvores de Lisboa, muitas delas exóticas e que conferem à cidade, para além de uma beleza ímpar, uma inigualável riqueza botânica.

Poucas capitais poderão rivalizar com Lisboa no que toca à variedade e dimensão das suas árvores exóticas: jacarandás, sumaúmas, árvores-do-fogo, ficus, tipuanas, ginkos, dragoeiros, belas-sombra, palmeiras, eritrinas, araucárias, gravilieas, lodãos. E que não se menosprezem  os nossos choupos, pinheiros mansos monumentais e tílias já que todos contribuem para tornar Lisboa uma referência botânica excepcional.

Pena é que as juntas de freguesia, a CML e alguns cidadãos não o reconheçam.  Mas outros agirão para que as futuras gerações de lisboetas possam maravilhar-se com as árvores da cidade como por exemplo, os jacarandás em flor.


4 comentários:

Julio Amorim disse...

Belas imagens....bela cidade.

Plataforma em Defesa das Árvores disse...

Os jacarandás de Lisboa já mereciam ter um estatuto especial de elemento de interesse para a cidade que fosse garantia de protecção. Numa cidade em que se aceita que as entidades responsáveis tenham abatido todas as árvores de uma rua porque sujavam os carros (Av.Rio de Janeiro, abate recente de dezenas de nogueiras negras saudáveis), árvores como os jacarandás estarão sempre ameaçadas.

Liga dos Amigos do Jardim Botânico disse...

Há dois mitos urbanos relacionados com as árvores e que têm, nos últimos meses e anos, justificado o abate das mesmas. A saber: 1- O pólen das suas flores provocam alergias, 2 - As flores destas árvores sujam e estragam os carros.
Em relação ao primeiro ponto, não há evidência científica que sustente esta afirmação. São inúmeras as publicações científicas que a refutam. Em relação ao segundo ponto, o antropocentrismo analfabeto que diariamente lava as nossas lindas cabecinhas, faz-nos pensar que é mais importante um objecto criado pelo homo sapiens, do que o papel fundamental que as árvores têm para a nossa sobrevivência e para a preservação da biodiversidade. Sem elas já éramos.

Julio Amorim disse...

O das alergias é particularmente curioso pois irradiar tudo o que nos provoque eventuais problemas de saúde surge no horizonte como uma boa hipótese (carros excluídos, claro). O segundo é de levantar os cabelos. As árvores sujam os carros - e depois limpam o ar que os carros "sujam" - e uma rua com carros e sem árvores é sempre de uma beleza incomparável. Que algo nos ajude com cabecinhas destas à solta....