18/03/2008

Bairro Azul - manutenção das zonas verdes

Com a chegada da Primavera, solicitámos, uma vez mais, a manutenção das zonas verdes do Bairro Azul, intervenções que se aguardam, em alguns casos, há anos!

Rua Fialho de Almeida

-Substituição das árvores mortas

-Substituição dos cotos de árvores existentes

-Plantação de árvores nas caldeiras vazias

-Recolocação das protecções das árvores (desaparecidas/destruídas)


Av.Ressano Garcia

-Substituição de árvore recentemente cortada


Rua Ramalho Ortigão

-Manutenção das árvores junto ao muro das traseiras da Embaixada de Espanha – substituição das árvores que estejam, eventualmente, mortas

- Arranjo e manutenção das floreiras junto ao Teatro Aberto


Rua Júlio Dantas

-Plantação de árvores nas 3 caldeiras vazias (duas junto ao muro da Escola Marquesa de Alorna e uma em frente do portão da Escola)


Logradouro (nº 10 da Rua)

-Plantação de árvores nas 3 caldeiras junto ao estacionamento e de árvores/arbustos nas 4 caldeiras existentes no topo do logradouro, actualmente cheias de lixo.


Rua da Mesquita


-Plantação da palmeira em falta na caldeira existente na frente da Mesquita

-Arranjo e manutenção das floreiras junto à Mesquita



Comissão de Moradores

20 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Eu gostava de saber se estes "moradores" avançam com a verba necessária, para além de avançar com muitas ideias de onde gastar o dinheiro.

Acho que estas reuniões de moradores deviam ser substituídas por reuniões de contribuintes.

Anónimo disse...

Pois eu gostava que todos os "moradores" como tu fossem substituídos por cidadãos do norte da Europa!

Filipe Melo Sousa disse...

força, existem muitas cidades no norte da europa. e voos baratos para lá

Anónimo disse...

De igual modo, existem muitos subúrbios no continente norte americano com milhares de casas (cada uma com garagem para vários carros) e com inúmeras auto-estradas.

Que estão à espera para se mudarem para lá? Deve ser o paraíso.

Com o dollar tão baixo em relação ao euro, nunca a altura foi tão boa para emigrar.

Força, existem muitos voos baratos para os EUA.

Filipe Melo Sousa disse...

e depois quem lhe paga as contas?

Anónimo disse...

Mas tu só dás despesas homem. Só dás despesas. Sem ti há menos contas para pagar. Sem ti há menos despesas!

Filipe Melo Sousa disse...

foi o momento de humor...

Miguel Drummond de Castro disse...

Eu se fosse morador desse bairro, depois de ter percebido que quem espera por sapatos de defunto morre descalço, e de ter percebido que as autarquias quanto maiores mais disfuncionais e distantes (fazem falta? se calhar vivia-se bem melhor sem elas) ia a um viveiro - o Horto do Campo Grande,ali perto (juro que não sou sócio) escolhia uma árvore de bom porte, do meu agrado, já com tamanho suficiente para resistir às diversas cáfilas, bloggers incluídos, e plantava-a.
Ia comprar um regador e enquanto a árvore precisasse ia regá-la.
Amarrava-a a uma estaca, caso fosse preciso.

Acção e não queixume, precisa-se.

Depois adaptava um slogan dos tempos do PREC - "a rua a quem a planta.", por exemplo, e esperava que a árvore se enchesse de pássaros na esperança que diminuísse o número de cadeiras de plástico e crescesse musgo no Corte Inglés.

Filipe Melo Sousa disse...

eu não percebo: se as árvores abundam por todo esse país despovoado, porque motivo teimam os intelectuais civilizadores em viver junto do betão e das latas?

Miguel Drummond de Castro disse...

Confesso que sou racista em relação a isto: cadeiras de plástico,

O outro dia ia sentar-me na esplanada do Bairro Azul quando vi as horrorosas - já não me sentei.

Fundei, em espírito - as fundações mais sólidas - o MLE : Movimento de Libertação das Esplanadas.

Eis pois aqui identificado outro dos problemas do Bairro Azul: não só lhe fizeram a maldade de lhe pôr em frente um templo espanhol da seita do Consumo, como os seus cafés tem pequenas esplanadas cheias de cadeiras de plástico.

Plastic people everywhere? Um bairro assim devia erguer-se num grokk comum. Plantar as suas árvores. A isso é que se chama empowering oneself. Coisa bem precisa, doutro modo as pessoas farão filas à espera de Godot, choverão papéis e papéis, bloggers da cáfila como eu escreverão linhas sem fim, e o bairro cairá aos poucos, sem árvores, sem fachadas, rodeado de enormes cadeiras brancas de plástico, maugrado os cantos do muezzin.

Acção, precisa-se, não infinito queixume e sentimento de vítima. Os governos não nos servem, sirvamo-nos. Há imensos ovos de Colombo na cidade.

Mas acho que este um deles. Ah eles cinco anos depois não plantam? Plantamos nós. Assumimos o poder da rua. Temos o direito a melhor ar e ninguém mais o dá, por enquanto, senão as árvores. Já viram fábricas de ar puro?

E mais uma vez digo sou um activista. Não estou no sofá. Já plantei duas árvores na minha rua. Preocupei-me nessa altura em que fossem iguais às que já lá estavam.

Ninguém me agradeceu, mas isso não é o importante. A notícia não veio num blog, mas também tanto me faz. Eu é que fiquei contente. Plantei-as para a minha namorada e para mim, para o nosso prazer.

Filipe Melo Sousa disse...

LOOOOOOOOOOL

és o meu herói. a tua miúda nas horas quentes chama-te por "meu garanhão plantador"?

Anónimo disse...

O mais triste é que esses "moradores" possivelmente até já pagam por isso tudo...

Miguel Drummond de Castro disse...

Menino Filipe,

Adivinhe quem escreveu esta pérola genial e iluminante:

"O constante crescimento do homem é uma necessidade psicológica que não podemos negar."

Sem dúvida! vai direitinha para as frases luminosas dos Bouvard et Pécuchet do Terceiro Milénio.

Anónimo disse...

21 de Junho de 2004: Público - Local - "Calor e burocracia prejudicam árvores no Bairro Azul"
- Dezenas de árvores plantadas há meses na Rua Fialho de Almeida, ao Bairro Azul, em Lisboa,
estão a dar mostras de sede, levando alguns moradores a substituir-se aos serviços municipais para tentar salvar as plantas

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Moradores da Rua Fialho de Almeida regam habitualmente as árvores que estão em frente das suas casas para que não moram de sede durante o Verão.

Ao longo dos anos alguns moradores têm plantado árvores no Bairro. As últimas foram plantadas nas caldeiras vazias junto ao muro da escola, na Rua Júlio Dantas. Acontece que, alguns dias depois, porque não estavam suficientemente enterradas, as árvores foram roubadas.

Ana Alves de Sousa

Filipe Melo Sousa disse...

isto leva-me à conclusão: para que raio se dá dinheiro aos serviços municipais?

será que esse dinheiro é aplicado em serviços que não são propriamente municipais?

Anónimo disse...

"as árvores abundam por todo esse país despovoado"

caro filipe: se duvida havia de que tu nao vives neste mundo, com a frase em cima ficou esclarecido de uma vez por todas a tua vida. nao tens por ai em casa uma tv para ver as imagens dos incendios em portugal?

Filipe Melo Sousa disse...

maps.google.com

divirta-se

Miguel Drummond de Castro disse...

Ana Alves de Sousa,

Fico contente com esse esforço dos moradores. Penso que se terá que escolher árvores de maior porte, enterrá-las bem, e estacar. Provavelmente terá que se pedir a um profissional.
Mas se a Câmara até agora não o fez, apesar de tão instada, não o fará no futuro.
Em todo o caso, uma batalha perdida não é a guerra perdida.

Os melhores cumprimentos e boa sorte para as ruas do B.Azul,

MDC

Anónimo disse...

Para FMS

"E chamas a essa recusa exercício de inteligência. Empenhas-te tanto em desfazer o que está feito, que acabarás por dar cabo do teu bem mais precioso: o sentido das coisas (...). De destruição em destruição, vais deslizando até à vaidade (...). Na falta de um outro sentido, terás de ir buscar o sentido a ti próprio. E só tu ficas a colorir as coisas com a tua pálida luz (...) no meio do teu deserto, terás de te mostrar satisfeito contigo próprio, porque fora de ti não há nenhuma outra coisa. Aí te temos condenado a gritar «eu, eu, eu...». No vazio. E ninguém te responde."

Saint Exupéry

Filipe Melo Sousa disse...

todas as coisas criadas só têm utilidade se forem em meu benefício. de outra forma a criação não pode ser útil. criar, usufruir e realizar-se

ao contrário daqueles que tiram de uns para dar a outros, sem criar nada. mas querem os louros