26/03/2008

Parada Eólica de Sá Fernandes é para sensibilizar e não para injectar energia na rede

In Públiico (26/3/2008)
Lurdes Ferreira

«Iniciativa que foi primeiro apresentada como uma forma de produzir energia em Lisboa resume-se agora a um "projecto de comunicação"


A proposta de uma Parada Eólica a realizar em Lisboa com a instalação de seis a 15 microturbinas, que o vereador José Sá Fernandes apresenta hoje na reunião da câmara, é um "projecto de comunicação" e já não ambiciona injectar energia para a rede eléctrica, apenas obter energia para autoconsumo de alguma iluminação pública.
Sá Fernandes apresenta hoje uma versão da Wind Parade Lisboa 2008 menos ambiciosa do que a inicialmente pensada, sobretudo depois da avaliação do projecto pelo presidente da agência de energia de Lisboa, Lisboa e-Nova, Delgado Domingos.
Duarte Mata, arquitecto paisagista e assessor de Sá Fernandes, reconheceu ontem esta mudança de planos, incluindo o facto de já não se tratar de uma doação ao município, mas apenas de uma instalação urbana temporária. Serão "elementos de arte urbana, efémera, cuja presença na cidade finda após a conclusão do evento", afirmou o assessor.
A equipa de Sá Fernandes também não mostra grande expectativa quanto à energia que as microturbinas vão produzir, mas sublinha ser uma oportunidade para divulgar novas tecnologias, "lançar a discussão sobre a eficiência energética e poder ser uma solução interessante para os edifícios" na cidade que mais energia consome no país.
Os serviços camarários têm discutido todo o processo com a Direcção-Geral de Energia, de modo a terem um rápido licenciamento para a iniciativa, seguindo o modelo da microturbina instalada em S. Bento. Esta funciona apenas em regime de autoconsumo, ou seja, toda energia produzida com o vento é para consumo próprio, não é para injectar na rede. As turbinas da Parada Eólica vão servir para alimentar a iluminação pública, gerida pela própria câmara.
Segundo Delgado Domingos, a velocidade média do vento em Lisboa é de quatro metros por segundo, valor baseado em observações feitas na zona do aeroporto, não existindo estudos rigorosos para avaliar com mais exactidão o potencial da cidade.
O investigador lembra ainda que a energia produzida é sempre proporcional ao cubo da velocidade do vento. Há, assim, uma elevada probabilidade de as "ventoinhas" estarem paradas na maioria do tempo. As microturbinas - entre seis e quinze e com 10 metros de altura - serão espalhadas entre Junho e Dezembro por Lisboa e ficarão instaladas em locais com mais vento, sobretudo nas zonas da Segunda Circular, frente ribeirinha, parque da Bela Vista e parque da Serafina.
Entre Julho e Dezembro haverá seis a 15 microturbinas que serão desmontadas no final da Parada Eólica »

Mais palavras, para quê?

31 comentários:

Filipe Melo Sousa disse...

Para sensibilizar, porque o Zé com certeza que é uma pessoa sensível e diferenciada, ao contrário dos lisboetas. Só com paradas é que entendem. As paradas são instrumentos essenciais para que os Lisboetas entendam que não se deve desperdiçar energia, despedir funcionários públicos, ou apedrejar gays.

Anónimo disse...

Ah, então é para sensibilizar o pessoal contra as horrorosas turbinas! Finalmente entendi.

Anónimo disse...

Ó Filipe, não te preocupes que ninguém te vai apedrejar....

Anónimo disse...

Fantochada, quando era oposição sempre se opôs a fantasias, e a sua obsessão provocou custos à cidade de Lisboa, até o carro do presidente foi matéria, mas quando O seu presidente troca de carro, ninguem fala no assunto. Infelizmente um peso e duas medidas não é só para os nossos governantes os jornalistas também praticam este desporto.

Anónimo disse...

Par...valhada Eólica. E limpar a ruas e tratar os jardins e.....

JA

Anónimo disse...

Estranho ver-te tão defensor das paradas Filipe. Não deves perder uma principalmente as que o João Soares instaurou em Portugal a saír todos os anos do Principe Real (paradas gay ou gay pride, para quem não saiba).

Filipe Melo Sousa disse...

Nada contra as paradas gay. Desde que os participantes paguem o evento do seu bolso e não cortem as ruas.

Anónimo disse...

Têm que ser paradas auto-mobilizadas portanto, para estimular o crescimento económico.Tudo o que é à borla e não implica uma transacção monetária é o anti-cristo...Por esse andar quando dás uma queca tem que ser com uma put* senão o PIB per-capita ressente-se.....

Filipe Melo Sousa disse...

Eu, ao contrário dos demais aqui, não defendo transacções coercivas ou salários mínimos.

Se o sr anonimo abomina o dinheiro, há de concordar que o estado não tem nada que me colectar tal objecto abominável. Agradeço o cheque de volta.

Anónimo disse...

O cheque de volta? E será que os agentes económicos privados irão substituir todas as funções do estado? Será que são todas lucrativas? E a solidariedade social? Qual foi a última vez que deste uma esmola ou um donativo a uma instituição de solidariedade social - e se deste algum dinheiro foi para ganhares o quê de volta? Benefícios fiscais talvez....

Filipe Melo Sousa disse...

Isto é como as entradas que ninguém pediu. Passo muito bem sem elas. E recuso-me a pagar as todas-as-funções-do-estado.

Se quiser praticar solidariedade social força, não o impeço. Eu ao contrário de si dou-lhe liberdade de escolha. Apenas um conselho: não a pratique através da empresa, pois afinal estará a dar 2€ para recuperar 1€, o que não é grande negócio. O euro restante terá para além do mais que ser dado por todos os outros contribuintes que se tornam assim solidários à força.

Anónimo disse...

pipinho como estás contra tudo o que é estado, impostos, etc., manda aí uma descrição do teu mundo ideal, até era giro ler.

Filipe Melo Sousa disse...

O mundo ideal já existe. É a outra metade da economia que os burocratas do estado não pilham e usurpam.

Anónimo disse...

Olha porque é que não vais pregar esse mundo ideal para casa dos trabalhadores despedidos das fábricas de sapatos do Norte do país? Acho que a maioria ainda não arranjou outro emprego nessa tua ideia de mundo ideal - talvez se se mudarem para a China, aprenderem a falar chinês e estiverem dispostos a ganhar 50 cêntimos por cada uma das 80 horas semanais de trabalho.....Viva a globalização e a economia de mercado!! O que é que fazemos com os desempregados? Experimenta estar desempregado e ir ao Banco pedir um empréstimo para te requalificares profissionalmente....

Filipe Melo Sousa disse...

O que fizeram essas pessoas durante anos para se valorizar profissionalmente? Podes tentar saber, mas não me respondas, porque não é problema meu.

Filipe Melo Sousa disse...

Já os chineses tiveram felizmente melhor destino: se não fosse a preferência dos consumidores portugueses por consumir mais barato haveria menos fábricas a abrir na China, atenuava-se o êxodo rural, e mantinha-se mais chineses na miséria camponesa do interior, a comer meia tijela de arroz por dia, e a cultivar terra com a enxada 14h por dia. Em vez disso agora na cidade podem trabalhar apenas 10h, e comer duas tijelas de arroz com ovos, peixe, carne, ver tv, comprar roupa varias vezes ao ano, e meter os filhos na escola em vez de os meter nas terras também.

Tanto melhor para os chineses. Com o bem dos outros posso eu bem.

Anónimo disse...

"O que fizeram essas pessoas durante anos para se valorizar profissionalmente?"
Como assim, para se valorizar quando saiam do emprego às 7 da tarde, o emprego a que entravam às 8 da manhã...Iam para casa comer e dormir para acordar cedinho e começar tudo outra vez.Nem toda a gente tem vida de menino mimado com tempo para contemplar pseudo-milagres económicos.

Anónimo disse...

"...e mantinha-se mais chineses na miséria camponesa do interior."
Pois agora nas cidades podem consumir tv, carros, ar poluído, barulho, stress, paisagens urbanas nojentas, arroz de pacote, criminalidade, isolamento e solidão, etc, etc.Ah e podem também se fartar de andar de carro e consumir directa e indirectamente energia, assim fazem aumentar o custo do petróleo ainda mais, encarecem o custo dos produtos que produzem fazendo-os perder o mercado barato que possuem, vão para o desemprego e daqui a uns anitos quando a crise mundial se acentuar, como andaram a destruir os terrenos rurais já não terão terra para cultivar - ou seja o destino nem sempre é côr de rosa quando não há milagres tecnológicos - e não vão haver....Quando só há quatro ovinhos uma tigela de farinha não se consegue fazer um bolo para 500 convidados, e já estão a faltar os ovinhos e a farinha meu caro....

Anónimo disse...

Conversa, tricas e baldrocas. Sobre a vida concreta em Lisboa, nada(!), que isso devia dar trabalho.
Cansam os nossos amigos governantes...

Filipe Melo Sousa disse...

saiam do emprego às 7 da tarde, o emprego a que entravam às 8 da manhã

opções: cada um tomou a sua. eu tomei as minhas. ainda bem que você não esolhe pelos chineses. jápercebi que os ia obrigar a ter ar puro e morrer à fome

Anónimo disse...

Já disse aqui:
Não liguem aos "melros do sousa".
São um grupelho de mercenários que têm como objectivo, impedir-vos de comentar o essêncial, por medo da verdade.
Por vezes é difícil, mas têm que se esforçar!

Anónimo disse...

"...impedir-vos de comentar o essêncial, por medo da verdade."
Meu caro a verdade é que se não mudas o modelo de desenvolvimento económico, qualquer dia não tens árvores, moinhos e miradouros para comentar.A discussão é relevante e muito, e o facto de estar a vingar o modelo defendido pelo FMS leva a que tenhamos uma cidade desertificada e cheia de suburbios auto-motorizados, que invadem e destroem o centro histórico de Lisboa, mas que não compram nada nas lojas nem dinamizam os locais de cultura da cidade (deslocam-se enlatados como sardinha em lata). Além disso tens o catastrófico lobby do betão e das estradas intermináveis, mas como são eles que pagam as campanhas e têm que continuar de bolsos bem cheios....Deixe de olhar para o umbigo!

Filipe Melo Sousa disse...

o facto de estar a vingar o modelo defendido pelo FMS

Pelo contrário: vejo uma cidade paralisada por mentes retrógradas e políticas miserabilistas. Casas ocupadas por inquilinos que não pagam, protegidos pela lei. Terrenos a aguardar licença. Falta de habitação e estacionamento. Uma câmara corrupta, e esbanjamento de dinheiro colectado coercivamente.

Anónimo disse...

Pipo,

As tuas comparações não se aplicam: não se comparam realidades diferentes (a tua com as dos operários do Norte) com argumentos iguais (as "escolhas). Insistir nisso é:

1) Demagogia
2) Desonestidade
3) Falta de inteligência

escolhe a que mais te agrada...

Filipe Melo Sousa disse...

Realidades diferentes comparam-se. 3-1=2

Anónimo disse...

ok, é um sofista demagógico, com uma ponta de desonestidade e alguma falta de inteligência. Parabéns, está a caminho de um partido.

Filipe Melo Sousa disse...

amigo cantas bem mas para o povo que gosta da tua cantiga...

Anónimo disse...

"amigo cantas bem mas para o povo que gosta da tua cantiga...!" esta frase é uma tirada muito teenager, mas que acrescenta pouco ou nada para a constatação que fiz mais atrás.

Perante a discussão da irrelevância da comparação que fizeste continuas a nada dizer, trazendo argumentos que só relevam a tua confusão.

já agora a sinónimo de comparação É:

"substantivo feminino


1. acto de examinar conjuntamente dois objectos, elementos, etc., para procurar as diferenças e semelhanças ou fazer um juízo de valor;

2. paralelo;

3. confronto; "

Se para ti comparar é fazer "contas de menos" revelas ou um espírito sofista estéril de chover no molhado, ou uma tendência para a confusão, do tipo "adolescentes viciado em ser do contra por questões de afirmação"

continua em vigor a questão colocada anteriormente:

As tuas comparações não se aplicam: não se comparam realidades diferentes (a tua com as dos operários do Norte) com argumentos iguais (as "escolhas). Insistir nisso é:

1) Demagogia
2) Desonestidade
3) Falta de inteligência

escolhe a que mais te agrada...

Anónimo disse...

Foi encontrada a tirada do ano na blogosfera, melhor que algumas que vais pondo lá no teu blog

o seu autor acha que é o rei-sol, ou sofre de alguma disfunção que um terapeuta especializado pode ajudar a curar ;)

O problema é que o moço como está sempre preocupado em pagar não está interessado em gastar dinheiro para curar a sua esquizofrenia. Além disso o seu seguro de saúde não cobre este problema, e ele se for atendido num hospital público pira de vez, tal é o medo de misturar com a plebe

"todas as coisas criadas só têm utilidade se forem em meu benefício. de outra forma a criação não pode ser útil. criar, usufruir e realizar-se"

falta dizer que é o nosso Pipo o autor desta pérola. Bravo rapaz, estavas a brincar aos reis nessa altura

Filipe Melo Sousa disse...

A comparação foi devidamente estabelecida. A diferença é uma constatação soberana. Não há que intervir para a mudar. O sucesso e o fracasso fazem parte da vida. 4,5 biliões de anos de evolução para chegar onde estamos, e querem promover o menos apto?

Anónimo disse...

"A comparação foi devidamente estabelecida." de forma errada e enviesada

"O sucesso e o fracasso fazem parte da vida. 4,5 biliões de anos de evolução para chegar onde estamos, e querem promover o menos apto?" uma frase redonda que nada acrescenta e nada quer dizer. Não apaga a demagogia, desonestidade das comparações absurdas.

Na realidade não nascemos livre e iguais, ou o menino não se apercebeu disso?

"querem promover o menos apto" o menino é muito adepto das soluções finais, pelos vistos