30/05/2008

Av.República (e imediações) à espera do fim (7)


Campo Grande, 176-184

Mais um prédio de influência francesa, e mais um prédio que vai embora, desta vez sob uma operação de emparcelamento/reparcelamento com dois prédios vizinhos, despachada que foi favoravelmente em 5 de Abril de 2006, pela digníssima vereadora Gabriela Seara, herdeira emérita da Srª Napoleão. Adieu. Lisboa tem, definitivamente, mau gosto.

10 comentários:

Anónimo disse...

Muito mau gosto mesmo. Já dizia o Eça no séc. XIX que Lisboa era uma piolheira. Infelizmente não parece ter melhorado...

daniel costa-lourenço disse...

Verdadeiramente criminoso.

O Campo Grande é um exemplo da falta de planeamento da cidade, onde tudo é permitido.

Desde a sua construção não se soube fazer o remate das suas alamedas nem fazer o planeamento das urbanizações em redor, dos arruamentos e avenidas circundantes, das urbanizações e prédios limitrofes, da mesma forma que foi feito, por exemplo, no Parque Eduardo VII.

Ficou qualquer coisa que não se parece com nada.

Ainda assim, dos poucos exemplos de arquitectura de qualidade e com o aval da Câmara Municipal, há ordem de demolição.

Temos mesmo o país que merecemos.

Anónimo disse...

nao admira que alguns o abandonem.

povo que anseia por um ditador que os mime.
intelectuais que masturbam-se em criacoes esteries e que lambem os pes 'aqueles que chupam a nossa cultura nas barbas e promiscuidade de uma classe politica pequena e corrupta que, esfomeada, adormece a sonhar com placas inaugurativas com o seu nome escrito.

que povo incapaz e cegueta que vota sempre nos mesmos, nas fatimas e nos isaltinos, desde que dai venha um garrafao de vinho tinto carrascao para afogar a ingorancia.

portugal tem hoje muitos exilados, como nos tempos da pre-revolucao. pessoas "obrigadas" a sair da pasmaceira para receberem e reforcarem outros valores que nao o desrespeito vergonhoso da sua historia e a hilariante falta de gosto.

ainda se nao houvesse televisao, internet, jornais, BONS EXEMPLOS vindos de outros reinos...agora assim e' mesmo estupidez e suicidio.

isto agora so vai la com a lei da forca ou entao nao vai...e' o mais certo.

p.s.: desculpem a falta de acentos. teclado ingles.

Filipe Melo Sousa disse...

Vai embora? Quem sabe se não foi ao Rock in Rio.

Anónimo disse...

Olha queres ver que foi ver a Selecção jogar?

Anónimo disse...

A CML não tem de ser o papá e a mamã do urbanismo lisboeta. A meu ver, as câmaras municipais deviam ter um mínimo de responsabilidades na reabilitação/recriação urbanística, considerando os apertados orçamentos que têm e os custos que esses processos envolvem. Não me choca que CML não se preocupe com todos os edifícios, pois não pode chegar a todo o lado.
O que me choca e o que é de mau gosto, é que a iniciativa privada não veja neste tipo de prédios, uma oportunidade de maximizar o lucro sem ter de destruir o património. Um prédio destes que seja recuperado pode ser vendido ao andar pelo dobro do preço a que se comprou o próprio edifício. É uma falta de visão e de inteligência.
A Câmara deveria era orientar os concursos públicos para este tipo de obras, mas o resto, que faça quem tem ideias e dinheiro para isso.

Anónimo disse...

Não há pessoas com ideias, esse é de facto o maior problema da capital. O que se constroi é uma parolice pegada. Nunca os patos-bravos construiram tão por baixo. Todos sabemos o que é que vai substituir este belo imóvel.

Filipe Melo Sousa disse...

Tantos iluminados com ideias brilhantes vêm aqui tecer juízos de valores sobre os imoveis dos outros. Só estranho porque não se dedicam à construção civil. Sendo os únicos capacitados para construir imóveis de qualidade, iriam decerto ter uma actividade muito lucrativa.

Anónimo disse...

Uma mensagem para o Sr. Melo Sousa:
não interessa minimamente que tipo de imóvel vai substituir aqueles que se propõem destruir; o que está em discussão é que estes edifícios jamais, JAMAIS deveriam ser demolidos.
Não posso julgar o seu gosto quanto àquilo que acha agradável esteticamente mas que me agrada imenso estes edifício é indiscutível.
Não temos de ser empreiteiros para defendermos a cidade. Por acaso é estilista de moda quando dá a sua opinião sobre como alguém se veste, ou cozinheiro quando julga um prato?

Filipe Melo Sousa disse...

Esquece-se que o imóvel não lhe pertence. Ditar o seu gosto pessoal sobre o fim dos bens dos outros é sinal de intolerância.