In Público (21/5/2008)
«O presidente do júri do concurso público de requalificação do Teatro Capitólio, Nuno Teotónio Pereira, considerou ontem "inadequada e sem fundamento" a interposição de recurso por um dos concorrentes.
"Já antes de declarar que ia interpor recurso, o concorrente número dois tinha apresentado uma reclamação por escrito ao júri em que contestava a sua decisão, tendo o júri decidido por unanimidade que a reclamação apresentada não tinha fundamento", disse o arquitecto, citado pela Lusa. "Além disso, o júri de um concurso é soberano em relação às suas decisões", frisou Teotónio Pereira, acrescentando que "o júri nada mais fez do que aplicar uma fórmula matemática para avaliar os projectos a concurso".
A arquitecta Ana Tostões, que também integra o júri, resumiu o que pensa sobre o recurso: "O que se passa é que este concorrente acha que devia ganhar o concurso e não ganhou."
O concorrente contestou por entender que "o júri decidiu valorizar as soluções que tivessem um impacto reduzido ao nível do exterior do edifício, que quase não tivesse intervenção do ponto de vista arquitectónico, mas o relatório de hierarquização acaba por contradizer completamente esta filosofia, porque alguns dos projectos que mais construção propõem ficaram em terceiro e quarto lugares". Das nove propostas a concurso, duas foram excluídas. O concorrente tem cinco dias úteis para interpor recurso para contestar a decisão do júri. A requalificação do Capitólio, que a autarquia pretende que seja a "âncora" do Parque Mayer reabilitado, custará entre 8,5 e dez milhões de euros, provenientes das contrapartidas do Casino Lisboa.»
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